terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Tudo farinha do mesmo saco

AS SOCIEDADES MAÇÔNICAS MENOS PERFEITAS



Dividimos as sociedades secretas em duas grandes classes, as que são constituídas de acordo com os ritos, e que chamamos de sociedades maçônicas perfeitas, e as que são constituídas fora dos ritos, e que chamamos de sociedades maçônicas menos perfeitas.

As primeiras, dissemos, têm uma dupla hierarquia de graus e governo. Elas têm a hierarquia dos graus: pois elas oferecem uma série de graus que são como degraus rumo à luz maçônica, e que o adepto deve, segundo o espírito da instituição, cruzar, sucessivamente, para alcançar uma iniciação perfeita. Elas têm a hierarquia de governo, pois nelas uns mandam, outros obedecem. As segundas, ao contrário, não possuem hierarquia dos graus, mas somente a de governo: elas não têm hierarquia de graus, pois, do ponto de vista da iniciação maçônica, os membros não estão distribuídos em graus desiguais. Porém elas têm a de governo, pois, nelas, como em qualquer sociedade, há superiores e inferiores.

Por exemplo, no instituto dos carbonari(*), distinguimos aprendizes, companheiros, eleitos. Na Internacional, ao contrário, todos os membros são do mesmo grau, ou, de preferência, não há graus.

Tal é a primeira diferença entre as duas classes de sociedades. Temos de assinalar uma segunda.



As sociedades organizadas de acordo com os ritos têm como objetivo a destruição de toda religião, de toda pátria, de toda família, de toda propriedade, em outros termos, da sociedade religiosa, da sociedade civil e da sociedade doméstica, em uma palavra, do estado social em geral. As sociedades organizadas fora dos ritos tendem à destruição das instituições sociais atuais, ou mesmo somente de algumas delas, mas não de toda sociedade: elas perseguem a reconstrução do edifício social sobre bases completamente novas. Elas querem a abolição da propriedade privada e o estabelecimento da propriedade comum, a fusão de todas as pátrias particulares em uma grande pátria única e universal, etc.. Frequentemente seu objetivo é até mais restrito ainda: tal seita se propõe unicamente a expulsar a influência clerical da escola; outra, de promover os sepultamentos civis; uma terceira, de operar uma revolução política em vista de derrubar uma dinastia cristã, etc..

Assim, as primeiras trabalham em uma obra de destruição universal, as segundas, em uma obra de destruição parcial. Umas destroem, mas não constroem. Outras só destroem em vista de reconstruir. Aquelas aspiram estabelecer entre os homens o puro estado da natureza, o reino da liberdade, ou seja, a soberania absoluta do indivíduo. Estas desejam criar uma sociedade fundamentada sobre a soberania ilimitada do povo,  nas quais os bens, as pessoas, como o poder, sejam patrimônio uno e indivisível de todos, a coisa pública, a república, RES PUBLICA. Em uma palavra, enquanto os sectários da primeira classe trabalham no fim supremo da maçonaria, enquanto eles são os operários do que chamamos de templo ideal, os da segunda trabalham num fim intermediário, e são os operários de um templo menos ideal.

Eis as diferenças fundamentais entre as duas classes de sociedades. Outras resultam das precedentes.

Na Maçonaria dos ritos, há uma profusão extrema de emblemas, cerimônias, fórmulas. Os graus são conferidos em um aparato cerimonial dos mais complexos. As assembleias mais comuns ocorrem, se mantém e são fechadas com cerimônias particulares. Os discursos abundam em fórmulas e em termos convencionais. Diria-se inicialmente que os trabalhos desses institutos consistem principalmente em práticas cerimoniais.

George W. Bush maçom

Na Maçonaria constituída fora dos ritos, não há quase emblemas nos lugares de reunião, nenhuma cerimônia nas assembleias, mal há sinais de reconhecimento nos encontros.

Os institutos da primeira classe dissimulam cuidadosamente seu objetivo para a maioria dos adeptos. Esse fim está nas fórmulas e nas cerimônias, antes que nos espíritos. Ele existe, por assim dizer, em estado impessoal. Alguns o conhecem, mas somente um pequeno número de celerados, que desceram às últimas profundezas da depravação. E, com efeito, quem aceitaria fazer parte de sociedades que só propõem ruínas?

         

Os institutos da segunda classe, ao contrário, não escondem ou pouco escondem de seus membros o fim perseguido. Por exemplo, os membros da Internacional não ignoram que a seita aspira destruir o capital e emancipar o trabalho.

Da mesma forma os primeiros estão em posse de uma arte que eles chamam de real, mas que devemos qualificar, de preferência, como diabólica, a arte de fazer os homens trabalharem para um fim, escondendo-o deles, de dar disposições, uma cultura e uma educação contra as quais eles se assustariam, se eles conhecessem de antemão sua natureza e seu objetivo. De colocá-los em um meio, na presença de símbolos, de cerimônias e fórmulas, em uma palavra, em uma engrenagem e um molde que os comprometem, os curvam e os moldam a uma revolta universal de todas as paixões contra tudo o que pode importunar suas liberdades. Os outros, ao contrário, chamam seus adeptos a trabalhar para um propósito público, ocupam-se menos em formar sectários que empregar operários já preparados, reúnem e organizam aqueles que eles encontram animados pelo ódio contra a religião, a família ou a propriedade.[...]

Algumas dessas sociedades maçônicas menos perfeitas

Não podemos detalhar nem mesmo enumerar esses tipos de associações. Elas são, com efeito, quase inumeráveis. Contentar-nos-emos em indicar algumas daquelas que, nestes trinta ou quarenta últimos anos, mais atraíram a atenção pública. Tais são:

Associação Internacional dos trabalhadores, ou simplesmente a Internacional;
Aliança republicana universal;
Aliança internacional da democracia socialista;
Os Nihilistas;
Os Fenianos;
A União fraternal das sociedades operárias da Itália;
A Sociedade internacional dos livres pensadores, ou a Sociedade Aja como pensas.
A Associação internacional dos estudantes e dos professores universitários.
A Aliança religiosa universal.
A Juventude Itália e a Juventude Europa.
A liga de ensino.

Não procuraremos narrar a história de cada uma dessas sociedades[...] Bastar-nos-á então dar pequenas indicações sobre cada uma delas. Começamos por aquela que há trinta anos parece a mais temível.

D.P. Benoît. La Cité antichrétienne au XX siècle. Paris, Societé Générale de Librairie Catholique, Tomo I.

Fonte : http://catolicosribeiraopreto.wordpress.com/2014/01/14/as-sociedades-maconicas-menos-perfeitas/


(*) Giuseppe Garibaldi foi um general, guerrilheiro, condottiero e patriota italiano. Foi alcunhado de "herói de dois mundos"(sic), devido à sua participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Nasceu em 4 de julho de 1807, Nice, França e faleceu em 2 de junho de 1882, Ilha Caprera, Itália. 

Andou pelo sul do Brasil onde causou estragos, saques e mortes de brasileiros tentando separar o sul do resto do país na conhecida Guerra dos Farrapos, genuinamente maçônica. Veio da Itália só para isso. 

Aqui, em obediência a interesses escusos estrangeiros, comandou milícias e guerrilheiros para dividir o Brasil, para nos enfraquecer, para não sermos uma grande nação. Participou comandando batalhas sangrentas que mataram muitos brasileiros autênticos que não pediram nem provocaram esta guerra, que causaram prejuízos, dor, sangue derramado insensivelmente para atender a sanha de sociedades secretas anticristãs que não desejavam nossa paz e progresso. 

A ironia que esse "ilustre" carbonari guerrilheiro e terrorista hoje é homenageado no Brasil à exemplo de tantos outros comunistas do século 20. 

Povo sem memória é um povo que não sabe para onde se encaminha.

Abraços

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