quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A ameaça maçônica

A FRANCO-MAÇONARIA É UMA SOCIEDADE POLÍTICA - SUAS TENDÊNCIAS ANTI-SOCIAIS 


A Franco Maçonaria se ocupa da política tanto quanto da religião. Não hesito mesmo em afirmar que os líderes da seita só perseguem a destruição das crenças religiosas para realizar mais facilmente seus sonhos políticos.

Para provar o que adianto, me limitarei, aqui ainda, em citar o testemunho dos próprios Francos maçons.

"É por reconhecimento, diz o F.. Ragon, pelos serviços que nossa instituição devolveu à ordem civil, que as potências supremas dos diversos ritos maçônicos se ocupam, de vez em outra, de política? Não é, todavia, a intenção de ver os membros da Ordem se ocupar da política, pois o lugar que lhes deixamos é bem inocente; mas estes altos Irmãos, mais políticos que maçons, frequentemente mais escravos que livres, desejam provar ao governo de cada era que a instituição que eles dirigem caminha no sentido da política do dia".

Eis o que se chama falar sem rodeios: os líderes que a Maçonaria aceita dos governos não são francos maçons propriamente ditos. Eles só devem ser considerados como agentes políticos desejosos em tranquilizar o poder baseados nas tendências da seita.

"Se eu lhe desenrolasse, continua o mesmo escritor, a lista das palavras de ordem que fizeram circular, neste Oriente, os pretendidos poderes supremos que surgiram nos últimos tempos, reconhecerias melhor esta verdade: que todos os líderes maçônicos participam da política, apesar da proibição feita aos adeptos de aí se entregarem[1]".

Seria difícil demonstrar de um modo mais peremptório a estupidez dos governos que creem poder utilizar em proveito de suas ideias políticas as influências ocultas da Franco Maçonaria.

O Astrée, um dos órgãos autorizados da seita, confessa o mesmo que F..Ragon:

"A Fraco-Maçonaria, diz ele, se apóia mesmo sobre o trono, por meio de homens honoráveis que se associam aos nossos projetos.

Até agora tendes dignamente trabalhado não somente para o bem de vossos irmãos, mas ainda para a salvação do mundo inteiro. Graças à vossa impulsão, o gênio augusto da independência, que incendeia todo coração generoso, tem percorrido o universo e inflamado todos os povos. Por vós, o nobre impulso que liberta as nações tornou-se mais geral, e é por vosso apoio que os povos devem ver suas correntes quebradas.

Sim, dizemo-lo sem desvio, é à influência da Maçonaria que é preciso atribuir os grandes acontecimentos políticos, as transformações radiantes que tem oferecido à maior parte dos povos da Europa monarquias constitucionais, e tem devolvido, à independência, quase todo o continente americano. Semelhante ao fogo sagrado de Vesta, ela tem conservado em seus templos as santas máximas do liberalismo".

Em outra parte, a mesma Revista toma o tom da ameaça:

"Ai dos soberanos que se obstinarem a não aplicar os princípios da Maçonaria! A reforma religiosa do século XVI e a Revolução francesa estão aí para ensinar aos povos como eles devem reivindicar seus direitos. No dia marcado, os Maçons saem de seus templos e derrubam tudo o que impede seus propósitos. E por que não? As revoluções são apenas crises na história do desenvolvimento de cada nação".

Como se isso não fosse muito claro, o autor acrescenta as seguintes reflexões:

"Se o poder se obstina em manter uma coisa que o espírito da época rejeita e que está gasto pelo tempo, é preciso, segundo as leis da dinâmica, que um poder mais forte se levante, quebre estes entraves, e execute as leis da fatalidade[2]".

A Revue maçonnique não fala com menos clareza; leia logo:

"A Maçonaria não deve se limitar em inculcar nos irmãos ideias estreitas de política. A organização desta instituição republicana e social deve servir de modelo aos novos regimes políticos[3]".

Blumenhagen, que já citamos, professa as mesmas ideias relativamente ao papel político da Franco
Maçonaria, em um discurso que ele pronunciou em 1820:

"A infância e a adolescência da Ordem passaram. Ela alcançou a idade da virilidade; antes que ela tenha concluído seu terceiro século de existência, o mundo reconhecerá o que ela é. Eis porque, atenciosos ao tempo e ao julgamento do mundo, vigiem sobre o espírito da associação. Que nossos edifícios se levantem em todos os cantos do mundo; que a Ordem se estabeleça solidamente no coração de cada país. Quando em todo o universo brilhar o templo maçônico, quando o azul dos céus for seu telhado, os pólos, suas muralhas, o trono e a Igreja, suas colunas, então, as potências da terra deverão, elas também, se inclinar, abandonar em nossas mãos a dominação do mundo, e deixar aos povos a liberdade que nós lhes temos preparado. Que o mestre do mundo nos conceda ainda um único século, e teremos atingido o fim tão ardentemente desejado, e os povos só buscarão seus príncipes entre os iniciados. Mas para isso, é necessário que o trabalho não se afrouxe jamais, e que a cada dia a construção do edifício produza progressos! Coloquemos insensivelmente as pedras uma a uma: é assim que a parede se elevará por graus, mas mais solidamente".

Fischer atribui à Franco Maçonaria o progresso das ideias democráticas. Lemos no discurso que ele dirigiu, em 1849, aos membros da Loja d'Apollon, a seguinte passagem:

"Nossos irmãos inspiraram ao mundo tal confiança, que vemos figurar seus nomes no parlamento de Frankfurt, na liderança do governo e da câmara do Saxe, da universidade e da comuna de Leipzig.

Todos os nossos esforços devem ser consagrados ao sucesso da democracia. Por mais viva que seja a resistência contra a torrente do espírito atual, não obstante, a aristocracia, mesmo a mais obstinada, é forçada a confessar que o sistema dos privilégios e da tutela, tal como existia há um ano, perdeu de um modo irrevocável... A democracia é uma necessidade; suas formas devem se desenvolver... A democracia é tão somente o triunfo do espírito humano, atingido em seu completo desenvolvimento na maioria dos povos.

Mas esta democracia, tal como eu acabo de pintar, que é ela em si, senão um acontecimento no qual nossa arte deveria necessariamente conduzir, e que nossa arte impelirá mais adiante ainda? Sim, a democracia é nossa filha! Não nos assustemos com ela, ela é um fruto do qual não precisamos nos envergonhar, por mais rude que seu invólucro pareça. Sim, ela é nossa criança, filha digna de nós, filha rica de esperanças!"

O jornal maçônico de Viena (2º ano) se expressa em termos dos quais nada poderia igualar a violência:

"Levantem-se, arranquem a coroa da cabeça do conquistador e coloquem-na sobre aquela do inocente oprimido; quebrem as correntes da escravidão que cobrem os homens nascidos livres; instruam a humanidade em nossos bonzos; reprimam o orgulho dos grandes; devolvam à liberdade os direitos que lhe foram ocultados; ergam a humanidade do pó onde a deitaram o despotismo e o fanatismo".

"A Maçonaria, diz Marchal em seu Estudo crítico e filosófico, deve criar uma nova ordem de ideias nos espíritos, e realizar o fim que Proudhon fixou para a política contemporânea nesses termos: Acelerar o retorno às instituições e aos princípios de 1789, afirmar os direitos do homem, e a encarnação da justiça na humanidade".

O mesmo autor acrescenta:

"A ideia maçônica entrará no seio dos povos sob a forma do sentimento da força cega: ela tornar-se-á a alma das revoluções e das sociedades secretas, no sentido mais selvagem da palavra".

Ragon, esforçando-se em dissimular o papel político da Franco Maçonaria, deixa cair de sua pena uma confissão cuja importância não escapará a ninguém:

"Nas reuniões maçônicas ordinárias, não se fala, é verdade, nem de religião, nem de política, mas tal é a admirável organização desta instituição protetora das ciências elevadas, que seus graus religiosos falam à inteligência do iniciado, ao mesmo tempo em que as formas e a administração desta Ordem falam ao espírito político de todos os irmãos.

As reflexões que elas lhes sugerem são reconduzidas no mundo como um tipo seguro e sagrado, no meio do qual eles procuram melhorar ou destruir o que, na ordem religiosa ou política, perde em comparação com o que apresenta a Ordem maçônica".

[1] Ragon: Cours philosophique et int., p. 381 e seguintes.
[2] Astrée, 1845.
[3] Revue maçonnique, Manuel pour les Frères, 1823.

La Franc-Maçonnerie, révélations d'un Rose-Croix a propos des événements actuels

Fonte : http://catolicosribeirao.blogspot.com.br/2012/12/a-franco-maconaria-e-uma-sociedade.html

"Vive la guillotine!"

Abraços

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