terça-feira, 29 de outubro de 2013

Minha casa, minha vida ... "casa"?!

O pombal do Guto.

Todos sabemos que vivemos a era da miniaturização. Tanta gente nascendo e a necessidade de otimizar espaço torna-se cada vez mais premente.

Do telefone aos carros, tudo vem recebendo esse processo para se adaptar às exigências modernas. E eu concordo em “genro, úmero e degrau” na correção dessa atitude do ser humano. Nossa vida é enormemente facilitada com ela.

Agora... existem os exageros!

Morar é algo que necessita tanto de comodidade quanto de praticidade. Nos tempos de outrora, havia os casarões, de paredes largas, pés direitos altos e cômodos amplos. Gigantes sombrios; um exagero! O tempo foi passando e as casas foram adquirindo contornos mais suaves e dimensões mais equilibradas. Hoje, nas grandes metrópoles, muito se vê os famosos “apertamentos”, onde as pessoas assumem a condição de sardinhas em lata. Outro exagero!

Seguindo essa linha nefasta e nefanda, estamos vendo por aqui, na cidade, um massacrante exemplo com requintes de crueldade: uma leva de casas populares que resume o pensamento ímpio dos governantes. Quatro “casas” formando um sobrado geminado de aproximadamente 150 m² significam cerca de 37 m² por família. Serão DOIS quartos, mais sala, cozinha e banheiro. Os moradores não terão direito sequer a guardar uma moto e as crianças não terão quintal para brincar em segurança.

Suponhamos que os quatro moradores sejam:

- Um escriturário classe média que aprecia música clássica;
- Uma dona-de-casa que aprecia axé;
- Um metaleiro, fã radical do System of a Down;
- Um pastor evangélico que exulta com hinos sacros.

Num belo sábado, cada um resolve promover um encontro com amigos em suas casas. A clientela vai chegando e as trilhas sonoras vão surgindo. Enquanto o escriturário degusta o “Outono”, de Vivaldi, no volume 3, a dona-de-casa coloca um Calypso no volume 7 e o metaleiro lasca um “Chop Suey!” no volume 11 (cujo máximo é 10!). O evangélico e seus amigos, extáticos, mandam um “Cristo, salvai-me!” no gogó!

Quiproquó armado! O escriturário ameaça chamar a polícia, o rolo de macarrão da dona-de-casa come solto, os metaleiros mandam gestos obscenos e ofensas a Deus e ao mundo e os evangélicos, com as mãos para os Céus, clamam: “JESUS SALVA! JESUS SALVA!!”

Isso e bem mais podem ocorrer nesse “POMBAL” que está sendo erguido na cidade. Essas migalhas mofadas que os governantes reservam ao povo famélico é a síntese do descaso e da maledicência, tônica do livro de cabeceira da politicalha.

Vejam como estão as obras do 'pombal'(Janeiro de 2012):

            

E como nós, brasileiros, somos, por excelência, bem humorados e conseguimos levar na flauta tantas carências e iniqüidades, dou-lhes minha versão ilustrada para o exemplo mostrado acima.

          

Fonte: http://fab29-palavralivre.blogspot.com.br/2011/12/o-pombal-do-guto.html#comments

Discordo do lema do governo que poderia ser 'Minha Saúde, Minha Vida'. Mas, como é um governo ... deixa pra lá.

Qualidade péssima, reclamações diversas de rachaduras, infiltrações, proteção acústica inexistente, apertadas, muitas viraram ponto de tráfico. Sinceramente, o povo merece ser tratado melhor e com qualidade. 

Abraços

4 comentários:

  1. Detalhezinho, meu caro.

    Já se passaram 10 meses do novo governo municipal e as "casas" ainda não foram entregues por "pequenos detalhes" (tipo problemas estruturais, imobiliários e políticos).

    Como dizem, "a batata vai assar"!
    Abraços.

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  2. Será que "assa" mesmo ?
    Mas o palanque da entrega já aconteceu ?
    Creio que o povo voltará a votar nos mesmo.
    Triste.

    Abraços.

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  3. Meus amigos tudo isto só vai mudar cuando nós brasileiros aprendemos a dar o nosso volto, certo a mudança depende de nós ,pense nisso não é simplesmente volta que resolver o problema é mudando os candidatos, um abraço pra o leitor

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  4. Espero que todos possam ter coragem para se expressar seus comentários também bjo

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"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
Eduardo Galeano

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