terça-feira, 18 de março de 2014

Mulheres da Ku Klux Klan (1/2)

FEMINISMO E SUA LIGAÇÃO COM A KU KLUX KLAN


Fonte da imagem: http://clio.lib.olemiss.edu/cdm/landingpage/collection/womenkkk

É comum considerar que o feminismo radical contemporâneo nos EUA apareceu simplesmente do nada nos anos 50 e 60 como um movimento dedicado a obter "igualdade de direitos para a mulher", mas isto não é bem assim. Para encontrar suas origens históricas há que olhar além do que o politicamente correto nos permite.


Ao descrever suas doutrinas, a WKKK e KKK afirmou que "Esta organização não é anti-judia, anti-católica nem anti-negra, mas nós restringimos nossa sociedade para membros os nascidos nativos brancos, protestantes, gentios, os cidadãos americanos." Este anúncio foi publicado no Miles City Daily Star, de 12 de outubro de 1924. Fonte: http://montanawomenshistory.org/montana-women-of-the-ku-klux-klan/

A primeira encarnação do feminismo radical acontece no seio da organização Women of the Ku Klux Klan (Mulheres da Ku Klux Klan) nos finais do século XIX. Sim, você não leu errado e eu nem estou maluco em afirmar isso. Garanto que não.

As Mulheres da KKK basicamente iam para suas casas falando sobre o que os negros podiam fazer às mulheres, e os homens defendiam a santidade da mulher caucasiana. Enxame de imagens sexuais, junto com os desejos econômicos dos donos de escravos, fizeram a discriminação para com os negros asquerosamente aceitável , e os homens pegaram isso como um de seus deveres, proteger a "santidade" da "feminilidade branca".

Feministas negam solenemente isso, alegando, de modo que só 'Pedro Bó' acreditaria, que mulheres não são propensas a esse tipo de atitude, de se misturar com grupos de ódio. Bem, então as mulheres fundadoras da WKKK (Women of the Klu Klux Klan), devem ser homens travestidos ou alienígenas ou , sabe quem sabe , é mais um artimanha de Pinky e Cérebro para conquistar o mundo ... Quem sabe? Talvez o Sombra saiba.


Na década de 1920 as mulheres começaram a ganhar seus direitos como cidadãs americanas, e muitas mulheres sentiram que era sua responsabilidade como brancas e protestante norte-americanas unirem-se ao Klan e ajudar a espalhar a sua mensagem. No entanto, a Klan não permitiu que as mulheres entrassem para entrar sua organização na década de 1920, então elas criaram o seu próprio grupo de "supremacia branca" chamado da Mulheres do Ku Klux Klan (WKKK) em 1923. Fonte: http://wkkk.wikidot.com/

As primeiras mulheres do KKK também escreviam sobre a monotonia da maternidade e outros típicos temas feministas similares aos mesmos que lemos hoje em dia. Sociólogas feministas como Kathleen M. Blee admitem ligações do movimento feminista dos EUA, em sua origem, com a WKKK.

No final do século XIX se publicou em Evansville, Indiana, onde estima-se que 32 % das mulheres brancas eram membros da WKKK, um folheto das mulheres do KKK proclamando "O homem já não dirá mais que nas mãos da mulher descansa somente a necessidade à mercê de uma cama. A mulher tem em sua mão o poder de governar o mundo".  Soa familiar? Se você está ligado em muitos lemas feministas dos anos 60, a resposta é sim.                

A similaridade entre a linguagem básica das Mulheres da KKK e o das modernas feministas misândricas dos anos 60 é mais que notável. Defendiam até o direito voto para as mulheres brancas. Você não achou que elas defendiam o voto para mulheres de outras raças, achou?

Seus companheiros masculinos na KKK defendiam que uma ordem de mulheres poderia defender o direito ao voto feminino e expandir outros direitos legais servindo para organizar as mulheres brancas protestantes nativas, mantendo seus sobrenomes de solteiras e a organizar suas próprias finanças.

Uma das pedras angulares da agenda reformistas das Mulheres da KKK era a proibição da venda de álcool, que levou à conhecida "Lei Seca". Nisto as WKKK compartilham um ponto de vista mantido por muitos reformadores progressistas, onde se incluíam muitas partidárias feministas, que condenavam o uso do álcool pois a Klan era oposta ao vício em todas as suas formas, especialmente ao jogo e à prostituição. Discurso tão familiar que só faltaria Solanas, Dworkin, Chesler  e afins convidarem a WKKK paras as festas de fim-de-ano).

Apesar de que a KKK havia nascido originalmente nos estados do Sul, nos anos 20 estava mais concentrado no norte, e no meio-oeste e em ambas as costas. O número de seus membros era tal que a maioria dos nativos brancos protestantes em muitas cidades de Oklahoma, partes da Pennsylvania e em Indiana onde inclusive, a porcentagem de pessoas elegíveis que eram membros da Klan chegava a 90%, incluindo prefeitos e chefes de polícia. Em Nova York se estimava que 80 mil pessoas pertenciam à Klan. Na verdade, NY era o 7º estado quanto ao número de membros.

O trabalho da WKKK foi amplamente promulgado através de redes da Igreja Protestante, A Y.W.C.A (Associação de Mulheres Jovens Cristãs) e uma variedade de organizações e patrulhas "anti-vício" (prostituição, jogo, álcool) que criticavam os vícios dos homens, como se somente os portadores do cromossomo XY fossem dados a vícios.

Em 1924 Indiana, a cifra de mulheres brancas protestantes que pertenciam à Klan rondava cerca de 250.000. Sua líder era Daisy Douglas Barr, que trabalhando conjuntamente com o "Grande Mago" do Estado D.C. Stevenson, foram responsáveis de eleger um Governador "amigo" da Klan.

Daisy Douglas Barr havia sido ordenada como apóstolo de uma seita religiosa, era líder do Partido Republicano e um ativo membro da  WCTU-Women's Christian Temperance Union (União de Mulheres Cristãs pela Moderação/Prudência), a qual havia proporcionado ao movimento feminista do século XIX muitas líderes carismáticas como a sufragista Frances Willard.

Da mesma forma que Daisy Douglas Barr outras proeminentes mulheres da Klan em Indiana eram destacadas esposas, mães e viúvas, líderes cívicas, e membros das WCTU. Mary Benadum era professora de escola em Muncie e presidente do Clube de Mulheres Republicanas do distrito. Lillian Sedwick era membro do conselho escolar e oficial do estado na WCTU. Todas elas acreditavam nos direitos da mulher e em sua obrigação de participar na vida pública. Assim mesmo acreditavam na iniciação da Klan e seus rituais, nos lenços brancos, na segregação, na imigração restringida, no boicote à negócios governados por judeus ou católicos, nas cruzes ardentes e na bandeira norte-americana.

O ano 1924 foi o ano do apogeu da KKK em Indiana, embora pouco depois começou a decair depois conseguir algumas de suas metas como uma lei que restringia a imigração, ao mesmo tempo que chegava a "Grande Depressão". Mary Benadum foi presa depois de uma briga com um grupo rival em Ohio, e depois disto se desataram uma série de acusações contra Daisy Douglas Barr por roubo e contra o "Grande Mago" por assassinato e estupro, o que deram má imagem à Klan nesse estado e desestruturou a organização.

Aposto uma mariola velha cheia de ovo de barata e uma latinha aberta de grapette light quente sem gás que a leitora ou leitor feminista deste que vos escreve , além de 'elogios' à minha pessoa, irão clamar que tudo é culpa do Mestre dos magos  Grande Mago D. C. Stevenson que corrompeu as 'doces' Daisy e Mary.

Na década dos anos 20, uma investigação do congresso dos EUA concluiu que uma mulher chamada Elizabeth Tyler era o "verdadeiro poder" atrás da KKK. Ela havia sido, além da fundadora das Mulheres do KKK (WKKK), uma das mais ativas participantes na reestruturação e ressurgimento de toda a Klan como organização.

Parabéns feministas, que figura de destaque vocês conseguiram ... Muita luta 'irmã' ... Ô

Depois da aprovação da 19ª emenda, uma parte das mulheres da Klan que se haviam unido atraídas simplesmente pelo feminismo e pela reivindicação de uns direitos para a mulher abandonaram a organização a princípios dos anos 30, uma vez cumpridos seus objetivos.

Barbara Ehrenreich, feminista do jornal Los Angeles Times escreveu "De agora em diante deverei viver sabendo que a KKK continha "toda a melhor gente": homens de negócios, médicos, juízes, trabalhadores sociais, reformistas políticos e inclusive indivíduos que pertencem a alguma seita religiosa e ...  feministas."  Que chato, não. Chupa que é de uva.

O caminho para vitória na II GM supôs a prática desaparição da Klan e a manteve aleijada de poder alcançar alguma cota de poder até a década dos anos 50, quando a dessegregação racial nas escolas do sul passou a ser uma questão de debate. Porém esta KKK dos anos 50 e 60 estava baseado no antigo modelo da Era da Reconstrução pelo que seus membros eram em sua maioria homens das zonas rurais e do sul.

Foi David Duke quem voltou a atrair o interesse das mulheres pela KKK a começos dos anos 80 quando reformou algumas das regras do "Império Invisível". Um problema para os homens da Klan era que para suas mulheres, estas não gostavam muito que seus maridos deixassem sua casa noite a para ir a reuniões misteriosas, o qual podia dificultar a Klan o mantimento de seus membros, mas ao não por travas ao acesso da mulher, a família inteira podia participar das atividades.

Só falta inventarem que as mulheres modernas que frequentam as reuniões da KKK para vigiarem os maridos e que isso não teria nada haver com a ideologia ... Ah, tá ... Conta a do papagaio agora.
        
Margaret Sanger discursando diante das mulheres da Ku Klux Klan.

Parece que muitas táticas empregadas pela KKK agora são usadas ​​para discriminar os homens. Feministas dos anos 60, que possuem admiradoras até hoje, clamam que todos os homens são machistas agressores, opressores, estupradores e apertadores de campainha que correm antes da vítima abrir a porta. A KKK fez alegações semelhantes quando apregoava todos os negros eram marginais e iriam estuprar as mulheres brancas. Então, nós sabemos que ambos os grupos gostam de usar o medo irreal como uma ferramenta para transformar as pessoas contra outro grupo de pessoas, e atemorizar o público-alvo com seus impropérios, impingindo-lhe uma espiral de silêncio, afinal, criticar o feminismo o torna, segundo seus adeptos, um machista agressor, opressor ... vocês sabem o resto.

Concluo que o feminismo é, pelo menos parcialmente baseado em princípios da KKK no auge de uma de suas muitas encarnações.

Fonte: http://contrafeminismo.blogspot.com.br/2012/10/feminismo-e-sua-ligacao-com-ku-klux-klan.html

Mulheres da Ku Klux Klan (2/2): http://desatracado.blogspot.com.br/2014/03/mulheres-da-ku-klux-klan-22.html

Informando que a KKK foi fundada por maçons e teve também vários líderes judeus. 

Abraços 

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