sábado, 22 de fevereiro de 2014

Zumbilândia

Hoje, com a predominância da democracia e da globalização, tudo e todos parecem que são nivelados por igual e/ou por baixo. Portanto são redutoras do ser humano e de suas ações e pensamentos. Parece que não há mais espaço para heróis ou heroísmo, não há mais lugar para causas nobres ou altruístas. Estas coisas e causas nobres e heroicas foram gradativamente substituídas pela felicidade hedonista, pela felicidade dos divertimentos, do ócio, da carnalidade. A futilidade é moda.

             

Drogas viraram produtos substitutivos, e até recreativos, no lugar da sublime lucidez e sobriedade espiritual. O honorável mudou para o comprável e até subornável. O belo só tem valor se vende e não mais se enobrece. O fácil, o rápido e o lucro tomaram lugar do correto, da arte e do justo. O humano comum ou médio, mediocre; tomou lugar do espiritual divino. Um suicído.

Não temos mais Homens nem Mulheres, com inicial maiúscula, nesta atual sociedade como em tempos de antanho. Temos apenas trabalhadores e consumidores. Somos meras pessoas-máquinas para produzir e consumir. Isso quando não somos nós a mercadoria a ser consumida. Sina mais inglória.

De quem são os créditos para esta tão grave desconstrução psico-espiritual do Homem ? São dos promotores do relativismo que gerou, por consequência na sociedade, um atroz niilismo que tudo destroi para nada de bom e melhor construir sobre as ruínas, deixando um suicidante vazio. Acaso a depressão não é o "mal do século" ? A depressão provoca tristeza, pessimismo e baixa autoestima. Por que ? Porque não temos mais o natural heroísmo e/ou altruísmo em nosso âmago. Porque cultivamos o consumo e não mais a nobreza interior. A depressão é a paga pela míope materialização da vida. Neste vazio, tentamos completar com produtos e serviços. Viramos bestas.

O consumismo materialista não substitui o vazio da falta do heroísmo, da necessidade da identificação com algo nobre, honrável, intangível, incomercializável. Ser sempre melhor, mais nobre, ou nobre; é estranho, inútil, quando não desconhecido.

Se nesta senda continuarmos, onde chegaremos ?

Abraços

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"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
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