quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O tradicionalismo perante a política, os judeus e o sionismo

O tradicionalismo perante a política, os judeus e o sionismo. 

        

Em primeiro lugar, quero fazer uma observação a respeito dos posts recentes. Um amigo tradicionalista brasileiro (Obrigado, Joe!) enviou-me o seguinte link, da Wiki lusa: 

Maçons (http://wikilusa.com/wiki/Ma%C3%A7ons)

O protagonista dos meus últimos posts, se tivesse escolhido reagir civilizadamente ao invés de aumentar a intensidade da sua campanha de difamação contra os tradicionalistas, acusando-os de antissemitismo, que é uma maneira de associar o anti-sionismo a ideologias racialistas como o nazismo, o que é absurdo, afinal, parte significativa dos judeus, incluindo os designados ultra-ortodoxos, é anti-sionista, e os tradicionalistas rejeitam a eugenia e o racialismo, considerando-o mais uma corrupção herdeira do iluminismo, teria feito melhor. Mas ao partir para o ataque injusto, recorrendo à difamação, à vulgaridade e ao incitamento à perseguição e à censura, não apenas provou que está em falta perante o dever de se submeter à verdade, mas também levantou a suspeita de que há algo a esconder pois o nervosismo demostrado não é sinal de inocência. A nós, não interessa saber o que ele é pois nos basta saber que favorece uma agenda cuja existência nega. Da minha parte, seguro da justiça da causa que sirvo, resolvi cortar os poucos adjectivos que excediam o que era necessário utilizar e sigo adiante, de cabeça levantada. Lembro ainda que fomos nós a tomar a iniciativa de revelar a lista original, que não está na Wikipedia, mas sim na Wiki lusa, pois nós não omitimos nada e dizemos todas as verdades, incluindo as que poderiam ser vistas como inconvenientes por um seguidor de Maquiavel.

O lado positivo de ter sido alvo de uma campanha de difamação foi perceber que a propaganda sionista foi muito bem sucedida entre as classes instruídas. Tal constatação, que não é original, mas para mim adquire uma importância que não tinha pois a reação passional manifestada nas mensagens recebidas é um fenômeno que só agora vivi em primeira-mão, é interessante pois causa estranheza associar tal peixeirada aos que em princípio, por terem passado mais tempo nas escolas e universidades, e cuja vida material foi relativamente abundante, deveriam dominar melhor os instintos e agir com maior sabedoria. Perante tal fato, só posso afirmar que o sistema educativo nos dias de hoje não passa de reeducação, para ficarmos por um eufemismo.

Temos de lidar com isso e afinar as nossas táticas para atuarmos com eficácia. Desde há muito percebi que os tradicionalistas devem focar as suas ações de divulgação nas classes trabalhadoras, que são mais práticas e frescas mentalmente, conquistando o setor mais viril da sociedade (não se faz revoluções com a classe média) e desarmando os socialistas, cujas mentiras podem ser facilmente expostas, simultaneamente. O que defendemos não é uma ideologia de classe e não negamos que na sociedade liberal existe um conflito resultante de graves injustiças. Bastará lembrar a todos que a ordem liberal, que em princípio defende a propriedade e a liberdade, foi imposta pelo confisco generalizado em favor de alguns e pela força bruta, para além de jamais se ter baseado na concorrência, afinal, a imposição do liberalismo andou lado a lado com o estabelecimento de monopólios da emissão monetária.

Quanto às classes instruídas, devemos evitar cair no erro de discutir com elas, limitando-nos a pugnar as suas ideais à nossa maneira e a conquistar espaços para dar visibilidade ao que pregamos. Os que tiverem abertura de mente, nos ouvirão e aos poucos se aperceberão das graves contradições do discurso liberal (e socialista), quanto aos outros, não devemos ficar preocupados, pois são pessoas acomodadas, que acompanharão sempre o discurso dominante de forma passiva. Agora, andam presos ao discurso oficial por inércia (os anos de escolaridade são fundamentais na formação da maioria) e acomodação (qualquer discurso que fuja muito à média levanta resistência pois coloca essa falsa identidade absorvida nas escolas - e que define a classe - em perigo). Quebrada a espiral do silêncio em torno do que é o tradicionalismo, podemos também quebrar a armadilha dialética que confirma a ideia de mundo que acompanha essa identidade pois, se rompermos a brecha conquistando as massas populares, desarmando o perigo socialista, as contradições do liberalismo virão à tona e este já não poderá mais usar o espectro do perigo socialista para esconder a sua natureza totalitária, encerrada no conceito de soberania popular, de representação e de divisão de poderes, que no fundo não passam de cortinas de fumaça que encobrem a hipercentralização do estado liberal e a facilidade com que as elites endinheiradas podem dominar todos os poderes a partir do topo.

Mesmo aos mais economicistas, que tendem a defender as formas mais radicais de liberalismo, incluindo o libertarianismo, podemos oferecer algo muito melhor que o liberalismo político e o anarco-liberalismo. Muitos indivíduos ligados a tais correntes, especialmente à última, começam a perceber, graças ao estudo da história, que as formas políticas da idade média oferecem respostas muito mais eficazes às suas demandas. Adaptar os fundamentos da nossa tradição aos dias de hoje não será difícil (e isso é preciso pois enquanto a tradição foi a bússola da nossa ação política, as instituições, usos e costumes nunca deixaram de evoluir, mas sempre de maneira gradual e orgânica, jamais como resultado de experimentos sociais impostos por uma elite iluminada), especialmente porque o tradicionalismo é anti-centralista e promove a ideia de municipalismo, rompendo com o grande entrave para o progresso moral e material do mundo moderno: a centralização administrativa, judiciária e política, que anda lado a lado com a corrupção, a injustiça e a anomia.

Dito isso, passemos agora à nossa posição em relação “aos judeus” e ao sionismo. Como católicos, não podemos ignorar o fato de que o judaísmo nega a divindade do Messias, o que é um erro grave que mete a salvação da alma dos judeus em risco, o que é bem diverso de perseguir a raça semita (ou os cazares), advogar a morte de todos os judeus ou convertê-los à força, o que é anti-cristão. Mas deixo a religião de lado e passo à história e à política. Sabemos que a maioria dos “judeus”, e agora uso o termo no sentido vulgar, é composta por gente que está na mesma posição que quase toda a gente do mundo, ou seja, que está na base da pirâmide. É gente que trabalha e não faz mal a ninguém. Sabemos que há várias formas de judaísmo, a maior parte inócua, mas cientes de que dentro do judaísmo há correntes que praticam cultos exóticos, dos quais podemos ter uma ideia a partir da leitura de trechos do Talmude e do Zohar (confesso que não li tudo, mas o mesmo confesso em relação à Bíblia), e muito mais. Ontem mesmo dei o exemplo de uma obra que conheci graças ao meu antigo mestre, To Eliminate the Opiate, escrita por um rabino, e material sobre o tema não falta.

         

Tais grupos, liderados por famílias poderosas como os Rothschild, aos quais se ligaram muitos judeus famosos como Marx, Moses Mendelssohn e Theodor Herzl (“fundador” do moderno sionismo), tiveram um papel importante ao longo da história e se tornaram incrivelmente estáveis ao longo dos últimos 250 anos. A fortuna e a influência política dos Pierleoni, dos Fugger e dos Welser são modestos em comparação com a fortuna e o poder dos Rothschild, que depois de conquistarem o mundo durante o século XIX, conseguiram um feito digno de nota: alcançar a invisibilidade. Quando estudamos os bilionários das listas da Forbes ao pormenor e cruzamos isso com as conexões do mundo financeiro, descobrimos que indivíduos como Warren Buffet e George Soros não passam de testas de ferro de gente mais poderosa e que o poder de fenômenos como o bilionário “lusófono” Eike Batista só existe enquanto convém ao topo da pirâmide. Em pouco tempo, bastando para isso que as agências de rating cortem a classificação, os meios de comunicação - como a Reuters e o FT, onde mandam os Rothschild – dêem sinais negativos e os grandes bancos cortem o crédito, para além de uma miríade de armas financeiras e políticas que não tenho condições de descrever num post, se consegue deitar abaixo tais impérios. Na história do Brasil, isso se passou com o empresário Irineu Evangelista de Sousa, e nos dias recentes, nos EUA, temos o caso de John McAfee.

        

O grupo descrito controla famílias poderosas de gentis através da maçonaria e de outras redes, incluindo aí muitas casas reais, cujo poder é menor do que a aparência sugere, mas não criou as tais redes, muitas das quais existiram por séculos antes de serem dominadas e organizadas a partir de um centro. Que capitais fundaram as companhias das índias neerdelandesas? Que capitais estiveram por detrás da fundação do Banco de Amsterdão, o primeiro banco emissor do mundo? Que capitais estiveram por detrás de Cromwell e lhe permitiram levantar o new model army? Que capitais financiaram a revolução gloriosa(1), que pouco depois estabeleceu o primeiro banco emissor do mundo com monopólio, o Banco de Inglaterra? Procurem a resposta e chegarão à verdade que descrevo por si próprios.

         

Tal grupo promove o sionismo e jamais teve escrúpulos em promover a perseguição dos “judeus” quando era conveniente, ao mesmo tempo que usa as tais perseguições como arma contra os seus inimigos, como provam as ações da ADL, fundada com dinheiro dos Warburg. Os Rockefeller, cuja fortuna foi criada com o aval dos Rothschild, não tiveram problemas em financiar o Partido Nacional-Socialista, inclusive ajudando a Alemanha a construir a sua potente máquina de guerra através das empresas do complexo IG Farben. Enquanto isso, na Palestina sob mandato britânico, o governador britânico, o judeu Herbert Samuel, ajudou a aumentar a tensão entre judeus e palestinos nomeando Amin al-Husseini, tio de Yasser Arafat (maçom), como grão-mufti de Jerusalém, fazendo vista grossa à campanha de assassinatos contra lideranças palestinas que não estavam de acordo com os seus métodos. Espero que fique claro que os comunistas herdaram as técnicas dialéticas dos mesmos que fundaram e controlaram o comunismo internacional até a ascensão Estaline, e tudo indica que voltaram a instrumentalizá-lo após a queda do Muro de Berlim.

         

Defender o catolicismo e apontar os erros do judaísmo não é diverso de apontar os erros do islão, da mesma forma que ser tradicionalista em política e anti-sionista é diverso de ser um antissemita. O que os tradicionalistas atacam é a máfia sionista, ou judaica, que é a cabeça do movimento revolucionário mundial. Atacar essa máfia, e todos os grupos ligados e/ou controlados pela mesma, é diverso de atacar “os judeus”, da mesma forma que atacar a máfia italiana não significa atacar os italianos. Encobrir a existência dessa máfia é o verdadeiro perigo, pois o homem comum tende a generalizar e associar os crimes da mesma a todos os judeus, favorecendo o antissemitismo que a mesma incentiva para controlar “os judeus”. Quem afirma o contrário, deseja lançar uma cortina de fumaça sobre o globalismo e favorece uma agenda cuja primeira vítima é o próprio povo judeu, que, se um dia precisar de ajuda, poderá contar connosco, pois nós adotamos como norma de conduta o código da cavalaria e tomaremos sempre o partido dos mais fracos!

Fonte : http://libertoprometheo.blogspot.com.br/2014/02/o-tradicionalismo-perante-politica-os.html

(1) Revolução Gloriosa (por Emerson Santiago) é o nome dado pelo movimento ocorrido na Inglaterra entre 1688 e 1689 no qual o rei Jaime II foi destituído do trono britânico. Chamada por vezes de "Revolução sem sangue", pela forma deveras pacífica com que ocorreu, ela resultou na substituição do rei da dinastia Stuart, católico, pelos protestantes Guilherme (em inglês, William), Príncipe de Orange, da Holanda, em conjunto com sua mulher Maria II (respectivamente genro e filha de Jaime II).

            

Tal revolução toma forma com um acordo secreto entre o parlamento inglês e Guilherme de Orange, stadtholder  da Holanda (título específico holandês, equivalente a "chefe de estado") numa manobra que visava entregar o trono britânico ao príncipe, devido à repulsa dos nobres britânicos ante à insistência de Jaime II em reconduzir o país no rumo da doutrina católica. Assim, as tropas abandonam o rei Jaime e em junho de 1688 Guilherme de Orange é aclamado rei com o nome de Guilherme III. É estabelecida assim um compromisso de classe entre os grandes proprietários e a burguesia inglesa. Seu efeito negativo foi sentido pela população em geral, que foi marginalizada pela nova ordem. Outro efeito, porém, foi o de mostrar que não era necessário eliminar a figura do rei para acabar com um regime absolutista, desde que este aceitasse uma completa submissão às leis ditadas pelo parlamento. Assim, a Revolução Gloriosa iniciou a prática seguida até hoje na política britânica, que é a da Monarquia Parlamentar, em substituição ao absolutismo, onde o poder do rei é delimitado pelo parlamento.

O movimento possui feições mais associadas a um golpe de estado propriamente do que uma autêntica revolução, e em linhas gerais foram poucas as batalhas e conflitos deflagrados pela deposição do rei, com exceção de regiões de maioria católica, como na Irlanda e na Escócia, local de origem da dinastia Stuart, da qual Jaime II era integrante.

A Revolução Gloriosa marcou um importante ponto para o direcionamento do poder em direção do parlamento, afastando a Inglaterra permanentemente do absolutismo. Foi aprovado no parlamento o Bill of Rights  (declaração de direitos) onde proibia-se que um monarca católico voltasse a governar o país, além de eliminar a censura política, reafirmando o direito exclusivo do Parlamento em estabelecer impostos e o direito de livre apresentação de petições. A declaração ainda garantiu ao parlamento a organização e manutenção do exército, tirando qualquer possível margem de manobra política e institucional possível do monarca.

Assim, a barreira representada pelo absolutismo foi removida da vista da classe burguesa e da aristocracia rural, trazendo uma consequente prosperidade e florescimento às duas, que viveriam a seguir, com a Revolução Industrial, o seu auge dentro da sociedade inglesa.

Bibliografia:
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=187
http://www.saberweb.com.br/historia/historia_geral/revolucao_gloriosa.htm

Fonte : http://www.infoescola.com/historia/revolucao-gloriosa/

Abraços

2 comentários:

"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
Eduardo Galeano

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