O texto seguinte encontra-se no livro de economia «Success in Economics» de Derek Lobley B.A. Foi considerado apropriado para planos de estudos de economia de muitas corporações profissionais tais como o "Institute of Bankers".
Vamos imaginar uma economia na qual existe apenas um banco. Pouco depois de começar a sua actividade constata que indivíduos e empresas colocaram à sua guarda 10.000 Euros. Nesta fase é perfeitamente claro que o banco possui dinheiro suficiente no cofre para fazer face às exigências dos seus clientes.
Na prática os clientes preferem saldar as dívidas entre eles com cheques, dando ordens ao banco para transferir dinheiro de uma conta para outra. Portanto se Adam e Brown depositaram ambos 500 Euros no banco, e Adam deve a Brown 100 Euros, ele pode saldar a sua dívida ordenando ao banco para reduzir a sua conta em 100 Euros e acrescentar à conta do Brown a mesma importância.Nenhum dinheiro mudou de mãos; o banco ainda deve aos seus clientes 10.000 Euros; houve apenas um pequeno ajustamento nas contas.
Se todos os depositantes do banco estivessem preparados para resolver as suas dívidas desta forma o banco poderia esquecer os seus activos em dinheiro. Os clientes, contudo, precisam de levantar uma certa quantia de dinheiro todas as semanas para pequenos pagamentos (não é usual passar cheques para pequenas quantias) e também para pagar às pessoas que não querem utilizar o sistema bancário.
Se o banco descobre que, no máximo, os levantamentos semanais de dinheiro representam cerca de 10% do total dos depósitos, e que aquelas somas são rapidamente depositadas pelos comerciantes que aceitam os pagamentos em dinheiro dos seus clientes, então a máxima quantia de dinheiro que o banco precisa para fazer face aos seus clientes com um total de depósitos de 10.000 Euros é na realidade de 1000 Euros.
Alternativamente é possível constatar que com 10.000 Euros de dinheiro em caixa, o banco pode permitir-se uma dívida de 100.000 Euros.
Neste caso vamos imaginar um cliente, o Sr. Clark, que vai ao banco pedir um empréstimo de 1000 Euros. O gerente do banco concorda e abre uma conta para ele com um crédito positivo de 1000 Euros. O Sr. Clark pode agora passar cheques até ao montante de 1000 Euros embora não tivesse depositado qualquer dinheiro no banco; ele simplesmente fica obrigado a pagar os 1000 Euros mais os juros, tendo dado provavelmente alguma garantia ao banco.
Não existe agora dinheiro suficiente para acudir a todos os depositantes se eles quisessem levantar os seus depósitos, mas o banco sabe que provavelmente o máximo que será levantado é 1.100 Euros (10 % de 11.000 Euros).
Portanto, o banco irá continuando a fazer empréstimos (ou criando crédito, que é a mesma coisa) até que o dinheiro que tenha em caixa seja equivalente a apenas 10% dos depósitos.
Até agora, no que concerne aos clientes, a sua posição mantém-se constante quer eles tenham depositado dinheiro para abrir uma conta, quer o dinheiro tenha sido criado por um empréstimo. Quando eles gastam o seu dinheiro o receptor desse dinheiro não tem forma de saber se eles o depositaram no banco.
Deste modo, gerando crédito, os bancos aumentam a oferta de dinheiro.
Comentário de Major L.B.Angus: O sistema bancário moderno cria dinheiro a partir do nada. O processo é talvez o mais impressionante truque de prestidigitação já alguma vez inventado.
Este truque de prestidigitação permite às sanguessugas emprestar «milhões contabilísticos» e arrecadar milhões em juros, dolorosamente reais para quem os paga.
FONTE : http://citadino.blogspot.com.br/2007/04/como-que-os-bancos-criam-dinheiro.html
OUTROS : http://www.umanovaera.com/conspiracoes/dinheiro_vindo_do_nada.htm
http://www.resistir.info/financas/secrets_of_money_p.html
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