"Eis aqui o povo brasileiro" A Constituição mente!
Por Aileda de Mattos Oliveira*
Parece que tudo o que
é produzido no Congresso, o grande redil planaltino, é elaborado com
subterfúgio, escamoteado, por isso, nenhuma lei serve para nada, a não ser
livrar os próprios legisladores, amigos e companheiros da baixa e sacrílega
política, das garras da própria lei, cujas brechas só os carneiros com velocino
de ouro [1], à custa do contribuinte taxado, delas se utilizam para se safar.
A maior mentira, inclusa na precária Constituição «Cidadã», assim
apelidada pelo oportunista da época, Ulysses Guimarães, afirma que «Todos são
iguais perante a lei», mas nenhum dos gordos carneiros deste aprisco parlamentar
afirmou estar implícita a máxima de George Orwell de que «uns são mais iguais
que outros» [2].
O ovil amestrado, mescla do que é mais precário em
política partidária, deixou-se apascentar por pastores mercenários que cevam os
dóceis carneiros com especial alimento, subtraído das finanças públicas. Após
ruminarem os favores recebidos, obsequiam os seus beneméritos com assinaturas de
quaisquer projetos ou omissões a eles, satisfazendo, assim, as ambições de um
longo reinado de seus condutores benfeitores. Estão defendendo, sem o menor
pudor, nova ração bem mais substancial para a consolidação de seus bens
patrimoniais.
Assim, o acervo material desse inútil grupo vai-se
elevando e passa à guarda de leis sólidas, redigidas por parlamentares sérios de
países em que a palavra ‘roubo’ está associada a ‘algemas’ e ‘prisão’. «Graças a
Deus», dirá a sórdida cambada de políticos nacionais, «nosso patrimônio está
seguro em países em que a lei é cumprida». Este é o pensamento da grossa e
repugnante elite de congressistas brasileira.
A mentira constitucional
de que os direitos são iguais para todos foi desta vez desmistificada pelo STF
que, com raríssimas e arqueológicas exceções, é composto por outro rebanho, mais
engalanado com condecorações, nutrido com substantivas bolsas-magistrado,
polpudos cargos para os membros mais colaboradores e suas famílias, acertos
realizados nas cocheiras do Palácio, tudo em vista da imensa falta de vergonha
de cada pusilânime ministro.
Ah, se estivéssemos no governo militar e
esta podridão corresse como lava pelo Planalto abaixo, quais seriam o editorial
e as manchetes da nova maior rede petista de comunicação do país? Que diriam os
seus atuais dirigentes de fato, sobre o fato?
O Brasil é um barco à
deriva, tripulado por incompetentes e inidôneos sabujos de Cuba, bêbados pelo
poder e por outros dionisíacos vapores, que já venderam as suas almas àquele com
quem têm tanta afinidade de ações.
Nem os ministros do STF escaparam de
submeter-se aos doutores em estelionato, aos meliantes do mensalão, que os
empurraram ao lamaçal da corrupção, paraíso de todo petista, no qual as carcaças
dos ministros, seduzidos pela cantilena da sereia Estela do pantanal e de seus
cúmplices, já penetraram até a jugular.
Quando se fala que todas as
instituições do Brasil, sem exceção, estão com as artérias enrijecidas pela
miserável doença infecciosa que é o comunismo em todas as suas linhas
ideológicas, há quem pense que se faz retórica do momento conjuntural convulsivo
pelo qual o país passa, sem nenhum movimento de reação. Se for retórica, então
aponte qual a instituição que não esteja contaminada, destruída, nas suas bases,
pela perniciosa doutrina do velhaco Gramsci.
Quanto à sujeição do povo,
não há mais ignaro, mais indolente, mais sem vitalidade, mais inútil do que o
brasileiro. Povo e políticos; povo e ministros do STF são gêmeos idênticos;
parasitas que impedem, respectivamente, por covardia e por venda de suas almas,
que o país dê o retumbante grito de alforriado, liberto da gangue de traficantes
de consciências.
Diz a piada que Deus, diante de quem se espantou de ter
ele feito o Brasil tão extenso e exuberante, respondeu: «Verás o povinho que vou
pôr lá». Dizem os evangélicos: «Deus é fiel». Realmente, o povinho é tal como
Deus prometeu.
Por isso, sendo os políticos eleitos pelo povinho; os
ministros escolhidos pelos políticos eleitos pelo povinho, só podia dar no que
deu.
[1] Conjunto de pelos de carneiro.
[2] «A Revolução dos
Bichos».
*Dr.ª em Língua Portuguesa. A opinião expressa é
particular da autora.
Fonte: http://www.jornaldapaulista.com.br/site/page.php?key=4144
Abraços
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