domingo, 22 de setembro de 2013

Quanto à sujeição do povo, não há mais ignaro, mais indolente, mais sem vitalidade, mais inútil do que o brasileiro.

"Eis aqui o povo brasileiro" A Constituição mente!
 
Por Aileda de Mattos Oliveira*


        

Parece que tudo o que é produzido no Congresso, o grande redil planaltino, é elaborado com subterfúgio, escamoteado, por isso, nenhuma lei serve para nada, a não ser livrar os próprios legisladores, amigos e companheiros da baixa e sacrílega política, das garras da própria lei, cujas brechas só os carneiros com velocino de ouro [1], à custa do contribuinte taxado, delas se utilizam para se safar. 

A maior mentira, inclusa na precária Constituição «Cidadã», assim apelidada pelo oportunista da época, Ulysses Guimarães, afirma que «Todos são iguais perante a lei», mas nenhum dos gordos carneiros deste aprisco parlamentar afirmou estar implícita a máxima de George Orwell de que «uns são mais iguais que outros» [2].

O ovil amestrado, mescla do que é mais precário em política partidária, deixou-se apascentar por pastores mercenários que cevam os dóceis carneiros com especial alimento, subtraído das finanças públicas. Após ruminarem os favores recebidos, obsequiam os seus beneméritos com assinaturas de quaisquer projetos ou omissões a eles, satisfazendo, assim, as ambições de um longo reinado de seus condutores benfeitores. Estão defendendo, sem o menor pudor, nova ração bem mais substancial para a consolidação de seus bens patrimoniais.

Assim, o acervo material desse inútil grupo vai-se elevando e passa à guarda de leis sólidas, redigidas por parlamentares sérios de países em que a palavra ‘roubo’ está associada a ‘algemas’ e ‘prisão’. «Graças a Deus», dirá a sórdida cambada de políticos nacionais, «nosso patrimônio está seguro em países em que a lei é cumprida». Este é o pensamento da grossa e repugnante elite de congressistas brasileira.

A mentira constitucional de que os direitos são iguais para todos foi desta vez desmistificada pelo STF que, com raríssimas e arqueológicas exceções, é composto por outro rebanho, mais engalanado com condecorações, nutrido com substantivas bolsas-magistrado, polpudos cargos para os membros mais colaboradores e suas famílias, acertos realizados nas cocheiras do Palácio, tudo em vista da imensa falta de vergonha de cada pusilânime ministro.

Ah, se estivéssemos no governo militar e esta podridão corresse como lava pelo Planalto abaixo, quais seriam o editorial e as manchetes da nova maior rede petista de comunicação do país? Que diriam os seus atuais dirigentes de fato, sobre o fato?

O Brasil é um barco à deriva, tripulado por incompetentes e inidôneos sabujos de Cuba, bêbados pelo poder e por outros dionisíacos vapores, que já venderam as suas almas àquele com quem têm tanta afinidade de ações.

Nem os ministros do STF escaparam de submeter-se aos doutores em estelionato, aos meliantes do mensalão, que os empurraram ao lamaçal da corrupção, paraíso de todo petista, no qual as carcaças dos ministros, seduzidos pela cantilena da sereia Estela do pantanal e de seus cúmplices, já penetraram até a jugular.

Quando se fala que todas as instituições do Brasil, sem exceção, estão com as artérias enrijecidas pela miserável doença infecciosa que é o comunismo em todas as suas linhas ideológicas, há quem pense que se faz retórica do momento conjuntural convulsivo pelo qual o país passa, sem nenhum movimento de reação. Se for retórica, então aponte qual a instituição que não esteja contaminada, destruída, nas suas bases, pela perniciosa doutrina do velhaco Gramsci.

Quanto à sujeição do povo, não há mais ignaro, mais indolente, mais sem vitalidade, mais inútil do que o brasileiro. Povo e políticos; povo e ministros do STF são gêmeos idênticos; parasitas que impedem, respectivamente, por covardia e por venda de suas almas, que o país dê o retumbante grito de alforriado, liberto da gangue de traficantes de consciências.

Diz a piada que Deus, diante de quem se espantou de ter ele feito o Brasil tão extenso e exuberante, respondeu: «Verás o povinho que vou pôr lá». Dizem os evangélicos: «Deus é fiel». Realmente, o povinho é tal como Deus prometeu. 


Por isso, sendo os políticos eleitos pelo povinho; os ministros escolhidos pelos políticos eleitos pelo povinho, só podia dar no que deu.

[1] Conjunto de pelos de carneiro.

[2] «A Revolução dos Bichos».
 

*Dr.ª em Língua Portuguesa. A opinião expressa é particular da autora.

Fonte: http://www.jornaldapaulista.com.br/site/page.php?key=4144




Abraços

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