sábado, 28 de setembro de 2013

Deicídio = assassinato de Deus

Os judeus, povo deicida!

"Os judeus atuais, que aprovam no plano religioso a morte de Jesus Cristo, carregam inevitavelmente a falta de seus pais". 

"Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos".
Mateus 28: 25


Sabemos que, no segundo volume de seu "Jesus de Nazaré", o Papa Bento XVI sustenta a "inocência do povo judeu na condenação de Jesus Cristo", posição absurda, idêntica a de João Paulo II, e que foi a grande novidade escandalosa do Concílio Vaticano II, pela declaração Nostra Ætate, que contradisse vinte séculos de teologia católica. Alguns, um pouco apressadamente, hoje proclamam então que uma página do anti-judaísmo cristão foi virada, e que enfim foi negado que os judeus sejam "deicidas". Porém, o que existe realmente sobre isso do ponto de vista doutrinal?

O Concílio Vaticano II, concílio cismático, segundo Dom Lefebvre [1], pois ele está atravessado por teses inaceitáveis, dirá que "não se pode, todavia, imputar  indistintamente a todos os judeus que então viviam, nem aos judeus do nosso tempo, o que na Sua paixão se perpetrou". Isto está de acordo com o ensino de São Pedro, que interpela os judeus sem distinção, e segundo o qual eles seriam os assassinos do Salvador? Isto é conforme o ensino de São Paulo, que escreveu: "Assim como também elas sofreram por causa dos judeus. Estes mataram o Senhor Jesus e os profetas, e agora perseguem-nos. Desagradam a Deus e são inimigos de todos os homens" (Iª Te 2: 14-15)?

                        Quem são os judeus deicidas?

Importa, portanto, recordar que se todos os judeus, indistintamente, não são deicidas, visto que aqueles que se tornaram cristãos foram, com efeito, lavados desta falta pela graça do batismo, não obstante, é necessário precisar, com o conjunto dos Padres da Igreja, que os judeus atuais, que ainda aprovam no plano religioso a morte de Jesus Cristo, carregam inevitavelmente a falta de seus pais. Como sublinhava muito justamente Dom Lémann:

"Entre as assembleias que permaneceram responsáveis perante a posteridade, há uma sobre a qual pesa uma responsabilidade excepcional: é a assembleia que presidiu nos últimos dias a vida nacional do povo judeu. Foi ela que mandou comparecer e condenou Jesus Cristo. Ela carrega na história um nome a parte: chamam-na de sinédrio. Pronunciar diante dos israelitas este nome de sinédrio é recordar, segundo eles, a assembleia mais douta, mais equitativa, mais honrável que jamais existiu. Infeliz daquele que ousar, na presença de seus correligionários, emitir a menor reprimenda a propósito dos homens ou dos atos desta assembleia; ele não seria menos culpável se ele falasse contra a arca da aliança. E, todavia, os israelitas conhecem a fundo esta assembleia que eles mantém em tão grande veneração? Ousamos afirmar que não. Eles se acostumam desde a infância a respeitá-la; porém o que ela era, o que ela fez, eles ignoram. Ignorância terrível, imposta expressamente pelo rabinismo. Eis ainda a palavra de São Paulo: a verdade sufocada (Romanos 1: 18). Vamos, com a ajuda de Deus, rasgar os véus. Nossos antigos correligionários poderão enfim conhecer a verdade". 
(Valeur de l'Assemblée que prononça la mort contre Jésus-Christ, 1877).

O judaísmo rabínico da sinagoga que pouco a pouco se impôs, dirigido pelos fariseus, é uma traição considerável do judaísmo original. Este judaísmo rabínico se autorizou muito cedo a transgredir o proibido, de consignar a Torá oral, constituindo um corpo de regras estabelecidas por uma tradição heterogenia, desde o Talmud até hoje (Halakha), Torá oral que será inclusa no Mishna, sobre o qual foi elaborado em seguida a Tosefta, depois a Gemara. 

              O judaísmo rabínico carrega a responsabilidade do deicídio!

Importa entender que o judaísmo bíblico do primeiro Templo estava centrado unicamente sobre os sacerdotes, era um judaísmo sacrificial colocado sob a autoridade exclusiva dos sacerdotes (cohanims). Ademais, os livros do Pentateuco, que foram elaborados neste período, não fazem em momento algum alusão aos rabinos. Mesmo após o retorno do exílio da Babilônia e a edificação do segundo Templo, enquanto profundas modificações foram produzidas no seio do judaísmo, os rabinos ou fariseus ainda ocupavam um lugar apenas muito marginal, visto que a vida religiosa ainda está largamente centrada sobre os sacrifícios e os sacerdotes. Ora, em 70 depois de Jesus Cristo, os romanos, destruindo o templo de Jerusalém, eliminam de fato os sacerdotes e os saduceus. Os rabinos, ou seja, os fariseus, sobram como os únicos representantes da autoridade religiosa judaica, e é sua visão do judaísmo que vai se impor definitivamente, modificando profundamente o judaísmo mosaico. 

Não temos de esquecer que os rabinos ou fariseus não são sacerdotes, dos quais eles se diferenciam grandemente, eles são unicamente eruditos, especialistas da lei religiosa, em particular da "lei oral" na qual vão ser introduzidas mandamentos (mitzvot) completamente novos, não inclusos na Torá escrita (ou seja, na Bíblia e, sobretudo, no Pentateuco), mandamentos que, mais do que estranhos aos ensinos tradicionais do judaísmo mosaico, acabarão por tomar um valor normativo. 

Assim, os judeus, incrédulos em relação à divindade de Cristo, constituirão após a queda de Jerusalém um judaísmo talmúdico, rabínico e farisaico que, mais do que uma religião propriamente dita, será de fato uma linha extremamente hostil ao cristianismo, comportando teses que se traduzem por uma extraordinária violência, como podemos jugar por isso: "Todos os cristãos devem ser mortos sem excetuar os melhores" (Zohar I, 219 b); "O melhor entre os goins merece ser morto" (Abhodah Zarah 26 b Tosephoth); "Apague a vida do cristão e mate-o. Isto é agradável à Majestade Divina como aquele que oferece uma oferta de incenso" (Sepher Or Israel, 177 b), violência que se fará mesmo horrivelmente blasfematório e insultante para com Cristo: "Filho ilegítimo, concebido durante as regras de sua mãe" (Kallah, 1b. 18b); "Morto como um animal e enterrado em um monte de excrementos" (Zohar III, 282); "O filho de Pandira, um soldado romano" (Abhodah Zarah II); "Na véspera da Páscoa foi suspenso. Quarenta dias antes disso, esta proclamação foi feita: Jesus deve ser apedrejado até a morte porque ele praticou feitiçaria" (Sanhedrin 43 a); "Jesus está no inferno, fervendo nos "excrementos quentes"" (Sanhedrin 43a)[2], e a Virgem Maria, cujo caráter imundo e a odiosa grosseria abjeta deles nos convidam a não insistir mais sobre isso. Isto explica então porque, segundo o Papa Pio IX os judeus representam hoje a "Sinagoga de Satanás". 

                       Recordação da verdade teológica

Com a morte de Cristo, a cortina do Templo se rasgou, a Aliança antiga foi abolida e a Igreja, que contém todos os povos, culturas, raças e diferenças sociais, esta Igreja nasceu do lado transpassado do Redentor. Nisso os judeus de nossos dias não são nossos irmãos mais velhos como afirmara, durante sua visita à sinagoga de Roma em 1986, o Papa João Paulo II. Os judeus são cúmplices do deicídio contanto eles não se distanciem da culpabilidade do Sinédrio, da culpabilidade de seus pais, reconhecendo a divindade de Cristo e aceitando o batismo. 

Deste modo, é um erro radical se querer bom cristão manifestando deferência em relação aos judeus da sinagoga, pois eles são, positivamente, enquanto eles proclamam sua crença, portadores de uma falta que os tornam semelhantes aos seus pais que condenaram Cristo. Os judeus modernos, professando seu judaísmo, se afirmam indiretamente como co-responsáveis do crime escandaloso do Gólgota, e não merecem, portanto, que um cristão, que ao menos tenha consciência das exigências de sua religião, lhe expresse uma estima particular ou lhe conceda qualquer tipo de piedade, atitude que encontramos infelizmente muito frequentemente desde o Vaticano II entre os cristãos modernos, ainda que ela seja, todavia, deslocada e profundamente injustificável.

                        Conclusão

O povo hebreu, de Israel carnal, é tão somente uma realidade natural dessacralizada, cuja filiação divina cessou, sabendo que não há nada que possa sugerir a ideia de uma prerrogativa qualquer de Israel como povo de Deus desde a instauração da Lei nova. Não saberíamos ser mais diretos e precisos sobre este assunto, onde vemos uma multidão de cristãos sem discernimento, se alinhar sobre uma defesa errônea do judaísmo da sinagoga, recusando que seja pregado o Evangelho aos judeus, sob o pretexto falacioso e inexato de que Deus os quer tais como eles são. Importa, portanto, insistir nisso em nossos tempos de confusão teológica: Jesus Cristo, Deus feito homem, também é para os judeus o Redentor e a única via para a Salvação: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém poder ir ao Pai senão por mim" (João 14: 6).

Não há para eles caminhos de salvação separados.

É por isso que São Pedro, um judeu, o primeiro Papa, já chamava seus auditores judeus a se converterem e a se fazerem batizar no nome de Jesus Cristo (Atos 2: 38).

Este apelo solene não perdeu, nem sua atualidade nem sua validade religiosa, segundo a advertência formal de Cristo: "Eu digo que vós ireis morrer nos vossos pecados. Se não acreditais que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados" (João 8: 24).

Extraído de "Les Juifs peuple déicide! La Question."

[1] Dom Lefebvre, le Figaro, 4 de agosto de 1976.
[2] Todas as citações foram traduzidas da versão em francês, ou seja, não se trata das versões originais dos textos rabínicos.


"Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça." 
Romanos 1:18

Abraços

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