Quanto custa Israel
Apenas uns extractos de um completo e excelente
artigo:
(...)Primeiramente, o custo financeiro de Israel aos
contribuintes americanos. Entre 1949 e 1998, os EUA deram a Israel, com uma
população auto-declarada de 5.8 milhões, mais ajuda externa do que deram a todas
as nações da África subsaariana, a todos os países da América Latina, e a todos
os países do Caribe juntos, com uma população total de 1.054.000.000 de
pessoas.
(...)No ano
fiscal de 1997, por exemplo, Israel recebeu 3 bilhões de dólares do
orçamento de ajuda externa, pelo menos 525 milhões de dólares de outros
orçamentos dos EUA, e 2 bilhões de dólares em garantias de empréstimos
federais. Assim, o total de subvenções e garantias de empréstimo para Israel foi
de 5,5 bilhões de dólares. Isto quer dizer 15.068.493 dólares
por dia, 365 dias do ano.
Se acrescerem a
essas subvenções e empréstimos em ajuda estrangeira os totais aproximados de
subvenções para Israel de outras rubricas do orçamento federal dos EUA, Israel
recebeu desde 1949 uma subvenção total de 84,8 bilhões de dólares,
excluindo-se os 10 bilhões de dólares em garantias de empréstimos
governamentais dos EUA que retirou dentro do prazo. E se a isso calcular-se o
que os EUA pagaram em juros para tomar emprestado esse dinheiro e dá-lo a
Israel, o custo de Israel para os contribuintes dos EUA sobe para 134,8
bilhões de dólares, não corrigida a inflação do período.
Falando de
outro modo, os quase 14.630 dólares que cada um dos 5.8 milhões de
israelenses recebiam do governo dos EUA antes de 31 de outubro de 1997,
custaram aos contribuintes americanos 23.241 dólares por israelense. Isto é,
116.205 dólares por cada família israelense de cinco membros.
Nenhuma dessas
cifras inclui as doações privadas de americanos para instituições de caridade
israelenses, que constituíam inicialmente cerca de um quarto do orçamento de
Israel, e hoje aproxima-se de 1 bilhão de dólares ao ano. Afora o efeito
negativo dessas doações sobre o balanço de pagamentos, os doadores também as
deduzem do pagamento de impostos, criando outro enorme dreno no tesouro dos
EUA.
As
cifras acima não incluem nenhum dos custos financeiros indiretos de Israel para
os Estados Unidos, os quais não podem ser contabilizados. Um exemplo foi o
custo que os industriais dos EUA tiveram com o boicote árabe, certamente em
bilhões de dólares, em números atualizados. Outro exemplo foi o custo para os
consumidores americanos do preço do petróleo, o qual subiu a tais alturas que
desencadeou uma recessão mundial, durante o boicote árabe imposto como reação ao
apoio dos EUA a Israel na guerra de 1973.
(...)Entre
essas organizações estão grupos como a Liga
Anti-Difamação da B'nai B'rith, com um orçamento de 45 milhões de
dólares, e Hadassah, grupo de mulheres sionistas que gasta mais do que a AIPAC e
manda milhares de americanos anualmente a Israel em visitas supervisionadas pelo
governo israelense.(...)
Tanto a AIPAC
quanto a ADL mantêm departamentos de "pesquisa de oposição" secretos que
compilam arquivos sobre políticos, jornalistas, acadêmicos e organizações, e
divulgam essas informações através de conselhos da comunidade judaica para
grupos e ativistas pró-Israel, a fim de prejudicar as reputações daqueles que
ousarem falar livremente e sendo assim rotulados de "inimigos de
Israel".(..)
(...)O
custo para o nosso sistema político, ao perder figuras nacionais que se
recusaram a permitir que os interesses políticos nacionais dos EUA ditem a
política externa dos EUA tem sido enorme. Enquanto a AIPAC e outros
lobbys poderosos continuarem a impedir esforços importantes a favor da
reforma financeira das campanhas, os americanos continuarão pagando
imperceptivelmente esses custos.
(...)Outros
exemplos são uma parcela dos custos de manutenção de grandes forças navais da
Sexta Frota dos EUA no Mediterrâneo, basicamente para proteger Israel, e
unidades aéreas militares na base de Aviano, Itália, para não mencionar os altos
custos de deslocamentos freqüentes para a Península Arábica e a área do Golfo de
forças aéreas e terrestres dos Estados Unidos e de unidades navais da Sexta
Frota, a qual normalmente opera no Oceano Pacífico. Há muitos anos atrás, o
então subsecretário de Estado George Ball estimou que o verdadeiro custo
financeiro de Israel para os Estados Unidos era de 11 bilhões de dólares ao ano.
Desde então, a ajuda externa direta dos EUA a Israel praticamente dobrou, e
simplesmente convertendo essa cifra original para dólares em 1998 a colocaria
num patamar consideravelmente mais elevado. Em seguida, vem o custo de Israel
para o prestígio e a credibilidade internacional dos Estados Unidos. Os
americanos parecem constantemente surpresos com os fracassos de nossa política
externa no Oriente Médio. Isso decorre de uma profunda ignorância do histórico
da disputa israelo-palestina, a qual, por sua vez, resulta da relutância da
grande mídia dos EUA em apresentar os fatos objetivamente.(...)
(...)Mesmo nossos aliados europeus e asiáticos fizeram coro deplorando a perpétua posição dos EUA a favor de Israel. Numa recente votação de uma resolução na Assembléia Geral da ONU exortando Israel a suspender novas usurpações de terras palestinas por parte de colonos judeus, somente os EUA e a Micronésia votaram com Israel. Das 185 nações-membros da ONU, todas as demais, sem exceção votaram contra Israel ou se abstiveram.
Perdas maiores de vidas americanas nas mãos das forças árabes que se opõem a Israel são melhor conhecidas. Estas incluem a perda de 141 militares dos EUA no bombardeio de acampamentos da Marinha dos EUA em Beirute, em 1984. Incluem também a perda de diplomatas dos EUA e empregados locais do governo dos EUA em dois bombardeios à Embaixada dos EUA em Beirute. Outros eventos semelhantes incluem o bombardeio à Embaixada dos EUA no Kuwait, a tomada de reféns americanos em Beirute, dos quais três foram mortos, as mortes de americanos numa série de seqüestros de aviões relacionados com a questão do Oriente Médio, as mortes de 19 funcionários dos EUA no bombardeio das Torres Al Khobar, na Arábia Saudita, e o assassinato de 1997 de quatro contadores trabalhando para uma companhia americana em Karachi.
(...)É
um fato triste mas comprovado que o governo israelense também obteve tecnologia
militar secreta dos EUA, os quais Israel vendeu a outros países. Por exemplo,
depois que os EUA enviaram baterias defensivas de mísseis Patriot por motivo de
uma emergência para defender Israel durante a Guerra do Golfo, os israelenses
parecem ter vendido a tecnologia do míssil Patriot à China, de acordo com o
inspetor geral do Departamento de Estado. Em conseqüência, os EUA foram
obrigados a desenvolver toda uma nova geração de tecnologia de mísseis capazes
de penetrar as defesas que a China desenvolveu por causa da traição israelense.
(...)
Talvez a
racionalização mais hipócrita oferecida pelos amigos de Israel é que o
tratamento especial dado pelos EUA é justificado porque Israel "é a única
democracia em funcionamento no Oriente Médio", e que Israel e os EUA têm muitas
instituições básicas em comum. De fato, a democracia israelense não funciona
para não-judeus. Ao contrário dos EUA, onde pela lei todos os cidadãos têm
direitos iguais independentemente de origem religiosa ou étnica, cidadãos
muçulmanos e cristãos de Israel não têm direitos iguais aos judeus com relação a
serviço militar, aos extensos benefícios sociais disponíveis para os veteranos
do serviço militar israelense, ou mesmo em termos de tributos israelenses
impostos aos cidadãos árabes e aos investimentos do governo israelense em
comunidades árabes dentro de Israel.(...)
Richard
Curtiss - Português Brasil
Abraços
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George Orwell
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