domingo, 22 de setembro de 2013

Israel recebe U$ 15 MILHÕES por dia em doações do contribuinte americano. Dados de 1997

Quanto custa Israel

Apenas uns extractos de um completo e excelente artigo:
(...)Primeiramente, o custo financeiro de Israel aos contribuintes americanos. Entre 1949 e 1998, os EUA deram a Israel, com uma população auto-declarada de 5.8 milhões, mais ajuda externa do que deram a todas as nações da África subsaariana, a todos os países da América Latina, e a todos os países do Caribe juntos, com uma população total de 1.054.000.000 de pessoas. 

(...)No ano fiscal de 1997, por exemplo, Israel recebeu 3 bilhões de dólares do orçamento de ajuda externa, pelo menos 525 milhões de dólares de outros orçamentos dos EUA, e 2 bilhões de dólares em garantias de empréstimos federais. Assim, o total de subvenções e garantias de empréstimo para Israel foi de 5,5 bilhões de dólares. Isto quer dizer 15.068.493 dólares por dia, 365 dias do ano.

Se acrescerem a essas subvenções e empréstimos em ajuda estrangeira os totais aproximados de subvenções para Israel de outras rubricas do orçamento federal dos EUA, Israel recebeu desde 1949 uma subvenção total de 84,8 bilhões de dólares, excluindo-se os 10 bilhões de dólares em garantias de empréstimos governamentais dos EUA que retirou dentro do prazo. E se a isso calcular-se o que os EUA pagaram em juros para tomar emprestado esse dinheiro e dá-lo a Israel, o custo de Israel para os contribuintes dos EUA sobe para 134,8 bilhões de dólares, não corrigida a inflação do período.

Falando de outro modo, os quase 14.630 dólares que cada um dos 5.8 milhões de israelenses recebiam do governo dos EUA antes de 31 de outubro de 1997, custaram aos contribuintes americanos 23.241 dólares por israelense. Isto é, 116.205 dólares por cada família israelense de cinco membros.

Nenhuma dessas cifras inclui as doações privadas de americanos para instituições de caridade israelenses, que constituíam inicialmente cerca de um quarto do orçamento de Israel, e hoje aproxima-se de 1 bilhão de dólares ao ano. Afora o efeito negativo dessas doações sobre o balanço de pagamentos, os doadores também as deduzem do pagamento de impostos, criando outro enorme dreno no tesouro dos EUA.
As cifras acima não incluem nenhum dos custos financeiros indiretos de Israel para os Estados Unidos, os quais não podem ser contabilizados. Um exemplo foi o custo que os industriais dos EUA tiveram com o boicote árabe, certamente em bilhões de dólares, em números atualizados. Outro exemplo foi o custo para os consumidores americanos do preço do petróleo, o qual subiu a tais alturas que desencadeou uma recessão mundial, durante o boicote árabe imposto como reação ao apoio dos EUA a Israel na guerra de 1973.
(...)Entre essas organizações estão grupos como a Liga Anti-Difamação da B'nai B'rith, com um orçamento de 45 milhões de dólares, e Hadassah, grupo de mulheres sionistas que gasta mais do que a AIPAC e manda milhares de americanos anualmente a Israel em visitas supervisionadas pelo governo israelense.(...)
Tanto a AIPAC quanto a ADL mantêm departamentos de "pesquisa de oposição" secretos que compilam arquivos sobre políticos, jornalistas, acadêmicos e organizações, e divulgam essas informações através de conselhos da comunidade judaica para grupos e ativistas pró-Israel, a fim de prejudicar as reputações daqueles que ousarem falar livremente e sendo assim rotulados de "inimigos de Israel".(..)
(...)O custo para o nosso sistema político, ao perder figuras nacionais que se recusaram a permitir que os interesses políticos nacionais dos EUA ditem a política externa dos EUA tem sido enorme. Enquanto a AIPAC e outros lobbys poderosos continuarem a impedir esforços importantes a favor da reforma financeira das campanhas, os americanos continuarão pagando imperceptivelmente esses custos.

(...)Outros exemplos são uma parcela dos custos de manutenção de grandes forças navais da Sexta Frota dos EUA no Mediterrâneo, basicamente para proteger Israel, e unidades aéreas militares na base de Aviano, Itália, para não mencionar os altos custos de deslocamentos freqüentes para a Península Arábica e a área do Golfo de forças aéreas e terrestres dos Estados Unidos e de unidades navais da Sexta Frota, a qual normalmente opera no Oceano Pacífico. Há muitos anos atrás, o então subsecretário de Estado George Ball estimou que o verdadeiro custo financeiro de Israel para os Estados Unidos era de 11 bilhões de dólares ao ano. Desde então, a ajuda externa direta dos EUA a Israel praticamente dobrou, e simplesmente convertendo essa cifra original para dólares em 1998 a colocaria num patamar consideravelmente mais elevado. Em seguida, vem o custo de Israel para o prestígio e a credibilidade internacional dos Estados Unidos. Os americanos parecem constantemente surpresos com os fracassos de nossa política externa no Oriente Médio. Isso decorre de uma profunda ignorância do histórico da disputa israelo-palestina, a qual, por sua vez, resulta da relutância da grande mídia dos EUA em apresentar os fatos objetivamente.(...)


(...)Mesmo nossos aliados europeus e asiáticos fizeram coro deplorando a perpétua posição dos EUA a favor de Israel. Numa recente votação de uma resolução na Assembléia Geral da ONU exortando Israel a suspender novas usurpações de terras palestinas por parte de colonos judeus, somente os EUA e a Micronésia votaram com Israel. Das 185 nações-membros da ONU, todas as demais, sem exceção votaram contra Israel ou se abstiveram.

Perdas maiores de vidas americanas nas mãos das forças árabes que se opõem a Israel são melhor conhecidas. Estas incluem a perda de 141 militares dos EUA no bombardeio de acampamentos da Marinha dos EUA em Beirute, em 1984. Incluem também a perda de diplomatas dos EUA e empregados locais do governo dos EUA em dois bombardeios à Embaixada dos EUA em Beirute. Outros eventos semelhantes incluem o bombardeio à Embaixada dos EUA no Kuwait, a tomada de reféns americanos em Beirute, dos quais três foram mortos, as mortes de americanos numa série de seqüestros de aviões relacionados com a questão do Oriente Médio, as mortes de 19 funcionários dos EUA no bombardeio das Torres Al Khobar, na Arábia Saudita, e o assassinato de 1997 de quatro contadores trabalhando para uma companhia americana em Karachi.

(...) Todos esses incidentes, e muitos outros nos quais americanos foram mortos, resultaram diretamente do apoio americano unilateral a Israel em sua recusa de participar do acordo "terra por paz" com os palestinos e seus outros vizinhos árabes, previsto na Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU. Os EUA fingiram apoiar essa resolução desde novembro de 1997. Mas na prática nada fizeram para forçar Israel e cumpri-lo, muito embora a resolução tenha sido aceita pelos membros da Liga de Estados árabes. A hipocrisia dos EUA provoca ira e frustração em todo o Oriente Médio e sul da Ásia, o que continuará a cobrar vidas americanas até que Israel finalmente devolva as terras que ocupou em 1967, ou os EUA parem de subsidiar a intransigência israelense. 
  
(...)É um fato triste mas comprovado que o governo israelense também obteve tecnologia militar secreta dos EUA, os quais Israel vendeu a outros países. Por exemplo, depois que os EUA enviaram baterias defensivas de mísseis Patriot por motivo de uma emergência para defender Israel durante a Guerra do Golfo, os israelenses parecem ter vendido a tecnologia do míssil Patriot à China, de acordo com o inspetor geral do Departamento de Estado. Em conseqüência, os EUA foram obrigados a desenvolver toda uma nova geração de tecnologia de mísseis capazes de penetrar as defesas que a China desenvolveu por causa da traição israelense. (...)

Talvez a racionalização mais hipócrita oferecida pelos amigos de Israel é que o tratamento especial dado pelos EUA é justificado porque Israel "é a única democracia em funcionamento no Oriente Médio", e que Israel e os EUA têm muitas instituições básicas em comum. De fato, a democracia israelense não funciona para não-judeus. Ao contrário dos EUA, onde pela lei todos os cidadãos têm direitos iguais independentemente de origem religiosa ou étnica, cidadãos muçulmanos e cristãos de Israel não têm direitos iguais aos judeus com relação a serviço militar, aos extensos benefícios sociais disponíveis para os veteranos do serviço militar israelense, ou mesmo em termos de tributos israelenses impostos aos cidadãos árabes e aos investimentos do governo israelense em comunidades árabes dentro de Israel.(...)

Richard Curtiss - Português Brasil 


Abraços

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