domingo, 27 de julho de 2014

Guerra siono-comunista na Espanha

GUERRA CIVIL ESPANHOLA  (1936-1939)
A guerra civil espanhola foi a mais sangrenta "ditadura do proletariado" marxista que já existiu.



A Segunda República (1931-1939) 

Na eleição espanhola de Junho de 1931 os socialistas foram o partido mais votado. Em 14 de Julho 123 advogados, 41 médicos, 65 professores e 24 trabalhadores abriram o primeiro parlamento republicano eleito pelo voto direto na Espanha. O governo inicial foi composto por republicanos da esquerda, socialistas e por regionalistas bascos e catalãos. Para liderar esta mistura o advogado Niceto Alcalá Zamora foi eleito como o primeiro-ministro.

         
Niceto Alcalá-Zamora y Torres (Priego de Córdoba, Espanha, 6 de Julho de 1877 — Buenos Aires, Argentina, 18 de Fevereiro de 1949) foi primeiro presidente da Segunda República Espanhola, de 1931 a 1936.

O líder socialista era Largo Caballera e seus rivais mais próximos eram o radical Lerroux e Manuel Azaña do partido Ação Republicana.

         
Francisco Largo Caballero foi um político da Espanha. Ocupou o lugar de presidente do governo de Espanha de 1936 a 1937. Nascimento: 15 de outubro de 1869, Madrid, Espanha - Falecimento: 23 de março de 1946, Paris, França.

Seu objetivo mais importante era fazer uma nova Constituição, o que imediatamente criou divisões entre as diferentes partes.

          
Manuel Azaña Díaz (Alcalá de Henares, 10 de Janeiro de 1880 — Montauban, 3 de Novembro de 1940) político espanhol, segundo e último Presidente efetivo da Segunda República Espanhola.

Os dois primeiros anos sob controle da esquerda viram mudanças políticas radicais, em seguida dois anos com partidos de centro no poder e, finalmente, um período de seis meses da Frente Popular esquerdista radical que desembocou na guerra.

Devido as pressões revolucionárias de todos os lados a classe média espanhola democrática nunca obteve controle suficiente para introduzir a estabilidade política que o país precisava.

A constituição republicana de 1931 era um passo para o estabelecimento do socialismo e/ou anarquismo na Espanha.

O artigo 26 da Constituição afirmava que a Espanha já não era oficialmente católica, e seria proibido ensinar religião sob qualquer forma.A Constituição separou a igreja do estado, e acabou com os títulos de nobreza, criou um único Parlamento com regime parlamentarista, deu autonomia ao País Basco e a Catalunha, deu direito de voto as mulheres e soldados e criou a lei do divórcio. Novas adições ao Artigo 26 foram posteriormente introduzidas, como proibir as procissões religiosas e o toque de sinos de igreja. A bandeira da Espanha foi substituída, um novo hino nacional foi composto, e importantes ruas e praças renomeados.

Até ai nada de muito grave, porém, uma lei de 1932 permitia a expropriação de terras e as propriedades da igreja foram confiscadas, a partir dai a violência generalizada se iniciou com revoltas, motins e greves por toda parte. Seguiu-se uma orgia de queima de igrejas e pilhagem geral em todo o país com os anarquistas participando ativamente. Era o ódio revolucionário explodindo com toda sua costumeira fúria.

          
  Crianças da anarquista Barcelona, em 1936, brincando de execução.

          
Polícia repúblicana levando prisioneiro (comandante R. Ortiz) para ser executado.

Os vários artigos da nova Constituição dividiram o país em dois, com um lado querendo ser "muito novo", e a outra metade dizendo que "não era novo o suficiente".

Haviam segmentos diversos de apoio no meio do povo, como os camponeses pobres da Andaluzia (de maioria comunista) que foram informados que a propriedade era para ser "o objeto de expropriação por ser de utilidade social".

Na década de 1930 cerca de 1% dos proprietários controlava 42% da terra na Andaluzia. Em um período de dois anos 12 mil famílias receberam terras na Andaluzia, mas o efeito negativo foi que a terra cultivada total caiu 750 mil acres.

A Catalunha sob o novo governo era quase um estado de independente e foi controlado por um conselho com maioria anarquista chamado Generalitat com seu próprio presidente, bandeira, parlamento e sistema tributário. Os bascos estavam a espera de uma forma similar de independência.

          
                       Desfile do Generalitat.

Todas essas mudanças na Espanha eram acompanhadas com ansiedade por toda a Europa pela esquerda revolucionária internacional, havia interferência estrangeira dentro do movimento socialista espanhol, em especial por parte da URSS sob o comando de Stalin, e milhares de jovens esquerdistas europeus foram para a Espanha, a nova rosa vermelha do socialismo...

          
                   As "brigadas internacionais" desfilando.

A revolta dos nacionalistas foi planejada a partir do verão de 1932. Durante este período (1931-32) houve explosão de violência na maior parte do país e os efeitos gerais dessa ação foram sendo agora sentidos nas cidades industriais, até o final de 1933 o desemprego atingiu um nível de 600.000 desempregados. Os investidores também descobriram que o novo estilo da Espanha não era do seu agrado.

Em 1933 uma nova eleição com as mulheres pela primeira vez participando trouxe um balanço em favor dos partidos não esquerdistas. Esse fato, a rejeição pelo povo espanhol da esquerda revolucionária, é muito importante, porém, em geral, é omitido na descrição dos fatos históricos. O principal partido foi liderado por José Maria Gil Robles, que consistiu de frações de católicos, monárquicos e carlistas.

Os republicanos de esquerda ficaram furiosos com a derrota nas urnas e o presidente Alcalá nomeou o radical Lerroux como o novo primeiro-ministro como uma medida de retaliação. A instabilidade voltou com força e um governo efetivo era praticamente inexistente. Novas desdobramentos apareceram com os comunistas espanhóis entrando em cena.

         
                 Propaganda comunista.

Outro partido igualmente importante que surgiu foi a Falange, que era centrado nos princípios fascistas começando a ficarem populares na Europa. O líder era José Antonio, filho de Primo de Rivera.

No verão de 1934 os comunistas e os falangistas estavam quase envolvidos em uma guerra de rua pelo poder. A UGT convocou uma greve geral e declarou então que a Catalunha era um estado independente.
Uma das líderes comunista iria tornar-se internacionalmente conhecida como La Pasionaria (Dolores Ibarruri) pelos seus discursos inflamados.

Ao receber relatos de sacerdotes sendo assassinados e atrocidades sendo cometidas pelos comunistas nas Astúrias o governo enviou a Legião Estrangeira Espanhola para lidar com o problema. Ironicamente, com a Legião foram mouros marroquinos que estavam agora a lutar em uma região nunca conquistada por eles. Eles foram liderados pelo general Millan Astay e sob seu comando estava Francisco Franco. Quando a Legião estabeleceu o controle deixou para trás mais de 2.000 mortos e milhares na cadeia ou feridos.

Por esta altura, havia mais de 30.000 opositores ao governo esquerdista na prisão, incluindo dois líderes da oposição aos esquerdistas republicanos, Azaña e Largo Caballero.

Adicionando perigo potencial para a situação surgiu em 1933 uma sociedade secreta formada por oficiais do exército que se nomeou o UME.

Em 1935, o agora general Franco foi nomeado como Chefe do Estado-Maior do Exército, e a nação esperou para ver o que o exército iria fazer, mas Franco resolveu esperar antes de fazer qualquer movimento.

Uma eleição em fevereiro de 1936 decidiu os grupos de ambos os lados:
- a Frente Popular de esquerda, principalmente comunistas, anarquistas e idealistas;
- a Frente Nacional, conservadores, nacionalistas, fascistas, católicos e a população rural do norte.
A Frente Popular comunista ganhou a maioria no parlamento.

O general Franco ofereceu o apoio do exército para o primeiro-ministro interino, no entanto, esta oferta foi rejeitada. Azaña assumiu as rédeas do poder e generais, como Franco foram designados para guarnições remotas.

         
                      Azaña

O líder do partido Falange foi preso em março e enviado para uma prisão em Alicante. Levantes diários e violentos eclodiam e até meados de Junho foi feita uma acusação no parlamento que "houve 269 assassinatos políticos, 1.287 feridos, 341 greves, e 400 igrejas destruídas ou danificadas".

Em 11 de julho Calvo Sotelo também atacou verbalmente as falhas do novo governo, e alguns dias depois ele foi assassinado por policiais do governo republicano, que supostamente estavam folga.

         
José Calvo Sotelo foi um político e jurisconsultor direitista espanhol, ministro das Finanças entre 1925 e 1930. Foi exilado durante os primeiros anos da Segunda República Espanhola, para além de ter sido eleito deputado em todas as legislaturas. Nascimento: 6 de maio de 1893, Tui, Espanha - Assassinado (foto acima) em: 13 de julho de 1936, Madrid, Espanha.

Na sexta-feira de 14 julho de 1936, a guarnição do exército em Melilla no norte da África se revoltaram e isso foi seguido no dia seguinte por outras guarnições na Espanha. Era o início da Guerra Civil Espanhola.

          
Francisco Franco Bahamonde, nasceu em 4 de dezembro de 1892, Ferrol, Galiza/Espanha e faleceu em 20 de novembro de 1975 (82 anos), Madrid/Espanha.

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Sobre quem governava a Espanha.

Nas histórias sobre a guerra civil espanhola, a maioria delas feitas por esquerdistas, o cenário da guerra fica nebuloso, tais histórias sutilmente se referem ao general Franco como se ele fosse o ditador da Espanha, mas, ele não era.

As narrativas não dão a entender que os socialistas ERAM GOVERNO. Os esquerdistas que presidiram e mandaram na Espanha entre 1931 até 1937 foram Manuel Azaña Díaz, Francisco Largo Caballero e Juan Negrín. Os esquerdistas governavam a Espanha e tinham a marinha, o exército, a polícia nas mãos desde que assumiram o poder em 1931. Os comunistas/socialistas/anarquistas espanhóis tinham toda a estrutura estatal nas mãos, e com tudo isso ainda receberam a ajuda de centenas de agentes soviéticos enviados por Stalin já por volta de 1934.

Desta forma, os esquerdistas tinham a Espanha nas mãos ... porém, a Catalunha, principalmente Barcelona, era anarquista, e existiam socialistas de diversas vertentes, e também os que se declaravam "comunistas", que na verdade estavam sob o comando da URSS. Os esquerdistas tinham todo o poder na Espanha, mas, como sempre, jamais se entendiam.

Então, é necessário que FIQUE BEM CLARO, os esquerdistas ERAM O GOVERNO da Espanha (e não Franco) e com o aval do governo os militantes esquerdistas partiram para a violência contra religiosos, fazendeiros e líderes da oposição, colocaram fogo e destruíram igrejas e conventos, mataram muitos religiosos e líderes nacionalistas, tomaram terras da igreja e de fazendeiros, tomaram propriedades privadas nas cidades, em especial em Barcelona, de uma forma geral os esquerdistas - com o aval do governo espanhol - iniciaram um período de terror e caos na Espanha, quem não fosse socialista/anarquista não estava mais sob o abrigo da lei e do estado espanhol.

Os espanhóis que se revoltaram contra o terror e caos criado PELO GOVERNO socialista e pegaram em armas eram em muito menor número, e dependeram em larga escala do desembarque dos legionários marroquinos (parte do Marrocos pertencia a Espanha) de Franco na Espanha, mas, mesmo assim eram em menor número contra O ESTADO SOCIALISTA ESPANHOL.

Uma fortaleza defendida por nacionalistas e cercada pelo exército esquerdista republicano por 65 dias (ver documentários) foi a maior demonstração de resistência na guerra e não o que os relatos feitos por marxistas querem fazer parecer, ficou em ruínas mas não caiu, este foi um grande incentivo aos nacionalistas.

O fato dos esquerdistas serem governo é DELIBERADAMENTE OMITIDO na história. A razão dessa omissão é fazer parecer que Franco era um ditador fascista oprimindo os "heróicos" esquerdistas e o pior disso, é que conseguem enganar muita gente que pensa que Franco era governo e massacrava os "pobres revolucionários"...

Mas, a verdade histórica é que quem era governo eram os esquerdistas (comunistas, socialistas, anarquistas) e foram eles que iniciaram o massacre de religiosos, fazendeiros e líderes da oposição, e o processo para implantar na Espanha a ditadura do proletariado.

O general Franco foi o líder dos espanhóis que resistiram a essa opressão do governo socialista e lutaram pela liberdade e para parar o terror e o caos na Espanha.

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Vamos ver um exemplo real do que foi dito acima sobre a distorção da verdade e da total manipulação mentirosa da história da guerra em favor dos "idealistas" praticadas até mesmo no EUA e que colocam os comunistas/anarquistas/socialistas que governavam a Espanha como se fossem vítimas.

         

Em 1943 foi lançado no EUA o filme "For Whom The Bell Tools", título em português "Por Quem os Sinos Dobram", que fez sucesso nos anos seguintes depois do fim da segunda guerra mundial. A história é baseada em um livro de Ernest Hemingway, o filme pode ser visto no link abaixo:


Mas, vejamos o que diz a sinopse do filme em um dos sites mais populares de filmes o "Adoro Cinema":

"Espanha, 1937. Durante a Guerra Civil Robert Jordan (Gary Cooper), um idealista americano, se alia aos guerrilheiros e tem a missão de explodir uma ponte estratégica em um desfiladeiro bem defendido pelos franquistas. Chega ao local com Anselmo (Vladimir sokoloff), um guia, que lhe apresenta Pablo (Akim Tamiroff), o chefe dos guerrilheiros da região, Pilar (Katina Paxinou), a mulher de Pablo, e outros guerrilheiros. Neste contexto Jordan se apaixona por Maria (Ingrid Bergman), uma bela jovem cujos pais foram mortos pelos franquistas. A missão de Jordan é contestada por Pablo, pois explodirem a ponte atrairia para ali o exército e a aviação franquista. Pilar, uma mulher determinada, não concorda com as posições de Pablo, que age de um jeito no mínimo suspeito."
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1035/

Vamos comentar o texto da sinopse:

Começa chamando o "herói" do filme de "idealista", não, isso é mentira, ele era um assassino a serviço do Serviço Secreto da República socialista espanhola, um agente secreto comunista, e não "idealista" como é dito, ele praticava sabotagem a mando dos militares socialistas do governo republicano que levou a Espanha a guerra. Desta forma o filme transforma um assassino sabotador em herói.

Em seguida a sinopse diz q ele se alia a "guerrilheiros", não, isso é uma meia verdade, o "herói" não foi lá na região para se aliar com ninguém, foi lá explodir uma ponte a mando dos generais socialistas do governo da Espanha. Os "guerrilheiros" que lá estavam no início da guerra civil não estavam lá, estavam nas cidades matando a pauladas gente indefesa, o próprio filme mostra isso, eles estavam nas montanhas agora porque estavam perdendo a guerra e tiveram que fugir.

A sinopse chama os inimigos do "herói" de "franquistas".... não, não eram, eram nacionalistas, que a partir de um ponto da guerra foram comandados pelo general Franco, eles lutavam contra os comunistas que deram o governo espanhol nas mãos de Stalin.

E por último dizem que a "heroína" teve os pais mortos pelos franquistes, aí fica a impressão que foram assassinados "pelos franquistas", ou seja, colocam a imagem de assassinos no exército que lutava contra eles na guerra civil que eles começaram, e na verdade, foram eles que mataram muita gente indefesa e não os "franquistas".

Quem vê o filme e não tem uma informação baseada na verdade dos fatos históricos tem a nítida impressão que os "guerrilheiros" eram "oprimidos" e que os "franquistas" pertenciam a um governo opressor, mas, na verdade não eram, os "guerrilheiros" eram assassinos covardes que mataram milhares de pessoas indefesas quando estavam com o poder total nas mãos governando a Espanha, e os "franquistas", estes sim lutavam contra a opressão e o terror implantado na Espanha pelo governo socialista republicano.

          FOTO: Autor Ernest Hemingway posa para um retrato ao mesmo tempo em uma caça grande jogo em setembro de 1952 no Quênia.
Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de Julho 1899 — Ketchum, 2 de Julho 1961) foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Esta experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalou em Cuba. Em 1953, ganhou o prêmio Pulitzer, e, em 1954, ganhou o prêmio Nobel de Literatura. Suicidou-se em Ketchum, em Idaho, em 1961.

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Início da Guerra Civil Espanhola

Em 1936 a morte de Calvo Sotelo trouxe à tona o descontentamento que tinha sido lentamente fomentado no exército já de algum tempo.

No início da revolta o Exército foi chefiado pelo general Sanjurjo, que tinha sido exilado em Portugal. Os líderes ativos antes da eclosão da Guerra Civil eram de fato Goded e Mola com Franco ainda na espera. O exército estava bem preparado quando o momento chegou com seus membros segurando nas mãos listas de todas as atrocidades praticadas pela esquerda.

         
             Distribuição das forças no início da guerra.

O general Franco tinha tomado a decisão antes da revolta em Melilla e ficou ao lado dos generais revoltosos do exército. Em julho foram trazidos de volta das Ilhas Canárias para o general Franco os seus legionários.

Em 1936, Francisco Franco Bhamonde tinha atingido a idade de 43 anos e havia distinguido-se como um bravo soldado. Filho de uma família naval tinha ido para o exército por falta de vagas na marinha, tinha 15 anos. Seu ranking acadêmico na Academia de Infantaria de Toledo não era dos melhores, mas sua ação no Marrocos lhe rendeu 13 medalhas por disciplina, liderança e coragem. Ele chegou à patente de general com a idade de 33 anos, o que fez dele o mais jovem em atingir esse posto na Europa depois de Napoleão Bonaparte. Sua vida social era conservadora e as mulheres pareciam lhe incutir pouco interesse até que ele conheceu Carmen Polo e se casou com ela em 1923. Franco apareceu como um homem dedicado a vida militar com a disciplina no topo de suas prioridades, em seguida, o patriotismo, seguido de perto por conceitos fortes de honra e integridade.

O Marrocos espanhol, as Ilhas Canárias, Galiza, Navarra e partes de Castela e Aragão imediatamente ficaram do lado dos militares rebeldes. O povo também teve sua participação e em Madrid a sua intervenção manteve a guarnição leal ao governo de esquerda.

Goded fracassou em Barcelona e foi baleado, enquanto Sanjurjo morreu quando seu avião caiu durante a decolagem em Portugal.

Estes episódios deixaram no campo de batalha três líderes independentes, Franco, Mola e Queipo, o que criou uma outra divisão na Espanha, sua população foi forçada a optar entre o governo esquerdista e os rebeldes do exército.

O governo tinha o apoio de cerca de 75% da indústria e comércio além de um considerável apoio do resto do exército e forças de segurança importantes. Felizmente para Franco e seus companheiros os líderes do governo de Madrid não conseguiam manter uma política de união, essa é uma característica histórica do esquerdismo, não conseguem se entender entre eles. A Catalunha passou a ser governada por dois Generalitat e os bascos ficaram divididos como em outros lugares.

          
             Homenagem dos catalãos a Stalin na Porta de Alcalán.

Uma história verídica que ficou famosa foi a morte de 500 habitantes de Ronda, na Andaluzia, relatada por Ernest Hemingway em seu livro "Por Quem os Sinos Dobram". Dentro de poucos dias algumas centenas de igrejas foram queimadas ou saqueadas e estima-se que mais de 7.000 padres, monges, freiras, bispos foram mortos. Mas este foi apenas o começo de assassinatos em massa que foram cometidos neste Guerra Civil de ambos os lados. Era a besta revolucionária a solta na Espanha.

         
           Revolucionários atirando em estatua de santa em Madri.

A chave para o avanço de Franco foi a ida de seus legionários marroquinos para a Espanha, o que deu a ele a proteção necessária nos primeiros momentos da guerra. Meses depois a Alemanha decidiu juntar-se ao seu lado e emprestou-lhe vinte aviões de transporte de tropas.

As forças de Franco eram bem treinadas e tinham ganhado muita experiência nas lutas na África. Em contrapartida o entusiasmo da milícia republicana ajudou a equilibrar a luta.

A princípio, os nacionalistas, como o exército do general Franco ficou conhecido, rapidamente capturaram a Andaluzia e Estremadura. Neste momento o apoio internacional foi para os dois lados bem como o idealismo da juventude foi despertado em ambos.

A Alemanha, Itália e Portugal, enviaram homens, armas e aviões para ajudar o general Franco. Da Itália vieram milhares de soldados voluntários, e os alemães enviaram cem aviões com sede em Salamanca, os quais tiveram um efeito decisivo na guerra.

A Rússia foi o principal mantenedor para os republicanos e enviou armas, equipamentos e conselheiros militares. Inglaterra e França também ajudaram os republicanos. Os revolucionários do mundo foram para a Espanha e adotaram o nome de "Brigadas Internacionais", compostas por milhares de fervorosos partidários do comunismo de 58 nações do mundo, a Internacional Socialista cuidou da alistamento deles e a apresentação inicial foi feita na França.

         
Cartaz de propaganda com o slogan das brigadas internacionais (1937).

Integrantes da banda russa que foram presas por dançar no altar de igreja em Moscou, com uma delas usando camiseta com o "no pasaran" anarquista ao serem libertadas (2013).

         
Essa insanidade continua presente na cabeça de muitos jovens, é como erva daninha, sempre se renova. Essa foto é importante para que as pessoas saibam que, na verdade, a moça não estava criticando Putin, ela estava fazendo anarquismo, pois ela é uma anarquista.

As Brigadas criaram uma grito de guerra - ino pasarán! (e não passarão!) para arregimentarem os jovens para irem lutar na Espanha. Porém, apesar de milhares de gritos... passaram. Passaram por uma razão bem simples, a de que também existiam milhares que achavam que tinham o direito de viver de forma diferente da que os socialistas lhes queriam impor.

Franco quebrou a resistência republicana em Toledo depois de dura luta. Entre muitos outros eventos vale registrar o que ocorreu antes na cidade de Gijon, onde os nacionalistas não conseguiram segurar os republicanos e foram todos mortos.

O episódio de Toledo deu a Madrid tempo para construir suas defesas a espera do ataque nacionalista.
A luta em Madri foi na área oeste da cidade e o ataque durou mais de dois anos. Aos poucos o destino da luta foi pendendo para os nacionalistas. Isto foi ainda mais ajudado pelos fortes conflitos existentes entre as diferentes facções de esquerda nas fileiras republicanas. Barcelona e a Catalunha foram exemplos da desunião e despreparo administrativo dos anarquistas.

          
                     Anarquistas lutando na Catalunha.

Em abril de 1937 a aviação alemã atacou Guernica e destruiu grande parte da cidade matando milhares de pessoas, esse episódio ficou famoso devido ao quadro de Picasso (1), mas, nada mais foi que um dos muitos episódios sangrentos dessa guerra que dariam para Picasso pintar vários quadros semelhantes.

Em 1937 boa parte da ação foi na costa norte, onde a indústria da construção naval caiu nas mãos dos nacionalistas. A morte do general Mola em um acidente de avião deixou o general Franco como principal líder..

          
POUM (Partido Operário de Unificação Marxista) atuou com as milícias, de operários não tinha tantos, mas, de marxistas tinha muitos.

Em Barcelona anarquistas e o POUM entraram em choque contra os comunistas, revolucionários lutando contra revolucionários - uma constante no meio revolucionário, eles nunca se entendem, nem em coisas básicas, como se a terra ia ser socializada ou não eles conseguiram ter uma decisão consensual...
Na Catalunha os comunistas, vinculados ao movimento comunista mundial, a Internacional Socialista, se impuseram sobre os anarquistas e o POUM e os tornaram ilegais, mataram muitos deles.
Foi uma das memoráveis demonstrações da insanidade que domina a mente do ser revolucionário desejoso de "transformar o mundo"...

Final da guerra

Na Primavera de 1938 os nacionalistas seguiram através da linha de defesa em Aragón e chegaram na costa leste da Espanha. Aproveitando o momento oportuno os republicanos atacaram a retaguarda de Franco com uma ofensiva na vale do rio Ebro, que custou no total mais de 50.000 feridos e 20.000 mortos.

Em dezembro o exército de Franco marchou para Barcelona praticamente indefesa e os republicanos fugiram para o norte e para a França. O teatro final foi em 1939 em Madrid com as forças nacionalistas colocados na periferia com o coronel Casado atacando os republicanos.

Em 28 março o exército de Franco entrou em Madrid e a primeiro de abril a guerra foi oficialmente terminada.

          
          Desfile dos nacionalistas comandados pelo general Franco.

A guerra terminou com o controle da Espanha firmemente nas mãos do General Franco. A Guerra Civil Espanhola tinha feito danos incalculáveis para a prosperidade e estrutura de Espanha e tinha "enviado para se matarem o irmão contra irmão". Estima-se que bem mais de 500.000 espanhóis tenham morrido, em muitos casos foram abatidos em assassinatos em massa fora do campo de batalha. Foi uma guerra muito triste e caro para a Espanha pois os socialistas da URSS jamais devolveram o ouro espanhol tolamente enviado a eles pelos tolos revolucionários espanhóis.

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Karl Marx ao estabelecer no Manifesto Comunista as 10 "medidas" que deveriam ser executadas após a tomada do poder pelos proletários... não previu que poderia haver reação ao despotismo que tais medidas impunham.

1 - Expropriação da propriedade da terra e emprego da renda da terra em proveito do Estado.
2 - Imposto fortemente progressivo.
3 - Abolição do direito de herança.
4 - Confiscação da propriedade de todos os emigrantes e rebeldes.
5 - Centralização do crédito nas mãos do Estado por meio de um banco nacional com capital do Estado e com o monopólio exclusivo.
6 - Centralização, nas mãos do Estado, de todos os meios de transporte.
7 - Multiplicação das fábricas e dos instrumentos de produção pertencentes ao Estado, arroteamento das terras incultas e melhoria das terras cultivadas, segundo um plano geral.
8 - Trabalho obrigatório para todos, organização de exércitos industriais, particularmente para a agricultura.
9 - União do trabalho agrícola e industrial e medidas tendentes a fazer desaparecer gradualmente a distinção entre a cidade e o campo.
10 - Educação pública e gratuita de todas as crianças, abolição do trabalho das crianças nas fábricas. União da educação com a produção material.

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A seguir temos 6 vídeos que mostram a Guerra Civil Espanhola em detalhes.

São coisas que deveriam ser vistas por todos os seres humanos, que deveriam ser estudas por todos seres humanos, para que todos seres humanos possam saber ao que leva a estupidez revolucionária daqueles que se acham no direito de "transformar o mundo".

Existem nações, como a Austrália (2), o Canadá (3), a Finlândia, que estabeleceram a liberdade, a democracia e o progresso social e econômico sem nunca jamais terem precisado fazerem revoluções e matarem milhares de compatriotas em prol da "causa" socialista. (Austrália e Canadá quase exterminaram as populações indígenas todas em nome do progresso, da democracia, da liberdade dos colonizadores, é claro.)

O que existe nestes vídeos é uma epopéia, a epopéia da estupidez revolucionária, a tragédia que se abateu sobre a humanidade com o surgimento do sentimento idealista revolucionário em seu seio.

Vídeo 1/6:


Vídeo 2/6:


Vídeo 3/6:



Vídeo 4/6:



Vídeo 5/6:



Vídeo 6/6:


Um outro vídeo em espanhol descrevendo os acontecimentos de forma mais resumida:


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O tesouro espanhol mandado para a Rússia.

          

Como o conflito encaminhava-se para sua fase final os republicanos esquerdistas nomearam um ministro da fazenda com o nome de Dr. Juan Negrín que de início cometeu o maior erro de todos os erros possíveis.

         
Juan Negrín López (3 de fevereiro de 1889 — Paris, 12 de novembro de 1956) foi um político da Espanha. Ocupou o lugar de presidente do governo de Espanha de 1937 a 1939 e de Presidente do Governo da República no exílio até 1945.

Temendo que os lingotes de ouro e tesouros acumulados por séculos pelo Império Espanhol caíssem nas mãos dos nacionalistas, ele decidiu enviar os tesouros para a Rússia! Stalin recebeu o ouro como um presente!

O espião soviético Alexander Orlov relatou em um livro esse episódio em detalhes. O envio dos tesouros da Espanha para a Rússia comunista foi determinado por decreto assinado pelo presidente Manuel Azaña e pelo ministro da fazenda Juan Negrín.

O ouro estava escondido em Cartagena em guarnições da marinha, continha mais de 10.000 caixas, ao todo eram mais de 650 mil quilos de ouro e prata!

Para transportar essa riqueza Stalin enviou quatro navios cargueiros russos, a mercadoria toda foi levada para o porto russo de Odessa e de lá para Moscou.

Stalin ficou exultante e deu uma grande festa para comemorar o seu feito jamais igualado na história humana em grau de imbecilidade do enganado!

Fonte :
http://comentriossobreacontecimentosmundiais.blogspot.com.br/2013/04/a-guerra-civil-espanhola-foi-mais.html

Notas:
(1) http://desatracado.blogspot.com.br/2013/10/desmistificando-tela-comunista.html
http://desatracado.blogspot.com.br/2013/10/comunista-assassinaram-inocentes-na.html

(2) http://www.portaloceania.com/au-life-aborigenes-port.htm http://cnncba.blogspot.com.br/2009/03/genocidio-dos-aborigenes-australianos.html 

(3) http://www.presstv.ir/detail/2012/10/14/266573/canada-seeks-to-exterminate-aboriginals/

Abraços

3 comentários:

"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
Eduardo Galeano

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