O Brasil perdeu. Não. Quem perdeu foi uma empresa privada com fins lucrativos que usa o nome, as cores e os símbolos do país sem pagar um centavo de royalties ao povo brasileiro. A razão social da empresa é Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o seu nome fantasia é Seleção Brasileira. Mas não é dela que quero comentar.
Pegando o embalo da Copa do Mundo no Brasil, com suas denúncias de superfaturamento, atrasos etc, quero comentar sobre algumas diferenças entre os locais onde os esportes são praticados. Ou seja, os estádios de futebol e ginásios poliesportivos.
Um país como o Brasil, carente de qualidade e quantidade de escolas, saneamento básico, infraestrutura ferro-hidro-aero-dutoviária, segurança policial despreparada e caluniada, defesa militar pífia, judiciário capenga, imoralidade político-partidária generalizada, pensamento e gosto populares atrofiados, subempregados num atrasado complexo industrial desnacionalizado, entre outras; investir bilhões de reais em enormes estádios onde se pratica, aqui, somente uma modalidade esportiva, o futebol, é algo extremamente esdrúxulo e esnobe.
Tendo em consideração o elencado de fatos e argumentos resumidos acima, sou propenso à defender mais os esportes como o vôlei e handebol, pois que numa quadra coberta, o ginásio poliesportivo, é mais barata e mais utilizável que os grandes estádios descobertos de futebol.
Num país como o Brasil com suas mazelas, os ginásios poliesportivos cobertos são mais lógicos, baratos, funcionais e inclusivos social e esportivamente que os estádios de futebol a céu aberto com grama e que só servem para este esporte e eventualmente shows musicais promotores de imoralidades, da drogação dos jovens, baderna e lixo.
Ginásios poliesportivos cobertos são os ideias para o vôlei, tão querido e triunfante ao país, e servem perfeitamente também para uma gama maior de práticas esportivas como o handebol, o basquete, o futsal, a ginástica artística, o tênis de mesa, as artes marciais como o judô, o boxe, o taekwondo. É só colocar um tablado e o tatame por cima e pronto. Servem também para palestras e tudo ao abrigo necessário da chuva e do vento. Podendo todos estarem confortáveis e seguros com a família e filhos pequenos. Muito melhor que estádios de futebol enormes e descobertos.
Ginásios poliesportivos cobertos servem inclusive para a defesa civil, como nas campanhas de vacinção e de agasalhos e nos casos de calamidades climáticas, abrigando as família desalojadas. Estádios descobertos de futebol não tem esta utilidade. Ginásios são mais estratégicos.
Os enormes estádios de futebol servem apenas para 22 atletas jogarem e as regras do futebol não permitem muitas trocas durante a partida. Já no vôlei e handebol, por exemplo, podem ocorrer trocas de atletas o tempo todo. Esta rotação de atletas torna as partidas mais dinâmicas, ao contrário do enorme campo de futebol mais propenso à jogos morosos.
Por causa de sua dinâmica e espaços menores para as partidas, os esportes praticados nos ginásios poliesportivos são mais inclusivos social e atleticamente, o que estimula e propicia que mais jovens se direcionem à saudável prática esportiva. O que é muito interessante para um país como o Brasil com grande índice de jovens sem lazer, desocupados e sem ou poucas perspectivas.
Os ginásios, ao contrário dos estádios, são locais e esportes muito mais interessantes, com elenco maior de atributos esportivos e extra-esportivos para os jovens e a sociedade como um todo. As opções esportivas, custo de construção e manutenção são mais atrativas. Ginásios são mais baratos que estádios que ainda tem a grama para ser cuidada, trocada, aparada e regada. Além de necessitar um sistema de escoamento para o excesso de chuva. Ginásios são muito mais práticos e utilizáveis.
Jogos de futebol são demorados, tem poucos atletas, requerem muito espaço para treinar e jogar, clima favorável, e até morte por relâmpago já ocorreram. Seus estádios ocupam muito espaço urbano para sua instalação e estacionamento. Ao contrário de ginásios poliesportivos cobertos que não requerem tanto espaço geográfico urbano já tão escasso e caro, além de mais utilizáveis e versáteis. Sendo menores e mais baratos, podem ser construídos em maior quantidade e tem mais opções de escolha de locais. Se encaixam melhor aos centros urbanos e nos municípios menores, menos problemas ainda.
Abraços
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