O medo que o ateísmo militante esconde
Ao
exigir o cancelamento de um debate sobre o criacionismo, os
militantes ateus da Unicamp demonstraram o obscurantismo que circunda
a ação desses grupos
Uma conferência dedicada ao estudo das origens do universo teve de ser cancelada, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), depois de pressões de um grupo de ateus. Tudo porque na mesa de discussões se incluíam nomes da corrente criacionista, tese que se opõe às teorias de Charles Darwin. Entre os convidados, estavam o físico americano Russell Humphreys e o arqueologista da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp), Rodrigo Silva. Em sua defesa, a Unicamp justificou o cancelamento do “1° Fórum de Filosofia e Ciência das Origens”, programado para o último dia 17, alegando a falta de “integrantes que pudessem debater o tema sob todos os pontos de vista” 01.
A
nota da universidade parece piada. Se a academia, de fato, se
preocupasse com o debate “sob todos os pontos de vista”, bastaria
o convite de um ou mais professores especializados na matéria, para
fazer a discussão. Evolucionistas estão por toda parte. A razão
para essa atitude obscurantista vai mais longe. Ainda que, atenção!,
houvesse a presença de debatedores de diferentes correntes
científicas, o evento não seria permitido, pelo menos no que
dependesse dos militantes neo-ateus. Essas pessoas não estão
minimamente interessadas no diálogo ou no debate. Elas
já fizeram uma escolha. A escolha pela intolerância, pelo
radicalismo anticientífico e - vejam só! - pelo dogmatismo.
Não
importa que o evolucionismo seja apenas uma teoria. Não importa se o
“elo perdido” continua perdido. Importa submeter a ciência às
determinações do ateísmo. E
aí vale qualquer coisa. Vale, por exemplo, impedir a participação
de uma pessoa considerada inimiga, simplesmente por defender ideias
diferentes, como fizeram com Bento XVI, em 2008, proibindo-o de
proferir um discurso na abertura do ano letivo da Universidade de
Roma, “La Sapienza”. Ironicamente, a referida universidade foi
fundada por outro papa: Bonifácio VIII, em 1303. Vale também
enxotar um senhor de 70 anos de uma palestra, a despeito de sua
contribuição para a academia, como aconteceu na Unesp, em Franca
(SP), em 2012, quando da participação do príncipe dom Bertrand de
Orleans e Bragança, numa discussão sobre a relação da família
real brasileira na construção do país e sobre alguns novos
documentos de arquivo pessoal da princesa Isabel.
Em
contrapartida, contrariando todos os rótulos e acusações pueris, é
a Igreja quem mais favorece o diálogo, sobretudo na pesquisa
científica. Bento XVI, quando prefeito da Congregação para
Doutrina da Fé, sempre gostou de debates, enfrentando, de igual para
igual, pessoas do calibre de Jurgem Habermas e Paolo Flores D’Arcais.
Mais recentemente, o Papa Emérito surpreendeu a opinião pública,
respondendo, com 11 páginas impecáveis, às indagações do ateu
Piergiorgio Oddifreddi, feitas no livro “Caro Papa, escrevo-te”.
O resultado foi “um diálogo entre a fé e a razão” que -
segundo narra Oddifreddi - “permitiu
a ambos um confronto franco (...) opostos em quase tudo, mas unidos
em torno de um único objetivo: a busca da Verdade com letra
maiúscula.” 02
A
Igreja Católica possui um dos maiores e mais respeitados centros de
pesquisa científicas do mundo. Para
vergonha da militância ateísta, a Pontifícia Academia das
Ciências, da Santa Sé, possui, entre os seus membros, um total de
72 prêmios Nobel, se contando aqueles que já faleceram. A página
da Academia dá a lista completa 03.
Diante desse currículo, só mesmo o fanatismo e a obstinação burra
de alguns ativistas anticlericais para insistir na alcunha de que a
fé é inimiga da razão.
Mas
o que escondem os militantes ateus que não querem debater?
É
preciso dizer, de antemão, que o Magistério católico “não
proíbe que nas investigações e disputas entre homens doutos de
ambos os campos se trate da doutrina do evolucionismo” 04,
desde que essas investigações “sejam ponderadas e julgadas com a
devida gravidade, moderação e comedimento, contanto que todos
estejam dispostos a obedecer ao ditame da Igreja, a quem Cristo
conferiu o encargo de interpretar autenticamente as Sagradas
Escrituras e de defender os dogmas da fé.”05 Ora,
Deus, em sua infinita grandeza, bem poderia criar o mundo em seis
dias ou em um zilhão de anos, através de uma progressão lenta e
contínua. A Igreja não discute isso!
Contudo,
a fim de solapar os fundamentos da fé, os militantes ateus
ultrapassam esses limites, dando à teoria evolucionista um caráter
dogmático, alheio às suas fundações, e, sobretudo,
antirreligioso, como se na origem do universo estivesse o nada. Uma
tal proposta é não somente absurda, como carece de sustentação.
Além disso, dentro da comunidade científica, o evolucionismo não é
nenhuma unanimidade.
A
teoria evolucionista que defende a existência do mundo a partir de
uma série de causalidades não é um ataque à fé, é um ataque à
razão. Nesta evolução, não existe o ser, não existe o Logos, a
razão criadora que dá sentido a todas as coisas. Há apenas um
fluxo contínuo de transformações que não se sabe como começou
nem quando vai terminar. Em última análise, significa a própria
negação da espécie humana e de sua mente. Não é de se espantar
que o darwinismo tenha desembocado justamente nos regimes mais
assassinos da história: o nazismo e o comunismo. Ambos buscavam a
evolução do homem; o homem novo. 06
Brincava
o escritor G.K. Chesterton, descrevendo as consequências do
pensamento evolucionista: “Descartes disse: ‘Penso; logo,
existo’. O filósofo evolucionista inverte e negativiza o epigrama
e diz: ‘Não existo; portanto, não posso pensar’”. 07
Eles
não podem pensar…
Eis
aí a razão pela qual os militantes ateus da Unicamp exigiram o
cancelamento do debate: eles não podem pensar. A simples hipótese
de confrontar a incoerência evolucionista com o Logos criador lhes
causa calafrios. Isso se chama medo. Medo de enxergar o óbvio. Medo
do diálogo. Medo de partir em busca daquela Verdade com letra
maiúscula, como dizia Oddifreddi a propósito de seu debate com
Bento XVI. E uma ciência pautada no medo não pode produzir bons
frutos. A
loucura do velho Nietzsche que o diga!
Não,
Deus não está morto!
Por Equipe
Christo Nihil Praeponere
Caro amigo.
ResponderExcluirQuero sugerir estes dois links sobre darwin e sua teoria:
http://fab29-palavralivre.blogspot.com.br/2012/05/teoria-da-adaptacao.html
http://fab29-palavralivre.blogspot.com.br/2012/09/darwin-em-xeque.html
E você conhece esta teoria:
http://fab29-palavralivre.blogspot.com.br/2013/02/a-origem-das-especies-sumeria.html
E uma sugestão à parte: passe a escrever seus comentários em azul, por exemplo. O vermelho em fundo laranja é tenebroso para astigmáticos como eu.
Abraço.
Caro, mestre.
ResponderExcluirObrigado pelas dicas.
Vou atualizar a minha postagem.
Abraços