* Jeremy R. Hammond, analista político independente que foi galardoado com o prêmio Projeto Censurado ao melhor jornalismo investigativo, explica um por um os mitos sionistas que ouvimos todos os dias na propaganda israelense. Fonte: Alba TV (Tradução do espanhol: Natália Forcat)
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Em uma enorme concessão a Israel, os palestinos aceitaram há muito tempo uma solução de dois estados. Os representantes eleitos do povo palestino na OLP de Yasser Arafat reconheceram, desde os anos 70, o Estado de Israel e aceitaram uma solução de dois Estados. Apesar disso, a mídia ocidental continuou dizendo na década de 90 que a OLP rejeitou essa solução e em vez disso, queria varrer Israel do mapa.
Este padrão tem se repetido desde que o Hamás venceu as eleições palestinas em 2006. Embora a organização islâmica há anos aceitou a realidade do Estado de Israel e demonstrou a sua vontade de aceitar um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, junto o Estado de Israel, é praticamente obrigatório para grande mídia ocidental, ainda hoje, dizer que o Hamas rejeita a solução de dois Estados e, de fato, procura "destruir Israel".
No início de 2004, pouco antes de ser morto por Israel, o fundador do Hamás, xeque Ahmed Yassin, declarou que o Hamás aceitaria um Estado palestino ao lado de Israel. Desde então, o Hamás tem repetido uma e outra vez a sua vontade de aceitar uma solução de dois Estados.
No início de 2005, o Hamás divulgou um documento afirmando que seu objetivo era alcançar um estado palestino ao lado de Israel, com base nas fronteiras de 1967.
O líder exilado do bureau político do Hamas, Khaled Meshaal, escreveu no The Guardian de Londres, em janeiro de 2006, que o Hamás estava "pronto para alcançar uma paz justa." Ele escreveu que "nunca reconheceremos o direito de qualquer potência a roubar-nos nossa terra e negar nossos direitos nacionais. [...] Mas se você estão disposto a aceitar o princípio da trégua de longo prazo, estamos preparados para negociar os termos."
Durante a campanha eleitoral de 2006, o líder do Hamas em Gaza, Mahmoud al-Zahar disse que a organização islâmica estava disposta a "aceitar o estabelecimento de nosso estado independente na área ocupada em 1967″, um reconhecimento tácito do estado de Israel.
O primeiro-ministro eleito, o líder do Hamás, Ismail Haniyeh, disse em fevereiro de 2006 que o Hamas aceitava "o estabelecimento de um Estado palestino "dentro das "fronteiras de 1967".
Em abril de 2008, o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter reuniu-se com líderes do Hamás e, em seguida disse que a organização islâmica "aceitaria um Estado palestino com as fronteiras de 1967" e também "aceitaria o direito de Israel a viver em paz com seu vizinho. O "objetivo final" do Hamás era "ver Israel com fronteiras atribuídas em 1967, ao lado de um Estado palestino."
Naquele mesmo mês, o líder do Hamás, Meshaal, disse: "Temos oferecido uma trégua se Israel se retirar para as fronteiras de 1967, uma trégua de dez anos, como prova de reconhecimento." E em 2009, disse que o Hamás "aceitou um Estado palestino nas fronteiras de 1967."
A mudança do Hamás, da rejeição total da existência do Estado de Israel a aceitar o consenso internacional de uma solução de dois Estados é em grande parte um reflexo da vontade do povo palestino. Uma pesquisa de opinião pública realizada em abril do ano passado, por exemplo, descobriu que três em cada quatro palestinos estavam dispostos a aceitar uma solução de dois Estados.
Abraços
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