domingo, 24 de novembro de 2019

Trans arte

A arte (?) ideológica contemporânea



A arte tradicional, na maior parte dos países, representa geralmente os quatro temas que constituem, segundo Heidegger, o “mundo” dos homens.

A divindade, os homens, a natureza, o ideal

Quando a arte representa a divindade: é o caso da arte grega clássica que tanto marcou a nossa. É o caso da arte da Idade Média, principalmente religiosa. A arte religiosa constitui a maioria das obras-primas apresentadas nos nossos museus de arte antiga. A arte que representa o Buda pertence também a essa categoria. O Islão recusa-se a representar deus mas os versos do Corão são representados de maneira decorativa.

Quando a arte representa os homens: é nomeadamente o caso da arte do retrato. O rosto humano é representado não somente nas telas mas também nos monumentos e sob a forma de esculturas. No cristianismo a representação de Deus e a representação dos homens convergem frequentemente, porque Deus encarna num homem, o Cristo. Mas o retrato pode também representar um rei, um guerreiro, um simples camponês, mulheres ou crianças.

A arte pode também representar a natureza, a terra que conduz os homens. É a arte paisagista. No século XIX a arte paisagista ganhou uma conotação patriótica. Mas a arte patriótica é mais antiga do que isso.

A arte representa, por fim, o ideal, os ideais da sociedade. Representamos nos nossos monumentos nacionais uma mulher que simboliza a justiça, a bravura ou a caridade. Algumas cenas podem representar batalhas, a caridade aos pobres, cenas realistas mas onde se encarna um ideal na ação.

Estas artes não são ideológicas, no sentido das ideologias modernas. Dizer que a arte cristã é ideológica seria abusivo.

Ideologias modernas e destruição das formas de arte da tradição

Mas as ideologias modernas destruíram, a pouco e pouco, as formas de arte saídas da tradição e que representavam o mundo dos homens, sobre a terra, sob o céu e perante a divindade. A arte do Gestell (sistema utilitarista que controla os homens ao seu serviço), para utilizar este conceito de Heidegger, destrói tudo aquilo que não se enquadra na sua lógica utilitária.

Deus deixa de ser representado porque passa a ser associado à superstição. A arte ideológica oficial elimina toda a forma de herança religiosa e de transcendência. Ela será por vezes blasfema (veja-se o “Piss Christ”, por exemplo), para chocar, porque o escândalo é mediático e isso vende.


O ideal passa a ser considerado como um utensílio da repressão, em conformidade com as ideias dos falsos profetas Marx e Freud. É por isso evacuado sem cerimônias. O homem deixa de ser representado porque são as massas que passam a ser louvadas, e as particularidades do indivíduo, da sua classe, da sua profissão, da sua raça, passam a ser coisas irritantes que é preciso fazer esquecer para que os homens se tornem perfeitamente permutáveis no processo econômico e social. A paisagem, a natureza, desaparecem porque representam elementos de enraizamento do homem na sua terra.

A arte contemporânea: inumana, abstrata e desencarnada

A arte contemporânea, que se tornou a arte oficial obrigatória (vejam-se as paredes dos ministérios, das câmaras e dos edifícios oficiais) obedece a estes imperativos ideológicos. Já não deve representar o mundo tradicional.

Rompe deliberadamente com a herança religiosa e humanista da nossa civilização. É uma arte de ruptura revolucionária.

É abstrata e desencarnada porque rejeita toda a forma de enraizamento. Não encarna nenhum ideal, em nome de um subjetivismo total. A sua tendência dominante é representar, se é que ainda representa alguma coisa, o mundo quotidiano naquilo que tem de mais insignificante, utilitário ou prosaico. Frequentemente, quer-se chocante, porque ao chocar, atrai a atenção dos Media e dos financiamentos oligárquicos.

Esta arte é inumana no sentido próprio do termo, já que nunca representa a figura humana, e se a representa, é para a desfigurar o mais possível: como escreveu Salvador Dali, “um homem normal não tem vontade de sair com as meninas de Avinhão de Picasso” (ver o seu livro “Les cocus du vieil art moderne”).

A arte moderna: uma arte autoritária que interdita toda a forma de crítica

Por fim, esta arte inumana ou desumana é de natureza profundamente autoritária, como é, na essência, toda a ideologia. Esta arte estende-se para todo o lado. Interdita toda a forma de crítica, que é menosprezada, senão mesmo diabolizada com violência. O bom conformista não ousará nunca assumir que não gosta de uma celebrada obra dita contemporânea. Esta arte autoritária é irresponsável porque não responde ao pedido de um rei, de um burguês ou de um príncipe da Igreja, como antigamente. Ela responde à procura de uma burocracia anónima: Façam um fresco para as entradas dos nossos escritórios. Ademais, esta arte contemporânea é tão sustentada pelos poderes públicos como pelas pessoas privadas. É frequentemente financiada pelo imposto, isto é, pela força, o que acentua ainda mais o seu carácter autoritário.

Arte desenraizada, ideológica, inumana e autoritária, é objeto de uma propaganda mediática constante. Reflete o inchamento do ego do artista, que pensa substituir-se ao Deus criador, favorece as especulações financeiras e é o dinheiro, frequentemente, o seu único imperativo categórico; é desenraizada, como a ideologia, porque quer ter uma vocação universal. Esta arte ideológica dificilmente tem a preferência do povo, supostamente inculto, mas é venerada pela oligarquia dominante.

A arte contemporânea versus a arte tradicional humanista e enraizada

A ideologia da arte oficial emprega o seu dinamismo em torno a quatro pólos:

O dinheiro
O ego
Os Media
Abstração (negação das raízes)

A arte tradicional, que sobrevive nomeadamente na Rússia (São Petersburgo tem hoje em dia a maior escola de arte figurativa) e nalguns meios dissidentes no Ocidente, pode ser representada pelo esquema seguinte:

Ideal (o Bem, o Belo)
Divindade
Os homens
Natureza

A arte tradicional é humanista e enraizada, tem na maior parte do tempo uma dimensão espiritual ou idealista a fim de direcionar o homem para o alto. A arte ideológica, dita contemporânea, e que parece ter o seu centro em Nova Iorque, despreza Deus e os homens para estabelecer o ego e o dinheiro, os seus fetiches, como motores do seu dispositivo autoritário. Esta arte ideológica, frequentemente financiada pela força (o imposto) não é nem humanista nem democrática, contrariamente ao discurso dos seus promotores: estamos, sim, perante uma arte ideológica oficial.
(Yvan Blot, L'art (?) Idéologique Contemporain : Inhumain, Désincarné et Abstrait)

https://ofogodavontade.wordpress.com

Fonte: http://speminaliumnunquam.blogspot.com/2019/10/a-arte-ideologica-contemporanea.html

Veja também "Arte decadente não engrandece":
https://desatracado.blogspot.com/2013/11/arte-decadente-nao-engrandece.html

"Protestos contra a arte degenerada":
https://desatracado.blogspot.com/2013/11/protestos-contra-arte-degenerada.html

Abraços

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Não removas os antigos limites

Os bárbaros vão resolver tua existência estéril

Resultado de imagem para barbarians at the gates

“Por que não poderiam os muçulmanos, africanos e indianos ser mais civilizados que as pessoas do Ocidente? Por que eles insistem em se reproduzir se suas crianças não terão a chance de frequentar uma universidade da Ivy League? Não haveria maneira de ajudá-los a ver a luz da civilização, do pensamento racional e da higiene limpa? Tais são perguntas que podes ter feito em algum momento quando olhaste de cima para os bárbaros do terceiro mundo, mas da perspectiva da natureza não são eles o problema. Nós somos o problema. Nós somos os defeitos da natureza que serão erradicados. 

A natureza não se importa com educação, descendência de “alta qualidade”, diplomas de faculdade, direitos iguais, sustentabilidade, filosofia, ou meio ambiente. Ela se importa com fertilidade e poder, e a espécie ou raça que for mais fértil e mais poderosa será recompensada com o butim que a Terra fornece. As pessoas capazes de assumir o comando do planeta em números absolutos, independentemente de sua inteligência e maneiras, virão a dominar o mundo, da mesma maneira como o homo sapiens atropelou os mais inteligentes Neandertais ao se reproduzir com uma velocidade superior. A raça mais inteligente do planeta pode usar sua inteligência para fortificar-se em cavernas enquanto os bárbaros mais numerosos assumem o controle do planeta, ainda que não sejam mais do que zumbis descerebrados.

O pensamento racional da era iluminista (cria judaico-maçônica), quando levado a suas últimas consequências ao provar que as famílias, a divindade e os padrões tradicionais não são necessários, juntamente com a idéia de que o indivíduo é Deus, ocasiona o suicídio da sociedade. A análise racional, em sua forma civilizada e tão belamente querida, leva ao fim de qualquer raça que dela participe, ao passo que bárbaros estúpidos de QI de 95 ou menos, que seguem um livro de 1.400 anos que implora que eles conquistem e cortem cabeças, continuam a se multiplicar e assumir o controle de mais terras.

Nós somos os erros da natureza. Nós somos a abominação. Nós fomos condenados a sermos substituídos, abandonados por Deus por permitirmos mais de um bilhão de abortos em apenas algumas décadas enquanto tentamos mudar as regras da natureza para declarar que homem é mulher e mulher, homem. Nosso objetivo não é iluminação espiritual, mas a aquisição das façanhas mais vis da degeneração.

Por causa da nossa esterilidade cultural e biológica, acredito que estamos fadados à destruição. Ainda que este fim nos encare de frente, o máximo que faremos será postar alguns comentários raivosos em sites da internet, enquanto os bárbaros estupram, conquistam e se reproduzem. Eu te prometo que eles vencerão. A história mostra que os bárbaros sempre vencem. Eles são a solução para um povo doente. Eles adoram fielmente seus deuses enquanto nós adoramos nossas curtidas no Facebook e nossas celebridades. Nós somos tão desanimadoramente estéreis, tão antivida, que a natureza celebrará quando formos substituídos pelos que mal podem ler. Mas eles têm em grande valia a vida dos seus, e isso basta.

Ainda que resolvêssemos todos nossos problemas políticos atuais, e neutralizássemos os mais vulgares da nossa sociedade, que restaria em nossas mãos? Uma população que encolhe e cidadãos tão atomizados que estão até mesmo perdendo a capacidade de se comunicar entre si, que têm de usar aplicativos computadorizados e álcool para fornicar enquanto a mulher usa medicação para esterilidade, que seus pais lhe forneceram quando ela fez 16 anos de idade. Nosso castigo está chegando. Terras do Ocidente serão entregues, e ainda que a horda de bárbaros possa ser derrotada com tecnologia, haverá um dia quando não haverá mais homem que os enfrente e aperte o botão de matar. Os bárbaros herdarão o novo mundo até que se tornem eles mesmos civilizados e o ciclo se renove uma vez mais, como tantas vezes no passado.

A natureza não se importa com leis igualitárias ou teu QI superior. Ela se importa com reprodução e poder, e o que os bárbaros não possuem de inteligência, eles compensam com energia de vida. Nos somos as anomalias, nós somos os erros, e a menos que redescubramos o caminho para família, tradição e Deus, devemos estar prontos para aceitar o inevitável fim, que fomos nós que nos tornamos tão fracos como povo que nem mesmo nos importamos em ter um portão, e que tudo que os bárbaros tiveram que fazer foi entrar andando.”

Original em: http://www.rooshv.com

Fonte: http://speminaliumnunquam.blogspot.com/2019/11/os-barbaros-vao-resolver-tua-existencia.html

"Não removas os antigos limites que teus pais fizeram."
Provérbios 22:28

Abraços

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Justiça x Judiciário

Justiça às avessas




De facto, o mundo moderno conservou todas as partes do trabalho policial que são realmente opressivas e ignominiosas: a perseguição dos pobres, a espionagem dos infortunados. E abandonou a sua obra mais digna: o castigo de poderosos traidores contra o Estado e de poderosos heresiarcas contra a Igreja. Os modernos dizem que não podemos punir os heréticos. A minha única dúvida é se teremos o direito de punir mais alguém.

G. K. Chesterton in «O homem que era Quinta-Feira», 1908.


Abraço