Em 1896, Theodor Herzl, publicou o livro “O Estado judeu” que se tornou o documento básico para a implantação do um lar nacional para os judeus espalhados pelo mundo. Herzl acreditava que a assimilação dos judeus pelos países que habitavam era desejável, mas, em face ao antissemitismo, isso era impossível. Ele citava a Argentina e a Palestina com possíveis locais para a implantação do Estado judeu, embora outros locais como Chipre, Quênia e Congo, tenham sido aventados. Todavia, a Palestina acabou sendo a escolhida devida suas implicações religiosas: era a “Terra Prometida” por Deus ao povo judeu.
Pergunto: E se tivessem escolhido o Brasil?
Será que com a ajuda desta imagem conseguimos a empatia necessária para não ficarmos indiferentes à ocupação israelita na Palestina?
Algumas informações adicionais talvez ajudem a esclarecer a situação por lá...
1 – Apenas no primeiro dia deste novo massacre (julho de 2014) foram realizados 273 ataques aéreos (cerca de 11 por hora) em uma área com 40 km de comprimento por 12 km de largura povoada por 1,7 milhão de pessoas (uma das áreas mais densamente povoadas no mundo). Imaginem a catástrofe que é uma área do tamanho do Plano Piloto de Brasília com uma população tão grande assim e recebendo um pesado bombardeio aéreo a cada 6 minutos. A estimativa dos hospitais é que ficarão sem recursos para atender os feridos em dois dias. A eletricidade é intermitente e não existe qualquer indicativo de que Israel parará o massacre, apesar dos pedidos de diversas nações do mundo.
2 – Embora o Acordo de Paz firmado em 1948 entre a Palestina e Israel (país que estava sendo criado naquele momento) garantisse a divisão quase igualitária do território entre estes dois países (55% para Israel e 45% para a Palestina), desde 1967 (ano da Guerra dos Seis Dias), Israel ocupa ilegalmente os territórios palestinos, restringindo cada dia mais seu tamanho. Ainda no ano de 2012, Israel ocupava 78% do território e este número não para de crescer. Cada dia que Israel permanece e avança sobre os territórios palestinos ocupados é uma afronta aos Direitos Humanos e ao acordo internacional que poderia trazer finalmente paz para aquela região.
3 – A ocupação israelense é seletiva, tomando dos palestinos as terras férteis, com acesso a água e recursos naturais, inviabilizando qualquer chance de subsistência ou desenvolvimento soberano. Hoje os territórios palestinos dependem de Israel para ter acesso a tudo (água, energia, alimentação, telecomunicações etc.). Israel tomou o peixe do povo palestino e lhes proibiu de pescar.
4 – Todo tipo de ajuda humanitária precisa passar antes por Israel, que proíbe visitas de ativistas de Direitos Humanos e pessoas interessadas em diminuir a dor dos palestinos. Existem casos de ativistas que morreram tentando impedir a derrubada de casas palestinas em locais que estavam sendo invadidos por Israel. O caso de Rachel Corrie, que foi atropelada a sangue frio por um trator que destruía casas palestinas em áreas que estavam sendo tomadas por Israel, é emblemático. Em 2012, um tribunal israelense foi isentado de qualquer culpa no assassinato, alegando culpa da vítima e não do soldado que assumiu o controle do trator após o trabalhador que o operava ter se recusado a passar por cima da jovem militante.
5 – A Faixa de Gaza está no litoral do Mediterrâneo. No entanto, não é possível enviar ajuda pelo mar para o povo palestino, pois Israel proíbe. Em 2010, um corajoso grupo de onze ativistas de Direitos Humanos de diversas partes do mundo (incluindo uma vencedora do prêmio Nobel da Paz, Mairead Corrigan, uma das poucas premiadas que realmente merecia tal honra) conseguiu um navio para levar comida e materiais escolares para a Faixa de Gaza pelo mar. Embora o navio, batizado de Rachel Corrie, já tivesse sido inspecionado pela ONU e por autoridades iraquianas, com pedidos do governo irlandês para que não fosse interceptado, foi tomado violentamente por Israel, que impediu sua chegada, prendendo e deportando toda a sua tripulação. Não foi a primeira nem a última vez que isto aconteceu, envolvendo casos de assassinatos de ativistas nas invasões e tomada dos barcos.
6 – Para garantir que o povo palestino não fuja ou tente recuperar suas terras definidas pelo acordo de 1948 da ONU, Israel construiu um muro ao redor da Faixa de Gaza. É isso mesmo: a Faixa de Gaza é cercada por fora por Israel através de um muro blindado de 5 metros de altura apelidado pela comunidade internacional de “Muro da Vergonha”. Ele mantém os sobreviventes da Faixa de Gaza em uma prisão sem teto que lembra muito o Gueto de Varsóvia, local onde os judeus poloneses eram colocados pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial e lá sofriam as mais duras violações de Direitos Humanos. Infelizmente, Israel faz hoje como o povo palestino algo muito parecido com o que fez a Alemanha nazista durante o holocausto. No entanto, no caso deles, a resistência judaica no Gueto de Varsóvia é tratada como algo heróico e lembrada na história, nos livros e nos filmes. Hoje, a resistência palestina é tratada como terrorismo e usada como justificativa para mais e mais atrocidades por parte do Estado de Israel.
7 – Imagine que quando você quer viajar, ou quando avalia que as condições em seu país estão difíceis, você pode ir a outro país e retornar ao seu quando quiser. Pois esta não é uma opção para os sobreviventes da Faixa de Gaza. Pelo contrário, Israel busca de todas as formas que o povo palestino abandone seu país e vá para campos de refugiados em outros países, pois, uma vez fora, o Estado judeu não os deixa mais retornar. É uma verdadeira crise humanitária, pois milhões de famílias estão separadas há gerações, sem nenhuma perspectiva de algum dia se reunirem de volta em seu país de origem. A negação do direito de retorno é uma das grandes violações do Estado de Israel perante o povo palestino.
8 – Israel é o país que mais recebe “ajuda militar” dos Estados Unidos desde o final da Segunda Guerra Mundial, com uma média de 1,8 bilhão de dólares anuais. Desde o seu nascimento, Israel se consolidou como um dos mais poderosos e destrutivos exércitos do mundo (a quarta maior potência, segundo a maioria dos especialistas). Apesar de seu elevado potencial nuclear (e sua propensão às agressões e conflitos), Israel se recusou a assinar grande parte dos tratados internacionais que envolvem não-proliferação de armas nucleares, utilização de armas que causam danos a civis, entre outros desrespeitos aos Direitos Humanos mais básicos.
9 – Ao contrário do que dizem, não foram os árabes que “inventaram” o terrorismo como ferramenta de luta. Pelo contrário, o ataque indiscriminado a alvos civis para causar terror foi algo muito praticado pelos judeus entre 1910 e 1950. No entanto, enquanto movimentos populares, partidos políticos e grupos de resistência árabes são condenados por unanimidade pelas potências ocidentais (que também praticam suas violações de Direitos Humanos ao redor do mundo), os movimentos terroristas judaicos (tratados na história hoje como heróis) tinham total apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido com armas, logística e equipamentos. Apoio, aliás, que os governantes israelenses violadores dos Direitos Humanos atuais também possuem.
10 – O lobby israelense para invisibilizar o povo palestino e seu país é tão poderoso que conseguem manter o país ocupado quase como sendo um não-país. Tanto é que a Palestina passou 64 anos desde a criação de Israel para ser reconhecida finalmente em 2012 como “Estado observador” da ONU. E esta mera aceitação como observador foi motivo de revolta de Israel e dos Estados Unidos, que ameaçaram parar de contribuir com o orçamento da ONU após perderem a votação por 138 votos a 9 (votações parecidas com as que demandam o fim do bloqueio econômico a Cuba por parte dos Estados Unidos, até hoje não cumprido). Apesar do ínfimo avanço, a Palestina vergonhosamente ainda não foi reconhecida como membro pleno da ONU, que não tem qualquer poder para parar Israel e suas sucessivas violações dos Direitos Humanos.
11 – Israel utiliza em suas agressões militares armas que foram proibidas pela ONU como o fósforo branco. Desde 2006, quando tentou invadir o Líbano e foi derrotado pelo Hezbollah (“Partido do Povo”, em árabe), crescem as denúncias de que o exército estaria utilizando estas armas em locais densamente povoados, causando terríveis efeitos sobre a população civil.
12 – Outra prática vergonhosa e muito utilizada por Israel e outras potências imperialistas são os auto-atentados, ou seja, provocar ou simular um incidente para que ele seja utilizado como justificativa para ataques a outras nações ou grupos. Esta tática para garantir apoio popular local e internacional foi muito utilizada na história deste país. Basta lembrar do caso de 2006, onde foi divulgado que um “cidadão israelense”, Gilad Shalit, havia sido sequestrado pelos terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, dando início à Guerra em que Israel matou milhares de civis, tomou diversos territórios palestinos na Cisjordânia e tentou tomar o Líbano! Depois não tiveram como esconder o fato de que Gilad Shalit era um soldado israelense, infiltrado no território palestino para espionar e divulgar a localização de lideranças do Hamas (partido eleito democraticamente para o governo da Faixa de Gaza) para bombardeio às suas casas posteriormente.
Espero que isto forneça a alguns elementos para ao menos desconfiar cada vez que ouvir da mídia hegemônica que “terroristas palestinos atiram míssil contra Israel” ou, “conflito entre Palestina e Israel deixa tantos mortos”. Gaza não tem exército, força aérea ou marinha. Israel é a quarta potência militar do mundo. A resistência à ocupação é permitida pelo direito internacional. A ocupação de Israel, o cerco e a punição coletiva de Gaza, não.
Nunca esqueça que o que acontece naquele lugar é um verdadeiro massacre a um povo. Uma mancha na breve história da humanidade que precisamos remover e reparar para que possamos finalmente viver em paz com justiça social e fazer desta Terra a Pátria do ser humano e da natureza.
Por Thiago Ávila, consultor internacional e membro da Executiva Nacional da Insurgência.
A"Eu esperei por esse momento por tanto tempo ..." foto é de 2006, quando de nova invasão ao Líbano por Israel. A menina judia escreveu:
"Desde a primeira guerra do Líbano, mais de 30 anos atrás, o assassinato de árabes tornou-se instrumento estratégico fundamental de Israel."
Gideo Levy, jornalista do diário israelense Ha'aretz.
"Caro Libanês/Palestino/ Canadense/ Americano/ Muçulmano/ Cristão/ Australiano /ou qualquer outra pessoaqueestá no nosso caminho,MORRA.
Bolívia declarou Israel um "estado terrorista" e revogou um acordo de isenção de vistos com a Tel Aviv, em protesto contra os ataques israelenses em curso sobre o sitiada Faixa de Gaza.
O movimento "significa, em outras palavras, estamos declarando (Israel) um estado terrorista", disse o presidente Evo Morales durante as conversações com um grupo de educadores na cidade de Cochabamba na quarta-feira.
Morales acrescentou que a ofensiva israelense mostra que "Israel não é um garantidor dos princípios de respeito pela vida e os preceitos elementares de direitos que regem a convivência pacífica e harmoniosa da nossa comunidade internacional."
Assinado em 1972, o acordo de isenção de visto tem permitido israelenses de viajar livremente para a Bolívia sem visto.
Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israel em 2009 sobre uma operação militar anterior em Gaza.
No início deste mês, o presidente boliviano pediu ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos para processar Israel por "crimes contra a humanidade."
A mudança veio como um ataque aéreo israelense fresco em um movimentado mercado perto da Cidade de Gaza matou pelo menos 17 pessoas e feriu dezenas de outros no início do dia.
Mais de 1.300 palestinos foram mortos e milhares de outros feridos pela ofensiva do regime israelense contra a lasca costeira desde 8 de julho.
Os Ezzedine al-Qassam, o braço armado do movimento de resistência palestino Hamas, tem lançado ataques de retaliação contra Israel.
Autor diz que judeus preferem esquecer gângsteres que moldaram a imagem da máfia na cidade. Livro resgata máfia judaica de Nova York, por Alcyr Silva/Folha Imagem.
O escritor americano (na verdade judeu) Rich Cohen, autor de 'Tough Jews'
ALESSANDRA BLANCO de Nova York
O poderoso chefão da máfia nova-iorquina do início do século, retratado em diversos filmes de Hollywood, não era italiano, mas um judeu, nascido em Nova York e neto de alemães.
Em seu recém-lançado livro, "Tough Jews", Rich Cohen conta a história da máfia judaica, que dominou o país a partir de 1910 até o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), como lhe foi passada por seu pai, Herb Cohen, e seu grupo de amigos, entre eles o apresentador de TV Larry King, que foram vizinhos de gângsteres como Arnold Rothstein, que deu origem ao personagem Meyer Wolfshiem, de "The Great Gatsby", de Scott Fitzgerald, e Bugsy Siegel, inspiração para o filme "Bugsy".
Arnold Rothstein (17 janeiro de 1882 - 06 de novembro de 1928), apelidado de The Brain, Mr. Big, The Fixer, The Man Uptown, The Big Bankroll, era um judeu-americano mafioso, empresário e jogador que se tornou um chefão da máfia judaica em Nova Iorque . Rothstein foi amplamente conhecido por ter organizado a corrupção no atletismo profissional em 1919. Rothstein deixou de pagar uma grande dívida resultante de um jogo de pôquer e foi assassinado em 6 de novembro de 1928 aos 46 anos.
"Eu cresci em Chicago, uma cidade em que se jantava às 17h e onde a ideia de judeus americanos era apenas aquela do homem de negócios, do advogado bem-sucedido. Meu pai sempre contava suas histórias de gângsteres, que eu adorava, porque eles eram diferentes de tudo o que eu conhecia", disse Cohen em entrevista à Folha em Nova York.
"Só que um dia, já adulto, fui tomar café da manhã com meu pai e seus amigos em Los Angeles, e eles continuavam falando das mesmas histórias, da mesma forma, com as mesmas vozes. Imagine meu pai e Larry King se encontrando todas as manhãs para falar de gângsteres que morreram há pelo menos 50 anos. Percebi que não eram apenas histórias. Aquilo era verdade e havia marcado suas vidas."
"Tough Jews" (Judeus Durões) é o resultado de uma série de encontros, a partir desse dia, com seu pai e os amigos dele, policiais e promotores aposentados e qualquer pessoa que pudesse dar informações sobre gângsteres judeus - exceto familiares.
"Muitas famílias de gângsteres ainda moram em Nova York e hoje se incluem na imagem do judeu bem-sucedido, com prósperos negócios. Mas, quando fui procurar seus filhos para conversar, descobri que eles não tinham a menor ideia do que aconteceu. Quando o livro foi publicado, eles me procuraram para dizer que desconfiavam de algo, mas jamais souberam sobre a máfia judaica", conta Cohen.
A ideia da máfia judaica é bastante diferente daquela da máfia italiana. Em Nova York, judeus e italianos "trabalhavam" juntos, como "irmãos de sangue", só que a máfia judaica acabou em 1944, quando seus chefes foram executados em cadeiras elétricas ou fugiram para outras cidades e outros países. A máfia italiana existe até hoje, nos mesmos moldes, passada de pai para filho.
"Não houve Sonys (filho de Vito Corleoni na saga "O Poderoso Chefão", a quem cabia dar continuidade aos "negócios" da família) na máfia judaica. Os filhos não participavam. E não é só isso. Eles nem sabiam. Os gângsteres judeus queriam para seus filhos o que todos os pais querem: que fizessem faculdade, que se tornassem profissionais. O crime atingiu apenas uma geração de judeus, como um meio de conseguir dinheiro para investir na educação dos filhos. Hoje, pode haver um judeu gângster, mas não há mais gângsteres judeus", diz.
O homem responsável por essa ideia de máfia, como foi criada em Nova York, é Arnold Rothstein, o primeiro a enxergar que a proibição de venda de bebidas pelo governo nos anos 20 poderia gerar um negócio milionário. Rothstein passou a trazer navios carregados de uísque do Reino Unido protegidos por homens armados e com ordens para atirar.
"Antes disso, os gângsteres eram completamente diferentes. Eram quase como os trombadinhas de São Paulo. Houve uma metamorfose nos anos 20. O crime passou a ser organizado, eles passaram a ser sofisticados, a usar roupas elegantes e a frequentar clubes noturnos. Essa transformação foi idéia de Rothstein, ele inventou o crime organizado em Nova York."
Rothstein teve a ideia e se aliou a um italiano, Lucky Luciano, seu braço direito, para colocá-la em prática. Depois, contratou outros "judeus e italianos durões": Louis Lepke, Gurrah Shapiro, Meyer Lansky, Bugsy Siegel, Frank Costello e Dutch Schultz.
Os "negócios" da máfia judaica se resumiam ao contrabando de bebidas, à proteção forçada de estabelecimentos comerciais, que rendiam uma certa quantia semanal, à proteção de patrões e empregados durante as greves e ao tráfico de drogas.
A ideia de que mafioso nesse período não se envolvia com drogas é mentirosa, segundo Cohen, e foi criada e difundida no filme "O Poderoso Chefão". "Vito Genovese morreu dentro da prisão por lidar com narcóticos, e Meyer Lansky usava heroína", conta.
Todos os "negócios" eram resolvidos por meio da ameaça de violência e, quando alguém tinha de ser morto, a equipe de Rothstein contratava o que os jornais da época chamavam de Murder Incorporation, uma equipe de jovens judeus matadores.
Apesar disso, a ideia de mafiosos glamourosos passada por Hollywood era verdadeira. "Eles tinham uma imagem charmosa se você os conhecesse na situação certa, em um clube noturno, por exemplo, mas poderiam ser monstruosos se conhecidos em situações erradas", afirma Cohen.
Alguns dos chefes da máfia judaica viviam no hotel Waldorf Astoria, andavam com carros importados alemães e estavam sempre impecavelmente vestidos. As grandes festas que se vêem nos filmes também eram verdadeiras, só que ligadas à religião.
"A relação com a religião era totalmente hipócrita. Alguns deles não matavam no sábado, não porque era errado matar, mas porque era errado 'trabalhar' no sábado."
A máfia controlada por Rothstein e depois por seus "herdeiros" funcionou até a metade dos anos 30, quando o FBI finalmente resolveu assumir que havia uma máfia nos EUA e as investigações e os julgamentos começaram.
A grande maioria dos gângsteres, como Lepke, Mendy Weiss e Louis Capone, foram para a cadeira elétrica.
Em 1945, com o final da Segunda Guerra, ninguém mais falava em máfia judaica. "Os gângsteres foram executados durante a guerra e, nesse período, suas mortes já não eram mais uma grande notícia. Uma coisa muito maior estava acontecendo. Além disso, o Holocausto fixou a ideia de judeus como vítimas, e a comunidade sempre fez questão de esconder o caso por vergonha. Eles preferem ser conhecidos como homens de negócios bem-sucedidos", conclui.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft05079801.htm
____________________________________________________ Mafiosos judeus em Nova York: assassinos S.A.
Como criminosos judeus montaram a mais eficiente máquina de matar da máfia de Nova York, nos anos 30, por Sérgio Gwercman
Gângsteres judeus em Nova York (1931). Da esquerda para direita: Joseph 'Nig' Rosen, Benjamin "Bugsy" Siegel, Harry Teitelbaum, Harry Greenberg e Louis Buckhouse (pseudônimo de Louis 'Lepke' Buchalter). Fonte: http://www.pinterest.com/pin/247557310741453045/
Em caso de necessidade, a ligação era feita para uma doceira na esquina das ruas Saratoga e Livonia, no Brooklin. Rose Gold, a simpática dona da loja que tinha um dos poucos telefones das redondezas, atendia o chamado e encaminhava o recado: Abe Reles e seus comparsas tinham serviço. Era ali que funcionava o “escritório” da Murders Inc. Foram tantos telefonemas que, em meados da década de 30, a “companhia” já era a mais eficiente tropa de assassinatos por encomenda na história da máfia nos Estados Unidos. Para fazer parte do grupo exigia-se pouco do candidato: ele apenas precisava ser durão e, de preferência, judeu.
Em Tough Jews (“Judeus Durões”, sem versão em português) o jornalista Rich Cohen utiliza a Murders Inc. como ponto de partida para narrar o envolvimento de judeus com o crime organizado na América durante a Depressão. Neto do dono de um dos restaurantes preferidos pelo bando, Cohen mostra o papel que os matadores de aluguel tiveram na profissionalização do submundo. A máfia havia conseguido montar uma estrutura bem organizada, com inspirações empresariais e decisões tomadas em grupo. Sentenças de morte, por exemplo, dependiam da votação dos chefes. Era aí que entrava a Murders Inc.
Louis "Lepke" Buchalter em 1939. Nascido em 6 de fevereiro de 1897, Manhattan , New York , New York. Morreu04 marco de 1944 (idade 47) na prisão de Sing Sing , em Nova York, Estados Unidos.
O comando da tropa estava a cargo de Louis Buchalter, o “Lepke” – o apelido é um diminutivo de Lepkeleh, algo como “Luizinho” em ídiche, a língua falada pelos judeus da Europa. Quando saía uma ordem de execução, era ele quem acionava o esquema que terminava com o telefonema para a lojinha da dona Rose. Filho de judeus imigrantes da Rússia, Lepke conquistou poder e dinheiro controlando sindicatos e extorquindo comerciantes e industriais. Para desconhecidos, gostava de se apresentar como alguém do ramo de padarias – enquanto alguns forneciam farinha, panelas e fornos, ele e seu parceiro Jacob “Gurrah” Shapiro cuidavam da segurança. O negócio valia mais de 1 milhão de dólares ao ano para a dupla, uma fortuna nos valores da época. Calcula-se que durante a Depressão norte-americana cerca de 10% de tudo que era consumido em Nova York ia parar nos bolsos dos gângsteres, numa espécie de imposto da máfia.
Jacob "Gurrah" Shapiro, nasceu em 5 de maio de 1899, Odessa/Rússia e morreu aos 50 anos em 09 de junho de 1947 de ataque cardíaco na Prisão de Sing Sing. Foi um mafioso de Nova York que, com seu parceiro Louis "Lepke" Buchalter, controlavam a extorsão de trabalhadores e sindicatos. O apelido "Gurrah" remonta a sua infância, quando ele tentou roubar carrinhos em seu bairro judeu e os proprietários carrocinha gritavam "Gurra da aqui" (saia daqui) para ele.
Lepke trabalhava em sintonia com outros líderes do crime, quase todos também judeus. Arthur “Dutch Schultz” Flegenheimer dominava o Harlem, onde controlava uma loteria ilegal – a versão norte-americana do “bicheiro”. Com ele não havia modernidade administrativa. Schultz sabia que sua principal força estava no uso da violência. Outros chefes eram “Bugsy” Siegel, que em 1946 abriria o primeiro cassino de Las Vegas, e Meyer Lansky, considerado o maior “cérebro” da história da máfia. Sua especialidade era descobrir novas possibilidades para o submundo ganhar dinheiro. Lansky também era amigo do siciliano Charles “Lucky” Luciano e foi um dos principais responsáveis pela união dos criminosos judeus e italianos na década de 30 – uma relação que existia desde o início do século, quando se juntavam para resistir aos gângsteres irlandeses, então grande força criminosa da cidade.
Dutch Schultz (nascido Arthur Flegenheimer; 6 de agosto de 1901 - 24 de outubro de 1935) foi um New York City e morreu em 24 de outubro de 1935 (34 anos) em Newark , New Jersey , EUA.
Em comum, todos tinham a mesma origem. O mentor intelectual do grupo atendia pelo nome Arnold Rothstein e pode ser considerado o inventor do mafioso moderno. Filho de uma família rica, Rothstein se apaixonou por uma cristã e, num episódio tipicamente judaico, acabou deserdado pelo pai. Com boas conexões (e por boas conexões entenda políticos e policiais), ele rapidamente conseguiu montar cassinos que recebiam alguns dos nomes mais importantes de Nova York. Quando a Lei Seca foi aprovada, foi o primeiro a ver ali uma oportunidade multimilionária de negócios. Rothstein investiu na montagem de um esquema sofisticado. A bebida vinha da Inglaterra em navios que ancoravam em águas internacionais.
Lá eram encontrados por lanchas, que desembarcavam o carregamento em praias desertas onde caminhões esperavam para transportar o contrabando para depósitos em Manhattan. Como os policiais estavam todos subornados, o único risco para o negócio eram os gângsteres rivais de olho na mercadoria – não pense que o roubo de cargas foi inventado na Via Dutra. Para proteger seus investimentos, Rothstein contratou soldados para escoltar a bebida. Entre eles Lansky, Shapiro, Lepke, Schultz, Luciano ... uma turminha da pesada. “Arnold Rothstein foi o Moisés do submundo: ele encaminhou a geração seguinte para a terra prometida, mas não pôde entrar nela”, escreve Cohen, numa referência ao assassinato do mafioso, morto com um tiro no estômago em 1928. “Até hoje, todo gângster americano, de maneira que ele mesmo desconhece, imita Rothstein.”
Cartaz do FBI de novembro de 1937 oferecendo recompesa por Shapiro e Buchalter.
Ninguém ficou chorando a morte de Moisés por muito tempo. Em primeiro lugar, porque mafioso que é mafioso não chora. Em segundo, porque era hora de fazer bons negócios. Enquanto os gângsteres italianos se engalfinhavam nas batalhas que dariam origem às famílias mafiosas e à lendária comissão que as reunia, os judeus dominaram o submundo e se tornaram a grande “ameaça à segurança nacional”. Assim como hoje em dia todo vilão de Holywood tem bigode e fala árabe, naquele tempo era natural mostrar matadores que conversavam em ídiche, comiam pastrame com pepino azedo e tinham sobrenomes tão complicados quanto o Gwercman que assina essa reportagem. Quando Lepke estava sendo procurado pela polícia, por exemplo, no final de 1937, J. Edgar Hoover, o chefão do FBI, classificou-o como inimigo público número 1 e o mais perigoso homem vivo – isso a apenas dois anos de Hitler iniciar a Segunda Guerra Mundial.
Terra Nostra
A história do crime organizado se confunde com a história da imigração nos Estados Unidos. Não por acaso, seu principal foco de atuação era Nova York, o grande porto de entrada para estrangeiros em busca do sonho americano. Se no início do século 20 houve a máfia irlandesa, após a cidade sofrer forte crise econômica, a partir dos anos 40 o cenário passou a ser dominado por italianos do sul que fugiam da pobreza e perseguição fascista.
Os judeus envolvidos no crime eram em sua maioria oriundos do Leste Europeu, de onde saíram 2 milhões de pessoas de ascendência judaica nas duas últimas décadas do século 19. Vinham fugindo das perseguições e destruições dos pogroms, as violentas ações antissemitas. Ao chegarem nos Estados Unidos se agruparam e, como qualquer grupo imigrante, mantiveram suas tradições. Até na hora de matar.
Red Levine, por exemplo, assassino de Salvatore Maranzano, primeiro e único “chefe de todos os chefes” da máfia nova-iorquina, era um ortodoxo que se recusava a executar vítimas no shabat, o dia do descanso judaico. Walter Sage dizia que roubava para financiar seus estudos do Talmude. Até o chefão Meyer Lansky tinha suas crises com o Senhor. Casado com uma mulher religiosa, ele foi acusado pela esposa de ter despertado a ira de Deus, que como punição teria feito o primeiro filho do casal nascer com paralisia nas pernas.
Manter as tradições judaicas era essencial, mesmo para aqueles que se afastavam da vida religiosa. A convivência com outras culturas existia, gangues muitas vezes eram compostas por judeus e católicos italianos, mas seguia-se uma certa ética que separava os negócios. Especialmente na hora dos assassinatos: com raras exceções, na hora de colocar o dedo no gatilho, judeu matava judeu e italiano matava italiano.
Foi assim que a Murders Inc. prosperou. Abe “Kid Twist” Reles, Martin “Bugsy” Goldstein e Pep Strauss, três dos principais matadores, sumiam com qualquer um que falhasse com os chefões. Na máfia, o trabalho deles era imprescindível, talvez o mais importante de toda a operação liderada por Lepke, o que os colocava entre os criminosos mais influentes do país. Além do salário, eles podiam explorar as extorsões e jogos em Brownsville, um enclave judaico no Brooklin. Na metade dos anos 30, cada um já ganhava cerca de 100 mil dólares por ano com o negócio.
O sucesso também era conseqüência do trabalho bem feito. Quando a ordem de assassinato partia de cima, o serviço vinha com esmero. Investigava-se a rotina da vítima, depois um carro era roubado e clonado com placas de outro veículo, acertava-se a rota de fuga e só então a missão era conduzida. Os alvos variavam de moradores que ameaçavam delatar o esquema para a polícia a mafiosos que cometiam atos de traição ou então concorrentes que atrapalhavam a arrecadação da grana. No entanto, nada, mas nada mesmo era feito sem a ordem direta de Lepke, Meyer ou de algum capo. O grupo fez pelo menos 50 trabalhos durante a década de 30. A cada sucesso, aumentava a sensação de que o bando era inatingível. Um engano.
Quanto mais famosas ficavam as ações de Lepke, Schultz e companhia, maior era a ambição para desmantelar o grupo nos tribunais da cidade. Assim, bastou surgir um procurador jovem, com ambições políticas e obstinação pelo trabalho, para os poros do crime organizado começarem a se fechar.
O promotor Tom Dewey, que mais tarde perderia uma eleição presidencial para Franklin Roosevelt (*), assumiu o cargo de maior inimigo da máfia.
O primeiro alvo foi “Lucky” Luciano, preso e deportado para a Itália acusado de explorar a prostituição. Justiça 1 x 0 Máfia. Dewey então foi atrás de Dutch Schultz. Dessa vez, não teve o mesmo resultado. O criminoso levou o processo para a pequena cidade de Malone, mudou-se para lá alguns meses antes do julgamento, ficou amigo de todos, deu fortunas para caridade e converteu-se ao catolicismo. Acabou inocentado por um júri popular. 1 x 1 no placar. Schultz, porém, não duraria muito. Furioso com Dewey, pediu a morte do promotor para a cúpula mafiosa. Pedido negado, saiu jurando que faria justiça com as próprias mãos. Na mesma hora, os gângsteres assinaram sua sentença de morte, que foi levada a cabo pela Murders Inc. Mesmo convertido, Schultz ainda era problema dos judeus.
Chegou a vez de Lepke, que decidiu viver clandestino por conta da marcação cerrada de Dewey. Ficou escondido por três anos, num dos períodos mais sangrentos da máfia nova-iorquina. Com uma fúria stalinista, Lepke mandava a Murders Inc. eliminar qualquer opositor que pudesse dar informações para a Justiça. Sem conseguir suportar a clandestinidade, no entanto, o mafioso resolveu se entregar. Foi condenado à pena de morte e até hoje é o único grande chefe do crime organizado executado por ordem da Justiça.
Sem a proteção de Lepke, Reles, Strauss e seus matadores foram presas fáceis. Um a um, foram detidos e seduzidos por propostas de acordo com a promotoria: quem delatasse os companheiros estaria livre da condenação. Reles resolveu falar. Ao prestar depoimento, tornou-se o mais alto funcionário de uma organização mafiosa a colaborar com a polícia até então. Levou todo o grupo de amigos para a cadeira elétrica, mas morreu durante o julgamento dos companheiros ao cair por uma janela num episódio até hoje mal explicado. A Murders Inc. foi para o túmulo. E não deixou herdeiros.
Saiba mais : Tough Jews, de Richard Cohen, Vintage Books, Nova York, 1999, 304 páginas
Tradução da repulsiva canção dos judeus em Israel:
Tibi - Ahmed Tibi eu queria que você soubesse O próximo filho se machucar será seu filho Eu odeio Tibi Tibi Eu odeio o terrorista. Tibi - está morto Tibi - está morto! Tibi - está morto! Tibi é um terrorista. Tibi é um terrorista. Tibi é um terrorista. Eles vão levar seus documentos de distância. Eles vão levar seus documentos de distância. Eles vão levar seus documentos de distância. Olé, olé, olé olé-olé- Em Gaza não há estudando Sem filhos são deixados lá, Olé, olé, olé- olé olé-,
[Três linhas, não são totalmente claras]
Quem está ficando nervoso, eu ouço? Zoabi, isso aqui é a terra de Israel Esta aqui é a Terra de Israel, Zoabi Esta aqui é a terra dos judeus Eu odeio você, eu faço, Zoabi Eu odeio todos os árabes. Oh- oh-oh-oh Gaza é um cemitério de Gaza é um cemitério de Gaza é um cemitério de Gaza é um cemitério
Abraços
Os porta-vozes israelenses já têm muito trabalho tentando explicar como os israelenses assassinaram mais de 1.000 palestinos em Gaza, a maioria dos quais civis, em comparação com apenas 3 civis mortos em Israel por foguetes e fogo de morteiro do Hamás. Mas pela televisão e pelo rádio e pelos jornais, porta-vozes do governo israelense hoje, como Mark Regev, parecem menos enroladores e menos agressivos que predecessores, que eram muito mais visivelmente indiferentes ao número de palestinos mortos.
Há pelo menos uma boa razão para esse ‘aprimoramento’ das capacidades de Relações Públicas dos porta-vozes de Israel. A julgar pelo que se os veem dizer, já estão trabalhando conforme um estudo feito por profissionais, bem pesquisado e confidencial, sobre como influenciar a mídia e a opinião pública nos EUA e na Europa.
Redigido pelo especialista em pesquisas e estrategista político dos Republicanos, Dr. Frank Luntz, aquele estudo foi encomendado há cinco anos por um grupo chamado “The Israel Project” [Projeto Israel], que mantém escritórios nos EUA e em Israel, para ser usado “por todos que estão na linha de frente da guerra midiática a favor de Israel”.
Cada uma das 112 páginas do folheto é marcada com “proibido distribuir ou publicar” [orig. “not for distribution or publication”], e é fácil entender por quê. O relatório Luntz – oficialmente intitulado “Dicionário de Linguagem Global do Projeto Israel 2009” [orig. “The Israel project’s 2009 Global Language Dictionary [1]] vazou quase imediatamente para Newsweek Online, mas até hoje só muito raramente mereceu atenção, e sua verdadeira importância ainda mão foi devidamente considerada.
Deveria ser leitura obrigatória para todos, sobretudo para jornalistas interessados em conhecer a política de Israel, por causa da lista de “Faça/diga X” e “Nunca faça/diga Y” dirigida aos porta-vozes de Israel.
Aquelas duas listas são altamente iluminadoras para que se compreenda a distância imensa que separa o que funcionários e políticos israelenses pensam e creem, e o que eles dizem; o que eles dizem é modelado por pesquisa mantida ativa minuto a minuto, para detalhar o que os norte-americanos desejam ouvir. Com certeza, nenhum jornalista deveria arriscar-se a entrevistar qualquer porta-voz de Israel sem conhecer muito bem aquele manual e ter-se preparado para contra-perguntar sobre os muitos temas – e sempre com as mesmas palavras e frases – que se ouvem hoje da boca do Sr. Regev e seus colegas.
O panfleto é cheio de saborosos conselhos sobre como eles devem modelar suas respostas, para diferentes audiências. Por exemplo, o estudo diz que “os norte-americanos aceitam que ‘Israel tem direito a ter fronteiras defensáveis’. Mas Israel não tem vantagem alguma em definir com precisão que fronteiras são essas. Evitem falar em fronteiras em termos de pré- ou pós-1967, porque isso só faz relembrar aos norte-americanos o passado militar de Israel. Essa expressão prejudica os israelenses, sobretudo no campo da esquerda. Por exemplo, o apoio da direita israelense a fronteiras defensáveis cai de 89% para menos de 60% sempre que vocês falam em termos de 1967.”
E quanto ao direito de retorno dos refugiados palestinos que foram expulsos ou fugiram em 1948 e nos anos seguintes, e que nunca mais puderam retornar às próprias casas e terras? Aqui, o Dr. Luntz é muito sutil nos conselhos que dá aos porta-vozes israelenses; diz que “o direito de retorno é questão difícil para que os israelenses falem dela com eficácia, porque praticamente toda a linguagem israelense soa muito semelhante à fala de ‘separados, mas iguais’ dos racistas segregacionistas dos anos 1950s e dos defensores do Apartheid nos anos 1980s. De fato, os norte-americanos não gostam, não acreditam nisso e não aceitam o conceito de ‘separados, mas iguais’.”
Assim sendo, como devem os porta-vozes enfrentar questões que até o manual considera ‘difíceis’? Recomendam que a coisa seja chamada de “demanda” – porque os norte-americanos detestam gente que faz demandas. O manual ensina: “Digam portanto: ‘os palestinos não estão satisfeitos com o estado que têm. Agora, estão demandando mais territórios dentro de Israel.”
Outras sugestões para resposta israelense efetiva incluem dizer que o direito de retorno deve ser item de um acordo final “algum dia, no futuro”.
O Dr Luntz observa que os norte-americanos em geral temem qualquer imigração em massa para dentro dos EUA, "portanto falem sempre de 'imigração palestina em massa para dentro de Israel' –, e os norte-americanos sempre rejeitarão a ideia. Se mais nada funcionar, digam que a volta dos palestinos faria 'descarrilhar o esforço para alcançar a paz'”.
O relatório Luntz foi redigido logo depois da Operação Chumbo Derretido em dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, quando morreram 1.387 palestinos e nove israelenses.
Um capítulo inteiro é dedicado a “isolar o Hamás, apoiado pelo Irã, como obstáculo à paz.” Infelizmente, agora, quando está em curso a Operação Fio Protetor, iniciada dia 6 de junho de 2014, e nova matança de palestinos, há um problema grave para a propaganda de Israel, porque o Hamás está rompido com o Irã por causa da guerra na Síria e está completamente sem contato com Teerã. Só reataram relações amistosas há poucos dias – e por causa da invasão israelense.
Muitos dos conselhos do Dr Luntz tratam do tom e do modo de expor o pensamento de Israe0l. Diz que é absolutamente crucial mostrar vastíssima simpatia pelos palestinos: “Os persuasíveis [sic] não dão importância ao que você saiba, até que se convençam de que você lamenta muito, do fundo do coração, toda a situação. Mostre empatia PELOS DOIS LADOS!”
Isso provavelmente explica por que tantos porta-vozes israelenses vão praticamente às lágrimas quando falam do sofrimento dos palestinos bombardeados por bombas e mísseis israelenses.
Em frase escrita em negrito, sublinhada e toda em maiúsculas, o Dr Luntz diz que os porta-vozes ou líderes políticos israelenses NÃO DEVEM, NÃO PODEM, nunca, de modo algum, justificar “o massacre deliberado de mulheres e crianças inocentes”, e devem reagir agressivamente contra qualquer voz que acuse Israel por tal crime. Vários porta-vozes israelenses esforçaram-se muito para seguir esse conselho na 5ª-feira passada, quando 16 palestinos foram mortos num abrigo da ONU em Gaza.
Há uma lista de palavras e frases a serem usadas e uma lista de palavras e frases a serem evitadas. Há de tudo: “O melhor meio, o único meio, para alcançar paz duradoura, é alcançar respeito mútuo.” O mais importante é que o desejo de paz de Israel com os palestinos tem de ser sempre enfatizado, porque é o que os norte-americanos mais querem que aconteça. Mas se se observarem pressões para que Israel realmente faça alguma paz, a pressão deve ser imediatamente reduzida; nesse caso, os israelenses devem dizer: “um passo de cada vez, um dia depois do outro” – expressões que serão facilmente aceitas como “abordagem de bom senso, para a equação ‘deem-nos A terra, que lhes damos a paz’.”
O Dr Luntz cita como exemplo de “pegada israelense muito eficaz” a seguinte frase: “Quero muito particularmente falar às mães palestinas que perderam seus filhos. Nenhum pai ou mãe deveria ter de enterrar suas crianças.”
O estudo admite que o governo israelense não quer, de fato, qualquer solução de dois estados, mas diz que isso não pode ser declarado publicamente, porque 78% dos norte-americanos são favoráveis àquela solução. Devem-se enfatizar sempre as muitas esperanças de que os palestinos progridam economicamente.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é citado com elogios, por ter dito que “já é hora de alguém perguntar ao Hamás: o que, afinal, estão fazendo para melhorar a vida de seu povo?!" A hipocrisia, aí, é inacreditável: é Israel, com os sete anos de bloqueio econômico que impõe a Gaza, quem reduziu Gaza ao estado de pobreza e miséria em que vive hoje.
Em todos os casos e ocasiões, o modo como porta-vozes israelenses apresentam os fatos é planejado para dar a norte-americanos e a europeus a impressão de que Israel desejaria muito a paz com os palestinos e estaria disposta a ceder para chegar à paz. Todas as evidências, e também o Manual do Dr. Luntz, sugerem que tudo aí, são mentiras. Embora não tenha sido requisitado ou produzido com essa finalidade, poucos estudos mais reveladores foram jamais escritos sobre a Israel contemporânea, em tempos de guerra e paz.
Nota: Hasbara ( hebraico הַסְבָּרָה , "explicação, esclarecimento") é um termo utilizado pelo Estado de Israel e por grupos independentes para descrever seus esforços para explicar as políticas do governo de Israel , é uma ferramenta de propaganda para promover a imagem de Israel no mundo .
O hasbara tem a sua própria infra-estrutura no governo de Israel, localizada no escritório do primeiro-ministro e unidades em ministérios da Defesa, Relações Exteriores, Turismo e a Agência Judaica para Israel. National Hasbara está em constante contato com indivíduos e organizações pró-israelenses locais e do mundo, que coordena a promover os objetivos e as posições do Estado de Israel.
O hasbara não é percebida positivamente, e é incentivado por sionistas e instituições e organizações israelenses. Há um número significativo de sites na internet hasbara, a maioria deles operando de forma independente em relação ao governo de Israel, e também lidar com outros temas de interesse judaico.
Fonte : http://es.wikipedia.org/wiki/Hasbará, acessado dia 28/07/2014.
Em 6 de outubro de 2005, Alta Corte de Justiça de Israel decidiu que era ilegal para o exército de usar civis palestinos durante ações militares. O tribunal decidiu em uma petição apresentada por Adalah (http://www.adalah.org/eng/) em nome de B'Tselem e seis outras organizações de direitos humanos em 2002. A petição seguiu o uso do exército de civis palestinos como escudos humanos desde o início da segunda intifada, principalmente durante as operações realizadas em áreas palestinas densamente povoadas, como ocorreu na Operação Escudo Defensivo.
O método foi sempre o mesmo: soldados pegam um civil ao acaso e obrigam-no a protegê-los com o seu corpo, e fazer tarefas perigosas para eles. Por exemplo, os soldados ordenaram aos palestinos:
- entrar em edifícios para verificar se eles são uma armadilha, ou para remover os ocupantes;
- remover objetos suspeitos de estradas;
- ficar dentro das casas onde os soldados estabelecem posições militares, de modo que os palestinos não irão disparar contra eles;
- e andar na frente de soldados para protegê-los de tiros, enquanto os soldados apontam armas para as costas e às vezes disparam sobre os seus ombros.
Os soldados no campo não iniciaram esta prática; ao contrário, a fim de usar civis como um meio de proteção foi feita por funcionários superiores do exército.
Em agosto de 2002, Abu Nidal Mheisen, um palestino de 19 anos de idade, de Tubas, foi morto por tiros palestinos quando os soldados o obrigaram a servir como um escudo humano.
Apesar das ordens de decisão e do exército do Alto Tribunal dadas antes e depois dele, as forças de segurança continuaram a usar palestinos como escudos humanos, embora o número de casos caiu. Em 2007, por exemplo, B'Tselem documentou 14 casos tais. A organização escreveu ao Corpo Militar da Advocacoa-Geral, exigindo uma investigação em cada um dos casos. O monitoramento da B'Tselem indica que uma investigação da Polícia Militar foi inaugurado em 13 deles: em dois dos casos, a investigação está em andamento; em sete casos, o processo foi encerrado; e quatro foram transferidos para um defensor militar para a sua decisão de apresentar acusações.
Durante o curso da Operação Chumbo Fundido, que aconteceu em Gaza, em janeiro de 2009, B'Tselem e outras organizações foram informados de casos em que soldados utilizando palestinos como escudos humanos. Em um dos casos, dois soldados foram processados por ordenarem a um garoto de nove anos de idade na mira de suas armas para abrir um saco que eles suspeitavam ser uma armadilha. Os dois receberam uma sentença condicional de três meses e rebaixados de sargento para o privado.
LONDRES, 27 de julho 2014 - A "Campanha Internacional para a Inclusão de Grupos de Colonos Israelenses na Lista de Organizações Terroristas" foi lançada neste domingo em Londres, disse o porta-voz da campanha, Fadi Abu Siso.
Colonos(as) judeus com suas "ferramentas agrícolas".
Ele disse que a campanha está se preparando para uma reunião especial com os legisladores e formuladores de políticas do Reino Unido, na Câmara dos Comuns britânica, para discutir maneiras de incorporar a campanha nas políticas dos partidos políticos britânicos, acrescentando que eles vão também examinar a emissão de um projecto de lei nesse sentido.
A campanha vai continuar a atrair o apoio do público para ajudar a alcançar os seus objetivos.
A mídia ocidental utiliza como estratégia para amenizar os crimes e genocídios de Israel a recordação sistemática dos "crimes" praticados por Adolf Hitler contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.
Sem querer entrar nessa seara do revisionismo, ainda que a todos os dados estatísticos da época nunca registraram o número de 6 milhões de judeus na Europa, é interessante observar que para alguns a verdade pode ser manipulada de várias formas.
As pessoas bem informadas sabem que o governo de Israel é um governo sionista genocida e terrorista. Entretanto, a imprensa ocidental tenta de todas as formas inocenta-lo dos crimes bárbaros que pratica, jogando a culpa no Hamas ou em “terroristas palestinos”. Ora, se alguém entrar em sua casa para matar sua família, é o seu direito recorrer a todas as armas possíveis para deter o invasor, e é justamente isto que os palestinos praticam em seu país que foi ilegalmente ocupado e invadido por Israel, uma ficção criminosa inventada por diplomatas (principalmente maçons) mercenários das Nações Unidas.
Hoje quando o mundo inteiro despertou para as atrocidades cometidas por Israel, alguns jornalistas e intelectuais insistem em recordar o nazismo para justificar a “carta branca” dos judeus sionistas para matar, torturar e assassinar impunemente. E a qualquer contestação, gritam: lembrem-se de Hitler! (Isso é uma falácia, pois que os judeus começara a invadir a Palestina antes da 2ªGM)
E não é apenas a mídia ocidental, eminentemente pró-sionista, que comete essa temeridade. Até mesmo intelectuais ditos de “esquerda” e pró-palestinos cometem o mesmo erro - ou recorrem à mesma manipulação, embora com outros fins. Ou seja, para eles a mídia ocidental mente sobre a Palestina mas publica a verdade sobre Hitler (Imprensa não é fonte científica, portanto não confiável). Ora, esse ninho de cobras chamado de imprensa ocidental sempre mentiu sobre tudo e sobre todos para ganhar dinheiro dos grandes banqueiros nacionais e internacionais, na maioria sionista.(E maçons)
Recordar Hitler ao se referir às atrocidades de Israel na Palestina é tentar amenizar os crimes dos sionistas em uma terra que não lhes pertence, porque invoca imagens – conscientes e inconscientes – da lavagem cerebral promovida junto à opinião pública pela mídia ocidental a serviço do sionismo e do imperialismo.
Israel é um câncer para a humanidade. Seus governos sionistas extremistas promovem banhos de sangue sistemáticos para vender armas e lucrar com a morte de inocentes, entre as quais mais de 300 crianças nos últimos dias. O resto é cortina de fumaça.
Carla Regina
Movimento Democracia Direta do Paraná
O estuprador mata a sua vítima para se defender de suas lutas. Ele alega que se a vítima não tivesse lutado, ele não teria que matá-la. Então, é culpa dela, da vítima.
Vamos agora comparar esta "lógica" doentia e desumana para a Palestina e vejamos se não confere.
Os palestinos tem suas terras roubadas, famílias mortas (vítima estuprada) que depois matam militares israelenses e jogam foguetes contra Israel (reage ao estupro). Então Israel invade mais terras, destroi mais casas, mata mais famílias palestinas (mata a vítima porque reagiu, portanto a culpa por ter morrido é da vítima - os palestinos).
Veja a manipulação no vídeo abaixo, tanto de quem postou como nas legendas que dizem que o Hamas usa crianças como escudo humano. Mas a verdade é que eles estão tirando as crianças da linha de fogo. Observe:
Elas estão sendo arrastadas para a segurança e longe da liga de tiro dos latrocidas israelenses. Quanta sem vergonhice esta manipulação do vídeo.
Se o Hamas usa civis e crianças como escudo humano, como gostam de papaguear os defensores de Israel, por que o Hamas é tão bem aceito pelos palestinos?
A resposta é simples, o Hamas não usa ninguém como escudo humano. Se usasse, os palestinos protestariam e isso chegaria aos ouvidos do maior interessado: Israel, que teriam abundande quantidade de relatos e imagens, e não mediria esforços em mostrar isso ao mundo. Mas não tem nada para mostrar. Notou?! Só taramelagem e nenhum fato.
Portanto, a alegação de que o Hamas usa as crianças como escudo humano não tem fundamento. Mais fácil o contrário, vejamos a reportagem da Reuters:
Outros vídeos mostrando este crime de extrema covardia de Israel:
Mas digamos que realmente o Hamas use escudos humanos, porém isso não inocenta nem diminui a culpa de Israel, pelo contrário. Isso testemunha contra Israel. Porque mesmo sabendo disso, Israel não tem o mínimo remorso em atirar e matar as pessoas do tal "escudo humano". É o mesmo que um policial querendo matar o bandido, mata junto o(a) refém. É isso que Israel faz. Parabéns por este "argumento" de Israel, um tiro no próprio pé. Patético.
Neste vídeo vemos o por quê de tantos civis mortos e da gritante necessidade de Israel por mentiras como "Hamas usa escudos humanos" :
Nota: Israel tem recrutado milhares de estudantes e outros hasbará-trolls pelo mundo para espalhar estas calúnidas e mentiras, muitos são especificamente remunerados para tal.
Israel não quer a paz por várias razões e aqui vão 3 delas:
1) Israel alega que estas terras são promessa de Deus para o povo judeu, portanto as demais nações ou povos, incluindo os palestinos, não tem parte nem herança nem promessa sobre aquelas glebas. E neste entendimento religioso, os palestinos devem ser expulsos ou servirem de subempregados.
2) Quer realizar o projeto da "Grande Israel" citado desde o séc. 18 por Theodor Herzl que consiste em conquistar todo Líbano (por enquanto o Hezbollah conseguiu rechaçá-los em 2006), grande parte da Síria (que está sob ataque siono-americano), até a margem direita do Eufrates no Iraque (já todo fragmentando - dividir para conquistar), metade da Arábia Saudita e a margem direita do rio Nilo/Egito. Pesquise sobre este macabro plano sionista do Grande Israel de Oded Yinon que produzirá a 3ª GM.
3) Israel está já preparando a tempo, os acessórios e pessoal para serem sacerdotes no já projetada reconstrução do 3º Templo de Jerusalém. E como farão este templo sendo que lá existe a Mesquita de Al Aqsa? Hoje sem chances e por isso vão aos poucos destruindo todo mundo muçulmano, dividindo, promovendo discórida, destruição etc conforme dito no ítem acima. Pois um mundo muçulmano unido, com progresso e forte economica e militarmente, Israel não tem chances de reconstruir o templo para a adoração do Anticristo. E com um país cheio de árabes também não. Então Israel precisa ser racista, xenófoba e destruir seus vizinhos parceladamente pra não levantar suspeitas nem a união de todos os árabes. Por isso também a perseguição, as calúnias, as mentiras contra o Irã.
GUERRA CIVIL ESPANHOLA (1936-1939) A guerra civil espanhola foi a mais sangrenta "ditadura do proletariado" marxista que já existiu.
A Segunda República (1931-1939)
Na eleição espanhola de Junho de 1931 os socialistas foram o partido mais votado. Em 14 de Julho 123 advogados, 41 médicos, 65 professores e 24 trabalhadores abriram o primeiro parlamento republicano eleito pelo voto direto na Espanha. O governo inicial foi composto por republicanos da esquerda, socialistas e por regionalistas bascos e catalãos. Para liderar esta mistura o advogado Niceto Alcalá Zamora foi eleito como o primeiro-ministro.
Niceto Alcalá-Zamora y Torres (Priego de Córdoba, Espanha, 6 de Julho de 1877 — Buenos Aires, Argentina, 18 de Fevereiro de 1949) foi primeiro presidente da Segunda República Espanhola, de 1931 a 1936.
O líder socialista era Largo Caballera e seus rivais mais próximos eram o radical Lerroux e Manuel Azaña do partido Ação Republicana.
Francisco Largo Caballero foi um político da Espanha. Ocupou o lugar de presidente do governo de Espanha de 1936 a 1937. Nascimento: 15 de outubro de 1869, Madrid, Espanha - Falecimento: 23 de março de 1946, Paris, França.
Seu objetivo mais importante era fazer uma nova Constituição, o que imediatamente criou divisões entre as diferentes partes.
Manuel Azaña Díaz (Alcalá de Henares, 10 de Janeiro de 1880 — Montauban, 3 de Novembro de 1940) político espanhol, segundo e último Presidente efetivo da Segunda República Espanhola.
Os dois primeiros anos sob controle da esquerda viram mudanças políticas radicais, em seguida dois anos com partidos de centro no poder e, finalmente, um período de seis meses da Frente Popular esquerdista radical que desembocou na guerra.
Devido as pressões revolucionárias de todos os lados a classe média espanhola democrática nunca obteve controle suficiente para introduzir a estabilidade política que o país precisava.
A constituição republicana de 1931 era um passo para o estabelecimento do socialismo e/ou anarquismo na Espanha.
O artigo 26 da Constituição afirmava que a Espanha já não era oficialmente católica, e seria proibido ensinar religião sob qualquer forma.A Constituição separou a igreja do estado, e acabou com os títulos de nobreza, criou um único Parlamento com regime parlamentarista, deu autonomia ao País Basco e a Catalunha, deu direito de voto as mulheres e soldados e criou a lei do divórcio. Novas adições ao Artigo 26 foram posteriormente introduzidas, como proibir as procissões religiosas e o toque de sinos de igreja. A bandeira da Espanha foi substituída, um novo hino nacional foi composto, e importantes ruas e praças renomeados.
Até ai nada de muito grave, porém, uma lei de 1932 permitia a expropriação de terras e as propriedades da igreja foram confiscadas, a partir dai a violência generalizada se iniciou com revoltas, motins e greves por toda parte. Seguiu-se uma orgia de queima de igrejas e pilhagem geral em todo o país com os anarquistas participando ativamente. Era o ódio revolucionário explodindo com toda sua costumeira fúria.
Crianças da anarquista Barcelona, em 1936, brincando de execução.
Polícia repúblicana levando prisioneiro (comandante R. Ortiz) para ser executado.
Os vários artigos da nova Constituição dividiram o país em dois, com um lado querendo ser "muito novo", e a outra metade dizendo que "não era novo o suficiente".
Haviam segmentos diversos de apoio no meio do povo, como os camponeses pobres da Andaluzia (de maioria comunista) que foram informados que a propriedade era para ser "o objeto de expropriação por ser de utilidade social".
Na década de 1930 cerca de 1% dos proprietários controlava 42% da terra na Andaluzia. Em um período de dois anos 12 mil famílias receberam terras na Andaluzia, mas o efeito negativo foi que a terra cultivada total caiu 750 mil acres.
A Catalunha sob o novo governo era quase um estado de independente e foi controlado por um conselho com maioria anarquista chamado Generalitat com seu próprio presidente, bandeira, parlamento e sistema tributário. Os bascos estavam a espera de uma forma similar de independência.
Desfile do Generalitat.
Todas essas mudanças na Espanha eram acompanhadas com ansiedade por toda a Europa pela esquerda revolucionária internacional, havia interferência estrangeira dentro do movimento socialista espanhol, em especial por parte da URSS sob o comando de Stalin, e milhares de jovens esquerdistas europeus foram para a Espanha, a nova rosa vermelha do socialismo...
As "brigadas internacionais" desfilando.
A revolta dos nacionalistas foi planejada a partir do verão de 1932. Durante este período (1931-32) houve explosão de violência na maior parte do país e os efeitos gerais dessa ação foram sendo agora sentidos nas cidades industriais, até o final de 1933 o desemprego atingiu um nível de 600.000 desempregados. Os investidores também descobriram que o novo estilo da Espanha não era do seu agrado.
Em 1933 uma nova eleição com as mulheres pela primeira vez participando trouxe um balanço em favor dos partidos não esquerdistas. Esse fato, a rejeição pelo povo espanhol da esquerda revolucionária, é muito importante, porém, em geral, é omitido na descrição dos fatos históricos. O principal partido foi liderado por José Maria Gil Robles, que consistiu de frações de católicos, monárquicos e carlistas.
Os republicanos de esquerda ficaram furiosos com a derrota nas urnas e o presidente Alcalá nomeou o radical Lerroux como o novo primeiro-ministro como uma medida de retaliação. A instabilidade voltou com força e um governo efetivo era praticamente inexistente. Novas desdobramentos apareceram com os comunistas espanhóis entrando em cena.
Propaganda comunista.
Outro partido igualmente importante que surgiu foi a Falange, que era centrado nos princípios fascistas começando a ficarem populares na Europa. O líder era José Antonio, filho de Primo de Rivera.
No verão de 1934 os comunistas e os falangistas estavam quase envolvidos em uma guerra de rua pelo poder. A UGT convocou uma greve geral e declarou então que a Catalunha era um estado independente.
Uma das líderes comunista iria tornar-se internacionalmente conhecida como La Pasionaria (Dolores Ibarruri) pelos seus discursos inflamados.
Ao receber relatos de sacerdotes sendo assassinados e atrocidades sendo cometidas pelos comunistas nas Astúrias o governo enviou a Legião Estrangeira Espanhola para lidar com o problema. Ironicamente, com a Legião foram mouros marroquinos que estavam agora a lutar em uma região nunca conquistada por eles. Eles foram liderados pelo general Millan Astay e sob seu comando estava Francisco Franco. Quando a Legião estabeleceu o controle deixou para trás mais de 2.000 mortos e milhares na cadeia ou feridos.
Por esta altura, havia mais de 30.000 opositores ao governo esquerdista na prisão, incluindo dois líderes da oposição aos esquerdistas republicanos, Azaña e Largo Caballero.
Adicionando perigo potencial para a situação surgiu em 1933 uma sociedade secreta formada por oficiais do exército que se nomeou o UME.
Em 1935, o agora general Franco foi nomeado como Chefe do Estado-Maior do Exército, e a nação esperou para ver o que o exército iria fazer, mas Franco resolveu esperar antes de fazer qualquer movimento.
Uma eleição em fevereiro de 1936 decidiu os grupos de ambos os lados:
- a Frente Popular de esquerda, principalmente comunistas, anarquistas e idealistas;
- a Frente Nacional, conservadores, nacionalistas, fascistas, católicos e a população rural do norte.
A Frente Popular comunista ganhou a maioria no parlamento.
O general Franco ofereceu o apoio do exército para o primeiro-ministro interino, no entanto, esta oferta foi rejeitada. Azaña assumiu as rédeas do poder e generais, como Franco foram designados para guarnições remotas.
Azaña
O líder do partido Falange foi preso em março e enviado para uma prisão em Alicante. Levantes diários e violentos eclodiam e até meados de Junho foi feita uma acusação no parlamento que "houve 269 assassinatos políticos, 1.287 feridos, 341 greves, e 400 igrejas destruídas ou danificadas".
Em 11 de julho Calvo Sotelo também atacou verbalmente as falhas do novo governo, e alguns dias depois ele foi assassinado por policiais do governo republicano, que supostamente estavam folga.
José Calvo Sotelo foi um político e jurisconsultor direitista espanhol, ministro das Finanças entre 1925 e 1930. Foi exilado durante os primeiros anos da Segunda República Espanhola, para além de ter sido eleito deputado em todas as legislaturas. Nascimento: 6 de maio de 1893, Tui, Espanha - Assassinado (foto acima) em: 13 de julho de 1936, Madrid, Espanha.
Na sexta-feira de 14 julho de 1936, a guarnição do exército em Melilla no norte da África se revoltaram e isso foi seguido no dia seguinte por outras guarnições na Espanha. Era o início da Guerra Civil Espanhola.
Francisco Franco Bahamonde, nasceu em 4 de dezembro de 1892, Ferrol, Galiza/Espanha e faleceu em 20 de novembro de 1975 (82 anos), Madrid/Espanha.
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Sobre quem governava a Espanha.
Nas histórias sobre a guerra civil espanhola, a maioria delas feitas por esquerdistas, o cenário da guerra fica nebuloso, tais histórias sutilmente se referem ao general Franco como se ele fosse o ditador da Espanha, mas, ele não era.
As narrativas não dão a entender que os socialistas ERAM GOVERNO. Os esquerdistas que presidiram e mandaram na Espanha entre 1931 até 1937 foram Manuel Azaña Díaz, Francisco Largo Caballero e Juan Negrín. Os esquerdistas governavam a Espanha e tinham a marinha, o exército, a polícia nas mãos desde que assumiram o poder em 1931. Os comunistas/socialistas/anarquistas espanhóis tinham toda a estrutura estatal nas mãos, e com tudo isso ainda receberam a ajuda de centenas de agentes soviéticos enviados por Stalin já por volta de 1934.
Desta forma, os esquerdistas tinham a Espanha nas mãos ... porém, a Catalunha, principalmente Barcelona, era anarquista, e existiam socialistas de diversas vertentes, e também os que se declaravam "comunistas", que na verdade estavam sob o comando da URSS. Os esquerdistas tinham todo o poder na Espanha, mas, como sempre, jamais se entendiam.
Então, é necessário que FIQUE BEM CLARO, os esquerdistas ERAM O GOVERNO da Espanha (e não Franco) e com o aval do governo os militantes esquerdistas partiram para a violência contra religiosos, fazendeiros e líderes da oposição, colocaram fogo e destruíram igrejas e conventos, mataram muitos religiosos e líderes nacionalistas, tomaram terras da igreja e de fazendeiros, tomaram propriedades privadas nas cidades, em especial em Barcelona, de uma forma geral os esquerdistas - com o aval do governo espanhol - iniciaram um período de terror e caos na Espanha, quem não fosse socialista/anarquista não estava mais sob o abrigo da lei e do estado espanhol.
Os espanhóis que se revoltaram contra o terror e caos criado PELO GOVERNO socialista e pegaram em armas eram em muito menor número, e dependeram em larga escala do desembarque dos legionários marroquinos (parte do Marrocos pertencia a Espanha) de Franco na Espanha, mas, mesmo assim eram em menor número contra O ESTADO SOCIALISTA ESPANHOL.
Uma fortaleza defendida por nacionalistas e cercada pelo exército esquerdista republicano por 65 dias (ver documentários) foi a maior demonstração de resistência na guerra e não o que os relatos feitos por marxistas querem fazer parecer, ficou em ruínas mas não caiu, este foi um grande incentivo aos nacionalistas.
O fato dos esquerdistas serem governo é DELIBERADAMENTE OMITIDO na história. A razão dessa omissão é fazer parecer que Franco era um ditador fascista oprimindo os "heróicos" esquerdistas e o pior disso, é que conseguem enganar muita gente que pensa que Franco era governo e massacrava os "pobres revolucionários"...
Mas, a verdade histórica é que quem era governo eram os esquerdistas (comunistas, socialistas, anarquistas) e foram eles que iniciaram o massacre de religiosos, fazendeiros e líderes da oposição, e o processo para implantar na Espanha a ditadura do proletariado.
O general Franco foi o líder dos espanhóis que resistiram a essa opressão do governo socialista e lutaram pela liberdade e para parar o terror e o caos na Espanha.
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Vamos ver um exemplo real do que foi dito acima sobre a distorção da verdade e da total manipulação mentirosa da história da guerra em favor dos "idealistas" praticadas até mesmo no EUA e que colocam os comunistas/anarquistas/socialistas que governavam a Espanha como se fossem vítimas.
Em 1943 foi lançado no EUA o filme "For Whom The Bell Tools", título em português "Por Quem os Sinos Dobram", que fez sucesso nos anos seguintes depois do fim da segunda guerra mundial. A história é baseada em um livro de Ernest Hemingway, o filme pode ser visto no link abaixo:
Mas, vejamos o que diz a sinopse do filme em um dos sites mais populares de filmes o"Adoro Cinema":
"Espanha, 1937. Durante a Guerra Civil Robert Jordan (Gary Cooper), um idealista americano, se alia aos guerrilheiros e tem a missão de explodir uma ponte estratégica em um desfiladeiro bem defendido pelos franquistas. Chega ao local com Anselmo (Vladimir sokoloff), um guia, que lhe apresenta Pablo (Akim Tamiroff), o chefe dos guerrilheiros da região, Pilar (Katina Paxinou), a mulher de Pablo, e outros guerrilheiros. Neste contexto Jordan se apaixona por Maria (Ingrid Bergman), uma bela jovem cujos pais foram mortos pelos franquistas. A missão de Jordan é contestada por Pablo, pois explodirem a ponte atrairia para ali o exército e a aviação franquista. Pilar, uma mulher determinada, não concorda com as posições de Pablo, que age de um jeito no mínimo suspeito."
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-1035/
Vamos comentar o texto da sinopse:
Começa chamando o "herói" do filme de "idealista", não, isso é mentira, ele era um assassino a serviço do Serviço Secreto da República socialista espanhola, um agente secreto comunista, e não "idealista" como é dito, ele praticava sabotagem a mando dos militares socialistas do governo republicano que levou a Espanha a guerra. Desta forma o filme transforma um assassino sabotador em herói.
Em seguida a sinopse diz q ele se alia a "guerrilheiros", não, isso é uma meia verdade, o "herói" não foi lá na região para se aliar com ninguém, foi lá explodir uma ponte a mando dos generais socialistas do governo da Espanha. Os "guerrilheiros" que lá estavam no início da guerra civil não estavam lá, estavam nas cidades matando a pauladas gente indefesa, o próprio filme mostra isso, eles estavam nas montanhas agora porque estavam perdendo a guerra e tiveram que fugir.
A sinopse chama os inimigos do "herói" de "franquistas".... não, não eram, eram nacionalistas, que a partir de um ponto da guerra foram comandados pelo general Franco, eles lutavam contra os comunistas que deram o governo espanhol nas mãos de Stalin.
E por último dizem que a "heroína" teve os pais mortos pelos franquistes, aí fica a impressão que foram assassinados "pelos franquistas", ou seja, colocam a imagem de assassinos no exército que lutava contra eles na guerra civil que eles começaram, e na verdade, foram eles que mataram muita gente indefesa e não os "franquistas".
Quem vê o filme e não tem uma informação baseada na verdade dos fatos históricos tem a nítida impressão que os "guerrilheiros" eram "oprimidos" e que os "franquistas" pertenciam a um governo opressor, mas, na verdade não eram, os "guerrilheiros" eram assassinos covardes que mataram milhares de pessoas indefesas quando estavam com o poder total nas mãos governando a Espanha, e os "franquistas", estes sim lutavam contra a opressão e o terror implantado na Espanha pelo governo socialista republicano.
Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de Julho 1899 — Ketchum, 2 de Julho 1961) foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Esta experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalou em Cuba. Em 1953, ganhou o prêmio Pulitzer, e, em 1954, ganhou o prêmio Nobel de Literatura. Suicidou-se em Ketchum, em Idaho, em 1961.
******** Início da Guerra Civil Espanhola
Em 1936 a morte de Calvo Sotelo trouxe à tona o descontentamento que tinha sido lentamente fomentado no exército já de algum tempo.
No início da revolta o Exército foi chefiado pelo general Sanjurjo, que tinha sido exilado em Portugal. Os líderes ativos antes da eclosão da Guerra Civil eram de fato Goded e Mola com Franco ainda na espera. O exército estava bem preparado quando o momento chegou com seus membros segurando nas mãos listas de todas as atrocidades praticadas pela esquerda.
Distribuição das forças no início da guerra.
O general Franco tinha tomado a decisão antes da revolta em Melilla e ficou ao lado dos generais revoltosos do exército. Em julho foram trazidos de volta das Ilhas Canárias para o general Franco os seus legionários.
Em 1936, Francisco Franco Bhamonde tinha atingido a idade de 43 anos e havia distinguido-se como um bravo soldado. Filho de uma família naval tinha ido para o exército por falta de vagas na marinha, tinha 15 anos. Seu ranking acadêmico na Academia de Infantaria de Toledo não era dos melhores, mas sua ação no Marrocos lhe rendeu 13 medalhas por disciplina, liderança e coragem. Ele chegou à patente de general com a idade de 33 anos, o que fez dele o mais jovem em atingir esse posto na Europa depois de Napoleão Bonaparte. Sua vida social era conservadora e as mulheres pareciam lhe incutir pouco interesse até que ele conheceu Carmen Polo e se casou com ela em 1923. Franco apareceu como um homem dedicado a vida militar com a disciplina no topo de suas prioridades, em seguida, o patriotismo, seguido de perto por conceitos fortes de honra e integridade.
O Marrocos espanhol, as Ilhas Canárias, Galiza, Navarra e partes de Castela e Aragão imediatamente ficaram do lado dos militares rebeldes. O povo também teve sua participação e em Madrid a sua intervenção manteve a guarnição leal ao governo de esquerda.
Goded fracassou em Barcelona e foi baleado, enquanto Sanjurjo morreu quando seu avião caiu durante a decolagem em Portugal.
Estes episódios deixaram no campo de batalha três líderes independentes, Franco, Mola e Queipo, o que criou uma outra divisão na Espanha, sua população foi forçada a optar entre o governo esquerdista e os rebeldes do exército.
O governo tinha o apoio de cerca de 75% da indústria e comércio além de um considerável apoio do resto do exército e forças de segurança importantes. Felizmente para Franco e seus companheiros os líderes do governo de Madrid não conseguiam manter uma política de união, essa é uma característica histórica do esquerdismo, não conseguem se entender entre eles. A Catalunha passou a ser governada por dois Generalitat e os bascos ficaram divididos como em outros lugares.
Homenagem dos catalãos a Stalin na Porta de Alcalán.
Uma história verídica que ficou famosa foi a morte de 500 habitantes de Ronda, na Andaluzia, relatada por Ernest Hemingway em seu livro "Por Quem os Sinos Dobram". Dentro de poucos dias algumas centenas de igrejas foram queimadas ou saqueadas e estima-se que mais de 7.000 padres, monges, freiras, bispos foram mortos. Mas este foi apenas o começo de assassinatos em massa que foram cometidos neste Guerra Civil de ambos os lados. Era a besta revolucionária a solta na Espanha.
Revolucionários atirando em estatua de santa em Madri.
A chave para o avanço de Franco foi a ida de seus legionários marroquinos para a Espanha, o que deu a ele a proteção necessária nos primeiros momentos da guerra. Meses depois a Alemanha decidiu juntar-se ao seu lado e emprestou-lhe vinte aviões de transporte de tropas.
As forças de Franco eram bem treinadas e tinham ganhado muita experiência nas lutas na África. Em contrapartida o entusiasmo da milícia republicana ajudou a equilibrar a luta.
A princípio, os nacionalistas, como o exército do general Franco ficou conhecido, rapidamente capturaram a Andaluzia e Estremadura. Neste momento o apoio internacional foi para os dois lados bem como o idealismo da juventude foi despertado em ambos.
A Alemanha, Itália e Portugal, enviaram homens, armas e aviões para ajudar o general Franco. Da Itália vieram milhares de soldados voluntários, e os alemães enviaram cem aviões com sede em Salamanca, os quais tiveram um efeito decisivo na guerra.
A Rússia foi o principal mantenedor para os republicanos e enviou armas, equipamentos e conselheiros militares. Inglaterra e França também ajudaram os republicanos. Os revolucionários do mundo foram para a Espanha e adotaram o nome de "Brigadas Internacionais", compostas por milhares de fervorosos partidários do comunismo de 58 nações do mundo, a Internacional Socialista cuidou da alistamento deles e a apresentação inicial foi feita na França.
Cartaz de propaganda com o slogan das brigadas internacionais (1937).
Integrantes da banda russa que foram presas por dançar no altar de igreja em Moscou, com uma delas usando camiseta com o "no pasaran" anarquista ao serem libertadas (2013).
Essa insanidade continua presente na cabeça de muitos jovens, é como erva daninha, sempre se renova. Essa foto é importante para que as pessoas saibam que, na verdade, a moça não estava criticando Putin, ela estava fazendo anarquismo, pois ela é uma anarquista.
As Brigadas criaram uma grito de guerra - ino pasarán! (e não passarão!) para arregimentarem os jovens para irem lutar na Espanha. Porém, apesar de milhares de gritos... passaram. Passaram por uma razão bem simples, a de que também existiam milhares que achavam que tinham o direito de viver de forma diferente da que os socialistas lhes queriam impor.
Franco quebrou a resistência republicana em Toledo depois de dura luta. Entre muitos outros eventos vale registrar o que ocorreu antes na cidade de Gijon, onde os nacionalistas não conseguiram segurar os republicanos e foram todos mortos.
O episódio de Toledo deu a Madrid tempo para construir suas defesas a espera do ataque nacionalista.
A luta em Madri foi na área oeste da cidade e o ataque durou mais de dois anos. Aos poucos o destino da luta foi pendendo para os nacionalistas. Isto foi ainda mais ajudado pelos fortes conflitos existentes entre as diferentes facções de esquerda nas fileiras republicanas. Barcelona e a Catalunha foram exemplos da desunião e despreparo administrativo dos anarquistas.
Anarquistas lutando na Catalunha.
Em abril de 1937 a aviação alemã atacou Guernica e destruiu grande parte da cidade matando milhares de pessoas, esse episódio ficou famoso devido ao quadro de Picasso (1), mas, nada mais foi que um dos muitos episódios sangrentos dessa guerra que dariam para Picasso pintar vários quadros semelhantes.
Em 1937 boa parte da ação foi na costa norte, onde a indústria da construção naval caiu nas mãos dos nacionalistas. A morte do general Mola em um acidente de avião deixou o general Franco como principal líder..
POUM (Partido Operário de Unificação Marxista) atuou com as milícias, de operários não tinha tantos, mas, de marxistas tinha muitos.
Em Barcelona anarquistas e o POUM entraram em choque contra os comunistas, revolucionários lutando contra revolucionários - uma constante no meio revolucionário, eles nunca se entendem, nem em coisas básicas, como se a terra ia ser socializada ou não eles conseguiram ter uma decisão consensual...
Na Catalunha os comunistas, vinculados ao movimento comunista mundial, a Internacional Socialista, se impuseram sobre os anarquistas e o POUM e os tornaram ilegais, mataram muitos deles.
Foi uma das memoráveis demonstrações da insanidade que domina a mente do ser revolucionário desejoso de "transformar o mundo"...
Final da guerra
Na Primavera de 1938 os nacionalistas seguiram através da linha de defesa em Aragón e chegaram na costa leste da Espanha. Aproveitando o momento oportuno os republicanos atacaram a retaguarda de Franco com uma ofensiva na vale do rio Ebro, que custou no total mais de 50.000 feridos e 20.000 mortos.
Em dezembro o exército de Franco marchou para Barcelona praticamente indefesa e os republicanos fugiram para o norte e para a França. O teatro final foi em 1939 em Madrid com as forças nacionalistas colocados na periferia com o coronel Casado atacando os republicanos.
Em 28 março o exército de Franco entrou em Madrid e a primeiro de abril a guerra foi oficialmente terminada.
Desfile dos nacionalistas comandados pelo general Franco.
A guerra terminou com o controle da Espanha firmemente nas mãos do General Franco. A Guerra Civil Espanhola tinha feito danos incalculáveis para a prosperidade e estrutura de Espanha e tinha "enviado para se matarem o irmão contra irmão". Estima-se que bem mais de 500.000 espanhóis tenham morrido, em muitos casos foram abatidos em assassinatos em massa fora do campo de batalha. Foi uma guerra muito triste e caro para a Espanha pois os socialistas da URSS jamais devolveram o ouro espanhol tolamente enviado a eles pelos tolos revolucionários espanhóis.
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Karl Marx ao estabelecer no Manifesto Comunista as 10 "medidas" que deveriam ser executadas após a tomada do poder pelos proletários... não previu que poderia haver reação ao despotismo que tais medidas impunham.
1 - Expropriação da propriedade da terra e emprego da renda da terra em proveito do Estado. 2 - Imposto fortemente progressivo. 3 - Abolição do direito de herança. 4 - Confiscação da propriedade de todos os emigrantes e rebeldes. 5 - Centralização do crédito nas mãos do Estado por meio de um banco nacional com capital do Estado e com o monopólio exclusivo. 6 - Centralização, nas mãos do Estado, de todos os meios de transporte. 7 - Multiplicação das fábricas e dos instrumentos de produção pertencentes ao Estado, arroteamento das terras incultas e melhoria das terras cultivadas, segundo um plano geral. 8 - Trabalho obrigatório para todos, organização de exércitos industriais, particularmente para a agricultura. 9 - União do trabalho agrícola e industrial e medidas tendentes a fazer desaparecer gradualmente a distinção entre a cidade e o campo. 10 - Educação pública e gratuita de todas as crianças, abolição do trabalho das crianças nas fábricas. União da educação com a produção material.
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A seguir temos 6 vídeos que mostram a Guerra Civil Espanhola em detalhes.
São coisas que deveriam ser vistas por todos os seres humanos, que deveriam ser estudas por todos seres humanos, para que todos seres humanos possam saber ao que leva a estupidez revolucionária daqueles que se acham no direito de "transformar o mundo".
Existem nações, como a Austrália (2), o Canadá (3), a Finlândia, que estabeleceram a liberdade, a democracia e o progresso social e econômico sem nunca jamais terem precisado fazerem revoluções e matarem milhares de compatriotas em prol da "causa" socialista. (Austrália e Canadá quase exterminaram as populações indígenas todas em nome do progresso, da democracia, da liberdade dos colonizadores, é claro.)
O que existe nestes vídeos é uma epopéia, a epopéia da estupidez revolucionária, a tragédia que se abateu sobre a humanidade com o surgimento do sentimento idealista revolucionário em seu seio.
Vídeo 1/6:
Vídeo 2/6:
Vídeo 3/6:
Vídeo 4/6:
Vídeo 5/6:
Vídeo 6/6:
Um outro vídeo em espanhol descrevendo os acontecimentos de forma mais resumida:
******** O tesouro espanhol mandado para a Rússia.
Como o conflito encaminhava-se para sua fase final os republicanos esquerdistas nomearam um ministro da fazenda com o nome de Dr. Juan Negrín que de início cometeu o maior erro de todos os erros possíveis.
Juan Negrín López (3 de fevereiro de 1889 — Paris, 12 de novembro de 1956) foi um político da Espanha. Ocupou o lugar de presidente do governo de Espanha de 1937 a 1939 e de Presidente do Governo da República no exílio até 1945.
Temendo que os lingotes de ouro e tesouros acumulados por séculos pelo Império Espanhol caíssem nas mãos dos nacionalistas, ele decidiu enviar os tesouros para a Rússia! Stalin recebeu o ouro como um presente!
O espião soviético Alexander Orlov relatou em um livro esse episódio em detalhes. O envio dos tesouros da Espanha para a Rússia comunista foi determinado por decreto assinado pelo presidente Manuel Azaña e pelo ministro da fazenda Juan Negrín.
O ouro estava escondido em Cartagena em guarnições da marinha, continha mais de 10.000 caixas, ao todo eram mais de 650 mil quilos de ouro e prata!
Para transportar essa riqueza Stalin enviou quatro navios cargueiros russos, a mercadoria toda foi levada para o porto russo de Odessa e de lá para Moscou.
Stalin ficou exultante e deu uma grande festa para comemorar o seu feito jamais igualado na história humana em grau de imbecilidade do enganado!