segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
Feliz Natal e Próspero Ano de 2019
Feliz Natal! Que nesta época não se abram apenas presentes, mas principalmente as mentes e corações para o amor, a paz e o conhecimento da verdade e a prática da justiça.
Abraços
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
“Deitado em berço esplêndido” continuaremos
Histórico e espetacular discurso do Senador Roberto Requião que se despede do Senado este ano. Uma aula de Ciência Política e Conjuntura Política nacional.
Também o primeiro discurso do senador Roberto Requião (*) no Senado logo após a eleição do sionista e entreguista Bolsonaro chamou a atenção pelo conteúdo emocional e pela contundência política; os relatos são de que após a fala, houve um grande silêncio na tribuna; em um dado momento, Requião fala sobre a Petrobrás e sobre a indiferença que tomou conta do zelo pelas riquezas naturais do país:
Lava Jato, trair a Pátria não é crime? Vender o país não é corrupção?
O juiz Sérgio Moro sabe; o procurador Deltan Dallagnol tem plena ciência. Fui, neste plenário, o primeiro senador a apoiar e a conclamar o apoio à Operação Lava Jato. Assim como fui o primeiro a fazer reparos aos seus equívocos e excessos.
Mas, sobretudo, desde o início, apontei a falta de compromisso da Operação, de seus principais operadores, com o país. Dizia que o combate à corrupção descolado da realidade dos fatos da política e da economia do país era inútil e enganoso.
E por que a Lava Jato se apartou, distanciou-se dos fatos da política e da economia do Brasil?
Porque a Lava Jato acabou presa, imobilizada por sua própria obsessão; obsessão que toldou, empanou os olhos e a compreensão dos heróis da operação ao ponto de eles não despertarem e nem reagirem à pilhagem criminosa, desavergonhada do país.
Querem um exemplo assombroso, sinistro dessa fuga da realidade?
Nunca aconteceu na história do Brasil de um presidente ser denunciado por corrupção durante o exercício do mandato. Não apenas ele. Todo o entorno foi indigitado e denunciado. Mas nunca um presidente da República desbaratou o patrimônio nacional de forma tão açodada, irresponsável e suspeita, como essa Presidência denunciada por corrupção.
Vejam. Só no último o leilão do petróleo, esse governo de denunciado como corrupto, abriu mão de um trilhão de reais de receitas.
Um trilhão, Moro!
Um trilhão, Dallagnoll!
Um trilhão, Polícia Federal!
Um trilhão, PGR!
Um trilhão, Supremo, STJ, Tribunais Federais, Conselhos do Ministério Público e da Justiça.
Um trilhão, brava gente da OAB!
Um trilhão de isenções graciosamente cedidas às maiores e mais ricas empresas do planeta Terra. Injustificadamente. Sem qualquer amparo em dados econômicos, em projeções de investimentos, em retorno de investimentos. Sem o apoio de estudos sérios, confiáveis.
Nada! Absolutamente nada!
Foi um a doação escandalosa. Uma negociata impudica.
Abrimos mão de dinheiro suficiente para cobrir todos os alegados déficits orçamentários, todos os rombos nas tais contas públicas.
Abrimos mão do dinheiro essencial, vital para a previdência, a saúde, a educação, a segurança, a habitação e o saneamento, as estradas, ferrovias, aeroportos, portos e hidrovias, para os próximos anos.
Mas suas excelentíssimas excelências acima citadas não estão nem aí. Porque, entendem, não vem ao caso…
Na década de 80, quando as montadoras de automóveis, depois de saturados os mercados do Ocidente desenvolvido, voltaram os olhos para o Sul do mundo, os governantes da América Latina, da África, da Ásia entraram em guerra para ver quem fazia mais concessões, quem dava mais vantagens para “atrair” as fábricas de automóveis.
Lester Turow, um dos papas da globalização, vendo aquele espetáculo deprimente de presidentes, governadores, prefeitos a oferecer até suas progenitoras para atrair uma montadora de automóvel, censurou-os, chamando-os de ignorantes por desperdiçarem o suado dinheiro dos impostos de seus concidadãos para premiarem empresas biliardárias.
Turow dizia o seguinte: qualquer primeiroanista de economia, minimamente dotado, que examinasse um mapa do mundo, veria que a alternativa para as montadoras se expandirem e sobreviverem estava no Sul do Planeta Terra. Logo, elas não precisavam de qualquer incentivo para se instalarem na América Latina, Ásia ou África. Forçosamente viriam para cá.
No entanto, governantes estúpidos, bocós, provincianos, além de corruptos e gananciosos deram às montadoras mundos e fundos.
Conto aqui uma experiência pessoal: eu era governador do Paraná e a fábrica de colheitadeiras New Holland, do Grupo Fiat, pretendia instalar-se no Brasil, que vivia à época o boom da produção de grãos.
A Fiat balançava entre se instalar no Paraná ou Minas Gerais. Recebo no palácio um dirigente da fábrica italiana, que vai logo fazendo numerosas exigências para montar a fábrica em meu estado. Queria tudo: isenções de impostos, terreno, infraestrutura, berço especial no porto de Paranaguá, e mais algumas benesses.
Como resposta, pedi ao meu chefe de gabinete uma ligação para o então governador de Minas Gerais, o Hélio Garcia. Feito o contacto, cumprimento o governador: “Parabéns, Hélio, você acaba de ganhar a fábrica da New Holland”. Ele fica intrigado e me pergunta o que havia acontecido.
Explico a ele que o Paraná não aceitava nenhuma das exigências da Fiat para atrair a fábrica, e já que Minas aceitava, a fábrica iria para lá.
O diretor da Fiat ficou pasmo e se retirou. Dias depois, ele reaparece e comunica que a New Holland iria se instalar no Paraná.
Por que?
Pela obviedade dos fatos: o Paraná à época, era o maior produtor de grãos do Brasil e, logo, o maior consumidor de colheitadeiras do país; a fábrica ficaria a apenas cem quilômetros do porto de Paranaguá; tínhamos mão-de-obra altamente especializada e assim por diante.
Enfim, o grande incentivo que o Paraná oferecia era o mercado.
O que me inspirou trucar a Fiat? O conselho de Lester Turow e o exemplo de meu antecessor no governo, que atraiu a Renault, a Volks e a Chrysler a peso de ouro e às custas dos salários dos metalúrgicos paranaenses, pois o governador de então chegou até mesmo negociar os vencimentos dos operários, fixando-os a uma fração do que recebiam os trabalhadores paulistas.
Mundos e fundos, e um retorno pífio.
Pois bem, voltemos aos dias de hoje, retornemos à história, que agora se reproduz como um pastelão.
O Pré-Sal, pelos custos de sua extração, coisa de sete dólares o barril, é moranguinho com nata, uma mamata só!
A extração do óleo xisto, nos Estados Unidos, o shale oil , chegou a custar até 50 dólares o barril; o petróleo extraído pelos canadenses das areias betuminosas sai por 20 a 30 dólares o barril; as petrolíferas, as mesmas que vieram aqui tomar o nosso Pré-Sal, fecharam vários projetos de extração de petróleo no Alasca porque os custos ultrapassavam os 40 dólares o barril.
Quer dizer: como no caso das montadoras, era natural, favas contadas que as petrolíferas enxameassem, como abelhas no mel, o Pré-Sal. Com esse custo, quem não seria atraído?
Por que então, imbecis, por que então, entreguistas de uma figa, oferecer mais vantagens ainda que a já enorme, incomparável e indisputável vantagem do custo da extração?
Mais um dado, senhoras e senhores da Lava Jato, atrizes e atores daquele malfadado filme: vocês sabem quanto o governo arrecadou com o último leilão? Arrecadou o correspondente a um centavo de real por litro leiloado.
Um centavo, Moro!
Um centavo, Dallagnoll!
Um centavo, Carmem Lúcia!
Um centavo, Raquel Dodge!
Um centavo, ínclitos delegados da Policia Federal!
Esse governo de meliantes faz isso e vocês fazem cara de paisagem, viram o rosto para o outro lado.
Já sei, uma das razões para essa omissão indecente certamente é, foi e haverá de ser a opinião da mídia.
Com toda a mídia comercial, monopolizada por seis famílias, todas a favor desse leilão rapinante, como os senhores e as senhoras iriam falar qualquer coisa, não é?
Não pegava bem contrariar a imprensa amiga, não é, lavajatinos?
Renovo a pergunta: desbaratar o suado dinheiro que é esfolado dos brasileiros via impostos e dar isenção às empresas mais ricas do planeta é ou não é corrupção?
Entregar o preciosíssimo Pré-Sal, o nosso passaporte para romper com o subdesenvolvimento, é ou não é suprema, absoluta, imperdoável corrupção?
É ou não uma corrupção inominável reduzir o salário mínimo e isentar as petroleiras?
Será, juízes, procuradores, policiais federais, defensores públicos, será que as senhoras e os senhores são tão limitados, tão fronteiriços, tão pouco dotados de perspicácia e patriotismo ao ponto de engolirem essa roubalheira toda sem piscar?
Bom, eu não acredito, como alguns chegam a acusar, que os senhores e as senhoras são quintas-colunas, agentes estrangeiros, calabares, joaquins silvérios ou, então, cabos anselmos.
Não, não acredito.
Não acredito, mas a passividade das senhoras e dos senhores diante da destruição da soberania nacional, diante da submissão do Brasil às transnacionais, diante da liquidação dos direitos trabalhistas e sociais, diante da reintrodução da escravatura no país ... essa passividade incomoda e desperta desconfianças, levanta suspeitas.
Pergunto, renovo a pergunta: como pode um país ser comandado por uma quadrilha, clara e explicitamente uma quadrilha, e tudo continuar como se nada estivesse acontecendo?
Responda, Moro.
Responda, Dallagnoll.
Responda, Carmem Lúcia.
Responda, Raquel Dodge.
Respondam, oh, ínclitos e severos ministros do Tribunal de Contas da União que ajudaram a derrubar uma presidente honesta.
Respondam, oh guardiões da moral, da ética, da honestidade, dos bons costumes, da família, da propriedade e da civilização cristã ocidental.
Respondam porque denunciaram, mandaram prender, processaram e condenaram tantos lobistas, corruptores de parlamentares e de dirigentes de estatais, mas pouco se dão se, por exemplo, lobistas da Shell, da Exxon e de outras petroleiras estrangeiras circulem pelo Congresso obscenamente, a pressionar, a constranger parlamentares em defesa da entrega do Pré-Sal, e do desmantelamento indústria nacional do óleo e do gás?
Eu vi, senhoras e senhores. Eu vi com que liberdade e desfaçatez o lobista da Shell, semanas atrás, buscava angariar votos para aprovar a maldita, indecorosa MP franqueando todo o setor industrial nacional do petróleo à predação das multinacionais.
Já sei, já sei ... isso não vem ao caso.
Fico cá pensando o que esses rapazes e essas moças, brilhantíssimos campeões de concursos públicos, fico pensando ... o que eles e elas conhecem de economia, da história e dos impasses históricos do desenvolvimento brasileiro?
Será que eles são tão tapados ao ponto de não saberem que sem energia, sem indústria, sem mercado consumidor, sem sistema financeiro público, para alavancar a economia, sem infraestrutura não há futuro para qualquer país que seja? Esses são os ativos imprescindíveis para o desenvolvimento, para a remissão do atraso, para o bem-estar social e para a paz social.
Sem esses ativos, vamos nos escorar no quê? Na produção e exportação de commodities? Ora ...
Mas, os nossos bravos e bravas lavajatinos não consideram o desbaratamento dos ativos nacionais uma forma de corrupção.
Senhoras, senhores, estamos falando da venda subfaturada – ou melhor, da doação – do país todo! Todo!
E quem o vende?
Um governo atolado, completamente submerso na corrupção.
E para que vende?
Para comprar parlamentares e assim escapar de ser julgado por corrupção.
Depois de jogar o petróleo pela janela, preparando assim o terreno para a nossa perpetuação no subdesenvolvimento, o governo aproveita a distração de um feriado prolongado e coloca em hasta pública o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, a Eletrobrás, a Petrobrás e que mais seja de estatal.
Ladrões de dinheiro público vendendo o patrimônio público.
Pode isso, Moro?
Pode isso, Dallagnoll?
Pode isso, Carmem Lúcia?
Pode isso, Raquel Dodge?
Ou devo perguntar para o Arnaldo?
À véspera do leilão do Pré-Sal, semana passada, tive a esperança de que algum juiz intrépido ou algum procurador audacioso, iluminados pelos feéricos, espetaculosos exemplos da Lava Jato, impedissem esse supremo ato de corrupção praticado por um governo corrupto.
Mas, como isso não vinha ao caso, nada tinha com os pedalinhos, o tríplex, as palestras, o aluguel do apartamento, nenhum juiz, nenhum procurador, nenhum delegado da Polícia Federal, e nem aquele rapaz do TCU, tão rigoroso com a presidente Dilma, ninguém enfim, se lixou para o esbulho.
Ah, sim, não estava também no power point ...
É com desencanto e o mais profundo desânimo que pergunto: por que Deus está sendo tão duro assim com o Brasil?
(*) Roberto Requião é senador da República no segundo mandato. Foi governador de estado por 3 mandatos, 12 anos, prefeito de Curitiba, secretário de estado, deputado, industrial, agricultor, oficial do exército brasileiro e advogado de movimento sociais. É graduado em direito e jornalismo com pós graduação em urbanismo e comunicação.
Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/373724/Requi%C3%A3o-cala-o-Senado-com-discurso-hist%C3%B3rico-sobre-entrega-do-pr%C3%A9-sal.htm
Também o primeiro discurso do senador Roberto Requião (*) no Senado logo após a eleição do sionista e entreguista Bolsonaro chamou a atenção pelo conteúdo emocional e pela contundência política; os relatos são de que após a fala, houve um grande silêncio na tribuna; em um dado momento, Requião fala sobre a Petrobrás e sobre a indiferença que tomou conta do zelo pelas riquezas naturais do país:
"Um trilhão de isenções graciosamente cedidas às maiores e mais ricas empresas do planeta Terra. Injustificadamente. Sem qualquer amparo em dados econômicos, em projeções de investimentos, em retorno de investimentos. Sem o apoio de estudos sérios, confiáveis."
Abaixo, leia a íntegra do discurso de Requião:
Lava Jato, trair a Pátria não é crime? Vender o país não é corrupção?
O juiz Sérgio Moro sabe; o procurador Deltan Dallagnol tem plena ciência. Fui, neste plenário, o primeiro senador a apoiar e a conclamar o apoio à Operação Lava Jato. Assim como fui o primeiro a fazer reparos aos seus equívocos e excessos.
Mas, sobretudo, desde o início, apontei a falta de compromisso da Operação, de seus principais operadores, com o país. Dizia que o combate à corrupção descolado da realidade dos fatos da política e da economia do país era inútil e enganoso.
E por que a Lava Jato se apartou, distanciou-se dos fatos da política e da economia do Brasil?
Porque a Lava Jato acabou presa, imobilizada por sua própria obsessão; obsessão que toldou, empanou os olhos e a compreensão dos heróis da operação ao ponto de eles não despertarem e nem reagirem à pilhagem criminosa, desavergonhada do país.
Querem um exemplo assombroso, sinistro dessa fuga da realidade?
Nunca aconteceu na história do Brasil de um presidente ser denunciado por corrupção durante o exercício do mandato. Não apenas ele. Todo o entorno foi indigitado e denunciado. Mas nunca um presidente da República desbaratou o patrimônio nacional de forma tão açodada, irresponsável e suspeita, como essa Presidência denunciada por corrupção.
Vejam. Só no último o leilão do petróleo, esse governo de denunciado como corrupto, abriu mão de um trilhão de reais de receitas.
Um trilhão, Moro!
Um trilhão, Dallagnoll!
Um trilhão, Polícia Federal!
Um trilhão, PGR!
Um trilhão, Supremo, STJ, Tribunais Federais, Conselhos do Ministério Público e da Justiça.
Um trilhão, brava gente da OAB!
Um trilhão de isenções graciosamente cedidas às maiores e mais ricas empresas do planeta Terra. Injustificadamente. Sem qualquer amparo em dados econômicos, em projeções de investimentos, em retorno de investimentos. Sem o apoio de estudos sérios, confiáveis.
Nada! Absolutamente nada!
Foi um a doação escandalosa. Uma negociata impudica.
Abrimos mão de dinheiro suficiente para cobrir todos os alegados déficits orçamentários, todos os rombos nas tais contas públicas.
Abrimos mão do dinheiro essencial, vital para a previdência, a saúde, a educação, a segurança, a habitação e o saneamento, as estradas, ferrovias, aeroportos, portos e hidrovias, para os próximos anos.
Mas suas excelentíssimas excelências acima citadas não estão nem aí. Porque, entendem, não vem ao caso…
Na década de 80, quando as montadoras de automóveis, depois de saturados os mercados do Ocidente desenvolvido, voltaram os olhos para o Sul do mundo, os governantes da América Latina, da África, da Ásia entraram em guerra para ver quem fazia mais concessões, quem dava mais vantagens para “atrair” as fábricas de automóveis.
Lester Turow, um dos papas da globalização, vendo aquele espetáculo deprimente de presidentes, governadores, prefeitos a oferecer até suas progenitoras para atrair uma montadora de automóvel, censurou-os, chamando-os de ignorantes por desperdiçarem o suado dinheiro dos impostos de seus concidadãos para premiarem empresas biliardárias.
Turow dizia o seguinte: qualquer primeiroanista de economia, minimamente dotado, que examinasse um mapa do mundo, veria que a alternativa para as montadoras se expandirem e sobreviverem estava no Sul do Planeta Terra. Logo, elas não precisavam de qualquer incentivo para se instalarem na América Latina, Ásia ou África. Forçosamente viriam para cá.
No entanto, governantes estúpidos, bocós, provincianos, além de corruptos e gananciosos deram às montadoras mundos e fundos.
Conto aqui uma experiência pessoal: eu era governador do Paraná e a fábrica de colheitadeiras New Holland, do Grupo Fiat, pretendia instalar-se no Brasil, que vivia à época o boom da produção de grãos.
A Fiat balançava entre se instalar no Paraná ou Minas Gerais. Recebo no palácio um dirigente da fábrica italiana, que vai logo fazendo numerosas exigências para montar a fábrica em meu estado. Queria tudo: isenções de impostos, terreno, infraestrutura, berço especial no porto de Paranaguá, e mais algumas benesses.
Como resposta, pedi ao meu chefe de gabinete uma ligação para o então governador de Minas Gerais, o Hélio Garcia. Feito o contacto, cumprimento o governador: “Parabéns, Hélio, você acaba de ganhar a fábrica da New Holland”. Ele fica intrigado e me pergunta o que havia acontecido.
Explico a ele que o Paraná não aceitava nenhuma das exigências da Fiat para atrair a fábrica, e já que Minas aceitava, a fábrica iria para lá.
O diretor da Fiat ficou pasmo e se retirou. Dias depois, ele reaparece e comunica que a New Holland iria se instalar no Paraná.
Por que?
Pela obviedade dos fatos: o Paraná à época, era o maior produtor de grãos do Brasil e, logo, o maior consumidor de colheitadeiras do país; a fábrica ficaria a apenas cem quilômetros do porto de Paranaguá; tínhamos mão-de-obra altamente especializada e assim por diante.
Enfim, o grande incentivo que o Paraná oferecia era o mercado.
O que me inspirou trucar a Fiat? O conselho de Lester Turow e o exemplo de meu antecessor no governo, que atraiu a Renault, a Volks e a Chrysler a peso de ouro e às custas dos salários dos metalúrgicos paranaenses, pois o governador de então chegou até mesmo negociar os vencimentos dos operários, fixando-os a uma fração do que recebiam os trabalhadores paulistas.
Mundos e fundos, e um retorno pífio.
Pois bem, voltemos aos dias de hoje, retornemos à história, que agora se reproduz como um pastelão.
O Pré-Sal, pelos custos de sua extração, coisa de sete dólares o barril, é moranguinho com nata, uma mamata só!
A extração do óleo xisto, nos Estados Unidos, o shale oil , chegou a custar até 50 dólares o barril; o petróleo extraído pelos canadenses das areias betuminosas sai por 20 a 30 dólares o barril; as petrolíferas, as mesmas que vieram aqui tomar o nosso Pré-Sal, fecharam vários projetos de extração de petróleo no Alasca porque os custos ultrapassavam os 40 dólares o barril.
Quer dizer: como no caso das montadoras, era natural, favas contadas que as petrolíferas enxameassem, como abelhas no mel, o Pré-Sal. Com esse custo, quem não seria atraído?
Por que então, imbecis, por que então, entreguistas de uma figa, oferecer mais vantagens ainda que a já enorme, incomparável e indisputável vantagem do custo da extração?
Mais um dado, senhoras e senhores da Lava Jato, atrizes e atores daquele malfadado filme: vocês sabem quanto o governo arrecadou com o último leilão? Arrecadou o correspondente a um centavo de real por litro leiloado.
Um centavo, Moro!
Um centavo, Dallagnoll!
Um centavo, Carmem Lúcia!
Um centavo, Raquel Dodge!
Um centavo, ínclitos delegados da Policia Federal!
Esse governo de meliantes faz isso e vocês fazem cara de paisagem, viram o rosto para o outro lado.
Já sei, uma das razões para essa omissão indecente certamente é, foi e haverá de ser a opinião da mídia.
Com toda a mídia comercial, monopolizada por seis famílias, todas a favor desse leilão rapinante, como os senhores e as senhoras iriam falar qualquer coisa, não é?
Não pegava bem contrariar a imprensa amiga, não é, lavajatinos?
Renovo a pergunta: desbaratar o suado dinheiro que é esfolado dos brasileiros via impostos e dar isenção às empresas mais ricas do planeta é ou não é corrupção?
Entregar o preciosíssimo Pré-Sal, o nosso passaporte para romper com o subdesenvolvimento, é ou não é suprema, absoluta, imperdoável corrupção?
É ou não uma corrupção inominável reduzir o salário mínimo e isentar as petroleiras?
Será, juízes, procuradores, policiais federais, defensores públicos, será que as senhoras e os senhores são tão limitados, tão fronteiriços, tão pouco dotados de perspicácia e patriotismo ao ponto de engolirem essa roubalheira toda sem piscar?
Bom, eu não acredito, como alguns chegam a acusar, que os senhores e as senhoras são quintas-colunas, agentes estrangeiros, calabares, joaquins silvérios ou, então, cabos anselmos.
Não, não acredito.
Não acredito, mas a passividade das senhoras e dos senhores diante da destruição da soberania nacional, diante da submissão do Brasil às transnacionais, diante da liquidação dos direitos trabalhistas e sociais, diante da reintrodução da escravatura no país ... essa passividade incomoda e desperta desconfianças, levanta suspeitas.
Pergunto, renovo a pergunta: como pode um país ser comandado por uma quadrilha, clara e explicitamente uma quadrilha, e tudo continuar como se nada estivesse acontecendo?
Responda, Moro.
Responda, Dallagnoll.
Responda, Carmem Lúcia.
Responda, Raquel Dodge.
Respondam, oh, ínclitos e severos ministros do Tribunal de Contas da União que ajudaram a derrubar uma presidente honesta.
Respondam, oh guardiões da moral, da ética, da honestidade, dos bons costumes, da família, da propriedade e da civilização cristã ocidental.
Respondam porque denunciaram, mandaram prender, processaram e condenaram tantos lobistas, corruptores de parlamentares e de dirigentes de estatais, mas pouco se dão se, por exemplo, lobistas da Shell, da Exxon e de outras petroleiras estrangeiras circulem pelo Congresso obscenamente, a pressionar, a constranger parlamentares em defesa da entrega do Pré-Sal, e do desmantelamento indústria nacional do óleo e do gás?
Eu vi, senhoras e senhores. Eu vi com que liberdade e desfaçatez o lobista da Shell, semanas atrás, buscava angariar votos para aprovar a maldita, indecorosa MP franqueando todo o setor industrial nacional do petróleo à predação das multinacionais.
Já sei, já sei ... isso não vem ao caso.
Fico cá pensando o que esses rapazes e essas moças, brilhantíssimos campeões de concursos públicos, fico pensando ... o que eles e elas conhecem de economia, da história e dos impasses históricos do desenvolvimento brasileiro?
Será que eles são tão tapados ao ponto de não saberem que sem energia, sem indústria, sem mercado consumidor, sem sistema financeiro público, para alavancar a economia, sem infraestrutura não há futuro para qualquer país que seja? Esses são os ativos imprescindíveis para o desenvolvimento, para a remissão do atraso, para o bem-estar social e para a paz social.
Sem esses ativos, vamos nos escorar no quê? Na produção e exportação de commodities? Ora ...
Mas, os nossos bravos e bravas lavajatinos não consideram o desbaratamento dos ativos nacionais uma forma de corrupção.
Senhoras, senhores, estamos falando da venda subfaturada – ou melhor, da doação – do país todo! Todo!
E quem o vende?
Um governo atolado, completamente submerso na corrupção.
E para que vende?
Para comprar parlamentares e assim escapar de ser julgado por corrupção.
Depois de jogar o petróleo pela janela, preparando assim o terreno para a nossa perpetuação no subdesenvolvimento, o governo aproveita a distração de um feriado prolongado e coloca em hasta pública o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, a Eletrobrás, a Petrobrás e que mais seja de estatal.
Ladrões de dinheiro público vendendo o patrimônio público.
Pode isso, Moro?
Pode isso, Dallagnoll?
Pode isso, Carmem Lúcia?
Pode isso, Raquel Dodge?
Ou devo perguntar para o Arnaldo?
À véspera do leilão do Pré-Sal, semana passada, tive a esperança de que algum juiz intrépido ou algum procurador audacioso, iluminados pelos feéricos, espetaculosos exemplos da Lava Jato, impedissem esse supremo ato de corrupção praticado por um governo corrupto.
Mas, como isso não vinha ao caso, nada tinha com os pedalinhos, o tríplex, as palestras, o aluguel do apartamento, nenhum juiz, nenhum procurador, nenhum delegado da Polícia Federal, e nem aquele rapaz do TCU, tão rigoroso com a presidente Dilma, ninguém enfim, se lixou para o esbulho.
Ah, sim, não estava também no power point ...
É com desencanto e o mais profundo desânimo que pergunto: por que Deus está sendo tão duro assim com o Brasil?
(*) Roberto Requião é senador da República no segundo mandato. Foi governador de estado por 3 mandatos, 12 anos, prefeito de Curitiba, secretário de estado, deputado, industrial, agricultor, oficial do exército brasileiro e advogado de movimento sociais. É graduado em direito e jornalismo com pós graduação em urbanismo e comunicação.
Fonte: https://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/373724/Requi%C3%A3o-cala-o-Senado-com-discurso-hist%C3%B3rico-sobre-entrega-do-pr%C3%A9-sal.htm
“Deitado em berço esplêndido” continuaremos até porque o Hino Nacional assim canta:
"Deitado ETERNAMENTE em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao Sol do Novo Mundo!"
A frase "Deitado eternamente em berço esplêndido" tem gerado alguma controvérsia, havendo quem defenda que a palavra "deitado" exprime a ideia de "adormecido", "cansado", "preguiçoso" ou "que não luta", características que não seriam representativas da grandeza e glória do País.
E outro lúcido discurso do Senador Roberto Requião, onde indiretamente reconhece a superioridade do modelo econômico de Hitler e a incoerência de chamar Bolsonaro e seus seguidores de nazifascista como faz reiteradamente a Esquerda:
“Brasil nasceu colônia e vai morrer colônia.”
Comentário lúcido de internauta petista.
“BraZil acima de tudo, GADU acima de todos.”
Bolsonaro e Mourão, nas entrelinhas.
“Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.”
Nelson Rodrigues.
Abraços
"Deitado ETERNAMENTE em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao Sol do Novo Mundo!"
A frase "Deitado eternamente em berço esplêndido" tem gerado alguma controvérsia, havendo quem defenda que a palavra "deitado" exprime a ideia de "adormecido", "cansado", "preguiçoso" ou "que não luta", características que não seriam representativas da grandeza e glória do País.
E outro lúcido discurso do Senador Roberto Requião, onde indiretamente reconhece a superioridade do modelo econômico de Hitler e a incoerência de chamar Bolsonaro e seus seguidores de nazifascista como faz reiteradamente a Esquerda:
Nota 12/11/2021: como podemos ver, todo e qualquer discurso de liberdade de expressão ou defesa da democracia é cinismo, falsidade, é conversa fiada.
Comentário lúcido de internauta petista.
“BraZil acima de tudo, GADU acima de todos.”
Bolsonaro e Mourão, nas entrelinhas.
“Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.”
Nelson Rodrigues.
Abraços
terça-feira, 11 de setembro de 2018
Economia não é ciência, é charlatanismo
A falácia da economia ocidental; Escravidão disfarçada
por Ghassan Kadi para The Saker Blog
A economia não é uma ciência. A economia não pode ser expressa em termos matemáticos meramente reprodutíveis e previsíveis, como no caso da física.
Física e matemática são assuntos e manifestações do Direito Universal (Logos em grego), enquanto a economia é um sistema feito pelo homem que é baseado na ganância e no medo. O pai da economia, Adam Smith, em seu famoso livro “A riqueza das nações”, tentou estabelecer “leis” econômicas. Essas “leis” ainda são aceitáveis 250 anos depois, mas essas “leis” não são mais do que indicações que apontam para probabilidades, e não para a previsibilidade precisa que as leis físicas fornecem.
A economia é feita para parecer um campo de conhecimento muito complexo que apenas economistas experientes podem ousar tentar entender. O que faz com que pareça assustadoramente difícil, especialmente por aqueles que nunca a estudaram, é que não apenas suas chamadas "leis" são elásticas e imprevisíveis, mas também por causa da imprecisão e da mística que a cercam. Onde a imprecisão e o dinheiro convergem, entre indivíduos e nações que são gananciosos e poderosos o suficiente para capitalizar os tons de cinza a seu favor. Até agora, eles foram capazes de cometer o pior tipo de roubo que excede de longe qualquer roubo corporativo já exposto, muito menos possível.
Em poucas palavras, a economia mundial baseia-se em manter os países ricos ricos e pobres pobres. Isso é um fato, mas não há uma lei da economia que explique isso e/ou admita, porque as chamadas “leis” da economia foram calculadas pelas nações ricas ("nações ricas" é muita gente, suas populações também são escravas dessa situação. Generalizações assim não ajudam e acusam falsamente.). E mesmo que a economia reconheça tais desigualdades, dado que suas “leis” têm uma total falta de moralidade, tal especulação seria considerada um negócio inteligente e um marketing de sucesso.
Dizem-nos que o valor da moeda de qualquer país é um reflexo da sua riqueza. A riqueza é, ou pelo menos costumava ser, descrita em termos de recursos do país, base industrial e exportações. Quando os países historicamente poderosos tinham poucos recursos para gerar mais riqueza, eles desenvolveram suas indústrias manufatureiras e se aventuraram no exterior, capturaram colônias, roubaram seus recursos e os transformaram em matéria-prima que suas indústrias poderiam usar para gerar exportação e riqueza.
No entanto, agora, muitos desses mesmos ex-colonizadores têm pouco ou nenhum recurso sobrando, pouca ou nenhuma base manufatureira sobrando, poucas exportações, mas continuam a ser consideradas ricos e suas moedas ainda estão em alta. Eles têm alto “Produto Interno Bruto” (PIB) e alto “rendimento per capito”. Isso está em total contradição com as “leis” da economia que definem o que torna as nações ricas ricas.
Por outro lado, há muitas nações que são ricas em recursos e têm uma base manufatureira muito forte e altas exportações, mas ainda assim são consideradas pobres. Isso também está em total contradição com as “leis” da economia que definem o que torna os países pobres pobres.
Não é segredo que gigantes industriais como a Nike pagam US $ 2 a 3 para produzir um par de sapatos e depois vendem por US $ 100. O contexto de trabalho escravo virtual é bem conhecido. O que raramente é falado, no entanto, é a decisão das nações ocidentais de manter baixas as moedas dos países pobres em uma tentativa deliberada de mantê-las pobres e garantir que elas possam ser usadas como fabricantes baratos para alimentar sua própria ganância e continue parecendo ricos.
A globalização (outro nome para dominação mundial) entra em cena para dar longevidade e sustentabilidade a essa desigualdade e, claro, favorecer as nações ricas e manter seu status quo. Um dólar americano poderia valer 20.000 dongs vietnamitas e o que compra um serviço padrão, digamos, um corte de cabelo no Vietnã não seria suficiente para comprar um corte de cabelo nos EUA, já que os valores da moeda são tão diferentes, mas a globalização não permite nações mais pobres para basear suas economias em seus próprios padrões de renda.
Um trabalhador no Vietnã ou na Indonésia recebe a taxa horária ditada pela economia de seu país, mas o poder de compra de seu dong e/ou rúpia é ditado pelo valor simbólico que as nações ricas decidem dar a essas moedas. Isso é “justificado” por dar muitas formas e nomes que refletem de forma fraudulenta a honestidade e a transparência; nomes que também sustentam um sistema de empreendedores gratificantes. Eles usam termos como “economia livre”, “livre comércio”, “mercado aberto”, “competitividade” e “leis” como “oferta e demanda”, tudo de maneira a revestir com açúcar essas discrepâncias desumanas com um véu de legalidade e justiça.
Enquanto o termo econômico relativamente novo “Paridade de Poder de Compra” (PPP) considera as discrepâncias nos custos locais e produtividades baseados em parâmetros locais e domésticos em vez de parâmetros internacionais, em termos reais, não coloca comida nas mesas das nações pobres e não alimente barrigas vazias. Em termos reais, não é nada menos do que uma poção do tipo “sentir-se bem” e não se reflete no padrão de vida das nações pobres e no status e poder econômico internacional.
Mas quando o trabalhador de uma nação com uma baixa taxa de câmbio vai comprar mercadorias básicas, incluindo alimentos, a globalização implica que ele teria de pagar o preço internacional do arroz, trigo, açúcar, combustível e medicamentos. Mesmo que algumas dessas commodities sejam produzidas localmente, os preços internacionais se aplicam, a menos que sejam subsidiados pelo próprio governo.
Por um lado, o teto de renda do trabalhador é reduzido pelo valor internacional percebido de sua moeda nacional e, por outro lado, o poder de compra de sua renda é ditado por termos globais.
O sistema da economia mundial paga em dongs e rupiah e encargos em dólares dos EUA.
O PIB e as “Rendas per capita” das nações não se baseiam mais na riqueza real e nas produtividades das nações, mas em números arbitrários que as nações poderosas (dos que controlam essas nações) implementam deliberadamente, supervalorizando sua própria produtividade e subvalorizando as produtividades das nações mais pobres.
E em uma atmosfera de diminuição da produção industrial ocidental, como as nações ricas conseguem gerar PIB alto, pode-se perguntar? Bem, eles recorrem a muitos truques, incluindo “reciclagem” de importações baratas. Por exemplo, um empresário belga pode importar camisetas da China a US $ 1 cada e revendê-las por US $ 20 cada. O produto de seu faturamento de vendas é contabilizado no PIB da Bélgica, quando, na verdade, a produtividade real foi importada.
Mais uma vez, as nações ricas se escondem atrás da fachada da economia para justificar tais discrepâncias. Eles também usam termos como “economia desenvolvida” para esconder o crime de permitir-se termos de referência que tenham “explicações” na “ciência” da economia. Assim, eles se dão mais elevados padrões econômicos sobre as nações que estão condenadas a ter tags "em desenvolvimento" ou "subdesenvolvidas". Se esses termos são reduzidos ao âmago, tudo o que eles implicam é uma nova forma de colonialismo, escravidão e desigualdade que valoriza produtos e serviços não em seu verdadeiro valor, mas em quem os fornece a quem. Tal terminologia, além disso, faz parecer que é devido à sua própria culpa e má gestão econômica que os países "subdesenvolvidos" e "em desenvolvimento" estão na situação difícil que eles são, e que o ônus está neles para desenvolver suas economias.
Mas isto não é tudo. Os preços internacionais de commodities, como açúcar e arroz, estão sujeitos à concorrência internacional, mas o preço do combustível não é.
O combustível que impulsiona todos os motores da produtividade tem um preço que em geral é fixo e ditado pelos países produtores de petróleo e por cartéis gananciosos como a OPEP. Durante décadas, a OPEP tinha um monopólio virtual e uma licença para fixar o preço do produto mais importante do mundo, até que os produtores não-OPEP entraram em cena. Mas dizer que os atuais preços dos combustíveis são justos e eqüitativos estaria muito longe.
As nações ricas do Ocidente seguem os princípios da “economia livre”, “mercado aberto”, “livre comércio” e “competição”, mas o mesmo Ocidente que não permite o monopólio e a fixação de preços é aquele que endossa e alimentos provenientes de fixação de preços de produtos petrolíferos. Internamente, os altos preços dos combustíveis acarretam altos impostos e altas receitas para os governos ocidentais, o que, obviamente, prejudica mais o setor pobre das comunidades ocidentais. E internacionalmente, os altos preços dos combustíveis significam que os países pobres continuam pobres.
Se o mundo inteiro tivesse um sistema econômico unificado e equitativo e o termo “economia global” fosse uma realidade positiva e construtiva, uma visita ao dentista ou ao barbeiro deveria custar o mesmo em todo o mundo. A realidade determina o contrário. O que a realidade exige é que quando um barbeiro que cobra 50c por um corte de cabelo em Mumbai vá ao posto de gasolina ou à farmácia, por exemplo, sem subsídio do governo, ele provavelmente pagará o que um nova-iorquino paga em dólares americanos.
E se houvesse uma cara para a brutalidade econômica mundial que o mundo está sofrendo, tem que ser o dólar americano. Alguns podem argumentar que são os bancos, os Rothschilds, e enquanto isso é verdade, o veículo de extorsão e roubo é o dólar americano (essa moeda é mercadoria privada do FED controlado pelos Rothschilds entre outros do mesmo naipe). Quando um motorista de táxi na Índia vai encher seu tanque, ele está inadvertidamente tendo uma transação em dólares americanos, e não diretamente com os Rothschilds.
É bastante irônico que o dólar americano continue a ter influência em uma época em que a América tem enormes problemas econômicos. No entanto, com todas as dívidas incapacitantes, declaradas e não declaradas, uma dívida que alguns especialistas estimam exceder os 150 trilhões de dólares, enquanto o "Green Back" para a moeda de reserva preferida, os Estados Unidos continuarão capazes de "militarizar" sua moeda (o dólar é moeda de corso). Ao fazer isso, no entanto, e ao impor sanções a outras nações, a América está, inadvertidamente, acelerando o processo de seu próprio fim econômico. Com o comércio e outras organizações, como o BRICS, a SCO, a “Regional Economic Partnership” (RCEP), muitas nações estão procurando maneiras de se libertar da dependência do dólar americano. Até a UE está sentindo o peso do calor e procurando alternativas.
Na ausência de uma alternativa globalmente aceita, China, Rússia e Índia estão literalmente escavando ouro e acumulando toneladas, centenas de toneladas, milhares de toneladas. Ninguém realmente sabe quanto ouro físico se adquiriu. O que está claro é que todas as três nações estão tentando encontrar maneiras de proteger suas economias. E dada a estatura econômica da China que atualmente substitui a da América com base nas PPPs, o Renminbi (Yuan) não está longe de substituir o Green Back como a moeda de reserva preferida do mundo, mas os chineses não estão se arriscando, e estão acumulando ouro.
Ao fazer isso, a China, a Rússia, a Índia e muitas outras nações estão vendendo seus títulos do Tesouro dos EUA e substituindo-os por ouro, ouro físico. Enquanto isso, os EUA estão sustentando sua economia falida imprimindo dinheiro.
O atual sistema da economia mundial está fadado a implodir e colapsar. Crises financeiras recentes são uma indicação clara. Tudo o que é construído sobre leis injustas está fadado a levar à sua própria destruição. Não obstante as conquistas da civilização européia e a industrialização que a acompanha, a cobiça está cobrando seu preço e as corporações gigantescas estão minando os mesmos fundamentos da economia sobre os quais elas construíram seus impérios da antiga riqueza colonial. A fachada atual da riqueza substituta não pode durar.
Muitos analistas prevêem que o fim econômico da América (certo é dizer do FED) é uma questão de tempo e prevêem que isso acontecerá gradualmente. Eu não professo ser um economista, mas não é preciso um ato de gênio para acreditar que é possível, apenas possível, que o castelo de cartas que está terminalmente infestado de cupins, simplesmente caia e quebre quando suas fundações não podem mais seguir.
Em mais de uma maneira, essa situação me lembra um cenário diferente, mas ainda assim semelhante. A antiga presença das forças israelenses no Líbano era insustentável. Algo tinha que acontecer. Então, numa manhã, no dia 25 de maio de 2000 a ser exato, as pessoas libaneses em territórios ocupados por Israel acordou e perceberam que todas as forças israelenses se retiraram durante a noite. Eu prevejo uma repetição deste cenário quando se trata da economia americana. Chegará a hora em que a América não poderá mais imprimir mais dinheiro. Chegará o momento em que outras nações do mundo abandonarão o dólar (pseudo) americano. E quando tais eventos acontecem, assim como a puberdade, eles não acontecem gradualmente.
O mundo foi condicionado a ver a versão atual da economia como ciência, como uma marca fixa que explica e prevê transações financeiras e seu destino. Além disso, o mundo foi condicionado a acreditar que as "leis" da economia são verificações da realidade, tanto pragmáticas quanto justas, e os perdedores só têm de se culpar e se esforçar mais, porque, se o fizerem, podem estar lá com os vencedores.
Esta é uma promessa tola, que é semelhante a culpar as vítimas do crime pela sua infelicidade.
O futuro do que agora percebemos como economia está destinado a seguir o caminho dos sistemas que o precederam, e talvez, esperançosamente, com o tempo, a humanidade olhe para trás com espanto e descrença que tal sistema draconiano foi adotado pela humanidade e aceito como um luz guia que mede seu desempenho de produtividade.
Fonte: http://noticia-final.blogspot.com/2018/09/a-falacia-da-economia-ocidental.html
Abraços
por Ghassan Kadi para The Saker Blog
A economia não é uma ciência. A economia não pode ser expressa em termos matemáticos meramente reprodutíveis e previsíveis, como no caso da física.
Física e matemática são assuntos e manifestações do Direito Universal (Logos em grego), enquanto a economia é um sistema feito pelo homem que é baseado na ganância e no medo. O pai da economia, Adam Smith, em seu famoso livro “A riqueza das nações”, tentou estabelecer “leis” econômicas. Essas “leis” ainda são aceitáveis 250 anos depois, mas essas “leis” não são mais do que indicações que apontam para probabilidades, e não para a previsibilidade precisa que as leis físicas fornecem.
A economia é feita para parecer um campo de conhecimento muito complexo que apenas economistas experientes podem ousar tentar entender. O que faz com que pareça assustadoramente difícil, especialmente por aqueles que nunca a estudaram, é que não apenas suas chamadas "leis" são elásticas e imprevisíveis, mas também por causa da imprecisão e da mística que a cercam. Onde a imprecisão e o dinheiro convergem, entre indivíduos e nações que são gananciosos e poderosos o suficiente para capitalizar os tons de cinza a seu favor. Até agora, eles foram capazes de cometer o pior tipo de roubo que excede de longe qualquer roubo corporativo já exposto, muito menos possível.
Em poucas palavras, a economia mundial baseia-se em manter os países ricos ricos e pobres pobres. Isso é um fato, mas não há uma lei da economia que explique isso e/ou admita, porque as chamadas “leis” da economia foram calculadas pelas nações ricas ("nações ricas" é muita gente, suas populações também são escravas dessa situação. Generalizações assim não ajudam e acusam falsamente.). E mesmo que a economia reconheça tais desigualdades, dado que suas “leis” têm uma total falta de moralidade, tal especulação seria considerada um negócio inteligente e um marketing de sucesso.
Dizem-nos que o valor da moeda de qualquer país é um reflexo da sua riqueza. A riqueza é, ou pelo menos costumava ser, descrita em termos de recursos do país, base industrial e exportações. Quando os países historicamente poderosos tinham poucos recursos para gerar mais riqueza, eles desenvolveram suas indústrias manufatureiras e se aventuraram no exterior, capturaram colônias, roubaram seus recursos e os transformaram em matéria-prima que suas indústrias poderiam usar para gerar exportação e riqueza.
No entanto, agora, muitos desses mesmos ex-colonizadores têm pouco ou nenhum recurso sobrando, pouca ou nenhuma base manufatureira sobrando, poucas exportações, mas continuam a ser consideradas ricos e suas moedas ainda estão em alta. Eles têm alto “Produto Interno Bruto” (PIB) e alto “rendimento per capito”. Isso está em total contradição com as “leis” da economia que definem o que torna as nações ricas ricas.
Por outro lado, há muitas nações que são ricas em recursos e têm uma base manufatureira muito forte e altas exportações, mas ainda assim são consideradas pobres. Isso também está em total contradição com as “leis” da economia que definem o que torna os países pobres pobres.
Não é segredo que gigantes industriais como a Nike pagam US $ 2 a 3 para produzir um par de sapatos e depois vendem por US $ 100. O contexto de trabalho escravo virtual é bem conhecido. O que raramente é falado, no entanto, é a decisão das nações ocidentais de manter baixas as moedas dos países pobres em uma tentativa deliberada de mantê-las pobres e garantir que elas possam ser usadas como fabricantes baratos para alimentar sua própria ganância e continue parecendo ricos.
A globalização (outro nome para dominação mundial) entra em cena para dar longevidade e sustentabilidade a essa desigualdade e, claro, favorecer as nações ricas e manter seu status quo. Um dólar americano poderia valer 20.000 dongs vietnamitas e o que compra um serviço padrão, digamos, um corte de cabelo no Vietnã não seria suficiente para comprar um corte de cabelo nos EUA, já que os valores da moeda são tão diferentes, mas a globalização não permite nações mais pobres para basear suas economias em seus próprios padrões de renda.
Um trabalhador no Vietnã ou na Indonésia recebe a taxa horária ditada pela economia de seu país, mas o poder de compra de seu dong e/ou rúpia é ditado pelo valor simbólico que as nações ricas decidem dar a essas moedas. Isso é “justificado” por dar muitas formas e nomes que refletem de forma fraudulenta a honestidade e a transparência; nomes que também sustentam um sistema de empreendedores gratificantes. Eles usam termos como “economia livre”, “livre comércio”, “mercado aberto”, “competitividade” e “leis” como “oferta e demanda”, tudo de maneira a revestir com açúcar essas discrepâncias desumanas com um véu de legalidade e justiça.
Enquanto o termo econômico relativamente novo “Paridade de Poder de Compra” (PPP) considera as discrepâncias nos custos locais e produtividades baseados em parâmetros locais e domésticos em vez de parâmetros internacionais, em termos reais, não coloca comida nas mesas das nações pobres e não alimente barrigas vazias. Em termos reais, não é nada menos do que uma poção do tipo “sentir-se bem” e não se reflete no padrão de vida das nações pobres e no status e poder econômico internacional.
Mas quando o trabalhador de uma nação com uma baixa taxa de câmbio vai comprar mercadorias básicas, incluindo alimentos, a globalização implica que ele teria de pagar o preço internacional do arroz, trigo, açúcar, combustível e medicamentos. Mesmo que algumas dessas commodities sejam produzidas localmente, os preços internacionais se aplicam, a menos que sejam subsidiados pelo próprio governo.
Por um lado, o teto de renda do trabalhador é reduzido pelo valor internacional percebido de sua moeda nacional e, por outro lado, o poder de compra de sua renda é ditado por termos globais.
O sistema da economia mundial paga em dongs e rupiah e encargos em dólares dos EUA.
O PIB e as “Rendas per capita” das nações não se baseiam mais na riqueza real e nas produtividades das nações, mas em números arbitrários que as nações poderosas (dos que controlam essas nações) implementam deliberadamente, supervalorizando sua própria produtividade e subvalorizando as produtividades das nações mais pobres.
E em uma atmosfera de diminuição da produção industrial ocidental, como as nações ricas conseguem gerar PIB alto, pode-se perguntar? Bem, eles recorrem a muitos truques, incluindo “reciclagem” de importações baratas. Por exemplo, um empresário belga pode importar camisetas da China a US $ 1 cada e revendê-las por US $ 20 cada. O produto de seu faturamento de vendas é contabilizado no PIB da Bélgica, quando, na verdade, a produtividade real foi importada.
Mais uma vez, as nações ricas se escondem atrás da fachada da economia para justificar tais discrepâncias. Eles também usam termos como “economia desenvolvida” para esconder o crime de permitir-se termos de referência que tenham “explicações” na “ciência” da economia. Assim, eles se dão mais elevados padrões econômicos sobre as nações que estão condenadas a ter tags "em desenvolvimento" ou "subdesenvolvidas". Se esses termos são reduzidos ao âmago, tudo o que eles implicam é uma nova forma de colonialismo, escravidão e desigualdade que valoriza produtos e serviços não em seu verdadeiro valor, mas em quem os fornece a quem. Tal terminologia, além disso, faz parecer que é devido à sua própria culpa e má gestão econômica que os países "subdesenvolvidos" e "em desenvolvimento" estão na situação difícil que eles são, e que o ônus está neles para desenvolver suas economias.
Mas isto não é tudo. Os preços internacionais de commodities, como açúcar e arroz, estão sujeitos à concorrência internacional, mas o preço do combustível não é.
O combustível que impulsiona todos os motores da produtividade tem um preço que em geral é fixo e ditado pelos países produtores de petróleo e por cartéis gananciosos como a OPEP. Durante décadas, a OPEP tinha um monopólio virtual e uma licença para fixar o preço do produto mais importante do mundo, até que os produtores não-OPEP entraram em cena. Mas dizer que os atuais preços dos combustíveis são justos e eqüitativos estaria muito longe.
As nações ricas do Ocidente seguem os princípios da “economia livre”, “mercado aberto”, “livre comércio” e “competição”, mas o mesmo Ocidente que não permite o monopólio e a fixação de preços é aquele que endossa e alimentos provenientes de fixação de preços de produtos petrolíferos. Internamente, os altos preços dos combustíveis acarretam altos impostos e altas receitas para os governos ocidentais, o que, obviamente, prejudica mais o setor pobre das comunidades ocidentais. E internacionalmente, os altos preços dos combustíveis significam que os países pobres continuam pobres.
Se o mundo inteiro tivesse um sistema econômico unificado e equitativo e o termo “economia global” fosse uma realidade positiva e construtiva, uma visita ao dentista ou ao barbeiro deveria custar o mesmo em todo o mundo. A realidade determina o contrário. O que a realidade exige é que quando um barbeiro que cobra 50c por um corte de cabelo em Mumbai vá ao posto de gasolina ou à farmácia, por exemplo, sem subsídio do governo, ele provavelmente pagará o que um nova-iorquino paga em dólares americanos.
E se houvesse uma cara para a brutalidade econômica mundial que o mundo está sofrendo, tem que ser o dólar americano. Alguns podem argumentar que são os bancos, os Rothschilds, e enquanto isso é verdade, o veículo de extorsão e roubo é o dólar americano (essa moeda é mercadoria privada do FED controlado pelos Rothschilds entre outros do mesmo naipe). Quando um motorista de táxi na Índia vai encher seu tanque, ele está inadvertidamente tendo uma transação em dólares americanos, e não diretamente com os Rothschilds.
É bastante irônico que o dólar americano continue a ter influência em uma época em que a América tem enormes problemas econômicos. No entanto, com todas as dívidas incapacitantes, declaradas e não declaradas, uma dívida que alguns especialistas estimam exceder os 150 trilhões de dólares, enquanto o "Green Back" para a moeda de reserva preferida, os Estados Unidos continuarão capazes de "militarizar" sua moeda (o dólar é moeda de corso). Ao fazer isso, no entanto, e ao impor sanções a outras nações, a América está, inadvertidamente, acelerando o processo de seu próprio fim econômico. Com o comércio e outras organizações, como o BRICS, a SCO, a “Regional Economic Partnership” (RCEP), muitas nações estão procurando maneiras de se libertar da dependência do dólar americano. Até a UE está sentindo o peso do calor e procurando alternativas.
Na ausência de uma alternativa globalmente aceita, China, Rússia e Índia estão literalmente escavando ouro e acumulando toneladas, centenas de toneladas, milhares de toneladas. Ninguém realmente sabe quanto ouro físico se adquiriu. O que está claro é que todas as três nações estão tentando encontrar maneiras de proteger suas economias. E dada a estatura econômica da China que atualmente substitui a da América com base nas PPPs, o Renminbi (Yuan) não está longe de substituir o Green Back como a moeda de reserva preferida do mundo, mas os chineses não estão se arriscando, e estão acumulando ouro.
Ao fazer isso, a China, a Rússia, a Índia e muitas outras nações estão vendendo seus títulos do Tesouro dos EUA e substituindo-os por ouro, ouro físico. Enquanto isso, os EUA estão sustentando sua economia falida imprimindo dinheiro.
O atual sistema da economia mundial está fadado a implodir e colapsar. Crises financeiras recentes são uma indicação clara. Tudo o que é construído sobre leis injustas está fadado a levar à sua própria destruição. Não obstante as conquistas da civilização européia e a industrialização que a acompanha, a cobiça está cobrando seu preço e as corporações gigantescas estão minando os mesmos fundamentos da economia sobre os quais elas construíram seus impérios da antiga riqueza colonial. A fachada atual da riqueza substituta não pode durar.
Muitos analistas prevêem que o fim econômico da América (certo é dizer do FED) é uma questão de tempo e prevêem que isso acontecerá gradualmente. Eu não professo ser um economista, mas não é preciso um ato de gênio para acreditar que é possível, apenas possível, que o castelo de cartas que está terminalmente infestado de cupins, simplesmente caia e quebre quando suas fundações não podem mais seguir.
Em mais de uma maneira, essa situação me lembra um cenário diferente, mas ainda assim semelhante. A antiga presença das forças israelenses no Líbano era insustentável. Algo tinha que acontecer. Então, numa manhã, no dia 25 de maio de 2000 a ser exato, as pessoas libaneses em territórios ocupados por Israel acordou e perceberam que todas as forças israelenses se retiraram durante a noite. Eu prevejo uma repetição deste cenário quando se trata da economia americana. Chegará a hora em que a América não poderá mais imprimir mais dinheiro. Chegará o momento em que outras nações do mundo abandonarão o dólar (pseudo) americano. E quando tais eventos acontecem, assim como a puberdade, eles não acontecem gradualmente.
O mundo foi condicionado a ver a versão atual da economia como ciência, como uma marca fixa que explica e prevê transações financeiras e seu destino. Além disso, o mundo foi condicionado a acreditar que as "leis" da economia são verificações da realidade, tanto pragmáticas quanto justas, e os perdedores só têm de se culpar e se esforçar mais, porque, se o fizerem, podem estar lá com os vencedores.
Esta é uma promessa tola, que é semelhante a culpar as vítimas do crime pela sua infelicidade.
O futuro do que agora percebemos como economia está destinado a seguir o caminho dos sistemas que o precederam, e talvez, esperançosamente, com o tempo, a humanidade olhe para trás com espanto e descrença que tal sistema draconiano foi adotado pela humanidade e aceito como um luz guia que mede seu desempenho de produtividade.
Fonte: http://noticia-final.blogspot.com/2018/09/a-falacia-da-economia-ocidental.html
Abraços
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Democracia, o 'evangelho' da degeneração
O novo evangelho do mundo está sendo escrito em um presídio
“Os governos não são competentes para impor uma pena ao homem senão na qualidade de delegados de Deus. Só em nome de Deus podem ser justos e fortes. E quando começam a secularizar-se ou apartar-se de Deus, afrouxam na penalidade, como se sentissem que diminui seu direito. As teorias laxas dos criminalistas modernos são contemporâneas da decadência religiosa, e seu predomínio nos códigos é contemporâneo da secularização das potestades políticas. Os racionalistas modernos chamam ao crime desventura: dia virá em que o governo passe aos desventurados; e, então, não haverá outro crime senão a inocência. O novo evangelho do mundo se está escrevendo em um presídio. O mundo não terá senão o que merece, quando for evangelizado pelos novos apóstolos”.
(Juan Donoso Cortés, Ensayo sobre el Catolicismo, el Liberalismo y el Socialismo)
Fonte: http://speminaliumnunquam.blogspot.com/2018/05/o-novo-evangelho-do-mundo-esta-sendo.html
Democracia, correto é Vulgocracia (de direita, centro ou de esquerda) é um circo que só palhaço acredita. E o palhaço ainda é burro e pagante. Alguma dúvida?
Abraços
“Os governos não são competentes para impor uma pena ao homem senão na qualidade de delegados de Deus. Só em nome de Deus podem ser justos e fortes. E quando começam a secularizar-se ou apartar-se de Deus, afrouxam na penalidade, como se sentissem que diminui seu direito. As teorias laxas dos criminalistas modernos são contemporâneas da decadência religiosa, e seu predomínio nos códigos é contemporâneo da secularização das potestades políticas. Os racionalistas modernos chamam ao crime desventura: dia virá em que o governo passe aos desventurados; e, então, não haverá outro crime senão a inocência. O novo evangelho do mundo se está escrevendo em um presídio. O mundo não terá senão o que merece, quando for evangelizado pelos novos apóstolos”.
(Juan Donoso Cortés, Ensayo sobre el Catolicismo, el Liberalismo y el Socialismo)
Fonte: http://speminaliumnunquam.blogspot.com/2018/05/o-novo-evangelho-do-mundo-esta-sendo.html
Democracia, correto é Vulgocracia (de direita, centro ou de esquerda) é um circo que só palhaço acredita. E o palhaço ainda é burro e pagante. Alguma dúvida?
Abraços
domingo, 10 de junho de 2018
A mentira dos valores comuns judaico-cristãos
Bento XV sobre a situação na Palestina
Certamente recordam-se todos que aqui mesmo, em 10 de Março de 1919, Nós nos mostramos muito preocupados com o desenrolar dos acontecimentos, depois da guerra, na Palestina; numa terra tão cara a Nós e a todo coração cristão, porque tornada sagrada pelo próprio Redentor Divino na sua vida mortal. Além de que, longe de diminuir, aquela Nossa apreensão vai, infelizmente, a cada dia se agravando.
De facto, se Nós naquela época nos lamentávamos pela obra nefasta ali desenvolvida por seitas não-católicas, que querem simplesmente vangloriar-se do nome de cristãs, também agora devemos lamentar-nos ao ver que estas seitas, munidas que são abundantemente de meios, mantêm a sua obra sempre cada vez mais ativa, aproveitando-se da imensa miséria em que os seus habitantes estão mergulhados depois desta guerra monstruosa. De Nossa parte, conquanto não tenhamos deixado de socorrer as debilitadas populações palestinas, impulsionando ou dando vida a várias instituições de beneficência (o que continuaremos a fazer enquanto tivermos força), não podemos, todavia, prover um socorro adequado àquelas necessidades, especialmente porque com os recursos colocados à Nossa disposição pela Divina Providência devemos atender aos gritos de dor que chegam de toda parte, pedindo ajuda à Sede Apostólica. Consequentemente, somos obrigados a assistir com grande pena à progressiva ruína espiritual de almas tão caras a Nós e por cuja salvação trabalharam tantos homens de zelo apostólico, antes de mais os filhos do seráfico Patriarca de Assis.
Quando os cristãos, através das tropas aliadas, retomaram a posse dos Lugares Santos, Nós de coração nos unimos à alegria geral dos bons; mas aquela Nossa alegria não era separada do temor expresso na referida Alocução Consistorial, ou seja, que a tão magnífico e feliz acontecimento, os israelitas viessem, em seguida, encontrar-se na Palestina numa posição de preponderância e de privilégio. A realidade atual comprova que aquele temor era justificado. De fato, na Terra Santa a condição dos cristãos não só não melhorou, mas, ao contrário, piorou logo depois das novas leis e dos ordenamentos ali estabelecidos, os quais visam – não digamos que por vontade dos legisladores, mas certamente de fato – a expulsar a Cristandade das posições que tem ocupado até agora, para substituí-la pelos israelitas. Não podemos, também, não deplorar o trabalho intenso que muitos fazem para retirar o carácter sagrado dos Lugares Santos, transformando-os em ponto de encontro com todos os atrativos da mundanidade: o que, se já é de todo reprovável, muito mais o é onde encontram-se a cada passo as mais augustas memórias da Religião.
Tendo em conta que a condição da Palestina não foi ainda definitivamente regulada, Nós, a partir de agora, devemos levantar a nossa voz a fim de que, quando chegar o tempo de dar a ela um ordenamento regular, sejam assegurados à Igreja Católica e a todos os cristãos os seus direitos inalienáveis. Nós não queremos certamente que sejam reduzidos os direitos do mundo hebraico; entendemos, porém, que esses não devam de modo algum se sobrepor aos sacrossantos direitos dos cristãos. E, para tanto, exortamos firmemente todos os governos das Nações cristãs, inclusive as não-católicas, a que insistam e mantenham-se vigilantes junto à Liga das Nações, que, como foi anunciado, deverá submeter a exame o regulamento do mandato inglês na Palestina.
Papa Bento XV in discurso «Sobre a situação do Catolicismo na Palestina», 13 de Junho de 1921.
Fonte: http://accao-integral.blogspot.com.br/2018/05/bento-xv-sobre-situacao-na-palestina.html
Abraços
Certamente recordam-se todos que aqui mesmo, em 10 de Março de 1919, Nós nos mostramos muito preocupados com o desenrolar dos acontecimentos, depois da guerra, na Palestina; numa terra tão cara a Nós e a todo coração cristão, porque tornada sagrada pelo próprio Redentor Divino na sua vida mortal. Além de que, longe de diminuir, aquela Nossa apreensão vai, infelizmente, a cada dia se agravando.
De facto, se Nós naquela época nos lamentávamos pela obra nefasta ali desenvolvida por seitas não-católicas, que querem simplesmente vangloriar-se do nome de cristãs, também agora devemos lamentar-nos ao ver que estas seitas, munidas que são abundantemente de meios, mantêm a sua obra sempre cada vez mais ativa, aproveitando-se da imensa miséria em que os seus habitantes estão mergulhados depois desta guerra monstruosa. De Nossa parte, conquanto não tenhamos deixado de socorrer as debilitadas populações palestinas, impulsionando ou dando vida a várias instituições de beneficência (o que continuaremos a fazer enquanto tivermos força), não podemos, todavia, prover um socorro adequado àquelas necessidades, especialmente porque com os recursos colocados à Nossa disposição pela Divina Providência devemos atender aos gritos de dor que chegam de toda parte, pedindo ajuda à Sede Apostólica. Consequentemente, somos obrigados a assistir com grande pena à progressiva ruína espiritual de almas tão caras a Nós e por cuja salvação trabalharam tantos homens de zelo apostólico, antes de mais os filhos do seráfico Patriarca de Assis.
Quando os cristãos, através das tropas aliadas, retomaram a posse dos Lugares Santos, Nós de coração nos unimos à alegria geral dos bons; mas aquela Nossa alegria não era separada do temor expresso na referida Alocução Consistorial, ou seja, que a tão magnífico e feliz acontecimento, os israelitas viessem, em seguida, encontrar-se na Palestina numa posição de preponderância e de privilégio. A realidade atual comprova que aquele temor era justificado. De fato, na Terra Santa a condição dos cristãos não só não melhorou, mas, ao contrário, piorou logo depois das novas leis e dos ordenamentos ali estabelecidos, os quais visam – não digamos que por vontade dos legisladores, mas certamente de fato – a expulsar a Cristandade das posições que tem ocupado até agora, para substituí-la pelos israelitas. Não podemos, também, não deplorar o trabalho intenso que muitos fazem para retirar o carácter sagrado dos Lugares Santos, transformando-os em ponto de encontro com todos os atrativos da mundanidade: o que, se já é de todo reprovável, muito mais o é onde encontram-se a cada passo as mais augustas memórias da Religião.
Tendo em conta que a condição da Palestina não foi ainda definitivamente regulada, Nós, a partir de agora, devemos levantar a nossa voz a fim de que, quando chegar o tempo de dar a ela um ordenamento regular, sejam assegurados à Igreja Católica e a todos os cristãos os seus direitos inalienáveis. Nós não queremos certamente que sejam reduzidos os direitos do mundo hebraico; entendemos, porém, que esses não devam de modo algum se sobrepor aos sacrossantos direitos dos cristãos. E, para tanto, exortamos firmemente todos os governos das Nações cristãs, inclusive as não-católicas, a que insistam e mantenham-se vigilantes junto à Liga das Nações, que, como foi anunciado, deverá submeter a exame o regulamento do mandato inglês na Palestina.
Papa Bento XV in discurso «Sobre a situação do Catolicismo na Palestina», 13 de Junho de 1921.
Fonte: http://accao-integral.blogspot.com.br/2018/05/bento-xv-sobre-situacao-na-palestina.html
Abraços
sábado, 9 de junho de 2018
A farsa que é a Democracia
Partidos políticos
Para a Democracia, a Pátria não existe organicamente: só há os partidos políticos, agrupamentos numéricos de indivíduos-eleitores, lutando em nome do interesse público para utilidade dos associados. Desconhece-se, ou logicamente se renega, a tradição, para que tudo comece no dia em que a Democracia começou. Os partidos, em geral dois, três ou mais, nas sociedades em decomposição, representam, um, tendências conservadoras, outro, tendências avançadas ou radicais, como fórmulas de equilíbrio e correção. Teoricamente, o princípio é uma falsidade, porque não há princípios conservadores, nem avançados: há ideias que matam e ideias que salvam; mentiras políticas e verdades políticas; ideologias e realidades.
A alimentar a corrupção dos partidos, há ainda a considerar as influências internacionais da maçonaria, que combate a ideia de Pátria, e a pressão dos interesses das plutocracias, por meio da venalidade de políticos sem escrúpulos nem convicções, que formulam programas e fazem promessas que antecipadamente sabem não poder cumprir.
Adaptado de «Cartilha Monárquica», 1916.
Fonte: http://accao-integral.blogspot.com.br/2018/05/partidos-politicos.html
Democracia (de esquerda, centro ou de direita) é um circo que só palhaço acredita. E o palhaço ainda é burro e pagante.
Abraços
Para a Democracia, a Pátria não existe organicamente: só há os partidos políticos, agrupamentos numéricos de indivíduos-eleitores, lutando em nome do interesse público para utilidade dos associados. Desconhece-se, ou logicamente se renega, a tradição, para que tudo comece no dia em que a Democracia começou. Os partidos, em geral dois, três ou mais, nas sociedades em decomposição, representam, um, tendências conservadoras, outro, tendências avançadas ou radicais, como fórmulas de equilíbrio e correção. Teoricamente, o princípio é uma falsidade, porque não há princípios conservadores, nem avançados: há ideias que matam e ideias que salvam; mentiras políticas e verdades políticas; ideologias e realidades.
A alimentar a corrupção dos partidos, há ainda a considerar as influências internacionais da maçonaria, que combate a ideia de Pátria, e a pressão dos interesses das plutocracias, por meio da venalidade de políticos sem escrúpulos nem convicções, que formulam programas e fazem promessas que antecipadamente sabem não poder cumprir.
Adaptado de «Cartilha Monárquica», 1916.
Fonte: http://accao-integral.blogspot.com.br/2018/05/partidos-politicos.html
Democracia (de esquerda, centro ou de direita) é um circo que só palhaço acredita. E o palhaço ainda é burro e pagante.
Abraços
sexta-feira, 8 de junho de 2018
Para reflexão
Quem provocou a 1ª Guerra Mundial?
Foram os próprios vencedores dela.
Quem provocou a 2ª Guerra Mundial?
Os vencedores da 1ª Guerra Mundial.
Quem governa o mundo hoje?
Os vencedores da 1ª Guerra Mundial.
Percebe por que nada muda?
E quem está preparando o caos para o Apocalipse?
"Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno."
1 João 5:19
Abraços
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Os judeus têm alguma culpa pela morte de Jesus?
Vemos que Jesus foi entregue aos romanos pelos judeus:
“ Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam: Se o soltares, não és amigo do imperador, porque todo o que se faz rei se declara contra o imperador. "
(João 19: 12)
Mesmo Pilatos não encontrando crime algum em Jesus e querendo soltá-Lo, os judeus insistiram para que o condenasse, coagindo-o usando o nome de César:
“ Pilatos disse aos judeus: Eis o vosso rei! Mas eles clamavam: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o! Pilatos perguntou-lhes: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam: Não temos outro rei senão César!”
(João 19: 14-15)
Pilatos lavou as mãos, e por isso a culpa recaiu sobre ele e os guardas romanos, entretanto, culpa maior possui os judeus, por terem entregado Jesus aos romanos e pedindo sua morte.
Nosso Senhor afirma que quem O entregou aos Romanos possui pecado maior. Quem entregou Nosso Senhor foram os judeus. Portanto, a culpa maior recai sobre eles:
“ quem me entregou a ti tem pecado maior. ”
(João 19: 11)
Quando fala-se "judeus", referem-se aos que praticam o Judaísmo. Portanto, os judeus possuem culpa pela morte de Jesus, e maior culpa que a dos romanos. Os judeus que rejeitam Jesus Cristo e continuam praticando o Judaísmo, tomam parte nessa culpa, visto que, ao persistirem no Judaísmo, estão negando que o Messias prometido já veio, e, se negam que o Messias veio, negam que Jesus é o Messias que Deus enviou, portanto, tomam-O por impostor e digno da morte que sofreu.
Fonte: https://catholiciromani.blogspot.com/2018/06/os-judeus-tem-alguma-culpa-pela-morte.html
Aos que creem numa suposta herança ou cultura judaico-cristã em comum, lembremo-nos do que Paulo escreveu:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”
2ª Coríntios 6: 14
Abraços
quarta-feira, 7 de março de 2018
O Anticristo marcha
2011 SEGUNDA FASE ‘MUNDIALISTA’ DA MUTAÇÃO JUDEU-CRISTIANIZANTE
Avan-propósito
· Antes do Vaticano II a distinção e contraposição entre Cristianismo e Judaísmo talmúdico ou pós-bíblico era pacífica.
Infelizmente a distinção não só se enfraqueceu devagar (com João XXIII) mas foi revertida com Nostra Aetate e pelo ensinamento de João Paulo II e Bento XVI. Assim, da distinção se passou a confusão e a homologação doutrinal e teológica dos opostos (Cristo e Anticristo).
· Todavia restava um passo ulterior a cumprir. A ilustração deste segundo nível é o coração do presente artigo. A declaração do rabinato e do alto clero são de uma gravidade inaudita, mas são reais e necessitam tomada de atitude. Depois do nivelamento doutrinal nunca cumprido, era necessário alcançar aquele prático: especialmente politico (1948, Estado de Israel/1923, seu reconhecimento da parte do Vaticano) e econômico-financiário (crise do Dólar e do Euro). A partir de 2001 e até 2011 temos assistido ao constante e progressivo aumento (quase mascarado e não alardeado explicitamente da "Torre de Babel" da "Nova Ordem Mundial" com uma "República Universal" (EUA/Israel) e um "Templo Universal" (Assis I-III, 1986–2011). Somente nos últimos meses se fala aberta e explicitamente de uma segunda fase da ação conjunta hebraico-cristã (não mais só dos colóquios), que devem preludiar a uma Nova Ordem Mundial econômico/política, e tudo a luz da shoah e Nostra Aetate, que são correlativamente pai e filho. Eu ofereço ao leitor as seguintes considerações com a esperança que os cristãos abram os olhos e não caiam vítimas da globalização religiosa e econômico/política, a qual é a pior tirania, mascarada de "democracia", que se possa imaginar.
· O artigo que segue é um comentário a está segunda fase, partindo de Orwel e chegando a Benson para mostrar como da shoah e Nostra Aetate se atingiu agora a fase final do desenvolvimento econômico-financiário da Nova Ordem Mundial querida pelos rabinos e pelos eclesiásticos neo-modernistas.
II. O CUMPRIMENTO DA GLOBALIZAÇÃO: 2011 SEGUNDA FASE “MUNDIALISTA” DA MUTAÇÃO JUDEU-CRISTIANIZANTE
Globalização financiária liberalista ou “República universal”
· João Paulo II no Discurso ao Corpo diplomático de 24 de fevereiro de 1980 havia explicitamente começado a colocar as bases da construção da Nova Ordem Mundial dizendo: ”Justiça e desenvolvimento andam de mãos dadas com a paz. São partes essenciais de uma Nova Ordem Mundial ainda a edificar. São uma estrada que conduzem a um futuro de felicidade e de dignidade humana”.
· Bento XVI na sua encíclica Caritas in veritate n. (200*) começou a colocar em prática o desenho público de seu predecessor. De fato escreveu: “Para o governo da economia mundial, para restaurar a economia ferida pela crise, […] urge a presença de uma verdadeira Autoridade Política Mundial”.
· Em 24 de outubro de 2011 o Documento do Pontifício Conselho Justiça e Paz em nome de Bento XVI auspiciou a criação de uma Banca Central Mundial escrevendo:”Existem as condições para a definitiva superação de uma ordem internacional na qual os Estados sentem a necessidade da cooperação. […] Certo, está transformação se fará com o preço de um transferimento gradual e equilibrado de uma parte das atribuições nacionais a uma 'Autoridade mundial'”.
· Em 13 de dezembro de 2011 a Agência Sir reportou que o rabino chefe da “Congregação Hebraica Unida” da Commonweath Jonathan Saks na tarde precedente (12 de dezembro) foi recebido em privado por Bento XVI e depois em público na Universidade Pontifícia Gregoriana expôs o plano concreto de uma nova forma de parceria entre cristãos e hebreus para “uma ética econômica fundada sobre as raízes hebraico-cristãs”. Em suma ele observou que a primeira reviravolta hebraico-cristã teve lugar durante o Concílio Vaticano II e no primeiro pós-concílio, mas essa era só um reviravolta teológica; agora se trata de operar uma nova e definitiva reviravolta prática, política-financiária similar aquela que colocaram em ato os “leader políticos da Europa afim de salvar o euro”. O rabino disse que depois do Vaticano II é chegada a hora de “iniciar um novo capítulo nas relações hebraico-cristãs”. Das relações teológicas “face a face” ocorre passar as realizações práticas político-financiárias “lado a lado”. Ele auspiciou, referindo-se a Bento XVI, que hebreu e cristãos possam ser “juntos” uma “minoria criativa” de uma Nova Ordem Mundial contra as forças radicalmente agressivas e secularizantes.
· Como se vê (“contra o fato não vale o argumento”) estamos em plena segunda fase ou no começo da realização do mundialismo. Onde nos levará está segunda etapa? Só Deus o sabe com certeza. Todavia se pode recorrer a qualquer autor, que estudou e previu o problema. Um (Orwell) citei no início, um outro (Benson) o cito agora.
Da shoah ao mundialismo realizado
G. H. Benson, o senhor do mundo: ”estamos quase perdidos e estamos caminhando para uma catástrofe para a qual devemos estar preparados […] até não retornar o Senhor” (Milano, Jaca Book, 2008, pág.12)
Premissa
· Escrevo o presente artigo, retomando – em parte – questões já tratadas neste mesmo site, para evidenciar a gravidade, agora “terminal”, da situação na qual estamos vivendo a cerca de um ano (revoltas árabes, crise do dólar e do euro somadas, confronto entre os EUA/Israel e Rússia/China/Irã na região da Síria, Palestina e Líbano).
· A situação pode ser definida apocalíptica a partir daquilo que recentemente foi dito – como citarei abaixo – tanto por parte da autoridade rabínica como pela autoridade eclesial.
1946 UMA PREDIÇÃO DA GLOBALIZAÇÃO: ORWELL “1984”
Prólogo
· George Orwell, em 1946 inicia a elaboração de seu último romance “1984” que teve vontade de intitular como “O último homem da Europa”; o termina pouco antes de morrer em Londres em 21 de janeiro de 1950. Ele intuiu que a sociedade estava caminhando em direção a uma homologação e homogeneização mundialista e globalizante. Os traços que por Orwell caracterizavam a sociedade mundialista do futuro “1984” são o totalitarismo, a perda de memória histórica, a falsificação de todo caminho histórico, a perda do contato com o real, a corrupção da linguagem através do barbarismo e neologismos de péssimo gosto, o anulamento da identidade do indivíduo, que se perde na sociedade universal. Todavia resta um último homem livre, que, porém, será destruído pelo poder anônimo da “Nova Ordem Mundial” e da massificação totalitarista.
A primeira edição italiana de seu romance remonta 1950 pela Mondadori de Milão e a última é de 2009 sempre pela Mondadori e é está que cito neste presente artigo.
A globalização coletivista
A primeira figura do romance é aquela do “Big Brother”, que é afixada na forma de gigantografia em toda parte do mundo e busca com seus olhos que se movem acompanhando todos os movimentos dos cidadãos. A figura é acompanhada da escrita “o Big Brother te vigia” (pág.5). Em cada casa se tem uma espécie de televisão que espia todo movimento, toda respiração de seus habitantes. Nada foge ao poder central do “Big Brother”, o qual se serve de uma “psico-policia” para perseguir sobretudo crimes de opinião também não expressos explicitamente, mas intuídas através da tela onipresente e dos “espiões” que ocupam quase todo espaço do “novo mundo”(pág. 6). A filosofia da sociedade globalizada é um hino a guerra continua, a escravatura e a ignorância, contra a paz, a liberdade e a fortaleza de ânimo (pág. 9). Todavia o personagem principal do romance, Winston Smith, ou “o último homem livre da Europa”, começa a escrever um diário, que o levará a tomar consciência da sua realidade individual, inteligente e livre. Tudo isto o conduzirá a perseguição e a destruição por parte do Partido, que quer esmagar todo homem inteligente, livre e responsável pelos seus atos, que quer manter um grão de personalidade humana, para torná-lo um robô obediente as ordens do Partido (pág. 10). O mundo é dividido, ainda por pouco, em três imensos super-Estados: a Oceania (Estados Unidos e Império Britânico), a Eurásia (Europa e Rússia) e a Estasia (China e Índia) (e como capital mundial: Jerusalém). A Oceania com capital em Londres, é governada pelo “Big Brother” segundo os princípios do socialismo inglês (“Socing”, na neo-língua), pelo qual tudo é aparentemente permitido, nada é explicitamente proibido, exceto pensar com o próprio cérebro. O “Big Brother” é apresentado como uma espécie de novo “Salvador” (pág. 19), mas mal, que faz pensar vagamente no Anticristo de Benson, do qual, porém, não há nenhum traço humanitarista. A característica dos personagens do “novo mundo” globalizado é a “estupidez desanimadora, o entusiasmo imbecil e a cega obediência ao Partido” (pág. 25). Só assim eles podem viver sem serem incomodados em um mundo tão plano e contraditório, que não tem como alvo a salvação eterna na outra vida, mas unicamente a instauração nesta vida de um reino messiânico terreno e material. Tentar pensar em querer ser livre e responsável pelas próprias ações é considerado um “psico-delito”, punível primeiro com a tortura psicológica capaz de destruir a consciência pessoal e em seguida com a morte física (pág 37). Winston Smith tendo começado a escrever um diário pessoal é já um homem morto psicologicamente e fisicamente, próxima presa da “psico-policia”. A propaganda do Partido visa derrotar a memória individual para controlar a realidade e induzir o homem a uma espécie de “bi-pensamento”: acreditar firmemente e dizer a verdade, enquanto pronúncia as mentiras mais artificiais, acreditar validas duas afirmações que se contradizem e se anulam uma a outra, fazer uso sofístico da lógica contra a lógica, negar a moral propriamente no ato mesmo de afirma-lá (pág. 38). O passado e a história não foram só modificados (por isso o temor e ódio ao Revisionismo), mas destruídos completamente. A “mentira de Ulisses” é constante e contínua, sem fim. O único espaço em que podemos nos refugiar é a própria memória, a qual porém, é coloca a dura prova pelas telas onipresentes. através das quais o “Big Brother” observa cada mínimo gesto que possa refletir um pensamento autônomo: a mínima escapada dos olhos é um “face-delito” e como tal pode ser fatal (pág. 39). O importante é não pensar, ser “pessoa acima de qualquer suspeita”, uma vez que se coloca a pessoa abaixo da natureza humana, inteligente e livre. Este é o único modo de poder continuar a viver na “República universal”. Para destruir as capacidades intelectivas do homem, o Partido inventou uma “neo língua” reduzida ao osso, que ajuda a não ter opiniões próprias veiculadas, ao contrário da “arqueo-língua” muita rica de tons e então psicologicamente e socialmente perigosa. A ortodoxia do Partido significa não pensar, não ter necessidade de pensar, ou seja, total inconsciência edebetudo mentis (pág.57): “Quem entende muitas coisas, fala com muita clareza, o Partido não gosta e um dia desperecerá" (pág. 57). A ortodoxia do Partido impõem falta absoluta de auto-consciência; então é melhor não ler e calar. Em meio a um mundo lobotomizado, Winston é dominado por dúvidas pontuais: “é possível que apenas eu tenha memória? Não é isto um início de loucura?”. Em efeito, em um mundo anormal, em um mundo contrário ou de cabeça para baixo, o normal é um louco, um perigo a eliminar. Todavia Winston chega a sair desta dúvida atroz, enquanto “não o perturba o pensamento de ser louco ou excêntrico em tal mundo encoberto, seria mais horrível não sê-lo, não poder ter opinião pessoal: poder ainda pensar que 2 + 2 = 4 mesmo se o partido diz que faz 5 ou 3” (pág.. 85). O senso comum, o bom senso constituí a grande heresia, não precisa acreditar nos próprios olhos, nas próprias orelhas e nem na evidência, mas apenas na voz do “Partido” ou do “Big Brother”: “Precisa defender tudo aquilo que é óbvio, bobo” (pág. 86). Mesmo a predileção para uma certa solitude, fazer dois passos sozinho, é perigoso, é sinal de “vitimprop” (vida em si, em “arqueo-língua”), ou seja, de individualismo, excentricidade, senso de realidade (pág. 87). Na verdade, a “neo língua”, que veicula o “bi-pensamento”, deve ajudar a negar “toda realidade objetiva”; a incapacidade de compreender ajuda a viver em tranquilidade com o Partido e a falta da mais pálida idéia de coisa seja a ortodoxia ajuda a manter-se perfeitamente ortodoxo, ou seja, acéfalos; a perda do senso da realidade é propedêutica a aceitação pacífica da enormidade daquilo que vem pedido pelo “Big Brother”, para não entrar em conflito com a própria consciência é necessário a incapacidade de absorção: ai daqueles que colocam questões e pedem explicações! (pág. 163). No fim Winston é descoberto pela “psico-polícia”: ele é “o ultimo homem” (pág. 277) que buscou racionar e querer livre e racionalmente, por isso é liquidado. “Tu estas fora da história, não existe” lhe diz o chefe da “psico-polícia”, que, depois de tê-lo “psico-torturado”, o aniquila “vaporizando-o” afim de que nele não sobre nenhum traço, nenhuma recordação e nenhuma memória. A “psico-polícia” não quer fazê-lo mártir, quer aniquilar o homem livre.
INÍCIO DA GLOBALIZAÇÃO: O PRIMEIRO DESENVOLVIMENTO ‘TEOLÓGICO’ “JUDAICO-CRISTÃO” DE 1965
A globalização religiosa ou o ‘Templo universal’
· Antes do Vaticano II a distinção e contraposição entre Cristianismo (que acredita na divindade de Jesus Cristo e na SS. Trindade) e Judaísmo talmúdico ou pós-bíblico (que nega a divindade de Cristo e a Trindade) era pacífica. Só para compensar os Documentos pontifícios mais recentes, no Ato da Consagração ao Sagrado Coração de Jesus escrito por Leão XIII (1900) e feito, por ordem de Pio XI, obrigatório para a Festa de Cristo Rei (1925), na parte dos sacerdotes se lê: “Sejas Rei de todos aqueles que ainda estão envolvidos nas trevas da idolatria ou do islamismo […]. Olhai com olhos de misericórdia os filhos daquele povo que um dia foi o predileto: desça sobre eles […] o Sangue que já sobre esses é invocado”. Esta oração era lida na Igreja universal até 1962. Por outro lado Pio XII na encíclica Mit Brennender Sorge de 1937 escreveu: “O Verbo tomou a carne de um povo que depois O pregou em uma cruz”. Esta era a doutrina comum da Igreja, contida nas fontes da Revelação (Tradição e Escritura) e foi ensinada constantemente pelo Magistério pontifício (v. As Bulas dos Papas Sobre o Judaísmo no site de Don Curzio Nitoglia). Infelizmente a distinção não apenas desapareceu gradualmente (com João XXIII, 1958–1963), mas foi derrubada com a Nostra Aetate de Paulo VI (1965) e pelo ensinamento de João Paulo II e Bento XVI. Assim que da distinção se passou a confusão e a homologação doutrinal e teológica dos opostos (Cristo e Anticristo).
· Todavia, permanecia um passo ulterior a cumprir e o veremos por extenso na segunda parte do artigo. Depois da nivelação doutrinal agora cumprida, era necessário chegar aquela prática (“vale mais a prática que a gramática”): especialmente política (Estado de Israel, 1948–1993), econômico-financeira (crise do Dólar e do Euro). A partir de 2001 até ao 2011 temos assistido ao constante e progressivo levantamento (quase mascarado e não explicitamente alardeado) da “Torre de Babel” da “Nova Ordem Mundial” com uma “República Universal” (EUA/Israel) e um “Templo Universal” (Assis I-III, 1986–2001). Nestes último meses, propriamente, se fala aberta e explicitamente de uma segunda fase da ação (não mais de colóquios) hebraico-cristãos, que deve preludiar uma Nova Ordem Mundial econômico/político, e tudo a luz da shoah e da Nostra Aetate, que são correlativas como pai e filho.
· Em 26 de janeiro de 2011 no Avvenire (o cotidiano da “Conferência Episcopal Italiana”), foi publicado um artigo da professora israelense Anna Foa intitulado “No pós-guerra, a verdadeira mudança na teologia” no qual se lê: «Não há dúvida de que a mudança das relações entre Igreja e hebraísmo ocorrida com o Concílio Vaticano II e com a declaração Nostra aetate tem as suas raízes no trauma da shoah. […]. Nostra aetate foi uma mudança radical, […] que abriu estrada para uma verdadeira e própria reinterpretação teológica da relação com o judaísmo, destinada a aprofundar-se […], introduzindo a idéia, para dizê-la com João Paulo II (na sua visita a sinagoga em 1986), que a religião hebraica não é “extrínseca” mas de certo modo “ intrínseca” a religião cristã. A tomada de consciência determinada pelo extermínio de seis milhões de hebreus, tinha assim, modificado profundamente não apenas as relações entre hebreus e cristãos, mas as próprias bases teológicas sobre as quais tais relações se fundavam» (pág. 26).
· Sempre no mesmo cotidiano, no mesmo dia e na mesma página, um artigo do Prior de Bose Enzo Bianchi “Em volta do Concílio a convergência entre crenças” nos explica que «a mudança histórica que temos assistido nestes últimos cinquenta anos, mudança que não foi certamente estranha a tragédia do “mal absoluto” é assim tão importante que «nenhum cristão poderá mais invocar a ignorância para a própria justificação: qualquer um é e será responsável em primeira pessoa por uma confirmação ou por uma contradição sobre esta mudança».
· O pobre Mons. Richard Williamson (comparável ao personagem principal do romance de Orwell, Winston Smith, definido “o único homem livre da Europa”) já tinha feito a experiência (“torturado” pela “clero-polícia”) por ter ousado opinar, em outubro de 2008, que a “tragédia do mal absoluto” não goza de todas aquelas provas histórico-científicas de que teria necessidade para impor-se como super-dogma, o qual não admite ignorância e que não é lícito nem contradizer e nem ignorar.
· Além disso, Bianchi continua: «João Paulo II […], em 17 de novembro de 1980 em Mongúcia pronúncia uma fórmula inédita, antes contraditória em dezenove séculos de exegese e teologia cristã, em que os hebreus são definidos “o povo de Deus da Antiga Aliança que não foi jamais revogada”. […] Pode-se notar a novidade e a audácia a respeito de todo o magistério eclesiástico precedente. […] A teologia da substituição é assim abandonada para sempre». A hermenêutica da ruptura encontra assim espaço sobre páginas do cotidiano do Episcopado Italiano, cujo Primaz é o Papa, que, porém, sustenta, mas não demonstra [1], a hermenêutica da continuidade.
UMA VELHA PREVIDENTE DESCRIÇÃO DAQUILO QUE PODERIA ACONTECER
O Reino do Anticristo
· Robert Hugh Benson escreveu em 1907 “o senhor do mundo”, que foi traduzido e publicado em italiano pela primeira vez em Florença (1921). Em 1987 graças ao interesse do Card. Giacomo Biffi foi reeditado pela Jaca Book de Milão com três edições (1997 e 2008) e dezesseis reimpressões. Benson, com um estilo verdadeiramente admirável, retoma o tema desenvolvido por São Pio X na sua primeira encíclica E supremi apostolatus cathedra de 1904, na qual o Papa Sarto observava que os males que circundam o mundo e a Igreja são de tal forma graves, que fazem pensar que o Anticristo esteja já presente nele.
Os horrores do mundialismo
· Benson prevê que em torno dos anos Vinte-Trinta, a Maçonaria adquirirá um poder sempre mais vasto na Europa como na América e no Oriente, assim poderá unificar todo o mundo em torno de 1989 (ano em que “caiu” o mundo de Berlim) e aplanar a vinda final do Anticristo. Os males que levam a tal desastre são elencados por Benson com precisão e lucidez: crítica histórica e unicamente filológica da Bíblia não mais considerada um Texto Sagrado, divinamente inspirado e portanto, provido de inerrância; sentimentalismo religioso e liberalismo, que sob aparência de “pensamento independente” torna os homens pelo contrário, realmente escravos da mentalidade comum e das paixões; o nascimento do modernismo (pág. 7). No mundo dos anos Trinta teria permanecido apenas três tipos de imagereligião: o catolicismo, o humanitarismo filantrópico liberal-maçônico e as religiões esotéricas extremo orientais. As últimas duas formas são unidas pela tendência ao panteísmo antropocêntrico e se encontram em total oposição com o catolicismo que é teocêntrico e acredita em um Deus pessoal e transcendente ao mundo (pág.10). O catolicismo decaí sempre mais, o mundo não quer mais escutar, entender e aceitar, e o abandona, inebriado pelo delírio de onipotência dado-lhe pelo panteísmo antropolátrico e pelo “culto do Homem” (pág.11). A religiosidade vitoriosa do Vinte até ao 1989 é uma espécie de humanitarismo filantrópico: privado do sobrenatural, «sofre a influência da maçonaria: o homem é Deus» (pág. 11). A psicologia tomou o lugar do puro e simples materialismo marxista e busca substituir a espiritualidade do catolicismo com um substituto psicanalítico imanentista (pág. 12). O Autor exclama: «estamos quase perdidos e estamos nos dirigindo a uma catástrofe para a qual devemos estar preparados […] até que não retorne o Senhor» (pág. 12). Mas infelizmente hoje os profetas do otimismo irrealista e exagerado, que condenaram “os profetas de desventura”, não querem sentir a voz de Benson que, qual novo Laocoonte, colocava em guarda os católicos contra o modernismo qual “cavalo de Troia” introduzido pelo inimicus homona Cidade de Deus. Ele admite realisticamente que no mundo católico existe o mal, mas também o bem, existem conventos dissolutos, mas também observantes e vizinhos ao Senhor (pág.12). Não é um daqueles fariseus maniqueus que vêem tudo e apenas bem por uma parte e tudo e apenas mal da outra. Se o Cristianismo é a verdadeira religião divinamente revelada, nem todos os cristãos lhe são fiéis, pelo contrário. Mas mesmo o humanitarismo, que promete hipocritamente paz e cessação de “guerras de religião”, tem os seus excessos, os quais supera até mesmo aqueles dos piores cristãos. Na página 13, Benson prevê já em 1907 o “Parlamento Europeu”, o qual assinala o fim do são patriotismo e através da democracia-social funda a anti-igreja-católica. Ele também nos coloca em guarda, contra o aparente desenvolvimento técnico, que, se desordenado e desviado do Fim último, esconde muitas armadilhas que insidiaram a fé dos cristãos (pág.16).
· O Anticristo de Benson se apresenta sob as aparências de solidarismo, de pacifismo aguerrido contra a religião cristã, que seria “portadora da espada e não da paz”, de humanitarismo naturalista, que abole a pena de morte e institui o “Ministério da eutanásia”, sendo a morte não mais o início da vida eterna, mas o retorno do indivíduo ao “Todo” (pág.36), que substituí a espiritualidade com a psicologia. O todo no quadro do mundialismo mais radical: «a unidade impessoal, o anulamento do indivíduo, da família, da nação no mundo» (pág. 25). O homem é tudo, é “Deus”; não existe um Deus transcendente, mas ele é imanente ao mundo e apenas a cooperação solidária de todos os homens pode evoluir continuamente para melhor (pág. 26).
A perseguição física
· Esta contra-igreja naturalista e pacifista desencadeia bem rápido uma cruenta perseguição contra o Cristianismo, que já perdeu muitos consensos a favor do humanitarismo. Benson nos descreve então, o “Corpo místico na agonia”, propriamente como Jesus Cristo, e o Homem que grita para a Igreja: ”salvou os outros, não pode salvar a si mesma?” (pág. 48). Nem mesmo do Céu desce, naqueles momentos trágicos, uma palavra para animar os fiéis perseguidos e martirizados. A maçonaria e o democratismo, mais que o comunismo agora ultrapassado pelo liberismo, são a força oculta que manobra a religião do Homem e a perseguição da Igreja de Deus (pág. 51). O estado da humanidade na “Nova Ordem Mundial” vem descrito por Benson como uma “cópia muito similar aos círculos superiores do Inferno” (pág.123). Entretanto, Roma (pág. 211) é destruída por um bombardeio comandado pelo Anticristo, o Papa e quase todos os cardeais morrem e o novo Papa se refugia em Nazareth, onde continua com apenas 12 cardeais a sua missão de governar a Igreja com Bispos, sacerdotes e fiéis espalhados em todo o mundo e prontos para o martírio, que podem pregar e celebrar os sacramentos apenas em privado, sob pena de morte. Na página 170, Benson nos descreve o “novo culto” imposto pela Maçonaria e pelo Anticristo a nova Humanidade, que ama os prazeres, as riquezas e as honras, ao contrário do Cristianismo que ensina a amar a Cruz, a pobreza e a humildade. Tal “novo culto” é uma paródia ou um substituto da Missa Católica, é o culto do Homem, que tem necessidade de certo cerimonial para professar a “Religião do Futuro”, o ‘espírito do mundo’, espoliado de toda ideia sobrenatural e da graça santificante. Como não pensar no Novus Ordo Missae, o novo culto da religião antropocêntrica do Vaticano II? É impressionante ver como 100 anos antes daquilo que estamos vivendo, seja a nível político ou religioso, Benson tivesse já intuído quase tudo e quase nos mínimos detalhes. Um dos personagens do romance de Benson (a senhora Mabel) se da conta que a nova fé pacifista e humanitarista não é melhor que a intransigência cristã, antes talvez seja carregada de maior ódio e crueldade do que aquelas manifestadas por alguns ou muitos cristãos no curso dos séculos (pág. 220). Como acreditar que «aquela besta selvagem, com sangue [dos cristãos martirizados] que saia das suas unhas sedentas de violência, fosse a Humanidade nova? Isto é, aquilo que ela chamava o seu “Deus?”?» (pág. 231). Benson distingue bem o Cristianismo dos cristãos, que nem todos sempre viveram o Cristianismo segundo o Espírito de Cristo e ofereceram ao Humanitarismo a desculpa para substituir o Cristianismo identificado-o com os maus e falsos cristãos (clero e laicato).
Conclusão
O americanismo anticristão
· Monsenhor Henri Delassus (1836 -1921) escreveu um livro inteiro sobre o Americanismo (L’Américanisme et la Conjuration antichrétienne, Lilla-Parigi, Desclée De Brouwer, 1899), onde o prelado francês explica que, entre todos os sujeitos inquietantes do mundo atual, a América do Norte não é dos menores. De fato, aquilo que a caracteriza é “a audácia nas empresas industriais, comerciais e também nas relações internacionais, pisando essa todas as leis da civilização católico-romana” (pág. 1). Infelizmente, através do americanismo, os Estados Unidos empurram a sua audácia também nas questões religiosas. O termo “catolicismo americano” ou americanismo (condenado por Leão XIII na Carta Testem Benevolentiae de 1895) não é a etiqueta de um cisma ou de uma heresia, esse é “um conjunto de tendências doutrinais e práticas, que tem sede na América e que dali se espalham no mundo cristão e especialmente na Europa” (pág. 3). O aspecto mais preocupante do Americanismo é aquele das “suas relações com as esperanças e projetos do Judaísmo, especialmente com as tendências anticristãs das leis do mundo moderno e da sociedade americana, que aspira possuir o monopólio do pensamento revolucionário” (pág. 7). Na verdade, “existe uma conjuração anticristã (conluio judaico-maçom em essência) que trabalha, através de revoluções e guerras, para enfraquecer e, se fosse possível, para aniquilar, as nações católicas, para dar a hegemonia as protestantes, como a América, a Alemanha e a Grã Bretanha” (nota n°1, pág. 7). Um dos “elementos distintivos da ‘Missão americana’ é o retorno a unidade de todas as religiões, através da destruição das barreiras e das diferenças, chegando a um Congresso da tolerância internacional das religiões, para lutarem unidas contra o ateísmo” (pág. 124). O indiferentismo ou tolerância por princípio, ao qual tende o Americanismo, consiste no equiparar “todas as religiões, como igualmente boas” (pág. 89); “A conspiração anticatólica penetra em toda parte, para destruir – se fosse possível – a Igreja e levantar em seu lugar o israelitismo liberal e humanitário” (pág. 89); “Tal conspiração se tornou universal” (pág. 90); “Entre espírito hebraico e americanista existe um ponto de contato nos princípio de 1789” (pág. 91): “A presunção ou confiança excessiva em si mesmo é a característica específica do americanismo e os hebreus esperam fazer-lhes sair o israletismo liberal e filantrópico” (págs. 92–93), isto é a neo-religiosidade da nova era. Monsenhor Henri Delassus (pág. 94) explica que o Magistério da Igreja condenou todos os falsos princípios sobre os quais se funda o espírito americanista: os direitos do homem (condenados por Pio VI); a liberdade absoluta da pessoa humana, a liberdade de pensamento, de imprensa, de consciência e de religião (por Gregório XVI e Pio IX), o separatismo entre Estado e Igreja (por Leão XIII). Ao invés, para os americanos é necessário basear-se sobre “o liberalismo largo ou latifundiarista e sobre a tolerância dogmática, evitando falar tudo aquilo que poderia desgostar aos protestantes e as outras religiões” (pág. 97); para a Igreja de Roma “o Catolicismo é a verdadeira religião, enquanto para os americanistas é apenas uma religião entre tantas” (pág. 100). Infelizmente o ideal americanista (ceca de cinquenta/sessenta anos depois da condenação de Leão XIII) se realizou, inicialmente e de forma latente, no Concílio Vaticano II e depois, abertamente, em Assis 1986/2011. Na verdade – escrevia já Mons. Delassus – “os americanistas dizem que as idéias americanas são aquelas que Deus quer para todos os povos do nosso tempo. Hebraísmo e americanismo acreditam ter recebido uma ‘Missão divina’. Infelizmente a influência da América com o seu espírito de liberdade absoluta, se estende sempre mais entre as nações, de forma que a América dominará as outras nações” (pág. 187–188); a América parece ser a “Nação do Futuro” (pág. 190). Todavia – comenta o prelado – “se tal futuro será aquele do desenvolvimento industrial e comercial, social e político, segundo os princípios de 1789, ou seja, o progresso material e a independência absoluta do homem de toda autoridade, mesmo divina; a era que veremos será a mais desastrosa jamais conhecida. Nessa era a América destruirá as tradições nacionais europeias para fundi-las na unidade ou pax americana” (págs. 191–192). A base, o mínimo denominador comum, de tal mistura de religiões, povos, culturas, é um moralismo sentimental ou “uma vaga moral” (pág. 192) subjetiva e autônoma como queria Kant, “independente do dogma, onde cada um é livre para interpretá-lo a seu modo” (pág. 130). Essa se realizou hoje, através da união entre “teo- (ou neo) – conservadores” americanistas e cristãos, com o sionismo e elementos conservadores-liberais do catolicismo, que se unem para defender a vida, o embrião, contra o materialismo ateu (coisa boa em si), mas em detrimento da especificidade da pureza do dogma (o que é inaceitável), da tradição cultural de cada nação e das diferenças étnicas (as quais, se não são exageradas com a teoria da defesa da “raça pura”, que não existe; não devem nem sequer ser destruídas com a ofensa de raça em sentido lato ou do povo, que tem sua peculiaridade de língua, cultura, mentalidade e religião). “O movimento neo-cristão ou americanista, tende a liberar-se do dogma para fundar-se sobre a beleza ética” (pág. 60), “a substituir a fé com uma cultura ou sensibilidade moral independente, em uma vaga religiosidade superior as outras religiões positivas” (pág. 76). Segundo a doutrina católica, ao invés, “a fé sem obras é morta” (São Tiago), e “sem a fé não se pode agradar a Deus” (São Paulo). Então, não é preciso desprezar a moral, mas nem sequer reduzir a religião apenas a sua moralidade, sem ter mais em conta a integridade dogmática.
· Monsenhor Delassus se explica ainda melhor escrevendo que “Existe um entendimento entre Hebraísmo e Americanismo, para substituir a religião católica com esta ‘Igreja ecumenista ou mundialista’, esta ‘religião democrática’, da qual a Aliança Israelita Universal prepara o advento” (pág. 193). O americanismo é o instrumento do judaísmo liberal e filantrópico-humanitário, que substituiu a ‘fé’ do judaísmo ortodoxo (em um Messias pessoal e militante, que daria de volta a Israel o domínio sobre o mundo) com a ‘crença humana’ do hebraísmo liberal (em um ‘messias ideal’, ou seja, o mundo moderno, nascido do Humanismo, Protestantismo e Iluminismo revolucionário, inglês, americano e francês, que fará cair o mundo no relativismo e no irenismo, os quais erodirão o Credo Católico e aquilo que ainda resta da Cristandade européia), “para conduzir a humanidade, docemente, para a Nova Jerusalém” (pág. 195). O espírito do ‘Mundo Novo’ ou do americanismo, é caracterizado (segundo Delassus) pelos princípios do 1789, que são “a independência do homem de todo poder humano e também divino” (pág. 196), vale dizer, os direitos (ou o culto) do homem e a destituição de Deus e da sua Igreja.
O americanismo tem um duplo aspecto: politico e religioso.
· a) Politicamente: É caracterizado por certo cosmopolismo, que leva ao mundialismo e a globalização, as quais se infiltrando em cada nação a corrompem para dominá-la. Tal “República Universal” é o sonho da Aliança Israelita Universal, “centro, foco e vínculo da conjuração anticristã, a qual o americanismo traz um apoio considerável” (pág. 15). O Judaísmo talmúdico se baseia sobre a leitura material (mais que literal) das profecias do Velho Testamento. Delassus escreve: “Leia estas profecias no significado material-terreno e encontrará a resposta ao enigma, a explicação da atividade febril judaica, o sonho do hebraísmo. Esse se acredita, ainda hoje, o povo destinado por Deus a dominar, materialmente e temporalmente, sobre todas as nações através da finança, dos bancos, da imprensa e dos meios de comunicação [ou de destruição] de massa” (págs. 20–21). O ponto de encontro entre judaísmo e americanismo pode ser encontrado nos princípios revolucionários de 1789, e particularmente em duas teses: “1º) que todas as nações renunciem ao amor da Pátria e se confundam em uma ‘República universal’; 2º) que os homens renunciem, igualmente, a toda particularidade religiosa, para confundir-se em uma mesma vaga religiosidade ou ‘Templo universal’ “ (pág. 25). Estes ideais são levados adiante pela Aliança Israelita Universal, fundada em 1860 pelo hebreu Adolfo Crémineux, grão-mestre do Grande Oriente de França. A A.I.U. “não era apenas uma internacional hebraica, essa mirava mais alto: ser uma associação aberta a todos os homens sem distinção de nacionalidade, nem de religião, sob a alta direção de Israel. Essa deseja penetrar em todas as religiões, como já penetrou em todos os países, para fazer cair as barreiras que separam aquilo que um dia deverá estar unido em uma comum indiferença” (págs. 26–27). O prelado se interroga: “O que significa penetrar em uma religião? Sobretudo introduzir lhe as próprias idéias. O Judaísmo busca infiltrar as suas idéias na Igreja Católica? Sim, seus representantes o afirmam” (pág. 28). As forças politicas de que se serve o Judaísmo liberal e filantrópico (ou maçônico) são: a) a democracia, b) a liberdade como valor absoluto, c) a mudança radical (cfr. pág. 153). Esta mudança radical diz respeito também a vida espiritual, preferindo-se o primado da ação sobre a contemplação; a exaltação da iniciativa individual (própria do liberalismo econômico puritano americano), com uma excessiva autoconfiança (cfr. págs. 154–155); o Bem estar físico e corporal (diferente do bem estar comum temporal), como “transfiguração do corpo” (pág. 159); o “sensismo empirista, como radical anti-metafísica e anti-cristianismo” (pág. 161). O prelado constata que agora os novos cristãos americanistas, junto aos hebreus liberais e humanitários, “aspiram a um Messias que não é Jesus Cristo, nem sequer o messias militante e pessoal do hebraísmo ortodoxo, mas uma idéia de bem estar material e corporal que tornará o homem feliz e rico sobre esta terra” (págs. 164–165). Tal Bem estar (com B maiúscula), consiste não no possuir o necessário ou o conveniente, mas no “supérfluo” (pág. 166). Os fiéis desta nova religiosidade não são contrariados, é preciso dar a eles sempre razão, seguir a corrente, dizer a eles aquilo que lhes agrada e satisfaz os seus sentidos (cfr. pág. 167).
· b) Do ponto de vista religioso: O Americanismo se serve do Esoterismo, do Maçonismo e do Ecumenismo, para infiltrar-se na religião católica e – se fosse possível – destruí-la. “A Maçonaria tem as próprias pretensões e as exprime com as mesmas palavras” (pág. 29). O Judaísmo liberal é ainda mais claro, quando diz que precisa tender para “uma nova Jerusalém, a qual deve substituir Roma. A estirpe hebraica quer estabelecer o seu reino sobre o mundo inteiro, na ordem temporal e naquela espiritual” (pág. 30). Também o Americanismo se serve das sociedades secretas para obter os seus fins (cfr., pág. 31), para arruinar as Pátrias e a Religião. A nova “República universal será governada pelo povo hebreu, única verdadeira tribo cosmopolita, sem pátria e universal” (pág. 33) e enfim, “pelo Anticristo, supremo ditador transformado na única deidade deste novo mundo” (pág. 42). Os Estados Unidos tem o triste “privilégio de destruir as tradições e as especificidades nacionais e religiosas europeias, para fundi-las na unidade americana” (pág. 44). O americanismo quer substituir a ‘polêmica’ (polemikós = atinente a luta e a disputa doutrinal) pela ‘irênica’ (eirenikós = que diz respeito a paz ou melhor o pacifismo, a tolerância e a conciliação dos excessos). O Americanismo é “absolutamente convicto, de que os Estados Unidos foi predestinado (exemplo claro é aquela lorota da "Doutrina do Destino Manifesto" que expressa a crença de que o povo americano foi eleito por Deus para civilizar o seu continente e o resto do mundo) a produzir um estado social, superior ao que se era vivido até agora” (pág. 130). Outro marco do americanismo é o evolucionismo religioso (cfr. pág. 101–108), segundo o qual o dogma evoluí ou muda radicalmente, substancialmente, de forma heterogênea e não homogênea; ou seja, se passa de uma verdade a outra, também diversa, segundo a necessidade e as exigências dos tempos (cfr., pág. 109), desde que a verdade não é mais a “conformidade do pensamento com a realidade”, mas “o adequar-se do pensamento com as necessidades dos tempos e a necessidade do homem moderno” (Herbert Spencer). A outra pilastra sobre a qual se baseia o Americanismo é o Ecumenismo. Monsenhor Delassus (pág. 133) nos informa que em Chicago, entre os dias 11 e o 28 de setembro de 1893 (cerca de oitenta/cem anos antes do Concílio Vaticano II e do encontro ecumênico de Assis de 1986), foi realizado um Congresso ou Concílio ecumenista de todas as religiões (exceto a católica). Onde se estabeleceu, em tal conciliábulo, que “a Igreja católica deveria fazer concessões mais generosas para as outras religiões” (pág. 134); naturalmente Roma condenou. Todavia, não se pode deixar de notar como em 1962–1965, tais idéias americanistas penetraram também o ambiente católico durante o Concílio Vaticano II. Se desejou, já em 1893, “reunir os padres e os ministros dos cultos mais diversos, para associar-lhes em uma oração comum” (pág. 147), naturalmente sem cair (não se sabe como) no indiferentismo (propriamente como de Assis em 1986/2011). Tal congresso de Chicago foi definido por Delassus “verdadeiro concílio ecumênico dos novos tempos” (pág. 148). As analogias com o Vaticano II são, infelizmente, objetivas e impressionantes.
· Delassus, concluindo o seu estudo, define o americanismo com poucas mas eficazes expressões: “Compromisso com a incredulidade, concessões ao erro, mutilação do dogma, atenuação do sobrenatural e superficialidade de toda espécie” (pág. 226).
· Ele propõe então o remédio a tanto mal: “Evitar o desencorajamento, como atitude daqueles que sabem e conhecem a realidade, mas não tem coragem de reagir [é o mal que paralisa muitos católicos hoje]. (…) Então, nunca cruzar as mãos, renunciando a lutar; antes é preciso empenhar-las na oração, na penitência e na ação cultural e doutrinal com as consequências práticas (…). Devemos ser circunspectos para não prestar, nem sequer involuntariamente, ajuda ao judeu-americanismo. Então, não pregar o Bem estar como fim ultimo, o sucesso neste mundo, a transfiguração do corpo humano, a preocupação desordenada pelos interesses humanos, a abolição das barreiras entre religiões e culturas, a cessação da polêmica para substituir a irênica, o aniquilamento do dogma a favor de uma moralidade subjetiva, a conciliação entre o espírito de Cristo e aquele do mundo” (pg. 262–265).
Dom Curzio Nitoglia
20 de dezembro de 2011.
[1] B. Gherardini, Concílio ecumênico Vaticano II. Um discurso a fazer, Frigento, 2009.
Fonte: http://www.doncurzionitoglia.com/fase_2_giudeo_cristianesimo.htm
Abraços
Avan-propósito
· Antes do Vaticano II a distinção e contraposição entre Cristianismo e Judaísmo talmúdico ou pós-bíblico era pacífica.
Infelizmente a distinção não só se enfraqueceu devagar (com João XXIII) mas foi revertida com Nostra Aetate e pelo ensinamento de João Paulo II e Bento XVI. Assim, da distinção se passou a confusão e a homologação doutrinal e teológica dos opostos (Cristo e Anticristo).
· Todavia restava um passo ulterior a cumprir. A ilustração deste segundo nível é o coração do presente artigo. A declaração do rabinato e do alto clero são de uma gravidade inaudita, mas são reais e necessitam tomada de atitude. Depois do nivelamento doutrinal nunca cumprido, era necessário alcançar aquele prático: especialmente politico (1948, Estado de Israel/1923, seu reconhecimento da parte do Vaticano) e econômico-financiário (crise do Dólar e do Euro). A partir de 2001 e até 2011 temos assistido ao constante e progressivo aumento (quase mascarado e não alardeado explicitamente da "Torre de Babel" da "Nova Ordem Mundial" com uma "República Universal" (EUA/Israel) e um "Templo Universal" (Assis I-III, 1986–2011). Somente nos últimos meses se fala aberta e explicitamente de uma segunda fase da ação conjunta hebraico-cristã (não mais só dos colóquios), que devem preludiar a uma Nova Ordem Mundial econômico/política, e tudo a luz da shoah e Nostra Aetate, que são correlativamente pai e filho. Eu ofereço ao leitor as seguintes considerações com a esperança que os cristãos abram os olhos e não caiam vítimas da globalização religiosa e econômico/política, a qual é a pior tirania, mascarada de "democracia", que se possa imaginar.
· O artigo que segue é um comentário a está segunda fase, partindo de Orwel e chegando a Benson para mostrar como da shoah e Nostra Aetate se atingiu agora a fase final do desenvolvimento econômico-financiário da Nova Ordem Mundial querida pelos rabinos e pelos eclesiásticos neo-modernistas.
II. O CUMPRIMENTO DA GLOBALIZAÇÃO: 2011 SEGUNDA FASE “MUNDIALISTA” DA MUTAÇÃO JUDEU-CRISTIANIZANTE
Globalização financiária liberalista ou “República universal”
· João Paulo II no Discurso ao Corpo diplomático de 24 de fevereiro de 1980 havia explicitamente começado a colocar as bases da construção da Nova Ordem Mundial dizendo: ”Justiça e desenvolvimento andam de mãos dadas com a paz. São partes essenciais de uma Nova Ordem Mundial ainda a edificar. São uma estrada que conduzem a um futuro de felicidade e de dignidade humana”.
· Bento XVI na sua encíclica Caritas in veritate n. (200*) começou a colocar em prática o desenho público de seu predecessor. De fato escreveu: “Para o governo da economia mundial, para restaurar a economia ferida pela crise, […] urge a presença de uma verdadeira Autoridade Política Mundial”.
· Em 24 de outubro de 2011 o Documento do Pontifício Conselho Justiça e Paz em nome de Bento XVI auspiciou a criação de uma Banca Central Mundial escrevendo:”Existem as condições para a definitiva superação de uma ordem internacional na qual os Estados sentem a necessidade da cooperação. […] Certo, está transformação se fará com o preço de um transferimento gradual e equilibrado de uma parte das atribuições nacionais a uma 'Autoridade mundial'”.
· Em 13 de dezembro de 2011 a Agência Sir reportou que o rabino chefe da “Congregação Hebraica Unida” da Commonweath Jonathan Saks na tarde precedente (12 de dezembro) foi recebido em privado por Bento XVI e depois em público na Universidade Pontifícia Gregoriana expôs o plano concreto de uma nova forma de parceria entre cristãos e hebreus para “uma ética econômica fundada sobre as raízes hebraico-cristãs”. Em suma ele observou que a primeira reviravolta hebraico-cristã teve lugar durante o Concílio Vaticano II e no primeiro pós-concílio, mas essa era só um reviravolta teológica; agora se trata de operar uma nova e definitiva reviravolta prática, política-financiária similar aquela que colocaram em ato os “leader políticos da Europa afim de salvar o euro”. O rabino disse que depois do Vaticano II é chegada a hora de “iniciar um novo capítulo nas relações hebraico-cristãs”. Das relações teológicas “face a face” ocorre passar as realizações práticas político-financiárias “lado a lado”. Ele auspiciou, referindo-se a Bento XVI, que hebreu e cristãos possam ser “juntos” uma “minoria criativa” de uma Nova Ordem Mundial contra as forças radicalmente agressivas e secularizantes.
· Como se vê (“contra o fato não vale o argumento”) estamos em plena segunda fase ou no começo da realização do mundialismo. Onde nos levará está segunda etapa? Só Deus o sabe com certeza. Todavia se pode recorrer a qualquer autor, que estudou e previu o problema. Um (Orwell) citei no início, um outro (Benson) o cito agora.
Da shoah ao mundialismo realizado
G. H. Benson, o senhor do mundo: ”estamos quase perdidos e estamos caminhando para uma catástrofe para a qual devemos estar preparados […] até não retornar o Senhor” (Milano, Jaca Book, 2008, pág.12)
Premissa
· Escrevo o presente artigo, retomando – em parte – questões já tratadas neste mesmo site, para evidenciar a gravidade, agora “terminal”, da situação na qual estamos vivendo a cerca de um ano (revoltas árabes, crise do dólar e do euro somadas, confronto entre os EUA/Israel e Rússia/China/Irã na região da Síria, Palestina e Líbano).
· A situação pode ser definida apocalíptica a partir daquilo que recentemente foi dito – como citarei abaixo – tanto por parte da autoridade rabínica como pela autoridade eclesial.
1946 UMA PREDIÇÃO DA GLOBALIZAÇÃO: ORWELL “1984”
Prólogo
· George Orwell, em 1946 inicia a elaboração de seu último romance “1984” que teve vontade de intitular como “O último homem da Europa”; o termina pouco antes de morrer em Londres em 21 de janeiro de 1950. Ele intuiu que a sociedade estava caminhando em direção a uma homologação e homogeneização mundialista e globalizante. Os traços que por Orwell caracterizavam a sociedade mundialista do futuro “1984” são o totalitarismo, a perda de memória histórica, a falsificação de todo caminho histórico, a perda do contato com o real, a corrupção da linguagem através do barbarismo e neologismos de péssimo gosto, o anulamento da identidade do indivíduo, que se perde na sociedade universal. Todavia resta um último homem livre, que, porém, será destruído pelo poder anônimo da “Nova Ordem Mundial” e da massificação totalitarista.
A primeira edição italiana de seu romance remonta 1950 pela Mondadori de Milão e a última é de 2009 sempre pela Mondadori e é está que cito neste presente artigo.
A globalização coletivista
A primeira figura do romance é aquela do “Big Brother”, que é afixada na forma de gigantografia em toda parte do mundo e busca com seus olhos que se movem acompanhando todos os movimentos dos cidadãos. A figura é acompanhada da escrita “o Big Brother te vigia” (pág.5). Em cada casa se tem uma espécie de televisão que espia todo movimento, toda respiração de seus habitantes. Nada foge ao poder central do “Big Brother”, o qual se serve de uma “psico-policia” para perseguir sobretudo crimes de opinião também não expressos explicitamente, mas intuídas através da tela onipresente e dos “espiões” que ocupam quase todo espaço do “novo mundo”(pág. 6). A filosofia da sociedade globalizada é um hino a guerra continua, a escravatura e a ignorância, contra a paz, a liberdade e a fortaleza de ânimo (pág. 9). Todavia o personagem principal do romance, Winston Smith, ou “o último homem livre da Europa”, começa a escrever um diário, que o levará a tomar consciência da sua realidade individual, inteligente e livre. Tudo isto o conduzirá a perseguição e a destruição por parte do Partido, que quer esmagar todo homem inteligente, livre e responsável pelos seus atos, que quer manter um grão de personalidade humana, para torná-lo um robô obediente as ordens do Partido (pág. 10). O mundo é dividido, ainda por pouco, em três imensos super-Estados: a Oceania (Estados Unidos e Império Britânico), a Eurásia (Europa e Rússia) e a Estasia (China e Índia) (e como capital mundial: Jerusalém). A Oceania com capital em Londres, é governada pelo “Big Brother” segundo os princípios do socialismo inglês (“Socing”, na neo-língua), pelo qual tudo é aparentemente permitido, nada é explicitamente proibido, exceto pensar com o próprio cérebro. O “Big Brother” é apresentado como uma espécie de novo “Salvador” (pág. 19), mas mal, que faz pensar vagamente no Anticristo de Benson, do qual, porém, não há nenhum traço humanitarista. A característica dos personagens do “novo mundo” globalizado é a “estupidez desanimadora, o entusiasmo imbecil e a cega obediência ao Partido” (pág. 25). Só assim eles podem viver sem serem incomodados em um mundo tão plano e contraditório, que não tem como alvo a salvação eterna na outra vida, mas unicamente a instauração nesta vida de um reino messiânico terreno e material. Tentar pensar em querer ser livre e responsável pelas próprias ações é considerado um “psico-delito”, punível primeiro com a tortura psicológica capaz de destruir a consciência pessoal e em seguida com a morte física (pág 37). Winston Smith tendo começado a escrever um diário pessoal é já um homem morto psicologicamente e fisicamente, próxima presa da “psico-policia”. A propaganda do Partido visa derrotar a memória individual para controlar a realidade e induzir o homem a uma espécie de “bi-pensamento”: acreditar firmemente e dizer a verdade, enquanto pronúncia as mentiras mais artificiais, acreditar validas duas afirmações que se contradizem e se anulam uma a outra, fazer uso sofístico da lógica contra a lógica, negar a moral propriamente no ato mesmo de afirma-lá (pág. 38). O passado e a história não foram só modificados (por isso o temor e ódio ao Revisionismo), mas destruídos completamente. A “mentira de Ulisses” é constante e contínua, sem fim. O único espaço em que podemos nos refugiar é a própria memória, a qual porém, é coloca a dura prova pelas telas onipresentes. através das quais o “Big Brother” observa cada mínimo gesto que possa refletir um pensamento autônomo: a mínima escapada dos olhos é um “face-delito” e como tal pode ser fatal (pág. 39). O importante é não pensar, ser “pessoa acima de qualquer suspeita”, uma vez que se coloca a pessoa abaixo da natureza humana, inteligente e livre. Este é o único modo de poder continuar a viver na “República universal”. Para destruir as capacidades intelectivas do homem, o Partido inventou uma “neo língua” reduzida ao osso, que ajuda a não ter opiniões próprias veiculadas, ao contrário da “arqueo-língua” muita rica de tons e então psicologicamente e socialmente perigosa. A ortodoxia do Partido significa não pensar, não ter necessidade de pensar, ou seja, total inconsciência edebetudo mentis (pág.57): “Quem entende muitas coisas, fala com muita clareza, o Partido não gosta e um dia desperecerá" (pág. 57). A ortodoxia do Partido impõem falta absoluta de auto-consciência; então é melhor não ler e calar. Em meio a um mundo lobotomizado, Winston é dominado por dúvidas pontuais: “é possível que apenas eu tenha memória? Não é isto um início de loucura?”. Em efeito, em um mundo anormal, em um mundo contrário ou de cabeça para baixo, o normal é um louco, um perigo a eliminar. Todavia Winston chega a sair desta dúvida atroz, enquanto “não o perturba o pensamento de ser louco ou excêntrico em tal mundo encoberto, seria mais horrível não sê-lo, não poder ter opinião pessoal: poder ainda pensar que 2 + 2 = 4 mesmo se o partido diz que faz 5 ou 3” (pág.. 85). O senso comum, o bom senso constituí a grande heresia, não precisa acreditar nos próprios olhos, nas próprias orelhas e nem na evidência, mas apenas na voz do “Partido” ou do “Big Brother”: “Precisa defender tudo aquilo que é óbvio, bobo” (pág. 86). Mesmo a predileção para uma certa solitude, fazer dois passos sozinho, é perigoso, é sinal de “vitimprop” (vida em si, em “arqueo-língua”), ou seja, de individualismo, excentricidade, senso de realidade (pág. 87). Na verdade, a “neo língua”, que veicula o “bi-pensamento”, deve ajudar a negar “toda realidade objetiva”; a incapacidade de compreender ajuda a viver em tranquilidade com o Partido e a falta da mais pálida idéia de coisa seja a ortodoxia ajuda a manter-se perfeitamente ortodoxo, ou seja, acéfalos; a perda do senso da realidade é propedêutica a aceitação pacífica da enormidade daquilo que vem pedido pelo “Big Brother”, para não entrar em conflito com a própria consciência é necessário a incapacidade de absorção: ai daqueles que colocam questões e pedem explicações! (pág. 163). No fim Winston é descoberto pela “psico-polícia”: ele é “o ultimo homem” (pág. 277) que buscou racionar e querer livre e racionalmente, por isso é liquidado. “Tu estas fora da história, não existe” lhe diz o chefe da “psico-polícia”, que, depois de tê-lo “psico-torturado”, o aniquila “vaporizando-o” afim de que nele não sobre nenhum traço, nenhuma recordação e nenhuma memória. A “psico-polícia” não quer fazê-lo mártir, quer aniquilar o homem livre.
INÍCIO DA GLOBALIZAÇÃO: O PRIMEIRO DESENVOLVIMENTO ‘TEOLÓGICO’ “JUDAICO-CRISTÃO” DE 1965
A globalização religiosa ou o ‘Templo universal’
· Antes do Vaticano II a distinção e contraposição entre Cristianismo (que acredita na divindade de Jesus Cristo e na SS. Trindade) e Judaísmo talmúdico ou pós-bíblico (que nega a divindade de Cristo e a Trindade) era pacífica. Só para compensar os Documentos pontifícios mais recentes, no Ato da Consagração ao Sagrado Coração de Jesus escrito por Leão XIII (1900) e feito, por ordem de Pio XI, obrigatório para a Festa de Cristo Rei (1925), na parte dos sacerdotes se lê: “Sejas Rei de todos aqueles que ainda estão envolvidos nas trevas da idolatria ou do islamismo […]. Olhai com olhos de misericórdia os filhos daquele povo que um dia foi o predileto: desça sobre eles […] o Sangue que já sobre esses é invocado”. Esta oração era lida na Igreja universal até 1962. Por outro lado Pio XII na encíclica Mit Brennender Sorge de 1937 escreveu: “O Verbo tomou a carne de um povo que depois O pregou em uma cruz”. Esta era a doutrina comum da Igreja, contida nas fontes da Revelação (Tradição e Escritura) e foi ensinada constantemente pelo Magistério pontifício (v. As Bulas dos Papas Sobre o Judaísmo no site de Don Curzio Nitoglia). Infelizmente a distinção não apenas desapareceu gradualmente (com João XXIII, 1958–1963), mas foi derrubada com a Nostra Aetate de Paulo VI (1965) e pelo ensinamento de João Paulo II e Bento XVI. Assim que da distinção se passou a confusão e a homologação doutrinal e teológica dos opostos (Cristo e Anticristo).
· Todavia, permanecia um passo ulterior a cumprir e o veremos por extenso na segunda parte do artigo. Depois da nivelação doutrinal agora cumprida, era necessário chegar aquela prática (“vale mais a prática que a gramática”): especialmente política (Estado de Israel, 1948–1993), econômico-financeira (crise do Dólar e do Euro). A partir de 2001 até ao 2011 temos assistido ao constante e progressivo levantamento (quase mascarado e não explicitamente alardeado) da “Torre de Babel” da “Nova Ordem Mundial” com uma “República Universal” (EUA/Israel) e um “Templo Universal” (Assis I-III, 1986–2001). Nestes último meses, propriamente, se fala aberta e explicitamente de uma segunda fase da ação (não mais de colóquios) hebraico-cristãos, que deve preludiar uma Nova Ordem Mundial econômico/político, e tudo a luz da shoah e da Nostra Aetate, que são correlativas como pai e filho.
· Em 26 de janeiro de 2011 no Avvenire (o cotidiano da “Conferência Episcopal Italiana”), foi publicado um artigo da professora israelense Anna Foa intitulado “No pós-guerra, a verdadeira mudança na teologia” no qual se lê: «Não há dúvida de que a mudança das relações entre Igreja e hebraísmo ocorrida com o Concílio Vaticano II e com a declaração Nostra aetate tem as suas raízes no trauma da shoah. […]. Nostra aetate foi uma mudança radical, […] que abriu estrada para uma verdadeira e própria reinterpretação teológica da relação com o judaísmo, destinada a aprofundar-se […], introduzindo a idéia, para dizê-la com João Paulo II (na sua visita a sinagoga em 1986), que a religião hebraica não é “extrínseca” mas de certo modo “ intrínseca” a religião cristã. A tomada de consciência determinada pelo extermínio de seis milhões de hebreus, tinha assim, modificado profundamente não apenas as relações entre hebreus e cristãos, mas as próprias bases teológicas sobre as quais tais relações se fundavam» (pág. 26).
· Sempre no mesmo cotidiano, no mesmo dia e na mesma página, um artigo do Prior de Bose Enzo Bianchi “Em volta do Concílio a convergência entre crenças” nos explica que «a mudança histórica que temos assistido nestes últimos cinquenta anos, mudança que não foi certamente estranha a tragédia do “mal absoluto” é assim tão importante que «nenhum cristão poderá mais invocar a ignorância para a própria justificação: qualquer um é e será responsável em primeira pessoa por uma confirmação ou por uma contradição sobre esta mudança».
· O pobre Mons. Richard Williamson (comparável ao personagem principal do romance de Orwell, Winston Smith, definido “o único homem livre da Europa”) já tinha feito a experiência (“torturado” pela “clero-polícia”) por ter ousado opinar, em outubro de 2008, que a “tragédia do mal absoluto” não goza de todas aquelas provas histórico-científicas de que teria necessidade para impor-se como super-dogma, o qual não admite ignorância e que não é lícito nem contradizer e nem ignorar.
· Além disso, Bianchi continua: «João Paulo II […], em 17 de novembro de 1980 em Mongúcia pronúncia uma fórmula inédita, antes contraditória em dezenove séculos de exegese e teologia cristã, em que os hebreus são definidos “o povo de Deus da Antiga Aliança que não foi jamais revogada”. […] Pode-se notar a novidade e a audácia a respeito de todo o magistério eclesiástico precedente. […] A teologia da substituição é assim abandonada para sempre». A hermenêutica da ruptura encontra assim espaço sobre páginas do cotidiano do Episcopado Italiano, cujo Primaz é o Papa, que, porém, sustenta, mas não demonstra [1], a hermenêutica da continuidade.
UMA VELHA PREVIDENTE DESCRIÇÃO DAQUILO QUE PODERIA ACONTECER
O Reino do Anticristo
· Robert Hugh Benson escreveu em 1907 “o senhor do mundo”, que foi traduzido e publicado em italiano pela primeira vez em Florença (1921). Em 1987 graças ao interesse do Card. Giacomo Biffi foi reeditado pela Jaca Book de Milão com três edições (1997 e 2008) e dezesseis reimpressões. Benson, com um estilo verdadeiramente admirável, retoma o tema desenvolvido por São Pio X na sua primeira encíclica E supremi apostolatus cathedra de 1904, na qual o Papa Sarto observava que os males que circundam o mundo e a Igreja são de tal forma graves, que fazem pensar que o Anticristo esteja já presente nele.
Os horrores do mundialismo
· Benson prevê que em torno dos anos Vinte-Trinta, a Maçonaria adquirirá um poder sempre mais vasto na Europa como na América e no Oriente, assim poderá unificar todo o mundo em torno de 1989 (ano em que “caiu” o mundo de Berlim) e aplanar a vinda final do Anticristo. Os males que levam a tal desastre são elencados por Benson com precisão e lucidez: crítica histórica e unicamente filológica da Bíblia não mais considerada um Texto Sagrado, divinamente inspirado e portanto, provido de inerrância; sentimentalismo religioso e liberalismo, que sob aparência de “pensamento independente” torna os homens pelo contrário, realmente escravos da mentalidade comum e das paixões; o nascimento do modernismo (pág. 7). No mundo dos anos Trinta teria permanecido apenas três tipos de imagereligião: o catolicismo, o humanitarismo filantrópico liberal-maçônico e as religiões esotéricas extremo orientais. As últimas duas formas são unidas pela tendência ao panteísmo antropocêntrico e se encontram em total oposição com o catolicismo que é teocêntrico e acredita em um Deus pessoal e transcendente ao mundo (pág.10). O catolicismo decaí sempre mais, o mundo não quer mais escutar, entender e aceitar, e o abandona, inebriado pelo delírio de onipotência dado-lhe pelo panteísmo antropolátrico e pelo “culto do Homem” (pág.11). A religiosidade vitoriosa do Vinte até ao 1989 é uma espécie de humanitarismo filantrópico: privado do sobrenatural, «sofre a influência da maçonaria: o homem é Deus» (pág. 11). A psicologia tomou o lugar do puro e simples materialismo marxista e busca substituir a espiritualidade do catolicismo com um substituto psicanalítico imanentista (pág. 12). O Autor exclama: «estamos quase perdidos e estamos nos dirigindo a uma catástrofe para a qual devemos estar preparados […] até que não retorne o Senhor» (pág. 12). Mas infelizmente hoje os profetas do otimismo irrealista e exagerado, que condenaram “os profetas de desventura”, não querem sentir a voz de Benson que, qual novo Laocoonte, colocava em guarda os católicos contra o modernismo qual “cavalo de Troia” introduzido pelo inimicus homona Cidade de Deus. Ele admite realisticamente que no mundo católico existe o mal, mas também o bem, existem conventos dissolutos, mas também observantes e vizinhos ao Senhor (pág.12). Não é um daqueles fariseus maniqueus que vêem tudo e apenas bem por uma parte e tudo e apenas mal da outra. Se o Cristianismo é a verdadeira religião divinamente revelada, nem todos os cristãos lhe são fiéis, pelo contrário. Mas mesmo o humanitarismo, que promete hipocritamente paz e cessação de “guerras de religião”, tem os seus excessos, os quais supera até mesmo aqueles dos piores cristãos. Na página 13, Benson prevê já em 1907 o “Parlamento Europeu”, o qual assinala o fim do são patriotismo e através da democracia-social funda a anti-igreja-católica. Ele também nos coloca em guarda, contra o aparente desenvolvimento técnico, que, se desordenado e desviado do Fim último, esconde muitas armadilhas que insidiaram a fé dos cristãos (pág.16).
· O Anticristo de Benson se apresenta sob as aparências de solidarismo, de pacifismo aguerrido contra a religião cristã, que seria “portadora da espada e não da paz”, de humanitarismo naturalista, que abole a pena de morte e institui o “Ministério da eutanásia”, sendo a morte não mais o início da vida eterna, mas o retorno do indivíduo ao “Todo” (pág.36), que substituí a espiritualidade com a psicologia. O todo no quadro do mundialismo mais radical: «a unidade impessoal, o anulamento do indivíduo, da família, da nação no mundo» (pág. 25). O homem é tudo, é “Deus”; não existe um Deus transcendente, mas ele é imanente ao mundo e apenas a cooperação solidária de todos os homens pode evoluir continuamente para melhor (pág. 26).
A perseguição física
· Esta contra-igreja naturalista e pacifista desencadeia bem rápido uma cruenta perseguição contra o Cristianismo, que já perdeu muitos consensos a favor do humanitarismo. Benson nos descreve então, o “Corpo místico na agonia”, propriamente como Jesus Cristo, e o Homem que grita para a Igreja: ”salvou os outros, não pode salvar a si mesma?” (pág. 48). Nem mesmo do Céu desce, naqueles momentos trágicos, uma palavra para animar os fiéis perseguidos e martirizados. A maçonaria e o democratismo, mais que o comunismo agora ultrapassado pelo liberismo, são a força oculta que manobra a religião do Homem e a perseguição da Igreja de Deus (pág. 51). O estado da humanidade na “Nova Ordem Mundial” vem descrito por Benson como uma “cópia muito similar aos círculos superiores do Inferno” (pág.123). Entretanto, Roma (pág. 211) é destruída por um bombardeio comandado pelo Anticristo, o Papa e quase todos os cardeais morrem e o novo Papa se refugia em Nazareth, onde continua com apenas 12 cardeais a sua missão de governar a Igreja com Bispos, sacerdotes e fiéis espalhados em todo o mundo e prontos para o martírio, que podem pregar e celebrar os sacramentos apenas em privado, sob pena de morte. Na página 170, Benson nos descreve o “novo culto” imposto pela Maçonaria e pelo Anticristo a nova Humanidade, que ama os prazeres, as riquezas e as honras, ao contrário do Cristianismo que ensina a amar a Cruz, a pobreza e a humildade. Tal “novo culto” é uma paródia ou um substituto da Missa Católica, é o culto do Homem, que tem necessidade de certo cerimonial para professar a “Religião do Futuro”, o ‘espírito do mundo’, espoliado de toda ideia sobrenatural e da graça santificante. Como não pensar no Novus Ordo Missae, o novo culto da religião antropocêntrica do Vaticano II? É impressionante ver como 100 anos antes daquilo que estamos vivendo, seja a nível político ou religioso, Benson tivesse já intuído quase tudo e quase nos mínimos detalhes. Um dos personagens do romance de Benson (a senhora Mabel) se da conta que a nova fé pacifista e humanitarista não é melhor que a intransigência cristã, antes talvez seja carregada de maior ódio e crueldade do que aquelas manifestadas por alguns ou muitos cristãos no curso dos séculos (pág. 220). Como acreditar que «aquela besta selvagem, com sangue [dos cristãos martirizados] que saia das suas unhas sedentas de violência, fosse a Humanidade nova? Isto é, aquilo que ela chamava o seu “Deus?”?» (pág. 231). Benson distingue bem o Cristianismo dos cristãos, que nem todos sempre viveram o Cristianismo segundo o Espírito de Cristo e ofereceram ao Humanitarismo a desculpa para substituir o Cristianismo identificado-o com os maus e falsos cristãos (clero e laicato).
Conclusão
O americanismo anticristão
· Monsenhor Henri Delassus (1836 -1921) escreveu um livro inteiro sobre o Americanismo (L’Américanisme et la Conjuration antichrétienne, Lilla-Parigi, Desclée De Brouwer, 1899), onde o prelado francês explica que, entre todos os sujeitos inquietantes do mundo atual, a América do Norte não é dos menores. De fato, aquilo que a caracteriza é “a audácia nas empresas industriais, comerciais e também nas relações internacionais, pisando essa todas as leis da civilização católico-romana” (pág. 1). Infelizmente, através do americanismo, os Estados Unidos empurram a sua audácia também nas questões religiosas. O termo “catolicismo americano” ou americanismo (condenado por Leão XIII na Carta Testem Benevolentiae de 1895) não é a etiqueta de um cisma ou de uma heresia, esse é “um conjunto de tendências doutrinais e práticas, que tem sede na América e que dali se espalham no mundo cristão e especialmente na Europa” (pág. 3). O aspecto mais preocupante do Americanismo é aquele das “suas relações com as esperanças e projetos do Judaísmo, especialmente com as tendências anticristãs das leis do mundo moderno e da sociedade americana, que aspira possuir o monopólio do pensamento revolucionário” (pág. 7). Na verdade, “existe uma conjuração anticristã (conluio judaico-maçom em essência) que trabalha, através de revoluções e guerras, para enfraquecer e, se fosse possível, para aniquilar, as nações católicas, para dar a hegemonia as protestantes, como a América, a Alemanha e a Grã Bretanha” (nota n°1, pág. 7). Um dos “elementos distintivos da ‘Missão americana’ é o retorno a unidade de todas as religiões, através da destruição das barreiras e das diferenças, chegando a um Congresso da tolerância internacional das religiões, para lutarem unidas contra o ateísmo” (pág. 124). O indiferentismo ou tolerância por princípio, ao qual tende o Americanismo, consiste no equiparar “todas as religiões, como igualmente boas” (pág. 89); “A conspiração anticatólica penetra em toda parte, para destruir – se fosse possível – a Igreja e levantar em seu lugar o israelitismo liberal e humanitário” (pág. 89); “Tal conspiração se tornou universal” (pág. 90); “Entre espírito hebraico e americanista existe um ponto de contato nos princípio de 1789” (pág. 91): “A presunção ou confiança excessiva em si mesmo é a característica específica do americanismo e os hebreus esperam fazer-lhes sair o israletismo liberal e filantrópico” (págs. 92–93), isto é a neo-religiosidade da nova era. Monsenhor Henri Delassus (pág. 94) explica que o Magistério da Igreja condenou todos os falsos princípios sobre os quais se funda o espírito americanista: os direitos do homem (condenados por Pio VI); a liberdade absoluta da pessoa humana, a liberdade de pensamento, de imprensa, de consciência e de religião (por Gregório XVI e Pio IX), o separatismo entre Estado e Igreja (por Leão XIII). Ao invés, para os americanos é necessário basear-se sobre “o liberalismo largo ou latifundiarista e sobre a tolerância dogmática, evitando falar tudo aquilo que poderia desgostar aos protestantes e as outras religiões” (pág. 97); para a Igreja de Roma “o Catolicismo é a verdadeira religião, enquanto para os americanistas é apenas uma religião entre tantas” (pág. 100). Infelizmente o ideal americanista (ceca de cinquenta/sessenta anos depois da condenação de Leão XIII) se realizou, inicialmente e de forma latente, no Concílio Vaticano II e depois, abertamente, em Assis 1986/2011. Na verdade – escrevia já Mons. Delassus – “os americanistas dizem que as idéias americanas são aquelas que Deus quer para todos os povos do nosso tempo. Hebraísmo e americanismo acreditam ter recebido uma ‘Missão divina’. Infelizmente a influência da América com o seu espírito de liberdade absoluta, se estende sempre mais entre as nações, de forma que a América dominará as outras nações” (pág. 187–188); a América parece ser a “Nação do Futuro” (pág. 190). Todavia – comenta o prelado – “se tal futuro será aquele do desenvolvimento industrial e comercial, social e político, segundo os princípios de 1789, ou seja, o progresso material e a independência absoluta do homem de toda autoridade, mesmo divina; a era que veremos será a mais desastrosa jamais conhecida. Nessa era a América destruirá as tradições nacionais europeias para fundi-las na unidade ou pax americana” (págs. 191–192). A base, o mínimo denominador comum, de tal mistura de religiões, povos, culturas, é um moralismo sentimental ou “uma vaga moral” (pág. 192) subjetiva e autônoma como queria Kant, “independente do dogma, onde cada um é livre para interpretá-lo a seu modo” (pág. 130). Essa se realizou hoje, através da união entre “teo- (ou neo) – conservadores” americanistas e cristãos, com o sionismo e elementos conservadores-liberais do catolicismo, que se unem para defender a vida, o embrião, contra o materialismo ateu (coisa boa em si), mas em detrimento da especificidade da pureza do dogma (o que é inaceitável), da tradição cultural de cada nação e das diferenças étnicas (as quais, se não são exageradas com a teoria da defesa da “raça pura”, que não existe; não devem nem sequer ser destruídas com a ofensa de raça em sentido lato ou do povo, que tem sua peculiaridade de língua, cultura, mentalidade e religião). “O movimento neo-cristão ou americanista, tende a liberar-se do dogma para fundar-se sobre a beleza ética” (pág. 60), “a substituir a fé com uma cultura ou sensibilidade moral independente, em uma vaga religiosidade superior as outras religiões positivas” (pág. 76). Segundo a doutrina católica, ao invés, “a fé sem obras é morta” (São Tiago), e “sem a fé não se pode agradar a Deus” (São Paulo). Então, não é preciso desprezar a moral, mas nem sequer reduzir a religião apenas a sua moralidade, sem ter mais em conta a integridade dogmática.
· Monsenhor Delassus se explica ainda melhor escrevendo que “Existe um entendimento entre Hebraísmo e Americanismo, para substituir a religião católica com esta ‘Igreja ecumenista ou mundialista’, esta ‘religião democrática’, da qual a Aliança Israelita Universal prepara o advento” (pág. 193). O americanismo é o instrumento do judaísmo liberal e filantrópico-humanitário, que substituiu a ‘fé’ do judaísmo ortodoxo (em um Messias pessoal e militante, que daria de volta a Israel o domínio sobre o mundo) com a ‘crença humana’ do hebraísmo liberal (em um ‘messias ideal’, ou seja, o mundo moderno, nascido do Humanismo, Protestantismo e Iluminismo revolucionário, inglês, americano e francês, que fará cair o mundo no relativismo e no irenismo, os quais erodirão o Credo Católico e aquilo que ainda resta da Cristandade européia), “para conduzir a humanidade, docemente, para a Nova Jerusalém” (pág. 195). O espírito do ‘Mundo Novo’ ou do americanismo, é caracterizado (segundo Delassus) pelos princípios do 1789, que são “a independência do homem de todo poder humano e também divino” (pág. 196), vale dizer, os direitos (ou o culto) do homem e a destituição de Deus e da sua Igreja.
O americanismo tem um duplo aspecto: politico e religioso.
· a) Politicamente: É caracterizado por certo cosmopolismo, que leva ao mundialismo e a globalização, as quais se infiltrando em cada nação a corrompem para dominá-la. Tal “República Universal” é o sonho da Aliança Israelita Universal, “centro, foco e vínculo da conjuração anticristã, a qual o americanismo traz um apoio considerável” (pág. 15). O Judaísmo talmúdico se baseia sobre a leitura material (mais que literal) das profecias do Velho Testamento. Delassus escreve: “Leia estas profecias no significado material-terreno e encontrará a resposta ao enigma, a explicação da atividade febril judaica, o sonho do hebraísmo. Esse se acredita, ainda hoje, o povo destinado por Deus a dominar, materialmente e temporalmente, sobre todas as nações através da finança, dos bancos, da imprensa e dos meios de comunicação [ou de destruição] de massa” (págs. 20–21). O ponto de encontro entre judaísmo e americanismo pode ser encontrado nos princípios revolucionários de 1789, e particularmente em duas teses: “1º) que todas as nações renunciem ao amor da Pátria e se confundam em uma ‘República universal’; 2º) que os homens renunciem, igualmente, a toda particularidade religiosa, para confundir-se em uma mesma vaga religiosidade ou ‘Templo universal’ “ (pág. 25). Estes ideais são levados adiante pela Aliança Israelita Universal, fundada em 1860 pelo hebreu Adolfo Crémineux, grão-mestre do Grande Oriente de França. A A.I.U. “não era apenas uma internacional hebraica, essa mirava mais alto: ser uma associação aberta a todos os homens sem distinção de nacionalidade, nem de religião, sob a alta direção de Israel. Essa deseja penetrar em todas as religiões, como já penetrou em todos os países, para fazer cair as barreiras que separam aquilo que um dia deverá estar unido em uma comum indiferença” (págs. 26–27). O prelado se interroga: “O que significa penetrar em uma religião? Sobretudo introduzir lhe as próprias idéias. O Judaísmo busca infiltrar as suas idéias na Igreja Católica? Sim, seus representantes o afirmam” (pág. 28). As forças politicas de que se serve o Judaísmo liberal e filantrópico (ou maçônico) são: a) a democracia, b) a liberdade como valor absoluto, c) a mudança radical (cfr. pág. 153). Esta mudança radical diz respeito também a vida espiritual, preferindo-se o primado da ação sobre a contemplação; a exaltação da iniciativa individual (própria do liberalismo econômico puritano americano), com uma excessiva autoconfiança (cfr. págs. 154–155); o Bem estar físico e corporal (diferente do bem estar comum temporal), como “transfiguração do corpo” (pág. 159); o “sensismo empirista, como radical anti-metafísica e anti-cristianismo” (pág. 161). O prelado constata que agora os novos cristãos americanistas, junto aos hebreus liberais e humanitários, “aspiram a um Messias que não é Jesus Cristo, nem sequer o messias militante e pessoal do hebraísmo ortodoxo, mas uma idéia de bem estar material e corporal que tornará o homem feliz e rico sobre esta terra” (págs. 164–165). Tal Bem estar (com B maiúscula), consiste não no possuir o necessário ou o conveniente, mas no “supérfluo” (pág. 166). Os fiéis desta nova religiosidade não são contrariados, é preciso dar a eles sempre razão, seguir a corrente, dizer a eles aquilo que lhes agrada e satisfaz os seus sentidos (cfr. pág. 167).
· b) Do ponto de vista religioso: O Americanismo se serve do Esoterismo, do Maçonismo e do Ecumenismo, para infiltrar-se na religião católica e – se fosse possível – destruí-la. “A Maçonaria tem as próprias pretensões e as exprime com as mesmas palavras” (pág. 29). O Judaísmo liberal é ainda mais claro, quando diz que precisa tender para “uma nova Jerusalém, a qual deve substituir Roma. A estirpe hebraica quer estabelecer o seu reino sobre o mundo inteiro, na ordem temporal e naquela espiritual” (pág. 30). Também o Americanismo se serve das sociedades secretas para obter os seus fins (cfr., pág. 31), para arruinar as Pátrias e a Religião. A nova “República universal será governada pelo povo hebreu, única verdadeira tribo cosmopolita, sem pátria e universal” (pág. 33) e enfim, “pelo Anticristo, supremo ditador transformado na única deidade deste novo mundo” (pág. 42). Os Estados Unidos tem o triste “privilégio de destruir as tradições e as especificidades nacionais e religiosas europeias, para fundi-las na unidade americana” (pág. 44). O americanismo quer substituir a ‘polêmica’ (polemikós = atinente a luta e a disputa doutrinal) pela ‘irênica’ (eirenikós = que diz respeito a paz ou melhor o pacifismo, a tolerância e a conciliação dos excessos). O Americanismo é “absolutamente convicto, de que os Estados Unidos foi predestinado (exemplo claro é aquela lorota da "Doutrina do Destino Manifesto" que expressa a crença de que o povo americano foi eleito por Deus para civilizar o seu continente e o resto do mundo) a produzir um estado social, superior ao que se era vivido até agora” (pág. 130). Outro marco do americanismo é o evolucionismo religioso (cfr. pág. 101–108), segundo o qual o dogma evoluí ou muda radicalmente, substancialmente, de forma heterogênea e não homogênea; ou seja, se passa de uma verdade a outra, também diversa, segundo a necessidade e as exigências dos tempos (cfr., pág. 109), desde que a verdade não é mais a “conformidade do pensamento com a realidade”, mas “o adequar-se do pensamento com as necessidades dos tempos e a necessidade do homem moderno” (Herbert Spencer). A outra pilastra sobre a qual se baseia o Americanismo é o Ecumenismo. Monsenhor Delassus (pág. 133) nos informa que em Chicago, entre os dias 11 e o 28 de setembro de 1893 (cerca de oitenta/cem anos antes do Concílio Vaticano II e do encontro ecumênico de Assis de 1986), foi realizado um Congresso ou Concílio ecumenista de todas as religiões (exceto a católica). Onde se estabeleceu, em tal conciliábulo, que “a Igreja católica deveria fazer concessões mais generosas para as outras religiões” (pág. 134); naturalmente Roma condenou. Todavia, não se pode deixar de notar como em 1962–1965, tais idéias americanistas penetraram também o ambiente católico durante o Concílio Vaticano II. Se desejou, já em 1893, “reunir os padres e os ministros dos cultos mais diversos, para associar-lhes em uma oração comum” (pág. 147), naturalmente sem cair (não se sabe como) no indiferentismo (propriamente como de Assis em 1986/2011). Tal congresso de Chicago foi definido por Delassus “verdadeiro concílio ecumênico dos novos tempos” (pág. 148). As analogias com o Vaticano II são, infelizmente, objetivas e impressionantes.
· Delassus, concluindo o seu estudo, define o americanismo com poucas mas eficazes expressões: “Compromisso com a incredulidade, concessões ao erro, mutilação do dogma, atenuação do sobrenatural e superficialidade de toda espécie” (pág. 226).
· Ele propõe então o remédio a tanto mal: “Evitar o desencorajamento, como atitude daqueles que sabem e conhecem a realidade, mas não tem coragem de reagir [é o mal que paralisa muitos católicos hoje]. (…) Então, nunca cruzar as mãos, renunciando a lutar; antes é preciso empenhar-las na oração, na penitência e na ação cultural e doutrinal com as consequências práticas (…). Devemos ser circunspectos para não prestar, nem sequer involuntariamente, ajuda ao judeu-americanismo. Então, não pregar o Bem estar como fim ultimo, o sucesso neste mundo, a transfiguração do corpo humano, a preocupação desordenada pelos interesses humanos, a abolição das barreiras entre religiões e culturas, a cessação da polêmica para substituir a irênica, o aniquilamento do dogma a favor de uma moralidade subjetiva, a conciliação entre o espírito de Cristo e aquele do mundo” (pg. 262–265).
Dom Curzio Nitoglia
20 de dezembro de 2011.
[1] B. Gherardini, Concílio ecumênico Vaticano II. Um discurso a fazer, Frigento, 2009.
Fonte: http://www.doncurzionitoglia.com/fase_2_giudeo_cristianesimo.htm
Abraços
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
O Holocausto e seu telhado de vidro
Polônia: os judeus ajudaram os nazistas na "solução final"
Milhares de judeus participaram ativamente de ajudar os nazistas a reunir os judeus para a deportação para os territórios orientais durante a Segunda Guerra Mundial, exatamente como afirmou o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki — e contrariamente às recusas histéricas de judeus em todo o mundo, incluindo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Membros da polícia de ordem judaica no Gueto Lodz.
Os comentários de Morawiecki foram feitos em reação à objeção de Israel a uma nova lei polonesa, que considera ilegal que os poloneses sejam culpados de "ajudar os nazistas" ou a referir-se a "campos de concentração poloneses" — e provocaram uma "indignação" fingida na mídia controlada.
Falando na Conferência de Segurança de Munique, Mourawiecki foi convidado por um jornalista israelense a compartilhar se a história de perseguição de sua família na Polônia seria proscrita sob a nova legislação.
"É claro que não vai ser punível, [não] será visto como criminoso dizer que havia agressores poloneses, como havia perpetradores judeus, como havia perpetradores russos, como havia ucraniano; não apenas os perpetradores alemães ", disse Morawiecki ao jornalista do Yedioth Ahronoth, Ronen Bergman.
Em resposta a esses comentários, Netanyahu disse ter falado com Morawiecki, por telefone, e lhe dissera que "Israel não aceitou a afirmação".
"Eu disse a ele que não há base para essa comparação, entre o ato dos poloneses e os atos dos judeus durante o Holocausto", disse Netanyahu aos repórteres israelenses na sequência de um discurso na Conferência de Segurança de Munique.
"Você não pode consertar uma distorção com outra distorção", acrescentou Netanyahu.
A verdade é, no entanto, clara: milhares de judeus foram participantes ativos no que se tornou conhecido como a "Solução final", como apontado em 2013 pela Academia Polonesa das Ciências e conhecido especialista em relações polonês-judaicas, o professor Krzysztof Jasiewicz.
Jasiewicz apontou esse fato em um artigo que apareceu em uma edição especial de uma revista com foco no 70º aniversário da revolta do Gueto de Varsóvia.
Intitulado "Os próprios judeus são culpados?" Jasiewicz disse que "essa insensatez sobre os judeus sendo mortos principalmente por poloneses foi criado para esconder o maior segredo judeu. A escala do crime alemão só foi possível porque os próprios judeus participaram do assassinato de seus próprios povos".
A precisão dessas afirmações são claras a partir dos registros históricos, e apenas um mentiroso deliberado negaria que os judeus participaram do policiamento de outros judeus sob o domínio nazista.
Soldado alemão com Policial de Ordem Judeu e deportados judeus.
Em quase todas as áreas sob o controle nazista onde um grande número de judeus estavam presentes, os judeus foram organizados em destacamentos policiais conhecidos como "Polícia da Ordem Judaica" (em alemão, o Jüdischer Ordungsdienst).
A força dessas unidades da Polícia da Ordem Judaica variou, e em Varsóvia eles contaram pelo menos 2.000 homens.
De acordo com a Enciclopédia Yivo dos judeus na Europa Oriental, o estabelecimento dessas forças policiais judias foi o resultado da criação de guetos judeus, "que excluiu a população judaica da jurisdição policial geral e, assim, criou a necessidade de um sistema alternativo para garantir que a população judaica cumprisse as ordens dos ocupantes alemães".
Chefe da Polícia da Ordem Judaica em Varsóvia, Adam Czerniakow, faz pedido de deslocamento de policiais judeus no Gueto de Varsóvia.
As autoridades alemãs insistiram que os policiais judeus fossem jovens, aptos e treinados pelo exército, com pelo menos um diploma do ensino médio.
A Enciclopédia Yivo diz que "a tarefa principal da Polícia Judaica era manter a ordem pública e fazer cumprir as ordens alemãs transmitidas pelos Judenräte [os conselhos judaicos] à população judaica".
A Enciclopédia Yivo também revela que "havia judeus que consideravam o estabelecimento da Polícia Judaica positivamente; alguns círculos intelectuais até mesmo o apoiaram abertamente. Os judeus se juntaram a ele por motivos sociais e pelo desejo de ajudar a manter a ordem nos guetos e auxiliar a autonomia judaica."
"Gradualmente, os alemães expandiram a carga de trabalho da Polícia Judaica, chamando-os a combater epidemias, fazer demonstrações e lutar contra incêndios. Outras vezes, a Polícia Judaica foi encarregada de supervisionar a distribuição de produtos alimentares e controlar preços, bem como cobrar impostos".
Quando foi tomada a decisão para começar a deportar os judeus para o Oriente em 1942 - um movimento que se tornou sinônimo de reivindicações de "extermínio em massa" — a Enciclopédia Yivo diz que os alemães "ordenaram que as forças policiais do gueto ajudassem a deportar judeus e às vezes até fazer seleção. Em contrapartida, os nazistas asseguraram-lhes que eles e suas famílias não seriam deportados".
Romek Kaliski, membro da Polícia Judaica no gueto Lodz. Interessante observar que na braçadeira vemos a Estrela de Davi (estrela de Renfã, na verdade) distribuída para uso da Polícia Judaica.
Polícia de Ordem Judaica prendendo dois judeus por contrabando no gueto de Varsóvia.
Polícia de Ordem Judia verifica papéis no gueto de Trzebinia.
Szerynski, chefe da Polícia da Ordem Judaica, supervisionando uma ação policial (judaica) no gueto de Varsóvia.
Polícia de Ordem Judaica no serviço de remoção de neve em Lodz.
Um oficial da Polícia da Ordem Judaica no gueto Lodz, com esposa e filho.
Polícia de Ordem Judaica escolta judeus para deportação para o leste.
Após a guerra, o "papel da Polícia Judaica e suas ações tornou-se uma questão altamente controversa entre os sobreviventes do Holocausto", acrescentou a Enciclopédia Yivo.
"Dezenas de policiais foram julgados em tribunais de honra judaicos por conduta imprópria. Alguns foram expulsos da comunidade judaica, enquanto outros simplesmente foram impedidos de ocupar cargos públicos. Os nomes de outros oficiais anteriores foram apuradas. Levou anos para os tribunais decidissem não colocar a Polícia Judaica em julgamento formal“.
Fonte: http://newobserveronline.com/poland-jews-did-assist-nazis-in-final-solution/
Abraços
Milhares de judeus participaram ativamente de ajudar os nazistas a reunir os judeus para a deportação para os territórios orientais durante a Segunda Guerra Mundial, exatamente como afirmou o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki — e contrariamente às recusas histéricas de judeus em todo o mundo, incluindo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Membros da polícia de ordem judaica no Gueto Lodz.
Os comentários de Morawiecki foram feitos em reação à objeção de Israel a uma nova lei polonesa, que considera ilegal que os poloneses sejam culpados de "ajudar os nazistas" ou a referir-se a "campos de concentração poloneses" — e provocaram uma "indignação" fingida na mídia controlada.
Falando na Conferência de Segurança de Munique, Mourawiecki foi convidado por um jornalista israelense a compartilhar se a história de perseguição de sua família na Polônia seria proscrita sob a nova legislação.
"É claro que não vai ser punível, [não] será visto como criminoso dizer que havia agressores poloneses, como havia perpetradores judeus, como havia perpetradores russos, como havia ucraniano; não apenas os perpetradores alemães ", disse Morawiecki ao jornalista do Yedioth Ahronoth, Ronen Bergman.
Em resposta a esses comentários, Netanyahu disse ter falado com Morawiecki, por telefone, e lhe dissera que "Israel não aceitou a afirmação".
"Eu disse a ele que não há base para essa comparação, entre o ato dos poloneses e os atos dos judeus durante o Holocausto", disse Netanyahu aos repórteres israelenses na sequência de um discurso na Conferência de Segurança de Munique.
"Você não pode consertar uma distorção com outra distorção", acrescentou Netanyahu.
A verdade é, no entanto, clara: milhares de judeus foram participantes ativos no que se tornou conhecido como a "Solução final", como apontado em 2013 pela Academia Polonesa das Ciências e conhecido especialista em relações polonês-judaicas, o professor Krzysztof Jasiewicz.
Jasiewicz apontou esse fato em um artigo que apareceu em uma edição especial de uma revista com foco no 70º aniversário da revolta do Gueto de Varsóvia.
Intitulado "Os próprios judeus são culpados?" Jasiewicz disse que "essa insensatez sobre os judeus sendo mortos principalmente por poloneses foi criado para esconder o maior segredo judeu. A escala do crime alemão só foi possível porque os próprios judeus participaram do assassinato de seus próprios povos".
A precisão dessas afirmações são claras a partir dos registros históricos, e apenas um mentiroso deliberado negaria que os judeus participaram do policiamento de outros judeus sob o domínio nazista.
Soldado alemão com Policial de Ordem Judeu e deportados judeus.
Em quase todas as áreas sob o controle nazista onde um grande número de judeus estavam presentes, os judeus foram organizados em destacamentos policiais conhecidos como "Polícia da Ordem Judaica" (em alemão, o Jüdischer Ordungsdienst).
A força dessas unidades da Polícia da Ordem Judaica variou, e em Varsóvia eles contaram pelo menos 2.000 homens.
De acordo com a Enciclopédia Yivo dos judeus na Europa Oriental, o estabelecimento dessas forças policiais judias foi o resultado da criação de guetos judeus, "que excluiu a população judaica da jurisdição policial geral e, assim, criou a necessidade de um sistema alternativo para garantir que a população judaica cumprisse as ordens dos ocupantes alemães".
Chefe da Polícia da Ordem Judaica em Varsóvia, Adam Czerniakow, faz pedido de deslocamento de policiais judeus no Gueto de Varsóvia.
As autoridades alemãs insistiram que os policiais judeus fossem jovens, aptos e treinados pelo exército, com pelo menos um diploma do ensino médio.
A Enciclopédia Yivo diz que "a tarefa principal da Polícia Judaica era manter a ordem pública e fazer cumprir as ordens alemãs transmitidas pelos Judenräte [os conselhos judaicos] à população judaica".
A Enciclopédia Yivo também revela que "havia judeus que consideravam o estabelecimento da Polícia Judaica positivamente; alguns círculos intelectuais até mesmo o apoiaram abertamente. Os judeus se juntaram a ele por motivos sociais e pelo desejo de ajudar a manter a ordem nos guetos e auxiliar a autonomia judaica."
"Gradualmente, os alemães expandiram a carga de trabalho da Polícia Judaica, chamando-os a combater epidemias, fazer demonstrações e lutar contra incêndios. Outras vezes, a Polícia Judaica foi encarregada de supervisionar a distribuição de produtos alimentares e controlar preços, bem como cobrar impostos".
Quando foi tomada a decisão para começar a deportar os judeus para o Oriente em 1942 - um movimento que se tornou sinônimo de reivindicações de "extermínio em massa" — a Enciclopédia Yivo diz que os alemães "ordenaram que as forças policiais do gueto ajudassem a deportar judeus e às vezes até fazer seleção. Em contrapartida, os nazistas asseguraram-lhes que eles e suas famílias não seriam deportados".
Romek Kaliski, membro da Polícia Judaica no gueto Lodz. Interessante observar que na braçadeira vemos a Estrela de Davi (estrela de Renfã, na verdade) distribuída para uso da Polícia Judaica.
Polícia de Ordem Judaica prendendo dois judeus por contrabando no gueto de Varsóvia.
Polícia de Ordem Judia verifica papéis no gueto de Trzebinia.
Szerynski, chefe da Polícia da Ordem Judaica, supervisionando uma ação policial (judaica) no gueto de Varsóvia.
Polícia de Ordem Judaica no serviço de remoção de neve em Lodz.
Um oficial da Polícia da Ordem Judaica no gueto Lodz, com esposa e filho.
Polícia de Ordem Judaica escolta judeus para deportação para o leste.
Após a guerra, o "papel da Polícia Judaica e suas ações tornou-se uma questão altamente controversa entre os sobreviventes do Holocausto", acrescentou a Enciclopédia Yivo.
"Dezenas de policiais foram julgados em tribunais de honra judaicos por conduta imprópria. Alguns foram expulsos da comunidade judaica, enquanto outros simplesmente foram impedidos de ocupar cargos públicos. Os nomes de outros oficiais anteriores foram apuradas. Levou anos para os tribunais decidissem não colocar a Polícia Judaica em julgamento formal“.
Fonte: http://newobserveronline.com/poland-jews-did-assist-nazis-in-final-solution/
Abraços
sábado, 17 de fevereiro de 2018
Díspares valores judaico-cristãos
Devido ao ódio do Judaísmo Ortodoxo contra o Natal Cristão, a nenhum casal judeu ortodoxo é permitido ter relações sexuais na Véspera do Natal.
As autoridades rabínicas estão preocupadas que os casais judeus possam conceber um monstro — e outras facetas de ódio insano dos cabalistas para as crianças judaicas nascidas no Natal.
Por Michael Hoffman, autor dos estudos "Judaism Discovered" e "Judaism’s Strange Gods" (1)
Evan Goldberg produziu e co-escreveu "The Night Before". Jonathan Levine dirigiu-o, e Seth Rogen (acima no centro) de hexagrama.
Introdução: A seguinte documentação é proveniente de fontes rabínicas e outras fontes judaicas. Hollywood judaico traduz o ódio que documentaremos em filmes como "The Night Before", uma "comédia" de 2015 em que um sionista que usa um hexagrama de seis pontas em sua camisa vomita em uma igreja na Véspera de Natal.
Menorahs substituem imagens da Natividade em espaços cívicos.
Hanukkah é igual — ou superior — creditado sobre a tradicional data de nascimento do Redentor.
"Boas Festas" e outras expressões do período substituem o Feliz Natal.
A profunda alegria com que a civilização ocidental celebrou a Noite de Natal até nossos tempos pós-modernistas enfureceu e ofendeu os rabinos talmúdicos e cabalistas; particularmente os rabinos hassídicos com quem "republicanos conservadores dos valores familiares" são muitas vezes aliados.
Há uma religião na terra que considera as pessoas judias que são concebidas na véspera de Natal como traidores e apóstatas.
Quando um filho judeu nascido em setembro, nove meses após o dia 24 de dezembro, começa a agir de forma dissidente, ele ou ela é considerado como um maligno de Nittel Nacht.
Quem, exceto um irritado judeu, se recusaria a libertar outros de uma insanidade tão depravada? As principais vítimas do Judaísmo são pessoas judaicas.
É "antissemitismo" libertar judeus do Talmud e da Kabbalah?
Os rabinos ortodoxos impedem a libertação do "judeu-ódio" do Talmud e da Kabbalah, de modo a mante-los como escravos sob seus polegares?
Esta é uma pergunta que quase ninguém faz e porque colocamos essa questão no amor e em oposição ao ódio, somos perigosos para o império do mal porque agimos no mesmo espírito desarmante que Jesus Cristo.
A documentação: No Judaísmo Ortodoxo, a Noite de Natal é uma noite maldita, os rabinos talmúdicos e cabalistas se referem a ela com a Nittel Nacht ("Nittel Night"). "Nitel Nacht é a véspera dos feriados não judeus que se comemora o nascimento do Nazareno" (Divrei Yatziv O.C. 2 240:1).
Muitos seguidores dos rabinos hassídicos estão proibidos na Véspera de Natal de ter relações sexuais com suas esposas.
Os cabalistas rabínicos acreditam que os traidores judeus são concebidos na Véspera de Natal e, como resultado, os rabinos hassídicos proíbem casais de sexuar na Nittel Nacht.
Estudar o Talmud também é proibido, embora alguns escolham ler o notório livro de ódio, o Toledot Yeshu como alternativa, que consiste em histórias alegando que Jesus (Yeshu) era um filho ilegítimo nascido de uma prostituta; que ele praticava mágica e seduzia mulheres, e morreu uma morte vergonhosa.
A Véspera de Natal era um momento em que as forças das trevas eram difíceis, tornando-se impróprio para a pureza do estudo do Talmud. [Fonte: Forward, jornal sionista novaiorquino] (2)
A base do costume de não aprender Talmud na noite do feriado cristão é de natureza cabalística. Veja: Shem Mishmuel Derush Chanukah 5677, e Sefer Regel Yeshara 10.
Sefer Kedushat Tziyon (página 129) aponta que a Gemara (Talmud Bavli, Sanhedrin 107b), ensina que o fundador do Cristianismo era estudante do rabino Yehoshua ben Perachya. Apesar de suas realizações consideráveis no estudo da Torá, ele conseguiu se tornar um blasfemador. Por isso, o Talmud (a "Torah" oral comprometida com a escrita) não é permitida na Véspera de Natal.
Por que não há sexo na Véspera de Natal? Por conta dos "muitos judeus pecaminosos (Poshei Yisrael) são concebidos naquela noite" (Véspera de Natal). Fonte: Nitei Gavriel Chanukah pág. 410; Shaareiy Halacha Uminhag 4/132; Shulchan Menachem 6/242; Igros Kodesh 4/424.
Como os judeus hassídicos "celebram" o Natal
Por Shahar Ilan, Haaretz [jornal israelense] (3)
Em Nittel Nacht — conhecido pelo mundo como a Véspera de Natal — judeus hassídicos acreditam que as inclinações para o mal estão em pleno vigor. Nesta noite, os hassidim acreditam, os vasos kelipot, ou a manifestação das forças do mal - tornam-se mais fortes. Sefer Haminhagim (O Livro dos Costumes) ensina que a maioria dos hereges que abandonaram sua fé e se converteram do Judaísmo nasceram depois do engajamento ilegal no aniversário do primeiro cristão.
"Alguns rebbes (um rabino, especialmente um líder religioso da seita hassídica) costumavam marcar os feriados dos gentios rasgando papel higiênico para cada Shabat (sábado) para o resto do ano. Este não era apenas um simples show de desprezo contra aqueles que acreditavam na Santíssima Trindade — era um show sério de desprezo. Os livros da Kabbalah tratam o Cristianismo como um lixo separado da nação de Israel.
"Lembrando de odiar o goy (qualquer pessoa não judia) ... na noite (Véspera de Natal) em que os poderes do mal estão se fortalecendo ... O Nittel Nacht é uma noite de lembrança da perseguição contra os judeus pelos cristãos e a noite em que é lembrado odiá-los ... (aos cristãos)". [Citação final, grifo do autor].
Notas:
(1) https://truthfulhistory.blogspot.com.br/2016/02/judaica-books-and-resources.html
(2) "What Hasidic Jews Do — and Don't Do — on Christmas Eve", por Uriel Heilman:
https://forward.com/culture/327750/how-the-hasidim-observe-christmas-eve/
(3) https://www.haaretz.com/jewish/.premium-a-hasidic-christmas-eve-1.5281028
Fonte: https://revisionistreview.blogspot.com.br/2017/12/hatred-for-christmas-in-orthodox-judaism.html
Abraços
As autoridades rabínicas estão preocupadas que os casais judeus possam conceber um monstro — e outras facetas de ódio insano dos cabalistas para as crianças judaicas nascidas no Natal.
Por Michael Hoffman, autor dos estudos "Judaism Discovered" e "Judaism’s Strange Gods" (1)
Evan Goldberg produziu e co-escreveu "The Night Before". Jonathan Levine dirigiu-o, e Seth Rogen (acima no centro) de hexagrama.
Introdução: A seguinte documentação é proveniente de fontes rabínicas e outras fontes judaicas. Hollywood judaico traduz o ódio que documentaremos em filmes como "The Night Before", uma "comédia" de 2015 em que um sionista que usa um hexagrama de seis pontas em sua camisa vomita em uma igreja na Véspera de Natal.
Menorahs substituem imagens da Natividade em espaços cívicos.
Hanukkah é igual — ou superior — creditado sobre a tradicional data de nascimento do Redentor.
"Boas Festas" e outras expressões do período substituem o Feliz Natal.
A profunda alegria com que a civilização ocidental celebrou a Noite de Natal até nossos tempos pós-modernistas enfureceu e ofendeu os rabinos talmúdicos e cabalistas; particularmente os rabinos hassídicos com quem "republicanos conservadores dos valores familiares" são muitas vezes aliados.
Há uma religião na terra que considera as pessoas judias que são concebidas na véspera de Natal como traidores e apóstatas.
Quando um filho judeu nascido em setembro, nove meses após o dia 24 de dezembro, começa a agir de forma dissidente, ele ou ela é considerado como um maligno de Nittel Nacht.
Quem, exceto um irritado judeu, se recusaria a libertar outros de uma insanidade tão depravada? As principais vítimas do Judaísmo são pessoas judaicas.
É "antissemitismo" libertar judeus do Talmud e da Kabbalah?
Os rabinos ortodoxos impedem a libertação do "judeu-ódio" do Talmud e da Kabbalah, de modo a mante-los como escravos sob seus polegares?
Esta é uma pergunta que quase ninguém faz e porque colocamos essa questão no amor e em oposição ao ódio, somos perigosos para o império do mal porque agimos no mesmo espírito desarmante que Jesus Cristo.
A documentação: No Judaísmo Ortodoxo, a Noite de Natal é uma noite maldita, os rabinos talmúdicos e cabalistas se referem a ela com a Nittel Nacht ("Nittel Night"). "Nitel Nacht é a véspera dos feriados não judeus que se comemora o nascimento do Nazareno" (Divrei Yatziv O.C. 2 240:1).
Muitos seguidores dos rabinos hassídicos estão proibidos na Véspera de Natal de ter relações sexuais com suas esposas.
Os cabalistas rabínicos acreditam que os traidores judeus são concebidos na Véspera de Natal e, como resultado, os rabinos hassídicos proíbem casais de sexuar na Nittel Nacht.
Estudar o Talmud também é proibido, embora alguns escolham ler o notório livro de ódio, o Toledot Yeshu como alternativa, que consiste em histórias alegando que Jesus (Yeshu) era um filho ilegítimo nascido de uma prostituta; que ele praticava mágica e seduzia mulheres, e morreu uma morte vergonhosa.
A Véspera de Natal era um momento em que as forças das trevas eram difíceis, tornando-se impróprio para a pureza do estudo do Talmud. [Fonte: Forward, jornal sionista novaiorquino] (2)
A base do costume de não aprender Talmud na noite do feriado cristão é de natureza cabalística. Veja: Shem Mishmuel Derush Chanukah 5677, e Sefer Regel Yeshara 10.
Sefer Kedushat Tziyon (página 129) aponta que a Gemara (Talmud Bavli, Sanhedrin 107b), ensina que o fundador do Cristianismo era estudante do rabino Yehoshua ben Perachya. Apesar de suas realizações consideráveis no estudo da Torá, ele conseguiu se tornar um blasfemador. Por isso, o Talmud (a "Torah" oral comprometida com a escrita) não é permitida na Véspera de Natal.
Por que não há sexo na Véspera de Natal? Por conta dos "muitos judeus pecaminosos (Poshei Yisrael) são concebidos naquela noite" (Véspera de Natal). Fonte: Nitei Gavriel Chanukah pág. 410; Shaareiy Halacha Uminhag 4/132; Shulchan Menachem 6/242; Igros Kodesh 4/424.
Como os judeus hassídicos "celebram" o Natal
Por Shahar Ilan, Haaretz [jornal israelense] (3)
Em Nittel Nacht — conhecido pelo mundo como a Véspera de Natal — judeus hassídicos acreditam que as inclinações para o mal estão em pleno vigor. Nesta noite, os hassidim acreditam, os vasos kelipot, ou a manifestação das forças do mal - tornam-se mais fortes. Sefer Haminhagim (O Livro dos Costumes) ensina que a maioria dos hereges que abandonaram sua fé e se converteram do Judaísmo nasceram depois do engajamento ilegal no aniversário do primeiro cristão.
"Alguns rebbes (um rabino, especialmente um líder religioso da seita hassídica) costumavam marcar os feriados dos gentios rasgando papel higiênico para cada Shabat (sábado) para o resto do ano. Este não era apenas um simples show de desprezo contra aqueles que acreditavam na Santíssima Trindade — era um show sério de desprezo. Os livros da Kabbalah tratam o Cristianismo como um lixo separado da nação de Israel.
"Lembrando de odiar o goy (qualquer pessoa não judia) ... na noite (Véspera de Natal) em que os poderes do mal estão se fortalecendo ... O Nittel Nacht é uma noite de lembrança da perseguição contra os judeus pelos cristãos e a noite em que é lembrado odiá-los ... (aos cristãos)". [Citação final, grifo do autor].
Notas:
(1) https://truthfulhistory.blogspot.com.br/2016/02/judaica-books-and-resources.html
(2) "What Hasidic Jews Do — and Don't Do — on Christmas Eve", por Uriel Heilman:
https://forward.com/culture/327750/how-the-hasidim-observe-christmas-eve/
(3) https://www.haaretz.com/jewish/.premium-a-hasidic-christmas-eve-1.5281028
Fonte: https://revisionistreview.blogspot.com.br/2017/12/hatred-for-christmas-in-orthodox-judaism.html
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