"Sofrerei os maiores tormentos ao invés de apostatar!"
( Antonio Molle Lazo )
Antonio
Molle Lazo
|
A
Franco-maçonaria internacional tinha dado ordem de exterminar a
Religião católica na Espanha. A perseguição estava em marcha.
Antonio Molle Lazo trabalhava na estação de Jerez, cidade de cem
mil habitantes. Sua caridade inesgotável e a distinção de seus
modos lhe tinham ganhado as simpatias de seus colegas. Contudo, os
socialistas obtiveram do governo a demissão de todos aqueles que não
compartilhavam de suas ideias.
Sem
se desconcertar, Antonio procurou trabalho em outro lugar. Ele
estudou a organização e os métodos de seus adversários,
exprimindo sua dor em ver os inimigos de Deus demostrar mais
entusiasmo na busca de seu ideal de ódio que certos católicos em
defender a Religião: "Os socialistas são numerosos e nós,
os católicos, tão poucos! Que vergonha!", dizia ele.
Assim, redobrando a coragem, ele levava seus colegas para se confessar aos sábados e a comungar aos domingos. A todos aqueles que se desculpavam alegando ou a distância, ou as vexações de seus adversários, ele respondia:
"Não há distância em Jerez... Se nos jogam pedras, o que isso pode nos causar? Precisamos sofrer algo por Jesus Cristo. Talvez nosso exemplo arraste outros à santa Mesa[...]"
E,
com seu missal em mãos, ele convencia seus colegas a segui-lo em uma
das igrejas da periferia. As pedras e os insultos não os impediam de
voltar no domingo seguinte, na mesma hora.
"Antonio,
lhe diziam seus amigos, cuidado! certamente um dia ainda vão te
prender".
"Bem!
E depois? Atualmente é para lá que vão os melhores defensores da
Religião e da Pátria. Se para lá eu for, vocês virão também
comigo e... seremos muito felizes".
Tropas
estavam prestes a chegar à estação de Jerez. Antonio acorreu com
um maço de folhas de propaganda religiosa e patriótica sob o braço.
Ele as distribuiu aos saldados, e depois gritou: "Viva Cristo
Rei! Viva a Espanha! Viva o Rei", este era o triplo grito
dos "requetés", ou seja, dos jovens
tradicionalistas espanhóis, partido político ao qual Molle tinha se
filiado, o crendo mais de acordo com a doutrina católica.
Alguns
instantes depois, Antonio era detido e conduzido para a prisão. Aos
juízes, ele respondeu alegremente: "Efetivamente, fui eu
quem gritou Viva o Rei! e não me arrependo disso".
Ele
ficou preso, sem perder sua alegria, cantando cânticos religiosos e
hinos patrióticos aprendidos com os Irmãos. Seus carcereiros lhe
mandaram calar. Ele obedeceu, mas tirou seu rosário e se colocou a
recitá-lo em alta voz. Seus companheiros de prisão, católicos como
ele, cujo número não parava de aumentar, o imitaram.
O
que nosso antigo aluno lamentava mais, era de não poder ouvir a
Missa e comungar ali, pois a República tinha eliminado os capelães
do interior das prisões. Para substituir isso, Antonio se consagrou
cada vez mais aos exercícios de piedade durante o mês e meio que
durou seu cativeiro, santificando especialmente os domingos.
Ele
suplicou aos seus pais para lhe prover livros religiosos; e tendo
lido vários "atos dos Mártires", ele exclamou: "Sofrerei
os maiores tormentos ao invés de apostatar!".
Contudo,
os dias se passavam e a libertação não chegava. Um dia, ele teve a
agradável surpresa de ver seu irmão Carlos encarcerado como ele.
Ele também tinha gritado: "Viva o Rei?"
Ele
tinha feito mais, ele tinha agido. Certos jovens comunistas se
esforçavam, para incendiar o convento dos Dominicanos. Carlos ajudou
alguns jovens católicos na tarefa de impedi-los. Audaciosamente,
Carlos tirou sua pistola e os incendiários fugiram precipitadamente,
como pardais atabalhoados, e foram denunciá-lo à Polícia.
Os
dois irmãos estavam felizes por se encontrarem presos por uma causa
tão justa; eles "se sentiram mais fortes em sua fé, e mais
decididos a defendê-la por toda parte e apesar de tudo".
Portanto, não é de se surpreender que os comunistas lhes tenham
devotado um ódio mortal.
Quando
o Levante Libertador Nacional explodiu na Espanha, os papeis
mudaram, e Molle recebeu a ordem de investigar os suspeitos, ou seja,
aqueles que tinham relações com o Fronte Popular. Outros vinte
"requetés", dos quais ele era o chefe, deveriam defender o
posto.
Em
2 de agosto de 1936, ele partiu para Sevilha. No dia 6, primeira
sexta-feira do mês, ele comungou, e pressentindo sua morte eminente,
ele disse aos seus pais, se despedindo: "Prestem atenção ao
rádio, um desses dias vocês ouvirão falar de mim".
Peñaflor
é uma pequena cidade de seis mil habitantes, da província de
Sevilha, quase no limite com Córdoba. Os vermelhos tinham
assassinado aí numerosos católicos e destruído várias imagens da
Imaculada Conceição, verdadeiras obras-primas do grande pintor
espanhol Alonso Cano. Em seguida, eles tinham transformado a igreja
paroquial em depósito de viveres.
O
general Queipo del Lhano, "o mago da rádio" durante a
Cruzada espanhola, estendia suas conquistas por toda a província de
Sevilha; ele libertou Lora del Rio e sua vizinha Peñaflor, e marchou
resolutamente sobre Córdoba. Contudo, temia-se um retorno ofensivo
dos vermelhos refugiados nas montanhas vizinhas. Um posto de quinze
"requetés" e quatorze guardas civis foi deixado para
defender Peñaflor.
Três
dias mais tarde, centenas de inimigos bem armados se lançaram sobre
a pequena cidade onde Molle se encontrava. Imediatamente os
habitantes se colocaram em estado de defesa. Os mais aptos em manejar
as armas subiram sobre os terraços e logo as balas silvaram por toda
parte.
Uma
mulher infortunada, em pânico, pediu proteção a Molle, que a
acompanhou até seu domicílio. Agradecida, ela queria protegê-lo,
mas Antonio agradeceu e se lançou novamente na batalha.
Três
guardas civis bateram em uma porta amiga. Molle Lazo e seu
companheiro Arévalo também entraram na casa para aí se defenderem
contra os vermelhos, enquanto que cerca de vinte pessoas clamavam à
Santíssima Virgem.
O
tiro certeiro dos Franquistas deixava buracos nas filas dos
vermelhos, cada vez mais furiosos. Infelizmente as munições dos
cinco defensores diminuíam, quando um dos três guardas
civis foi ferido. Ficar neste lugar era se expor a morrer
inutilmente, e assim eles decidiram se unir aos defensores da
prefeitura, após ter colocado os civis em segurança.
Os
milicianos afluíam de todas as direções. Molle saiu para se unir
aos seus colegas. A precisão de seu tiro intimidava seus
adversários, porém, infelizmente!, as munições se esgotaram
completamente, e os vermelhos se aproveitaram para se apoderar dele e
espancá-lo. Era 10 de agosto de 1936.
Conduzido
ao subúrbio de Peñaflor, perto da estação, o cortejo parou. Uma
multidão numerosa gritava: "Morte à Espanha! Viva a Rússia!"
Antonio
respondeu: "Viva Cristo Rei! Viva a Espanha".
A
raiva daqueles que o cercavam estava no limite.
-
Grite: Viva o comunismo!
-
Viva Cristo Rei! - foi sua resposta.
Imediatamente
lhe cortaram uma orelha.
-
Blasfeme Deus!
-
Não, Viva Cristo Rei!
Cortaram-lhe
a outra orelha.
-
Blasfeme!
-
Nunca!
Cortaram-lhe
o nariz.
-
Viva Cristo Rei!
Não
alcançando seus fins e não podendo suportar seu olhar límpido,
eles lhe furaram os olhos.
De
pé, ensanguentado, ferido, ouviam por vezes um gemido: "Ah, meu
Deus!" seguido de um "Viva Cristo Rei! Viva Cristo Rei!"
De
repente, um miliciano gritou: "Afastem-se todos; vou acabar com
ele".
Todos
obedeceram. Quanto ao infortunado, ele entendeu o que iriam fazer com
ele. Então, estendendo os braços em forma de cruz, ele mesmo
ordenou sua execução gritando: "Viva Cristo Rei!"
O
tiro saiu. Antonio Molle Lazo caiu no meio da estrada, com os braços
abertos e a perna direita sobre a esquerda; eram 4 horas.
Alguns
milicianos quiseram lhe dar o golpe de misericórdia. "Não,
disse um energúmeno, deixo-o sofrer". Eles não o
obedeceram e a vítima foi apunhalada.
Foi
assim que este antigo aluno dos Irmãos das Escolas Cristãs, jovem
da Ação Católica e "Requeté da Terceira de Nossa Senhora da
Mercê", em Jerez, entregou sua alma a Deus. Seu corpo ficou na
estrada, "guardado pelos anjos", como escreveu o padre
Sarabia.
JOAQUIN,
Ancieto, F.S.C.. Nos Martyrs.
3ªed., Madrid, 1956
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Quanta diferença com os jovens de hoje. Fico imaginando combater um jovem deste com balas de borracha. Seria um fiasco. A diferença não está só na coragem, mas principalmente, na causa, nos valores, no altruísmo.
Na atualidade, os jovens que fazem manifestações e enfrentam a polícia, são para poderem liberar a maconha, promover a promiscuidade, liberar o feticídio, entre outras bandeiras satânicas.
Na verdade, que se faça justiça, não é só para promover, mas obrigar e criminalizar aos demais cidadãos que não aceitam tais práticas.
Na atualidade, os jovens que fazem manifestações e enfrentam a polícia, são para poderem liberar a maconha, promover a promiscuidade, liberar o feticídio, entre outras bandeiras satânicas.
Na verdade, que se faça justiça, não é só para promover, mas obrigar e criminalizar aos demais cidadãos que não aceitam tais práticas.
Este jovem espanhol, cristão fervoroso, patriota corajoso, enfrentou o inimigo de toda a humanidade ( o comunismo maçônico talmudista ) sem medir esforços e sem se amedrontar diante das lógicas e fatais consequências.
Capturado, sozinho, espancado, humilhado, mutilado, suportou tudo com alegria sem insultar seus cruéis algozes comunistas. Após tantos injustos e terríveis sofrimentos, e percebendo eles que não o venceriam, decidiram por terminar dando-lhe um tiro. Vendo que ainda vivia, resolveram novamente espancá-lo e o esfaquearam.
Finalmente, ele parou de respirar e seu coração parou também. Morreu na estrada e ficou lá sozinho.
Finalmente, ele parou de respirar e seu coração parou também. Morreu na estrada e ficou lá sozinho.
E com apenas 21 anos, entrou para a História pela porta da frente.
Quanta diferença com os jovens de hoje.
Quanta diferença com os jovens de hoje.
Abraços
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