quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Porto Rico, colônia dos EUA; gringos queriam Cuba

Porto Rico, uma colônia dos EUA; gringos queriam o mesmo para Cuba.

         

Em discussão há 30 anos, Nações Unidas não avança no processo de descolonização (Por Camila Maciel, da Adital)

O Comitê de Descolonização das Nações Unidas (ONU) retomou, nessa segunda-feira (20), o debate sobre a situação de Porto Rico. O Comitê debate anualmente a questão, há pelo menos três décadas, sem que se resolva o pleito dos que querem o fim da centenária relação de dependência dessa ilha com os Estados Unidos (EUA). Diante desse quadro, a Frente Socialista de Porto Rico denuncia a inação do Comitê e o acusa de cumplicidade com os EUA.

A Frente pede que a questão seja discutida no âmbito do Pleno da Assembleia Geral das Nações Unidas. “Seguir postergando essa discussão e intervenção internacional é converter-se em cúmplice de um sistema que continua em seu plano de aniquilar uma nacionalidade com o intuito de manter um enclave econômico-militar no Caribe”, afirma o Comunicado de Imprensa da Frente Socialista.

Este ano, o debate no Comitê está sendo realizado aproximadamente uma semana depois da visita de Barack Obama, presidente dos EUA, a Porto Rico. Durante a visita, o tema veio à tona pelos protestos de movimentos sociais. Eles reivindicaram independência e liberdade para presos políticos que lutam pela descolonização da ilha.

A visita foi a primeira de Obama, após 50 anos da ida de John F. Kennedy. Barack Obama, que estaria fazendo campanha para sua reeleição em 2012, prometeu realizar plebiscito sobre o tema. Os movimentos rechaçam e duvidam de tal postura, já que sequer podem manifestar livremente suas opiniões atualmente, diante da repressão aos independentistas. Oscar López Rivera, por exemplo, é o preso político mais antigo do hemisfério, detido há quase três décadas.

Nesse sentido, o comunicado da Frente Socialista de Porto Rico denunciou também “a criação de um grupo especial do FBI [Departamento Federal de Investigações] para perseguir e deter os lutadores políticos, classificando-os em uma nova categoria de terroristas domésticos, a qual permite às agências repressivas federais dos Estados Unidos violarem nossos direitos e utilizar todos os recursos para perseguir os independentistas”.

O Comitê discute um projeto de resolução, apresentado por Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela. O projeto enfatiza a urgência de que o governo estadunidense assuma sua responsabilidade de propiciar um processo que permita aos porto-riquenhos exercer seu direito inalienável à autodeterminação. Tal ação de solidariedade desses países é recebida com apreço pelos membros da Frente.

“O projeto de resolução afirma que Porto Rico é e seguirá sendo, por sua cultura, história e tradições e, especialmente, pela inquebrantável vontade de seu povo, uma nação latino-americana e caribenha, com uma identidade nacional própria, que os porto-riquenhos souberam manter mesmo com o processo colonizador ao qual estão submetidos”, afirmou o diplomata cubano, Pedro Núñez Mosquera, com representação no Comitê.

Breve histórico

Porto Rico esteve sob colonização espanhola por cerca de 400 anos. Em 1898, o exército estadunidense invadiu a ilha durante a chamada Guerra Hispano-cubano-americana e o território passou a ser colônia norte-americana. Desde então, os porto-riquenhos têm nacionalidade norte-americana. Desde 1952, Porto Rico está sob o status de Estado Livre Associado. Até hoje, parte de sua população a luta pela total desvinculação com os Estados Unidos, mesmo sofrendo intimidações e repressões.

Fonte: http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/porto-rico-uma-colonia-dos-eua-gringos-queriam-o-mesmo-para-cuba.html#more-8752

No próximo dia 25 de julho de 2012, se cumprirão 113 anos da intervenção dos Estados Unidos no Porto Rico.



Nações Unidas, 19 jun (Prensa Latina) O direito inalienável do povo portorriquenho à livre determinação e independência voltará a concentrar amanhã o trabalho do comitê de descolonização da Assembléia Geral de Nações Unidas.

O tratamento desse tema tem lugar um ano após um pronunciamento feito por esse órgão, que reiterou que "o povo portorriquenho constitui uma nação latinoamericana e caribenha que tem sua própria e inconfundível identidade nacional".

Esse texto foi impulsionado por Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela e fundamentou seus argumentos na resolução 1514 da Assembleia Geral, conhecida como Declaração sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais.

O comitê insistiu ao governo dos Estados Unidos que assuma sua responsabilidade de propiciar um processo que permita que o povo de Porto Rico exerça plenamente seu direito inalienável à livre determinação e à independência.

Assim mesmo, destacou o amplo apoio de personalidades, governos e forças políticas da América Latina e Caribe a esse objetivo da ilha caribenha.

Também sublinhou o debate existente em Porto Rico sobre a criação de mecanismos, entre eles uma assembleia constitucional com base nas alternativas descolonizadoras reconhecidas pelo direito internacional, que assegurem a participação de todos os setores.

E destacou que "toda iniciativa para a solução do status político do Porto Rico deve ser tomada originalmente pelo povo do Porto Rico".

Em sua declaração há um ano, o comitê de descolonização da ONU advertiu sobre as ações registradas contra lutadores independentistas e chamou a investigar sobre isso.

Além disso, instou o governo dos Estados Unidos a completar a devolução ao povo de Porto Rico de todas as terras antes ocupadas e das instalações em Vieques e Ceiba.

Nesse sentido, pediu a Washington que atenda os direitos humanos à saúde e ao desenvolvimento econômico, acelere a execução e assuma os custos do processo de limpeza e descontaminação das áreas de impacto utilizadas nas manobras militares.

Mais adiante, reclamou a libertação dos presos políticos portorriquenhos que cumprem penas em prisões dos Estados Unidos por causas relacionadas com a luta pela independência do Porto Rico.

E menciona os casos de Oscar López Rivera, quem cumpre pena de mais de 30 anos, Avelino González Claudio e Norberto González Claudio.

No próximo dia 25 de julho 2012, se cumprirão 113 anos da intervenção dos Estados Unidos no Porto Rico.

Fonte: http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=298520&Itemid=1

Situação política de Porto Rico afeta sua economia.

A situação política de Porto Rico gera uma condição econômica particular. A condição de "Estado livre associado" afeta a economia local. É Washington que decide sobre os acordos bilaterais e de integração deste país. Porto Rico não possui soberania para ser considerado membro livre da comunidade internacional.


Porto Rico: população não pode nem votar para presidente.

A realização de referendos e a interferência da cultura estadunidense em porto Rico fazem parte da discussão sobre a livre-determinação e a independência de Poero Rico na ONU. Sua população não podem nem sequer votar para presidente.


Comitê da ONU debate independência de Porto Rico.

Os debates do comitê de descolonização da ONU se concentraram nesta terça-feira na livre-determinação e na independência de Porto Rico. O organismo exige da Casa Branca a devolução de todas as terras ocupadas no país caribenho e a libertação dos presos políticos independentistas.


Fonte: http://www.luisnassif.com/profiles/blogs/frente-socialista-de-porto

Abraços

Um comentário:

"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
Eduardo Galeano

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