quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Graham Bell, ladrão e mentiroso?

Ensinaram-nos muitas mentiras na escola. Uma das mais famosas foi que o judeu-escocês Alexander Graham Bell foi o inventor do telefone. Foi não! Foi um humilde italiano chamado Antônio Meucci. A jornalista gaúcha Lurdete Ertel no caderno INFORME ECONÔMICO do Jornal Zero Hora, Porto Alegre, de 14 de outubro de 2000 na pág.16, afirma:

''Mais uma parte da história está prestes a ser reescrita. Provas cruciais recentemente escavadas reconhecem que o inventor do telefone foi Antonio Meucci e não o consagrado Alexander Graham Bell. Segundo estudos, Meucci definiu pela primeira vez em 1849, os princípios básicos do que mais tarde se chamaria 'teletrófono'. A pioneira transmissão da voz humana através de impulso elétrico por cabo teria sido feita no Teatro Tacon, atual sede da Ópera de Havana/Cuba, onde o inventor trabalhou como engenheiro-chefe. As provas finais, afirmam os estudiosos, estão compiladas nos autos de uma ação judicial em 1887 pelo governo dos EUA contra a Companhia Bell & Graham Bell, acusados de distorção para obter as patentes do telefone. Na época, a empresa conseguiu suspender o julgamento.''



A História do Telefone

A história do telefone começou com uma grande complicação. Em fevereiro de 1876, o senhor Graham Bell depositou, na Seção de Patentes de Washington, a descrição e os desenhos de um aparelho eletromagnético que permitia a duas pessoas falarem e ouvirem-se a grande distância. Algumas horas depois dele, apresentou-se à mesma seção, o senhor Lisha Gray, que consignou a descrição e os desenhos de um aparelho idêntico ao de Bell. A coincidência era muito estranha para não se pensar que um tinha furtado a ideia do outro. E como ambos afirmavam que a invenção era fruto do seu próprio engenho, o caso foi parar nos tribunais.

    
                Selos comemorativos a Antonio Meucci.

Aquele pequeno aparelho não era coisa banal: a ideia valia vários milhões de dólares. Realmente, se o telégrafo já estava difundido e, como ele, os sistemas para comunicação à distanciam já tinham dado um grande passo a frente, o telefone constituía uma novidade de enorme importância, porque permitiria comunicações imediatas e diretas entre os habitantes e os escritórios de uma mesma cidade. Gray acusou Bell de fraude; no tribunal, Bell jurou que a ideia era sua e acreditaram nele. Foi constituída uma poderosa sociedade para a exploração da patente: a Bell's Telephone. Mas, durante o processo, que se arrastou por 8 anos, alguns italianos intervieram na pendência, sustentando que o telefone nascera muitos anos antes, graças a um pobre imigrante italiano: Antonio Meucci. Assim, tanto Bell como Gray teriam-no conhecido e, talvez, apenas aproveitado a ideia do inventor.

Mas quem era Antonio Meucci? Nascido em Florença, em 13 de abril de 1808, foi, a princípio, empregado na alfândega e depois, maquinista teatral. Meucci era um patriota que, pelas suas ideias liberais, ficou na mira da polícia do Grão-Ducado da Toscana. Teve que fugir para a América, seguido pela esposa, Ester Mochi. Na ilha de Cuba, encontrou serviço, como maquinista-chefe, num grande teatro da capital.

Oito anos depois estava em Nova York, onde viviam muitos italianos. Para viver, Meucci fez um pouco de tudo e, afinal, instalou uma fábrica de velas. Nesse ínterim, tivera a ideia do telefone e dedicava tempo e dinheiro às numerosas tentativas para realiza-la. O dinheiro não era muito e, freqüentemente, para adquirir o material necessário para as experiências, recorria aos pequenos empréstimos do amigo Bandelari, que o auxiliava nas pesquisas.

Em 1857, Meucci conseguiu, finalmente, fabricar um aparelho que funcionava de maneira satisfatória; estudara com enorme empenho durante cinco anos, mantendo-se em dia com todas as novas descobertas no campo das correntes elétricas; provara e tornara a provar o aparelho, superando todos os obstáculos. Houve uma tentativa de constituir uma sociedade para explorar a invenção, mas os capitais, que deviam ser inteiramente italianos, alcançaram uma quantia irrisória. Os patrícios emigrados ou eram gente pobre ou não tinham muita confiança na iniciativa.

   
                       Meucci com seu aparelho telefônico. 

Meucci já depositara na Seção de Patentes de Washington uma descrição do aparelho, acompanhada do desenho, feito por um amigo, o pintor Corradi. Mas, depois, tudo lhe aconteceu de errado. Teve que fechar sua fabriqueta e tentar em vão outras atividades, ficando porém reduzido à miséria. Todavia, continuou a aperfeiçoar o telefone e aborrecia-se porque não podia sozinho, realizar provas a grandes distâncias. Dirigiu-se então ao Diretor da Western Telegraph Company. A princípio, recebeu promessas e encorajamentos mas, depois, tudo cessou. E até, ao solicitar a devolução dos desenhos, responderam-lhe que não mais se achavam ali. Teriam sido perdidos realmente ou alguém deles se apoderara com a intenção de estuda-los e torna-los seus? Nunca se soube ao certo.

Para cúmulo do azar, em 1871, quando trabalhava perto de uma caldeira, ficou ferido. E aí veio a miséria extrema: Ester, sua pobre mulher, vendeu também os aparelhos em que Meucci se exercitava.

Em 1876, como dissemos, surgiram Bell e Gray e seu telefone foi apresentado na Exposição de Filadélfia. Tratava-se de um rudimentar aparelho, onde o órgão receptor podia ser confundido com o órgão transmissor. Contudo, o aparelho triunfou e Graham Bell recebeu até os cumprimentos do Imperador D. Pedro II do Brasil, que muito o encorajou. Mas, alguns anos depois, o inventor foi acusado de falso juramento e fraude. A acusação provocou forte clamor, acenderam-se polêmicas. O presidente dos Estados Unidos mandou abrir inquérito, descobrindo-se que a Western Telegraph, à qual Meucci entregara seus desenhos, participava dos dividendos de Bell e de sua companhia. Afinal, a Corte Suprema declarou que cabia a Meucci a prioridade da invenção do telefone. Mas todos os direitos de exploração ficariam com Bell, porque o pobre Meucci não havia encontrado a quantia suficiente para pagar a taxa de renovação e já fazia dez anos que sua patente caducara.

O infeliz inventor, velho e doente, vivia na casinha onde tantos anos estivera hospedado Giuseppe Garibaldi. Um alemão de bom coração, um tal Bachmann, comprara-a e quisera que Meucci ali pudesse terminar seus dias em paz.

O telefone difundiu-se rapidamente pelo mundo todo. Cientista e técnicos como Hughes e Edison, inventor do microfone e muitos outros aparelhos, aperfeiçoaram-no e nos dias de hoje, o telefone se tornou indispensável companheiro de nossa vida diária.

Fonte: Enciclopédia Juvenil/tradução de Jacob Penteado. São Paulo, Lisa, 1972 pág.19-21.

A Pequena Grande Invenção Feita Por Um Pobre Imigrante.

A história do telefone merece ser narrada. Está inserida num período de extraordinárias invenções que mudaram a nossa vida. É uma descoberta legada à imigração e não a colocar em relevo de modo significativo a sua vulnerabilidade.

Antonio Meucci era uma anárquico florentino que havia se refugiado em Havana após os motins de 1831. Era chefe dos mecânicos no ''Tacon Opera House''. Ali, ele teve a ideia de um aparelho que lhe permitisse comunicar rapidamente com os funcionários que estavam sob suas ordens, dizendo quando fariam a montagem e desmontagem das cenas: na prática uma parelho para transmitir à distância a própria voz.



O teatro foi destruído por um incêndio e Meucci transferiu-se então para os Estados Unidos. Vivia pobremente fabricando velas (na sua pequena fábrica trabalhou durantes três anos com Garibaldi) e enquanto isso, aperfeiçoava seu projeto. Em 1857, finalmente conseguiu falar desde sua fábrica com a sua residência, graças a uma linha telefônica verdadeira e própria. Nascia o telefone.

Meucci não tinha meios para patentear sua esplêndida invenção. Só conseguiu em 1871, mas não teve condições de renovar o pagamento da taxa. Depois de cinco anos, a patente caducou.

Em 1876, um certo Graham Bell, entendido em problemas de comunicação vocal, apresentou no Escritório de Patentes, um projeto de aparelho telefônico. Duas horas depois, no mesmo Escritório, apresentou-se o professor Elisha Gray, um físico, com outro projeto telefônico. Foi uma encenação, não só porque os dois projetos eram possivelmente iguais, mas sobretudo porque eram estranhamente semelhantes aos do projeto de Meucci, agora não mais válido.

          
Foi atribuído ao Alexander Graham Bell a invenção do telefone por muitos anos, porém o Congresso dos Estados Unidos reconheceu através da resolução 269, de 15 de junho de 2002 que o aparelho foi inventado por volta de 1860 pelo italiano Antonio Meucci, que o chamou “telégrafo falante”.

Gray contestou Bell, processando-o Bell desfrutou com grande habilidade a invenção e fundou uma sociedade, a ''Bell Telephon Company'' que, em pouco tempo, se tornou uma das maiores sociedades dos Estados Unidos.

O clamor suscitado pelo processo, mobilizou um grupo de imigrantes italianos que queriam que fosse reconhecido em Meucci, o mérito da invenção. Mas também esses era pobres e não tinha condições de enfrentar as despesas de um processo.

Foram dois americanos que tomara a iniciativa: acusaram Bell, não tanto por haver ''roubado'' a invenção do italiano, mas por ''ter conscientemente jurado falso'' ao escritório de Patentes, afirmando que a invenção era sua. Era um acontecimento clamoroso, porque o sistema americano aceita com notável tolerância o roubo, mas considera gravíssimo a falsidade nos atos públicos.

O eco da denúncia foi então enorme. Interveio também o Governo, mas a sociedade de Bell já era então muito potente, obrigando o Presidente dos Estados Unidos a suspender o inquérito.

Mas enfim, o acontecimento tornou-se político; estava em jogo o respeito das regras democráticas, isto é, a igualdade dos cidadãos perante a Lei, forte ou fraco que fosse.

     
Hoje, você pega o telefone e digita o número com quem quer falar, simples assim. No passado, porém, todas as ligações deveriam passar por uma central. As pessoas pegavam o telefone e falavam com a operadora, solicitando-lhe a ligação para determinada pessoa (Imagem do livro “De Electriciteit”, de P. van Capelle / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0)

O inquérito foi retomado. Descobriu-se que Meucci, em 1871, com os desenhos no bolso, apresentou-se a uma sociedade, a Western Telegraph Company, que tinha dito estar interessada no invento, mas depois não deu mais satisfação. Os desenhos não foram mais restituídos, alegando que tinha sido perdidos ... Meucci, ingênuo, resignou-se. Não se resignou, ao contrário, a Suprema Corte dos Estados Unidos, que representava o processo. Descobriu-se que a firma Bell, pagava grande soma à Western Telegraph Company, pelo aproveitamento dos desenhos de Meucci, os mesmo que tinham sido perdidos ... Brevemente, a Suprema Corte reconhece, em 1886, o direito da invenção, ao italiano. A invenção era sua: o ''Telefone Bell'' deveria ser chamado de "Telefone Meucci". A Bell, além disso, foi condenada a pagar ao italiano um modesto valor.

Foi uma vitória de princípios, sem conseqüência prática, pois a patente de Meucci não era mais válida e Bell ficou livre para desfrutar comercialmente a invenção. Bell ficou muito rico; Meucci resultou escandalosamente pobre. Não tinha nem mesmo dinheiro para pagar o aluguel.



Foi seu senhorio que teve piedade. Aquele velho octogenário, com uma comprida barba branca e aspecto patriarcal, que não suportava sua desventura sem reagir porque não tinha meios para faze-lo, era verdadeiramente a imagem da injustiça.

O senhorio renunciou a pedir o dinheiro do aluguel. No fim, doou a casa a um comitê de imigrantes italianos, na condição de que o velho inventor vivesse tranqüilamente seus últimos dias. O prédio foi depois transformado em Museu, para recordar o gênio desafortunado.

Essa aventura de um emigrado que poderia ter sido milionário em dólares, morreu ao invés disso, na miséria, provavelmente vítima do primeiro e mais clamoroso caso de espionagem industrial da história.

Fonte: VILLA, Deliso. Storia dimenticata. Porto Alegre, Sagra-Luzzatto, l993 pág.190-1.

Fonte: http://www.fotonadia.art.br/ameucci/

A farsa do telefone - A invenção do telefone ganha nova versão nos Estados Unidos

Por Cristiano Dias da Agência Jornal do Brasil.

Há duas semanas (15 de junho de 2002), o Congresso americano corrigiu um erro histórico. A pedido de Vito Fossela, um deputado de origem italiana, os parlamentares reconheceram o florentino Antonio Meucci como o verdadeiro inventor do telefone. Nessa nova versão da história, o escocês Alexander Graham Bell vira um oportunista que se aproveitou do trabalho de Meucci, um imigrante miserável que não tinha um tostão para pagar o registro de patente de seu invento. O governo do Canadá — onde Bell passou boa parte da vida — contra-atacou, jurando fidelidade ao famoso cientista escocês e trazendo à tona mais um bate-boca sobre quem inventou o quê. Quase um século depois de o avião ter sido inventado, brasileiros e americanos ainda discutem se a paternidade cabe a Santos Dumont ou aos irmãos Wright. O padre brasileiro Roberto Landell de Moura teria feito a primeira transmissão radiofônica dois anos antes do italiano Guglielmo Marconi e há quem diga até que Samuel Morse não inventou o telégrafo. Ainda assim, a quizila entre Meucci e Graham Bell é um capítulo a parte.

          

Antonio Meucci era desses garotinhos que explodiam o próprio quarto misturando líquidos esfumaçados em potes de vidro colorido. Passou a juventude estudando engenharia mecânica e trabalhou como eletricista em vários teatros de Florença. A vida ficou dura após 1830, quando as revoluções nacionalistas sacudiram a Europa. A violência tinha chegado à Itália e Meucci decidiu mudar-se com a mulher para a América. Na época, assim como vários outros imigrantes proibidos de entrar nos Estados Unidos, ele acabou desembarcando em Cuba, onde conseguiu emprego de eletricista na Ópera de Havana. Para engrossar a receita no fim do mês, montou um consultório nos fundos do teatro e virou médico, cuidando de enfermidades com choques quase imperceptíveis. Um dia, tratando a dor de cabeça de um cliente, levou um susto. Ele havia colocado um eletrodo ligado a um fio de cobre na boca do doente e caminhado até outra sala para acionar o aparelho que liberaria a descarga elétrica. Foi quando escutou o gemido do paciente e percebeu que a voz poderia caminhar por impulsos elétricos. O ano era 1849. Alexander Graham Bell tinha dois anos.

Percebendo o potencial da descoberta, Meucci fez de tudo para se mudar para os Estados Unidos, único lugar onde poderia desenvolver e comercializar o invento. E conseguiu. No ano seguinte, comprou uma casa numa cidadezinha próxima a Nova York e abriu uma fábrica de velas, de onde tirava dinheiro para aperfeiçoar o que chamou de “teletrófono”. A novidade caiu nas graças da colônia italiana. Até o revolucionário Giuseppe Garibaldi, que morou algum tempo com o amigo Meucci enquanto esteve exilado, testemunhou a maravilha. A primeira apresentação pública, em 1860, foi um sucesso. Vários jornais de língua italiana em Nova York se surpreenderam com “a voz que viajou por vários quilômetros”. Infelizmente para Meucci, os investidores não se animaram. Em parte porque muitos não viam a menor utilidade num “telégrafo que fala”, em parte porque aqueles que se interessavam não tinham dinheiro para produzi-lo em larga escala. Enquanto a saúde do italiano piorava — ele foi gravemente ferido na explosão de um navio a vapor em 1870 —, o dinheiro era cada vez mais curto. No ano seguinte, sua mulher teve de vender vários “teletrófonos” para uma loja de quinquilharias pela mixaria de US$ 6. Meucci sabia que era preciso patentear a invenção, mas o registro custava a bagatela de US$ 250. O máximo que conseguiu pagar foram US$ 10 para assegurar a intenção de patente, que preservava a descrição do invento e deveria ser renovada anualmente. Em 1873, já não tinha nem mesmo os US$ 10 para manter esse privilégio, e a patente caducou. Recorreu, então, à Western Union Telegraph, gigante das comunicações da época. Os executivos da companhia lhe prometeram estudar o produto e, em troca, Meucci entregou-lhes suas anotações e protótipos, que desapareceram nos laboratórios da empresa. Dois anos depois, o espertalhão Alexander Graham Bell, patenteou o telefone. Quando soube, Meucci quis entrar na Justiça, mas descobriu que todos os documentos sobre seu “teletrófono”, que haviam sido registrados na Agência Nacional de Patentes, em Washington, também haviam sumido. Investigações posteriores revelaram estranhas ligações entre funcionários do órgão que regula as patentes com executivos da Bell’s Company, fundada por Bell em 1877. Mais tarde, descobriu-se também que Graham Bell havia concordado em transferir, durante um período de 17 anos, 20% de todo lucro com a comercialização do telefone para a Western Union. Mesmo assim, Meucci insistiu e conseguiu fazer com que a Suprema Corte analisasse o caso. Em 1889, quando o imbróglio jurídico estava próximo do fim, ele morreu, deixando o estrelato para Graham Bell. O escocês levou seu telefone para a Exposição Internacional da Filadélfia, em 1876, quando o invento virou a cabeça de Dom Pedro II e fez com que o imperador trouxesse a novidade para cá.

Desde então, Graham Bell defendeu com sucesso sua patente em mais de 600 processos e morreu milionário em 1922. Oitenta anos depois, vira protagonista do primeiro caso de espionagem industrial da história.

Fonte: http://www2.uol.com.br/debate/1109/cadd/cadernod05.htm

A Epopéia do Telefone. 

Por Luiz Henrique da Silveira, senador e ex-governador do Estado de Santa Catarina.

Quem já ouviu falar de Antônio Meucci? Ou de Alexander Graham Bell? Do segundo, você certamente dirá: - foi o inventor do telefone. Do primeiro, não dirá nada. No entanto, por mais surpreendente que pareça, o primeiro inventou o telefone. O segundo apenas usurpou e comercializou o invento.

O ítalo-americano Meucci viveu e morreu pobre. O descendente de escoceses Graham Bell viveu e morreu rico. Mais do que isso, consagrado. Tanto que, no dia de sua morte, todos os telefones dos Estados Unidos emudeceram, em sua homenagem.

A verdadeira história do telefone começa no teatro, no Tacon Opera House, onde Meucci, um imigrante nascido em Florença, trabalhava como mecânico de palco. Para se comunicar melhor com seus subordinados, na montagem e desmontagem de cenários, inventou aquilo que se pode chamar de o primeiro telefone.

Isso foi em 1860, quando publicou uma dissertação sobre o invento em um jornal de língua italiana. Em 1871, fez a petição provisória de patente. Mas, como não tinha dinheiro, seu direito autoral caducou em 1874.

Dois anos mais tarde, o médico Graham Bell, que trabalhava no mesmo laboratório onde Meucci desenvolveu seu invento, obteve a patente. Essa patente foi objeto de pedido de anulação, mas caiu no esquecimento após a morte de Meucci, em 1890.

Só agora os Estados Unidos reconheceram a injustiça histórica, reconhecendo Antonio Meucci como o verdadeiro inventor do telefone. Transcorreram 80 anos para que surgisse uma nova e grande evolução na telefonia.

Foi em 1940 que a austríaca Hedwig Kiesler, que ficou famosa nos tempos do cinema mudo como a atriz Hedy Lamaar, criou um sistema pelo qual duas pessoas podiam se comunicar, mudando o canal, para que o diálogo não fosse interrompido.

Era a base do chamado “telefone sem fio”. A partir desse novo “ovo de Colombo”, os Laboratórios Bell, da AT&T, desenvolveram o conceito do celular, que ficou conhecido pela sigla AMPS (Advanced Móbile Phone Service). Isso foi em 1947.

Mas foi só em 1973 que o engenheiro Martin Cooper, que trabalhava para a Motorola, fez a primeira ligação de um celular. Daquele grande aparelho, que mais parecia um tijolo, ele ligou, de uma esquina de Nova Iorque, na presença de um número razoável de populares, para seu colega Joel Angel, da AT&T, que rangeu os dentes de raiva.

No entanto, a primeira versão comercial - o chamado Motorola DynaTAC, que pesava 870 gramas e tinha bateria com capacidade para apenas 8 horas - só apareceu nas prateleiras das lojas de produtos eletrônicos em 1983, ao preço de quatro mil dólares. O impressionante é que, em apenas 20 anos, já haja um bilhão de portadores de celulares, ou tele-móveis, como dizem os portugueses.

A epopéia do telefone demonstra duas verdades. Primeira, cada vez se encurta mais a distância entre um invento e outro. Segunda, o preço do engenho tecnológico cai vertiginosamente com o passar dos meses e dos anos. Ninguém duvide se, dentro de 5 ou 10 anos, TV, telefone e computador estiverem congregados em um só aparelho.

É a herança benéfica de um grande e desconhecido inventor, Antonio Meucci!

Fonte: http://www.luizhenriquesenador.com.br/arquivos/artigos/f64a8b1ff2e140609b857440c368c611.pdf

Injustiça reparada: Graham Bell não foi o inventor do telefone.

Por Omar Kaminski (*)

A Itália saúda a reparação de uma injustiça histórica, pois a Câmara dos Representantes (House of Representatives) norte-americana reconheceu, recentemente, que um imigrante florentino de poucas posses, de carreira "extraordinária e trágica", fora o inventor do telefone e não Alexander Graham Bell.

O "teletrofono" do pouco conhecido gênio da mecânica, Antonio Meucci, eleva-o ao status de inventor do telefone e pai da comunicação moderna. Bell, um "escocês pérfido" que teria tido acesso a seus estudos, obteve a patente 16 anos após.

Nascido em 1808, Meucci estudou design e engenharia mecânica na Academia de Belas Artes em Florença. Entre 1830 e 1840, foi morar em Cuba, e enquanto trabalhava em técnicas para combater enfermidades com a aplicação de choques elétricos, descobriu que os sons podiam trafegar nos fios de cobre. Percebendo o potencial, mudou-se para os EUA em 1850 para desenvolver a tecnologia.

Quando a esposa de Meucci, Ester, ficou paralítica, ele criou um sistema para conectar o quarto ao seu escritório nas cercanias; e em 1860, realizou uma demonstração pública em Nova Iorque, registrada por um jornal da comunidade italiana.

Obrigado a fazer um novo protótipo após Ester ter vendido suas máquinas por $6 a uma loja de objetos usados, seus modelos foram ficando cada vez mais sofisticados. Enquanto cedia abrigo a exilados políticos, Meucci se esforçava para obter auxílio financeiro, fracassava em dominar o inglês e foi alvo de severas queimaduras, provenientes de acidente a bordo de um navio a vapor.

Não pôde pagar os $250 necessários para uma patente definitiva de seu "telégrafo falante", e três anos mais tarde não conseguiu sequer pagar os $10 da renovação anual. Enviou um modelo e detalhes técnicos à empresa de telégrafos Western Union, mas os executivos não demonstraram interesse. Exigiu a devolução dos seus projetos, em 1874, alegaram que haviam sido perdidos.

Dois anos mais tarde, Graham Bell, que havia dividido um laboratório com Meucci, registrou a patente do telefone e fez um negócio lucrativo com a Western Union.

Meucci processou Bell, e estava próximo da vitória - a Suprema Corte acolheu o caso e iniciaram-se as acusações por fraude - mas faleceu em 1889. E o processo, junto com ele.

Fonte: Rory Carroll, de Roma para o Guardian Unlimited.

(*) Omar Kaminski é advogado, diretor de Internet do Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática (IBDI), membro suplente do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e responsável pelo site Internet Legal (http://www.internetlegal.com.br).

Fonte: http://www.conjur.com.br/2002-jun-20/antonio_meucci_verdadeiro_inventor_telefone

Bell não inventou o telefone

Pouca gente sabe mas, Alexander Graham Bell (1847-1922) não foi o inventor do telefone e sim o pobre imigrante italiano Antonio Meucci (1808-1889), nascido em Florença. Este fato foi oficialmente reconhecido pelo Congresso Nacional dos EUA em 15 de junho de 2002, encerrando um longo período de 113 anos de controvérsias.

Entre 1850 e 1862, Meucci construiu cerca de 30 tipos diferentes de telefones, mas não tinha dinheiro para registrar patentes dos inventos. Na época, cada patente custava algo em torno de US$ 250. Era tão pobre que em 1870, quando ficou doente, vendeu um dos primeiros protótipos dos seus "teletrofones" por míseros US$ 6.

Em 1874, Meucci mostrou alguns dos novos modelos que concebera ao vice-presidente da Western Union Telegraphs e dois anos depois foi surpreendido ao ler nos jornais sobre a grande "criação" de Bell.

Em 1887 a justiça chegou a anular a patente de Bell mas como o único documento que citava a invenção do italiano era um modesto registro em cartório datado 1871, os juízes consideraram que a anulação não poderia ser sustentada.

Meucci, que teve tudo para ser uma das maiores fortunas dos EUA, morreu pobre na cidade de Nova Iorque.

Fonte: http://enigmasonline.xpg.uol.com.br/htm2/passado170803b.htm

Para saber mais:

          
Antonio Santi Giuseppe Meucci (Florença, 13 de abril de 1808 — Nova Iorque, 18 de outubro de 1889) foi um inventor italiano, conhecido como o criador do teletrofone. Estudou na Academia de Belas Artes da capital da Toscana, trabalhando posteriormente como empregado da alfândega e depois como técnico de cenários do histórico Teatro della Pergola de Florença, onde conheceria sua futura esposa, Ester Mochi.
       
Casa de campo em estilo neogótico em Staten Island, New York que virou Museu Garibaldi-Meucci. Nesta casa, o imigrante italiano Antonio Meucci, aperfeiçoou um sistema de telefonia e que trouxe injusta fama e fortuna para Alexander Graham Bell. Antiga casa de Meucci é agora um museu e situa-se na 420 Tompkins Avenue, meio caminho entre a balsa de Staten Island e da Ponte Verrazano Narrows. Em 1923, foi erguido o monumento à direita em homenagem ao italiano inventor do telefone que viveu nesta casa de 1850 até sua morte em 1889.
http://www.interestingamerica.com/2010-12-02_Garibaldi_Meucci_Museum_Grigonis.html

         
            Detalhe do busto em homenagem a Antonio Meucci.

Ouvindo através de fios: A Filosofia de Antonio Meucci
http://journal.borderlandsciences.org/1995/hearing-through-wires/

Antonio Meucci   Firenze 1808 - Long Island (Estados Unidos) 1889.
Desde tenra idade ele ficou interessado em fenômenos elétricos e magnéticos. Em 1845 ele se mudou para Clifter, onde abriu uma fábrica de velas. Lá, ele cumprimentou o amigo Garibaldi, que entre 1850 e 1853 tornou-se seu colaborador. Ele fez o primeiro telefone, mas não conseguiu renovar a patente para problemas financeiros. Em 1886, a Suprema Corte reconheceu, no entanto, a autoria da invenção.
http://www.imss.fi.it/milleanni/cronologia/biografie/meucci.html

Museo Storico Virtuale dll'Aei - Sala Antonio Meucci
http://www.aei.it/museo/mam_inde.htm

The Garibaldi Meucci Museum On Staten Island, New York
http://wvwv.essortment.com/guiseppegariba_obg.htm

Mas tem quem não descansa e insiste em desconhecer e tentar desacreditar os fatos reais de tudo e todos acima mencionados. Vejamos o que podemos ler neste sítio: 

"Quatro inventores, em três países diferentes, disputam o cobiçado título de "pai do telefone". Apesar de Alexander Graham Bell ser tradicionalmente creditado como o "vencedor" da corrida pela invenção do telefone, marco do final do século XIX, Johann Philipp Reis, Antonio Meucci e Elisha Gray também criaram aparelhos com semelhante finalidade.

"A descoberta de documentos, em outubro de 2003, no Museu das Ciências de Londres (Grã-Bretanha), reforçou a tese de que teria sido J. Philipp Reis, judeu alemão de descendência portuguesa, quem, 15 anos antes de Alexander Bell, criara um aparelho que transmitia e recebia sons. Os documentos encontrados pelo curador de comunicações da instituição, John Liffen, comprovam a realização, já em 1863 (Sendo que já em 1849, Meucci formulara os princípios básicos do que mais tarde se chamaria 'teletrófono' , e entre 1850 e 1862, já tinha construído cerca de 30 tipos diferentes de telefones), de testes bem-sucedidos com a engenhoca. O aparelho transmitia conversas com sinais fracos, recebendo sons de boa qualidade - mas o padrão dos sons era de baixa eficiência. Reis deu ao aparelho o nome de "telefone" - das Telephon, em alemão, termo que passaria a fazer parte do vocabulário de todo o planeta nos séculos seguintes. Essa palavra já havia sido utilizada antes em outros sentidos, como por exemplo, para descrever tubos de comunicação. O equipamento criado por Reis, no entanto, foi o primeiro "telefone" elétrico capaz de transmitir sons.

"A vida do inventor.

"Johann Philipp Reis nasceu em janeiro de 1834, na pequena cidade alemã de Gelnhausen. Seu pai, Segismundo Reis, padeiro sem maiores recursos, era filho de judeus portugueses oriundos da Beira Baixa, estabelecidos, desde fins do século 18, em Hamburgo, onde florescia uma comunidade oriunda de Portugal."


Abraços

7 comentários:

  1. Respostas
    1. Pegando carona no seu post podia também desmascarar Einstein também que diz ser o criador da Teoria da Relatividade.

      Rafael

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    2. http://desatracado.blogspot.com.br/2013/09/einstein-e-seu-demoniologico-relativismo.html

      http://desatracado.blogspot.com.br/2014/02/einstein-o-genio-do-apocalipse.html

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  2. Cobalto, bom dia...

    outro assunto...

    https://archive.org/search.php?query=gustavo%20barroso

    Judaísmo, Maçonaria e Comunismo

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  3. Inclua-se o rádio, criado por Tesla e devidamente apropriado por Marconi.

    A injustiça só foi reparada dois meses após o assassinato de Tesla, mas até hoje, as "escolas" ensinam que foi Marconi.

    Coisas odiosas do nosso nefasto status quo.

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    Respostas
    1. " ... e que todo o mundo está no maligno. "

      1ª João 5:19b

      Abraço

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"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
Eduardo Galeano

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