sábado, 7 de junho de 2014

Israel mata crianças

Eduardo Galeano: "Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?"

           
Uma das crianças mortas por Israel em seu ataque em Qana. Eles mataram mais de 100 civis em 1996 em um ataque similar, que também dizia ser um "acidente" e que, em seguida, tentou transferir a culpa para "militantes", apesar de uma riqueza de evidências contador que sugere a de 1996 não foi um "erro" como alegado
Fonte: http://occident.blogspot.com.br/2009/03/dialogue-with-lebanons-ayatollah.html

Qual a diferença entre sionismo e terrorismo? A propaganda. Por isso não é considerado crime hediondo.
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O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças.

Por Eduardo Galeano

Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.

         eduardo galeano gaza israel
Eduardo Galeano: “Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou”

Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.

São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.

Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.

Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita.

Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.

Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente ao País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?

O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.

E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.

A chamada “comunidade internacional”, existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?

         

         
              Camiseta vendida em Israel.

Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.

Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinas, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.

Fonte : http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/11/eduardo-galeano-israel-gaza-direito-de-negar-todos-os-direitos.html

Por que toda esta impunidade com os atos criminosos dos judeus? Simples. A religião do Holocausto. 

Por isso temem tanto que se questione de forma forense, científica, imparcial e inteligente o suposto fato. Pois que se escoram nele para continuarem impunes com seus crimes, roubos e mentiras cometidos na passado, presente e futuro. 

O mapa abaixo não deixa dúvidas de que isso é verdade e desmente o slogan, já um mantra papagaiado irracionalmente, que "Israel tem o direito de se defender". O mapa mostra quem ataca e quem tenta se defender:


Verde = Palestina e branco = Israel. 

Como o lado de maior poderio bélico convencional e nuclear é inquestionavelmente de Israel, é esta nação a opressora, a que produz terrorismo sobre os palestinos e não o inverso. Mas os crimes e a desproporcionalidade não ficam apenas no âmbito militar. No aspecto humano, os palestinos mal tem água, remédio ou comida que os judeus impedem que cheguem em quantidade e em tempo, cometendo mais crimes contra a humanidade, crimes hediondos, terrorismo psicológico, fome, miséria e desgraça para crianças, bebês, mulheres e anciões, todos indefesos. 

O número de palestinos mortos por Israel está numa proporção de 100 por 1. A Faixa de Gaza é a região com a maior densidade populacional do mundo. Qualquer disparo que os judeus façam, terá necessariamente o tal "efeito colateral". Isso faz de Israel a grande criminosa e opressora neste conflito. Isso é matemática, ou vão dizer que a matemática é terrorista, antissemita ou nazista? Acho que eles adorariam poder alegar isso. 

Os judeus para desviarem o foco, dizem que Gaza é governada por fanáticos. Mas se você tivesse sua vida e sonhos arruinados, sua família morta, seus filhos pequenos assassinados, sua casa invadida, os seus bens saqueados ou queimados e os sobreviventes amigos e parentes todos expulsos e achincalhados, você viraria um "fanático" ou sairia na boa, deixava tudo por isso mesmo? Qual dos dois é o doido?

Israel, terra dos pés de barro. 


Chamar o exército de Israel "Defesa" é ridículo. É uma das forças armadas mais agressivas e covardes do mundo e ainda vem dar palestra aos militares brasileiros, uma vergonha. IDF não, IAF sim. 

Invadem casas sem mandato judicial no meio da noite, tiram fotos de crianças, pressionam, ameaçam de morte, chantageiam, reviram a residência de palestinos humildes e indefesos, sequestram e ainda aparecem pessoas defendendo isso dizendo que "Israel só se defende" e que a mídia é anti-Israel. Acaso estas cenas, entre tantas outras que são censuradas, passam nesta "grande mídia"?


Para saber mais : https://occupiedpalestine.wordpress.com/2010/10/26/children-of-palestine/

Abraços

2 comentários:

"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
Eduardo Galeano

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