Transcrição do
Capítulo II - O Empório do Açúcar, do livro
"História Secreta do Brasil" de Gustavo Barroso, um dos mais brilhantes intelectuais brasileiros.
Segue:
Passaram-se muitos anos antes que a coroa portuguesa desse fé do Brasil. Monarca e povo
"tinham os olhos ofuscados pelos resplendores das predarias (ou pedrarias) do Oriente (01)".
Esse pensamento repete-se de tal modo nos historiadores filo-judaicos que somos forçados a admitir o propósito por parte dos judeus em conservar as atenções voltadas para outro lado, afim de poderem, à vontade, não só tirar, sem grande trabalho, à custa de bugigangas dadas ao índio, milhares e milhares de quintais de pau-brasil, produtor de tintura, ou de canafístula produtora de mirra
(02), como de preparar uma espécie de refugio para a sua raça deste lado do Atlântico.
"Aconteceu que os judeus foram obrigados a emigrar, açoitados por uma perseguição feroz (1506). Seu instinto mercantil adivinhara (03) as riquezas naturais do Novo Mundo. Teriam aqui tranqüilidade e segurança, o Santo Ofício não os inquietaria (04)". Tanto assim que a ordem dos Dominicanos, à qual estava quase sempre afeto este tribunal, nunca logrou estabelecer-se no Brasil.Em todo o nosso vastíssimo país, não existe um único convento de S. Domingos. O número e a influência dos cristãos novos impediram o funcionamento da Inquisição entre nós. Houve somente visitações e quem lê seus processos fica assombrado da persistência do judaísmo nos marranos convertidos e que viviam dentro da religião católica com o simples fito de auferir vantagens. Aliás, esse sistema vem do fundo dos séculos: em Roma, já havia os cripto-judeus ou judeus ocultos
(05).
Citemos dois exemplos elucidativos dessa persistência: o cristão-novo Jorge Fernandes, que veio para cá no tempo do segundo Governador-Geral, D. Duarte da Costa, e faleceu em 1567, antes de morrer pediu que lavassem e sepultassem o cadáver segundo os ritos da sinagoga; o cristão-novo Afonso Mendes, vindo com Mem de Sá, costumava, às escondidas, açoitar o crucifixo ... Até freiras claustradas judaizavam ...
(06).
No Reino, as Ordenações puniam com rigor os cristãos -novos judaizantes. Num país bárbaro em vias de colonização, as leis eram, naturalmente, interpretadas com maior benevolência e liberalidade, permitindo o próprio meio, melhor defesa para os acusados, até mesmo a facilidade da fuga e da ocultação. Fechavam-se os olhos sobre muita coisa
(07).
"Não admira, pois, que as famílias hebréias tivessem emigrado para a América Portuguesa, onde, livres dos tribunais do Santo Ofício, viviam na mais absoluta tranqüilidade, guardando a lei de Moisés (08)". Vieram, assim, para o Brasil, nos primeiros tempos, os Guilhens, os Castros Boticários, os Mendes, os Rabelos, os Antunes, os Valadares, os Bravos, os Nunes, os Sanches, os Diques, os Cardosos, os Coutinhos, os Montearroios, os Cirnes, os Ximenes, os Peres, os Calaças, os Teixeiras, os Rodrigues, os Barros, os Siqueiras. Anos e anos deslizaram sobre muitos deles sem lhes abrandar a impenitência talmudista. Continuaram, como rezam os documentos coevos, convictos, fictos, falsos, simulados, variantes, revoltantes, impenitentes, profluentes, diminutos, confluentes, negativos e pertinazes", merecendo as penas inquisitoriais
(09). Rodolfo Garcia
(10), acha que
"O Caramuru", João Ramalho, Francisco de Chaves, o próprio misterioso Bacharel de Cananéia aquele castelhano que vivia no Rio Grande do Norte, entre os Potiguaras, com os beiços furados como os deles, e tantos outros desconhecidos - seriam, quem sabe, desse número de judeus, colonizadores espontâneos das terras de Santa Cruz".
Com efeito,
"os navios que, enviados pela coroa portuguesa, aportavam às nossas plagas duas vezes por ano traziam somente judeus e degredados, com os quais se formou o primeiro núcleo de população (11)". Isto confirma a suposição de Rodolfo Garcia, da qual só discordamos quanto a Caramuru. A religiosidade de Paraguassu, sua mulher, como que demonstra o espírito profundamente católico do marido, o que não se dá com os cristãos-novos. Vede como João Ramalho, por exemplo, se obstina em não praticar o culto católico e entra em luta contra os padres da Companhia de Jesus.
O monopólio da madeira de tinturaria, habilmente conseguido por Fernando de Noronha e seu grupo, vivia de alimentar a desatenção do rei D. Manuel quanto ao Brasil, levando-o a só dar tento aos negócios da Índia. Enquanto isso, por via da proibição do comércio do pau-de-tinta com o Oriente, o consórcio judaico ia se enchendo de ouro. Cada quintal de madeira posto em Lisboa, ficava com todas as despesas, por meio ducado. Era vendido em Flandres por dois e meio a três ducados
(12). Lucro formidável! Esse lucro atraiu, naturalmente,
"a cobiça dos corsários europeus", sobretudo diepeses e maloínos. Seus barcos percorreram a costa, arribaram as abras e enseadas, comercializando com o gentio e carregando o Brasil. Não era mais unicamente o judeu luso que exercia a função comercial de brasileiro. Outros a disputavam: franceses, alemães, espanhóis, ingleses, e, entre eles, muitos judeus dessas procedências.
Aí, os sócios de Fernando de Noronha e ele mesmo, de certo, compreenderam que era necessário reagir contra os piratas audazes, que vinham de Honfleur, Dieppe, Saint-Malô, San Lucar, Corunha e outros portos para a Terra dos Papagaios, considerada
res nullius (expressão latina, composta de res + nullius, significando literalmente "coisa sem dono" ou "coisa de ninguém", isto é, que a ninguém pertence). Para comerciar e lucrar, os judeus do grupo Noronha estavam sempre prontos; mas, para trocar tiros mortíferos de bombarda e arcabuz de navio, no balanço das ondas, ou saltar de terçado em punho nas abordagens furiosas a bordo do barco inimigo, eles absolutamente não tinham sido feitos. Povo eleito para tudo, menos para a luta armada, o judeu segue o preceito do Talmud
(livro anticristão sagrado ao Judaísmo), que diz:
"Na guerra sê o último a partir e o primeiro a voltar" ... Todavia, como expelir aos piratas que prejudicavam o futuroso negócio da tinturaria? Era preciso apelar para o rei Afortunado, que perseguia o judaísmo, mas se deixava influenciar pelos conselheiros hebreus, entre os quais o sabido Gaspar da Gama. Ele, sem dar por isso, ia servir para defender os inocentes cristãos-novos que ganhavam o mínimo de dois ducados em cada quintal de pau-brasil. Era chegada a hora de entrar em cena o cristão-velho a fim de derramar seu sangue, batendo-se contra os corsários que estavam prejudicando, grandemente, os lucros opimos do
kahal ...
(Kahal, kahals no plural, é uma junta governamental local de comunidades judaicas espalhadas pelo mundo para administrar assuntos religiosos, legais e sociais emanados de uma matriz mundial baseados no Talmud e na Cabala - "receber/tradição", método esotérico, disciplinar e escolar de pensamento.)
Eis porque, logo, o soberano voltou sua atenção para o Brasil. Os hebreus a desviaram, quando assira, era preciso; agora, a solicitavam.
"Foi graças aos israelitas - escreve seu panegirista (13) - que Portugal começou já nos últimos tempos de D. Manuel, a perceber a importância da Terra de Santa Cruz". O rei observou também
"os esplêndidos resultados colhidos pelos hebreus em prejuízo do erário" (14); e decidiu a colonização do novo país. Desde mais ou menos 1516, começou a tomar medidas nesse sentido, bem como assecuratórias do comércio do pau-brasil. Naquele ano, Cristovam Jaques vem com dois navios policiar a costa e fundar uma feitoria em Pernambuco, a qual floresce. Nela se faz a primeira experiência do plantio da cana-de-açúcar, riqueza que, em breve, vai suceder à da extração da madeira de tinturaria. O ciclo da indústria extrativa vai desaparecer e será substituído pelo da indústria açucareira, cujo empório enriquecia aos judeus e marcava o segundo período da história colonial. Em 1530, Martim Afonso de Souza dá caça aos corsários franceses, reaviva o vestígio do domínio de Portugal, distribui povoadores, bate a costa até o Prata e traça o primeiro contorno político da colônia
(15). Em Cananéia, encontra servindo de língua ou intérprete, o judeu Francisco de Chaves; em São Vicente, no meio dos goianases, o judeu João Ramalho. Aí se lançam os fundamentos de uma verdadeira colônia, a primeira que se construiu à boa maneira portuguesa
(16)".
A coroa dava licença a quem quisesse tentar fortuna no Brasil, com a condição de pagar-lhe o quinto dos produtos; a Casa da Índia fornecia instrumentos de lavoura a quem desejasse ir povoar a nova terra; favorecia-se com os meios necessários a quem fosse capaz de dar princípio a engenharia de açúcar
(17).
No século XVI, o açúcar era raro e caro. Até o achado do caminho das índias, pelos portugueses, o pouco açúcar que chegava à Europa vinha do Oriente, trazido e distribuído pelos venezianos. As populações européias, na sua maioria, contentavam-se com o mel das abelhas para suas comidas e bebidas. Só os ricos conheciam o açúcar oriental. Imagine-se a revolução econômica produzida pela entrada à larga do açúcar nos mercados em que antes não aparecia.
Já nas ilhas de S. Tomé, Cabo Verde e da Madeira se cultivava cana; porém, na mão dos judeus, o Brasil iria ser o verdadeiro instrumento dessa revolução, cujas últimas cenas ainda estão se desenrolando em Cuba.
Morto D. Manuel, D. João III prossegue no intuito de povoar é colonizar o Brasil. Além de fazer várias doações de latifúndios a fidalgos ilustres e de confirmar outras, do seu antecessor, como a ilha de S. João ao cristão-novo Fernando de Noronha, dividiu o imenso território em doze capitanias hereditárias. Esses feudos de cinqüenta a cem léguas de litoral foram concedidos e escolhidos capitães cobertos de serviços, como Duarte Coelho, Martin Afonso, Pero Lopes, Aires da Cunha, Pero de Góis e Vasco Fernandes Coutinho; a homens ricos, como Pero de Campos Tourinho; a altos funcionários do Reino e outros, como Jorge de Figueiredo Correa, Fernando Álvares de Andrade, Antônio de Barros Cardoso e João de Barros.
A cargo dos donatários das capitanias, deixou o governo real povoação e defesa das novas terras e dos estabelecimentos que montassem, o que não era coisa fácil pois os piratas costumavam destruir o que podiam. Em 1530, um galeão francês não arrasou o primeiro engenho de açúcar da América, o do capitão Pero Capico, em Pernambuco, fundado em 1516
(18)? A fazenda real não se podia consumir nesse serviço e por isso largava em mãos dos concessionários todo o peso da colonização. Dois deles meteram ombros à empresa e suas capitanias progrediram: Pernambuco e S. Vicente. Outros abandonaram as doações. Ainda outros apelaram para os judeus ou lhes venderam suas terras.
"Não podendo recusar trabalhadores, os capitães-mores estenderam às pessoas de origem hebraica, os favores concedidos às demais. Fundados nos privilégios excepcionais que lhes davam doações e forais, trouxeram algumas famílias israelitas (19), tendo um dos donatários contratado com judeus laboriosos a montagem de engenhos em Pernambuco... Quando os capitães-mores chegaram às suas terras, aí encontraram, exercendo grande influência sobre o gentio, vários cristãos-novos, vindo durante os trinta anos em que o governo português as deixara em quase completo abandono. Qualquer perseguição contra eles provocaria o ódio dos índios, o que tornaria dificultosíssima, senão impossível, toda tentativa de estabelecimento. Para a colonização das capitanias, seu auxílio era, portanto, precioso e necessário (20)".
O exemplo de João Ramalho é, desse ponto de vista, o mais concludente possível.
"Bastaria para demonstrá-lo o ódio que sempre teve pelos jesuítas, mantendo contra eles uma luta incessante, o que naquela época de fanatismo e submissão ao clero era de estranhar". O mesmo autor destas linhas, que é judeu
(21), acrescenta: "Mas o que confirma incontestavelmente a origem judaica de João Ramalho deu origem a inúmeras controvérsias. Grande número de historiadores negava-lhe todo valor, achando que se tratava de um traço sem sentido; outros afirmavam o contrário, sem apresentar, porém, argumentos convincentes. No princípio deste século foi publicado um trabalho em que o
Kaf (símbolo do ocultismo da Cabala e/ou letra do alfabeto judaicos) de João Ramalho era apresentado como um signo esotérico, cabalístico, o que, apesar de não se prender bem ao caso, viria indicar que João Ramalho era um estudioso da Cabala, como a maioria dos judeus daquela época (!). Hoje, porém, com os recentes estudos do Sr. Ben Israel, diretor deste almanaque
(22), podemos afirmar que a questão se acha plenamente esclarecida e pela afirmativa. Trata-se de um
Kaf, um verdadeiro
Kaf sem sentido cabalístico e esse
Kaf demonstra que João Ramalho era judeu, do mais puro sangue.
O Sr. Ben Israel demonstra que todo judeu pertencente a estirpe dos
"cohannin", plural de
"cohen" (descendentes de Aarão, sacerdotes hereditários do povo judeu), acrescentam; ainda hoje, à sua assinatura duas letras hebraicas, um
Kaf e um
Tzedek, iniciais das duas palavras:
"cohen tzedek", isto é,
cohen puro. Destas duas letras formou-se até um nome: Katz, que é hoje o sobrenome de muitas famílias israelitas. O
cohen que por qualquer modo infringe a religião não pode ser considerado puro e não tem direito a usar o
Tzedek. Deve, portanto, limitar-se a assinar com o
kaf, simplesmente. Ora, João Ramalho, que tinha casado com uma gentia, a filha de Tibiriçá, infringira as regras da proibição (que racismo!) e tinha deixado de ser um
cohen puro,
"cohen tzedek", tornando-se, um
"cohen" simples, que só tinha direito a assinar com o
Kaf. O sr. Israel demonstra, pois, cabalmente, que João Ramalho era um judeu, tão consciente de seu judaísmo que, apesar de isolado num mundo distante, não deixa de cumprir, na medida do possível, os preceitos de sua religião. Com isso fica afirmado que o movimento inicial para a formação da grande metrópole, que é a São Paulo de hoje, foi um movimento promovido por um judeu. Ele não foi, porém, o único. Tangidos pela inquisição, que então era rigorosa em Portugal, inúmeras famílias judaicas ou cristãs-novas, como então se chamavam, vieram estabelecer-se na Paulicéia. São de origem judaica os Pintos, Costas, Silvas, Pereiras, Castros, Salgados, Buenos, Mesquitas, etc."
A citação é um tanto longa, mas preciosa, não pelo estilo, que é horrível, sim pelo documento que representa. Vemos por ela a infiltração judaica no Sul, através de S. Vicente, subindo ao planalto piratiningano, do mesmo modo que a vimos no Norte, em Pernambuco. As duas capitanias que prosperavam, chamavam logo a judiaria. Mostra ainda essa página judaica seu racismo até em relação ao gentio, a persistência dos ritos e dos estudos cabalísticos, o ódio ao missionário jesuíta catequizador do indígena, que o judeu queria tão somente escravizar para explorar-lhe o trabalho.
A América meridional era um ótimo refúgio para os judeus convictos e para os disfarçados. Vinham aos milhares Lendo a obra de Argeu Guimarães, verifica-se o perigo social que representavam; infiltrados no próprio cerne do catolicismo. No ano de 1581, a Inquisição queimou em Lima dois padres portugueses idos do Brasil, porque os mesmos praticavam o judaísmo: frei Alvaro Rodrigues e frei Antonio Osório da Fonseca. Nos primeiros séculos da nossa história, houve um grande comércio de ouro e prata, por terra, com o Peru. Os homens que se ocupavam dessa espécie de contrabando de metais preciosos, na maioria judeus eram até denominados peruleiros
(23). Muitos peruleiros judeus ou judaizantes foram pilhados pela rigorosa inquisição espanhola, em Lima, e levados à fogueira. Entre outros, Baltazar Rodrigues de Lucena e Duarte Nunes, em 1600; Gregório Dias, Diogo Lopes de Vargas e Duarte Henriques, em 1605; Diogo de Andrade, João Noronha e Manuel de Almeida, em 1625; Manuel Batista Pires em 1639.
Não se vá pensar que o judeu entrou com entusiasmo na indústria do açúcar que nascia. Do mesmo modo que veio na sombra dos descobridores, examinar a terra e ver o que nela havia de mais facilmente aproveitável - o pau-brasil esperou que o negócio do açúcar fosse desbravado por outros até chegar a um bom ponto. Eis como se explica a falência dos primeiros edificadores de engenhos. Perdido o capital inicial, o judeu adquiriu os engenhos abandonados e, como neles não invertera as somas que os cristãos haviam perdido, seus lucros teriam de ser muito grandes. Assim, agiria, mais tarde, com o ouro: o bandeirante audaz descobriria, após mil tormentos, as lavras; eles se apoderariam delas, depois, pela traição. Toda a história do Brasil é assim: uma aparência - o idealismo construtor do português, do mameluco e do brasileiro, dos cristãos; uma realidade - o utilitarismo oculto do judeu, explorando as obras do idealismo alheio. Os agricultores e os guerreiros, diz o imparcial João Lúcio de Azevedo, são os elementos produtores e construtores das pátrias. O judeu não é nem agricultor nem guerreiro.
Vejam o quadro dos desbravadores, dos bandeirantes do açúcar, pintado por Pedro Calmon
(24):
" ... fracassaram todas as empresas de grandes cabedais, - início do desenvolvimento mundial do comércio - que se aplicaram a explorá-los: ou porque os portugueses só sabiam trabalhar para si não para capitalistas, que, à moda da Holanda, esperavam em Lisboa o seu provento, ou porque não se antecipara aos trabalhos um reconhecimento da terra e sua efetiva ocupação. Assim, em Ilhéus, Lucas Giraldes, que comprou a capitania ao seu donatário, fez edificar oito engenhos, e tanto foi roubado pelo feitor (que depois se estabeleceu no Recôncavo com engenho próprio) como pelos Aimorés, que tudo perdeu ... Em Porto Seguro, o duque de Aveiro, que adquiriu a capitania ao seu dono, igualmente mandou construir vários engenhos que pereceram. Vasco Fernandes Coutinho donatário do Espírito Santo e homem opulento, inverteu a riqueza granjeada na Índia em engenhos poderosos, e de tal forma lhes atacou o gentio, que morreu sem lençol para mortalha. Desgraça maior ocorreu ao capitão da Bahia, que gastou numa boa frota sua fortuna, começou dois engenhos, teve-os demolidos pelos Tupinambás e acabou trucidado por eles".
A indústria do açúcar, porém, progrediu admiravelmente em duas capitanias: Pernambuco e S. Vicente. Os engenhos eram movidos por água ou por bois. A lavoura da cana era feita, primeiramente, pelos índios escravizados, depois pela escravaria africana. Maquinário simples, de fácil montagem, de mais fácil reparo e de custo relativamente baixo. Mão-de-obra abundante e barata. O açúcar começou a criar para o judaísmo negócio novo e lucrativo: o tráfico dos negros.
Modelo de navio negreiro mostrando a forma de como eram acomodados os escravos vindo da África para as Américas.
O açúcar era negociado com os mercados das Flandres desde 1532, quando Martim Afonso de Souza se associara ao holandês
(25) Erasmo Schetz, cujo engenho sessenta anos mais tarde valeria quatorze mil ducados
(26). D. João III via com bons olhos essa nova fonte de riqueza ultramarina e mandava passar ao Brasil vários lavradores de cana das ilhas da Madeira e Cabo Verde
(27).
O fidalgo-agricultor, o
gentilhomme-compagnard (do francês: figurativamente significa cavalheiro), o
hobereau (do francês: aristocrata, nobre), riqueza social de todos os países, ligado profundamente à terra pela tradição, pela alma e pelo interesse é encontrado sempre, no Brasil colonial, encabeçando todas as iniciativas com sua coragem e seu idealismo. A sua sombra caminha agachado o judeu, negaceando, buscando o proveito de suas conquistas com o maior e menor risco possíveis. Duarte Coelho é quem manda, em 1549, buscar homens práticos, isto é, técnicos, no Reino, nas canárias e na Galiza à sua custa, para montar os engenhos
(28). São homens de prol os que iniciam o plantio de cana na Bahia,vencendo todas as dificuldades
(29). É o nome usual de senhor de engenho, transmitido até nossos dias, tem um sabor de titulo nobiliárquico.
Diz o
"Diálogo das grandezas" que o soberano o dava em cartas e provisões
(30). Assim se formou a nossa primeira aristocracia rural. A esse novo feudalismo não faltou até uma das mais comuns e interessantes instituições de caráter socialista da Idade Média: a banalidade. Havia os
"engenhos reais", idênticos ao
"lagar do príncipe" em Portugal ou ao
"moulin (do francês: moinho, usina) banal" da França, destinados a moer a cana da gente pobre, que plantava sem ter engenho
(31).
O açúcar espalhava-se por toda a Europa que o consumia com avidez, tantos e tantos séculos fora privada de coisa tão deliciosa, dependendo a sua pastelaria do mel das abelhas! Que estupendo país esta Terra dos Papagaios, ou do Brasil, surgida do seio do Mar Tenebroso! Dali vinha a madeira corante que tingia os panos flandrenses. Dali vinha mais o doce, coisa rara, cujo preço dobrava, triplicava nos mercados flandrinos, onde pontificavam, depois dos judeus do pau-brasil, os judeus do açúcar brasileiro. Os Países-Baixos, como Nova York hoje, eram a Judéia da época. Pinta o quadro um historiador que ninguém poderá taxar de antissemita, mas que conhece a documentação em que alicerça suas afirmativas: Os judeus que vendiam açúcar enriqueciam a termos de estender-se a cultura pelos Açores e Canárias, febrilmente fomentada, a ocupar grandes
organizações financeiras que teciam, entre as várias praças européias, a rede de crédito (32). Duarte Coelho contou em Pernambuco com o auxilio daqueles capitalistas comissários
(33); Sub-rogavam-se nas responsabilidades do governo para intensificar, criar uma economia, que lhes
devolveu em altos juros os cruzados do empréstimo
(34). Não houve melhor negócio na época e aos impulsos dessas cobiças resolveu João III dar ao Brasil um governo regular. Em 1549, depois de ter comprado aos herdeiros de Francisco Pereira Coutinho a capitania da Bahia, mandou Tomé de Souza fundar a capital da colônia
(35).
Desta sorte, a primeira cidade e o primeiro governo resultam do comércio açucareiro, que os judeus internacionais manobram das Flandres por meio de uma
rede de crédito.
A emigração israelita, que fugia à Inquisição peninsular, bifurcava-se para as Índias e para o Brasil. Estabelecido o Santo Oficio em Goa, a corrente veio toda para nós. A esse sangue judaico, que inúmeras vezes se misturou ao sangue cristão, deve quiçá a maioria dos brasileiros os defeitos que lhes são apontados: falta de fixidez no caráter, inclinação a não levar nada a sério, capacidade de deformar todas as idéias, indisciplina inata e prazer do despistamento. Muitos judeus permaneceram puros até nossos dias, fingindo-se mesmo de cristãos, mas conservando às ocultas a fé talmúdica, praticando os ritos, judaizando, como diriam os inquisitores
(36). Outros se fundiram na consciência e na raça, exemplo raro, talvez único no mundo inteiro. O Brasil absorveu-os completamente. Tantos milhares de hebreus se encaminharam para nossa terra que, em 1532, D. João III proibiu a saída dos cristãos novos do Reino com mudança de casa e venda de propriedades, sob graves penas. Eles porém, continuaram a fugir para cá, forçando o governo real a novos alvarás de mais rigorosa proibição, em 1567. Dez anos mais tarde, premido pelas necessidades de dinheiro para a infeliz jornada de África, D. Sebastião revogou as proibições por duzentos e vinte cinco mil cruzados que lhe pagou o
Kahal de Lisboa, o que motivou uma representação da Inquisição ao poder real, em 1578. O cardeal D. Henrique revalidou os atos de D. João III
(37).
A enxurrada judaica encheu o Brasil que amanhecia, atirando-se aos negócios de mascate, de açúcar e de escravos. Dia a dia, o número de israelitas crescia nos primitivos núcleos da população. Suas sinagogas, que o povo denominava esnogas, multiplicavam-se. Havia-as em casas particulares, como a de Matuim, na Bahia, na residência do cristão-novo muito conhecido Heitor Antunes. Havia-as nos próprios engenhos, como a do cristão-novo Bento Dias de Santiago, em Camaragibe, onde, nas luas novas de agosto, em carros enramados, os judeus da terra iam celebrar o
YOM KIPPUR (Dia do Perdão da religião judaica por terem adorado uma estátua dum bezerro de ouro) e outras cerimônias do rito judaico (38). As grandezas do Brasil servem aos diálogos judaicos. O Brandônio dos
"Diálogos das Grandezas do Brasil" era o judeu Ambrósio Fernandes Brandão, ex-feitor do engenho sinagogal de Bento Dias de Santiago, onde também fora empregado o cristão-novo Nuno Alvares,
"por ventura o interlocutor Alviano dos referidos diálogos" (39), como feitor dos dízimos reais que o seu patrão arrematava, consoante o velho hábito dos publicanos hebreus.
Essa judiaria do primeiro século do ciclo de negócio do açúcar, adorava tranquilamente, apesar de batizada, o Deus de Israel
(40). Eram todos como aquele Diogo Fernandes, natural de Viana, a quem se referem os documentos, o qual, na agonia, quando lhe diziam que chamasse por Jesus
"virava sempre o focinho e nunca o quis nomear" (41).
Depois de caído Portugal sob o domínio Espanhol, o número de famílias judaicas no Brasil não cessou de aumentar
(42). No reinado de Filipe III, o alvará de 4 de abril de 1601, conseguido pelo
Kahal a peso de ouro, e a bula papal de 23 de agosto de 1604, que custou à judiaria um milhão e seiscentos mil cruzados, permitiram aos cristãos-novos deixar as terras peninsulares e sair dos cárceres inquisitoriais. Mal se apanharam soltos, foram vendendo o que tinham e fugindo. Assim, quando veio a cobrança do que haviam prometido dar pelo alvará e pela bula, o rei não conseguiu receber nem a metade. Indignado, o soberano revogou a licença de salda e estabeleceu a obrigatoriedade de uma provisão real para cada emigrante com quitação do que a fazenda devia a cada israelita pela sua quota
(43).
Nada disso impediu a emigração judaica para a América Portuguesa e Espanhola. No começo do século XVII, os judeus são quase donos do Brasil através do comércio do açúcar, que manejam; através das profissões liberais, que exercem; através da própria Igreja, na qual se infiltram, fingindo servi-la
(44); através da magistratura, que invadem, conseguindo vencer as eleições para os judaizados
(45); através do professorado, no qual enxameiam, ensinando os moços, embora as desfavoráveis ausências que de alguns dos professores judeus se fazem
(46). Usam-se sinais secretos para suas reuniões secretas. Um guarda do varadouro de Olinda, o judeu Tomás Lopes, vulgo Maniquete, servia, por exemplo, para um desses sinais. Quando devia haver reuniões dos
roschin do
Kahal na
esnoga de Camaragibe, ele andava pelas ruas, com um pé descalço e um pano atado acima do artelho. Os judeus já sabiam o que isso significava
(47).
Daí a necessidade das visitações do Santo Ofício desde 1593 e as proibições da coroa, em 1624, sobre negócios e ensino. De novo, o ouro judaico tilintou aos ouvidos do monarca espanhol, mundano e dissipador. Uma lei de 1629 permitiu a saída de judeus e conversos, que se derramaram pelo Brasil e Holanda. As ligações entre as comunidades de lá e as de cá vão permitir a conquista e ocupação do Nordeste pela Companhia das Índias Ocidentais e as grandes negociatas de açúcar, como veremos oportunamente. Já os holandeses eram os transportadores do açúcar graças à barateza dos fretes marítimos.
"Sob a capa de negociantes de Lisboa, Porto e Viana", como diz Frei Vicente do Salvador, os judeus portugueses se entendiam com os de Flandres, também de origem portuguesa, do mesmo modo que com os dos engenhos brasileiros. Da Holanda se mandavam por ano, para o Brasil, 3 a 4 mil Bíblias em hebraico, como já vimos que eram mandadas para a Índia, o que documentam as denunciações do Santo Oficio.
Para o Brasil e para a Europa, o século XVI fora o do pau-de-tinta, das anilinas, por assim dizer; o século XVII foi o do açúcar. Nas primeiras décadas do centenário, o desenvolvimento da indústria açucareira se tornou impetuoso
(48). Em 1610, segundo um viajante observador, era o único meio de vida
(49). Os preços subiam ao ponto de criar nos senhores de engenho esse delírio de gastos, grandezas e luxo, que vimos contemporaneamente nos donos de seringais da Amazônia e nos fazendeiros de café ...
É o que dizem os cronistas: Cardim, Soares, Barlaeus, Frei Vicente. Segundo os estudos de J. Lúcio de Azevedo
(50), em 1610, a produção de açúcar foi de 735 mil arrobas, no valor de 1.500 contos, soma respeitável para a época.
O trabalho braçal do escravo, a fortuna dos fidalgos e sua iniciativa, bem como as de outros portugueses cristãos, criaram no Brasil o Empório do Açúcar
(51). Nas trevas, unidos os de Portugal, os da colônia nascente e os da Holanda pelos seus
Kahals, os judeus exploram essa riqueza como intermediários, armadores, especuladores, fornecedores de capitais, onzeneiros cruéis
(52). Mas isso ainda não é bastante para eles:precisam apoderar-se do empório, dominá-lo completamente, fazer pesar sua mão-de-ferro sobre os ricos e senhores de engenho, orgulhosos de sua linhagem e de sua crença, e tirar vingança dos soberanos peninsulares, arrancando precioso florão de sua coroa. Os Estados Gerais da Holanda, regurgitando de ouro judaico
(53), podiam iniciar a desagregação do império colonial luso-espanhol, conquistando o Brasil, terra do açúcar, e Angola, terra do escravo que plantava a cana, aquém e além Atlântico. Que têm sido sempre o judeu senão o fermento desagregador dos impérios e das civilizações? Ele faltaria ao chamamento do seu destino, se não tentasse abocanhar o empório do açúcar
(54), com expedições pagas e companhias organizadas com o dinheiro ganho com o próprio açúcar...
BIBLIOGRAFIA:
(01) Solidônio Leite Filho op. cit. pág. 39.
(02) "Livro de Centenário", I, 42 carta de Américo Vespúcio a Pedro Soderini.
(03) O grifo é nosso. O historiador diz
adivinhara, porque não se lembrou do espião Gaspar da Gama, que veio reconhecer a terra e levou, em 1501, informações à sinagoga lisboeta. Em 1503, o pau-de-tinta já estava sendo carregado!
(04) Pedro Calmon,
"História da Civilização Brasileira", ed. da Cia. Editora Nacional, S. Paulo, 1933, pág. 12.
(05) Chamberlain,
"Die Grundlagen desneunzehnten Iahrhunderts".
(06) Rodolfo Garcia,
"Os Judeus no Brasil Colonial" in
"Os judeus na História do Brasil", págs. 13, 14 e 41, ed. do vendedor de livros judeu Uri Zwerling. Este israelita fez o livro como propaganda judaica, mas, muito ignorante, coitado! aceitou o que lhe quiseram dar e a obra é um repositório de documentação anti-judaica.
(07) Cf. João Ribeiro,
"História do Brasil", pág. 78.
(08) Solidônio Leite Filho, op. cit. pág. 46.
(09) Vide
"Primeira visitação do Santo Ofício às partes do Brasil" pelo licenciado Heitor Furtado de Mendonça, ed. de Paulo Prado, 1922, 1925, 1929.
(10) Loc. cit. pág.10.
(11) Solidônio Leite Filho, op. cit. pág. 40. cf. W. Sombart
"Die Juden in des Wirtchaftsleben", pág. 34.
(12) Peragalo,
"Memória do Centenário", págs. 83-84.
(13) Solidônio Leite Filho, op. cit. pág. 40.
(14) Idem.
(15) Pedro Calmon, op. cit. págs. 13-15.
(16) Idem pág.14.
(17) Varnhagen,
"História Geral do Brasil", pág. 145. Solidônio Leite Filho op. cit. pág. 41.
(18) Pedro Calmon, op. cit. pág. 13.
(19) Varnhagen,
"Antonio José da Silva" in
"Revista do Instituto Histórico", vol. IX pág. 114.
(20) Solidônio Leite Filho, op. cit. págs. 41-42.
(21) Dr. Isaque Izeckson;
"A contribuição judaica na formação da nacionalidade brasileira", in "Almanaque Israelita do Brasil", 5695-96, 1935 pág. 5.
(22) "Almanaque Israelita do Brasil": O trabalho sobre o
Kaf de João Ramalho a que o autor se refere com essa fingida displicência é o erudito volume de Horácio de Carvalho
"O Kaf de João Ramaïho" tip. do
"Diário Oficial", S. Paulo, 1903, com prefácio de Teodoro Sampaio. É uma obra admirável que revela os segredos da cabala judaica.
(23) A obra de Argeu Guimarães intitula-se:
"Os cristãos-novos portugueses na América Espanhola". Sobre os peruleiros e o tráfico da prata, vide
"Diálogos da Grandeza", ed. da Academia Brasileira, pág. 37 e 144; Pedro Taques,
"Nobiliarquia Paulistana", ed. de Escragnolle Taunay, I, 245; Pedro Calmon,
"História da Civilização Brasileira", cap. o caminho do perú, págs. 76 e 77.
(24) Op. cit. pág. 16.
(25) De acordo com a documentação reunida por Alcibíades Furtado em
"Os Schetz da Capitania de S. Vicente", Rio de janeiro, 1914 creio que há um certo feitor judaico nessa dinastia de homens de negócios. Tinham casa bancária em Antuérpia sob a firma Erasmus ende Sonen, Erasmo & Filhos; Erasmo comprou as partes da capitania de S. Vicente de Martin Afonso e do piloto Francisco Lobo. Os Schetz estavam ligados ao banqueiro João Venistre ou Wenix de Lisboa. Um filho de Erasmo, Gaspar Schetz foi tesoureiro de Felipe II nos Países Baixos. O Rei o enobrecera com títulos e senhorios, o que os reis costumavam fazer com seus ecônomos judeus. Os filhos de Gaspar manejavam cabedais em Bruxelas.
(26) "Publicações do Arquivo Nacional", vol. XIV, 200; Ferrind Donnet.
"Notes à L'histoire des emigrations des anversois".
(27) Pedro Calmon,
"História da Civilização Brasileira", pág. 18.
(28) Capistrano de Abreu, nota a Porto Seguro, I, 230-I.
(29) Pedro Calmon, op. cit. 19. Valia a pena vencê-las. Os lucros eram convidativos. Em 1699, um quilo de açúcar valia 2 mil réis no porto da Bahia, "preço fabuloso para época". Cf. Escragnolle Taunay,
"Na Bahia Colonial", separata da
"Revista do Instituto Histórico Brasileiro", Imprensa Nacional, Rio de janeiro, 1925, págs. 303.
(30) Edição da Academia Brasileira, pág. 33.
(31) Frei Gaspar da Madre de Deus,
"Memória para a História da Capitania de S. Vicente", ed.-Taunay, pág. 171.
(32) Data de longe o internacionalismo do capital judaico ...
(33) É bem claro, manifesto, o papel do judeu como intermediário. os grifos em toda citação são nossos.
(34) Velha e conhecidíssima técnica. A história precisa ser lida às vezes, nas entrelinhas. Quanto segredo escondido!
"Fundemo-nos todos em haver dinheiro, porque, quer seja nosso, quer seja alheio, é Deus verdadeiro". Gil vicente
"Obras", ed. Mendes dos Remédios, tomo I pág. 182.
(35) Pedro Calmon, op. cit. pág. 19.
(36) As visitações do Santo Ofício citadas e o livro de Mário Sáa.
"A invasão dos judeus", demostram a permanência do judaísmo e do judeu dentro das populações de Portugal e do Brasil. Em 1714, o viajante Frezler observa que a devoção religiosa na Bahia servia "para capear o judaísmo," pois estava a Bahia repleta de judeus.
"Havia bem pouco, depois de longos anos de falsa devoção exterior, fugira subitamente para a Holanda um vigário carregando as alfaias de sua igreja e, uma vez ali, chegado, mostrara o que era, correndo à sinagoga". Taunay.
"Na Bahia Colonial", pág. 345.
(37) Solidônio Leite Filho, op. cit. págs. 47-48.
(38) Rodolfo Garcia, loc. cit. pág. 49.
(39) Idem pág. 20.
(40) Solidônio Leite Filho, op. cit. pág. 48.
(41) Rodolfo Garcia, loc. cit. pág. 18
(42) Solidônio Leite Filho, op. cit. pág. 49. Os portugueses da Bahia eram geralmente de raça judia, observou o viajante Froger, no fim do século XVII. Cf. Taunay,
"Na Bahia Colonial", pág. 291. Por isso, antes dele, diz outro viajante, Pyrard de Laval, eram na maioria, criminosos ou falidos. Como a indústria judaica de falência é antiga! Cf. op. cit. pág. 251.
(43) Idem, idem.
(44) Fortunato Almeida,
"História da Igreja em Portugal", tomo III, parte II, pág. 112.
(45) Códice dos séculos XVI e XVII, in
"Revista da Faculdade de Direito" nº 103, pág. 11.
(46) Rodolfo Garcia, loc. cit. pág. 21.
(47) Idem pág. 25. Como coxeasse quando assim andava, até hoje em Pernambuco e na Paraíba o povo chama aos coxos
cohens ...
(48) Pedro Calmon, op. cit. pág. 79.
(49) Pyrard de Laval,
"Voyages", Paris, 1615, pág. 580.
(50) "Épocas de Portugal Econômico", pág. 271.
(51) Pedro Camon, op. cit. pág. 81:
"Tornava-se o porto do Recife o maior emporium do açúcar em todo o mundo".
(52) Vide as acusações do judeu João Nunes:
"Largo de consciência", me matéria de usura, in Rodolfo Garcia, loc. cit pág. 17.
(53) Pedro Calmon, op. cit. pág. 52.
(54) "A influência dos negociantes israelitas estendia-se ao engenho produtor, à firma embarcadora, ao intermediário de Lisboa a quem era consignada a mercadoria, às praças consumidoras do centro e do sul da Europa. Quando a Espanha se colocou de permeio entre os engenhos do Brasil e os compradores flamengos, estes imaginaram a organização de uma companhia-mercantil de conquista e empreendem a guerra de 1624-1654". Pedro Calmon,
"Espírito da Sociedade Colonial". Companhia Editora Nacional São Paulo, 1935, pág. 36. Cf. Frei Vicente do Salvador, História do Brasil, 3ª ed. pág. 404.
Fonte:
http://www.defenderlapatria.com/historia%20secreta%20do%20brasil%201.pdf, págs 37 a 53.
Veja também:
Os Judeus e o Tráfico de Escravos Transatlântico.
Qual o papel dos judeus na escravidão dos "negros" (hebreus)? Aqui estão algumas fontes judaicas que nos dão a resposta.
Leia tudo em:
http://yahshurun.blogspot.com.br/2012/07/os-judeus-e-o-trafico-de-escravos.html
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Um legado genocida do tráfico humano descoberto.
Novo livro oferece provas pictóricas maciça de envolvimento judeu no comércio de escravos e suas conseqüências. Não há mais qualquer debate. Tem sido mostrado conclusivamente que o povo judeu realizou um papel fundamental no comércio transatlântico de escravos e do desenvolvimento de uma sociedade de apartheid nos Estados Unidos da América.
Leia mais
http://www.finalcall.com/artman/publish/Perspectives_1/article_7217.shtml
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Modelo de um navio negreiro. Os escravos são embalados em em uma plataforma colocada sobre os depósitos no porão, que incluem presas de marfim. Este navio está armado, mas a maioria dos traficantes de escravos invocado velocidade para escapar perseguir navios de guerra.
Retrato de uma caravana de escravos capturados na África.
As duas principais fontes de receita da empresa no Brasil foram imposições sobre a produção das usinas de açúcar e direitos sobre a importação de escravos negros, e em ambas as esferas empresários judeus estavam ativos. Em 1638, por exemplo, Monsea Navarro comprou o direito de
“farm” o imposto sobre o açúcar do distrito de Pernambuco para cinqüenta e quatro mil florins. Especuladores judeus compravam escravos por dinheiro pronto a partir da holandesa Companhia das Índias Ocidentais e revendeu-os para os plantadores em três ou quatro vezes o preço de compra, uma vez que teve de aceitar o pagamento em prestações e muitas vezes em espécie. (Embora este não é o lugar para contar as péssimas condições de trabalho dos escravos africanos no século XVII no Brasil, os vendidos aos plantadores judeus parecem ter sido um pouco melhor do que os comprados pelos colonos portugueses ou holandeses, uma vez que não só descansou no sábado judeu, mas também pelo estatuto, no domingo.)
"From Aspects of Jewish History", pág. 274, Marcus Arkin, Diretor-geral da The South African Zionist Association, publicado por The Jewish Publication Society of America, Philadelphia, 1975, pág. 202.
Leia tudo em:
http://www.jewwatch.com/jew-atrocities-slaves.html
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Imperdível també é o livro
"The Secret Relationship Between Blacks and Jews", volume 1, por The Nation of Islam, Boston 1991.
"O Relacionamento Secreto Entre Negros e Judeus" é um livro que afirma que os judeus dominaram o comércio atlântico de escravos. O livro tem 334 páginas, 1.275 notas de rodapé e mais de 3.000 fontes, incluindo revistas judaicas, enciclopédias, jornais e outras publicações; citações de estudiosos judeus e rabinos, registros judiciais, transporte e imobiliários registros, avisos de quilombos, avisos de leilões, sermões publicados, os dados do censo, contas de escravos de venda e registros fiscais são citados.
PDF grátis do livro
"The Secret Relationship Between Blacks and Jews", volume 1:
http://www.radioislam.org/islam/english/books/secrrel1/The%20Secret%20Relationship%20between%20Blacks%20and%20Jews.pdf
http://noirg.org/wp-content/uploads/2012/04/TSR.HighlightsKeyPoints1.pdf
Volume 2 foi publicado em 2010, com o título
"How Jews Gained Control of the Black American Economy".
Leia
http://www.finalcall.com/artman/publish/Perspectives_1/article_7230.shtml
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Foto de polêmica tradição tirada numa movimenta rua perto do Parlamento na Holanda: a festa do "Zwarte Piet" - Pedro Preto, em português. Ele seria o ajudante negro do Papai Noel, sendo representado por pessoas com a cara pintada de preto, lábios de vermelho e peruca black power, que desfilam no dia 5 de dezembro à deliciar transeuntes com músicas. O costume é acusado de ter caráter essencialmente racista possuindo já milhares de assinatura num abaixo-assinado para coibi-lo.
Quão culpados eram os judeus holandeses no comércio de escravos?
Um rabino ortodoxo dissidente holandês acha que é tempo para a sua comunidade, em grande parte em silêncio, discutir seus laços sólidos que a atavam.
Leia tudo em:
http://www.timesofisrael.com/how-culpable-were-dutch-jews-in-the-slave-trade/
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A transformação de Zumbi dos Palmares (pintura acima) em um herói nacional é uma das maiores falácias da História do Brasil. A imagem de que Zumbi foi um líder revolucionário movido por
“grandes sentimentos de amor” — como declarou ironicamente, séculos mais tarde, o argentino Ernesto
“Che” Guevara — e que o Quilombo dos Palmares era um paraíso de igualdade e justiça social é uma imagem que em nada condiz com a realidade. Zumbi era um líder autocrático que governava o quilombo com mão-de-ferro. Exigia ser tratado como um rei e que, de fato, recebia a deferência de um estadista não apenas de seus súditos, mas igualmente de representantes do governo colonial. Era sobrinho de
Ganga Zumba (“Grande Senhor”), o primeiro Rei de Palmares.
Um fato meticulosamente mantido fora dos registros históricos oficiais é o de que Zumbi dos Palmares enviava esquadrões de ataque para fazendas vizinhas não com o intuito de libertar seus irmãos negros do jugo escravista, mas para roubar escravos dos senhores de terra em seu próprio proveito. Sim, Zumbi dos Palmares foi um dos maiores senhores escravistas de seu tempo. E não se engane: aqueles que ousavam fugir do
“paraíso” quilombola de Palmares eram perseguidos por experientes capitães-do-mato e, uma vez recapturados, eram torturados e mortos em praça pública — menos de 100 anos depois, algo semelhante foi conduzido em Paris durante a Revolução Francesa, período conhecido como
“O Terror”. Para saber mais, recomendamos a leitura do “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, de Leandro Narloch.
Leia tudo em:
http://unbconservadora.blogspot.com.br/2011/11/zumbi-dos-palmares-heroi-de-que.html
Abraços