O “Dia D” como Hollywood nunca há de mostrar ou “o livro que jamais será filme”
Por Juan C. Garcia («Mi Amigo Pic», 05/05/2004, traduzido por Rodrigo Nunes)
Graças ao impagável e pedagógico trabalho de Hollywood sabemos hoje que os soldados norte-americanos intervieram na segunda guerra mundial armados com sorrisos, torrões de açúcar, chicletes e bíblias. Em Madrid, por estes dias, aproximando-se o aniversário do famoso “Dia D” – 6 Junho – expõe-se inclusive uma coleção de fotografias de “soldados de cor” que tombaram nas costas da Normandia e que, portanto, jamais regressariam a casa. Foram, sem dúvida, vítimas daqueles esbirros de Mefistófeles, as «bestas negras» e seus aliados que, estes sim, combatiam com armas mortíferas e, por demais, pretendiam – muito perversos, eles – tirar-nos os domingos de futebol e as férias pagas.
O problema deste conto de fadas é que logo surgem os historiadores – aos quais há agora que somar alguns soldados “irresponsáveis” que não têm outra alternativa que levar com câmaras digitais em cima – e nos estragam a festa.
Por que digo isto? As Edições Payot, de França, publicaram o ano passado um livro do professor J. Robert Lilly intitulado “La face cachée des GI’s. Les viols commis par les soldats américains en France, en Anglaterre et en Allemagne pendant la Seconde Guerre mondiale” que, a meu ver, deveria ser de leitura obrigatória para os nossos acadêmicos e para algum leigo que ainda continue debaixo do seu jugo.
Segundo este historiador norte-americano, especializado em questões de criminologia, entre 1942 e 1945 cerca de 17.000 mulheres e crianças foram violadas em território europeu por soldados das “listas e estrelas”. Lilly estabelece em 2.420 as violações em Inglaterra, em 3.620 as violações em França e 11.040 as violações na Alemanha e acrescenta um dado mais: 84% dos violadores eram militares negros. Apenas metade dos violadores foram, em maior ou menor grau, sancionados. Em França, país “aliado” - como a Inglaterra, não nos esqueçamos deste fato -, unicamente 21 militares, 18 negros e 3 brancos, foram fuzilados sumariamente por estas práticas aberrantes. Na Alemanha, pelo contrário, a situação foi infinitamente mais permissiva: só 1/3 dos violadores foram sancionados e não houve uma única condenação à pena capital. “À época das violações na Alemanha - escreve J. Robert Lilly - , os soldados negros beneficiaram, por outro lado, de uma espécie de reabilitação em razão da sua contribuição ao esforço de guerra”.
Os "meninos" têm copulado em todos os cantos da rua, à luz do dia e em público, mesmo diante de crianças. A França foi apresentada pelo Jornalismo americano como "um bordel gigantesco em que 40 milhões de hedonistas gastam seu tempo comendo, bebendo e fazendo amor."
Fonte: http://www.lefigaro.fr/livres/2014/04/16/03005-20140416ARTFIG00250--sexe-chewing-gum-et-chocolat-des-gi-s-et-des-femmes-a-la-liberation.php
O livro contém uma minuciosa tipologia sobre os autores das agressões e suas vítimas, assim como interessantes precisões sobre um grande número de atos de vandalismo cometidos pelos norte-americanos. Desgraçadamente, o texto não aborda a “libertação” de Itália onde as violações a mulheres e crianças – com a inestimável ajuda humanitária dos “partigiani” e das organizações mafiosas, que colaboraram amplamente com os invasores a troco de imunidade para as suas atividades criminosas –, alcançaram dimensões verdadeiramente dantescas e números ainda mais horrendos. (humm ... Com os malvados nazistas a Máfia não tinha vez?)
Convém desmistificar, no calor daquela data, as “ânsias libertadoras” dos europeus durante a segunda guerra mundial. Basta recordar, escassos dias depois do desembarque norte-americano na costa da Normandia, os relatos do periodista Rex North, censurados pela “Psychological Warfare Division”, a estrutura de guerra psicológica do exército norte-americano, e que, em 2001, no nº 73 do “The Journal of Modern History”, foram amplamente reproduzidas. Num dos seus parágrafos podemos ler: “60% da população local detesta-nos. O pior é que inclusive um em cada dois franceses prefere os alemães e assim é impossível ter confiança com os autóctones. Como todos, eu esperava que as tropas aliadas seriam acolhidas como libertadoras, mas uma semana depois sinto-me rejeitado pelos franceses.(Estupraram as mulheres francesas e depois se sentiram rejeitados?! Coitados.) Acreditava vir encontrar uma população esfomeada e oprimida que aguardava os nossos soldados com impaciência, e o caso é que metade dos franceses que encontrei na Normandia não têm nenhuma vontade de ser libertados”.
Fonte: http://www.causanacional.net/index.php?itemid=428
Não pensem que é caso isolado, os soldados americanos fizeram o mesmo no Japão com conivência do Jornalismo e de autoridades civis e militares americanas:
http://www.jeune-nation.com/culture/histoire/14804-quand-des-soldats-americains-violaient-des-japonaises-sur-lile-dokinawa.html
E setenta anos depois ...
"É pelo uso do lazer que podemos apreciar as características de um povo."
Henry Ford
Abraços
Perturbador artigo, mas necessário!
ResponderExcluirSaudações!
Fica muito fácil entender o porquê de os revisionistas serem odiados -- e temidos!
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