O mal que a cultura da sonegação faz ao Brasil.
Stellan Skarsgard (imagem acima) é um ator sueco.
Aos 63 anos, um dos favoritos do cineasta Lars von Trier, tem uma carreira vitoriosa que lhe trouxe fama e dinheiro.
Recentemente, ele concedeu uma entrevista na qual reafirmou seu amor pela Suécia.
“Vivo na Suécia porque o imposto é alto, e assim ninguém passa fome. A saúde é boa e gratuita, assim como as escolas e as universidades”, disse ele.
“Você prefere pagar imposto alto?”, lhe perguntaram.
“Claro. Se você ganha muito dinheiro, como eu, você tem que pagar taxas maiores. Assim, todo mundo tem a oportunidade de ir para a escola e para a universidade. Todos têm também acesso a uma saúde pública de qualidade.”
Skarsgard nasceu e cresceu numa cultura que valoriza o pagamento de impostos. Por isso a Suécia é tão avançada socialmente.
Impostos, como lembrou ele, constroem hospitais, escolas, universidades. Pagam professores e médicos da rede pública, além de tantas outras coisas positivas para qualquer sociedade.
Essa cultura vigora também na Alemanha. Recentemente, o presidente do Bayern foi para a cadeia por sonegar imposto.
Quando o caso eclodiu, as autoridades alemãs fizeram questão de puni-lo exemplarmente sob um argumento poderoso: nenhum país funciona quando as pessoas acreditam que podem sonegar impostos impunemente.
Agora, vejamos o Brasil.
Há anos, décadas a mídia alimenta uma cultura visceralmente oposta.
Imposto, você lê todo dia, é um horror. O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo (o que é mentira). Imposto é uma coisa injusta.
Bem, a mensagem é: sonegue, se puder. Parabéns, caso consiga.
Não poderia haver coisa mais danosa para os cidadãos do que esta pregação diuturna da mídia.
Você os deforma moralmente. Tira-lhes o senso de solidariedade presente em pessoas como o ator sueco citado neste artigo.
Além de tudo, a cultura da sonegação acaba chancelando os truques praticados pelas grandes companhias de mídia para escapar dos impostos.
Considere o caso célebre da sonegação da Globo na compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002.
Nestes dias, vazou toda a documentação relativa ao caso. Uma amostra já tinha vindo à luz – na internet, naturalmente – algum tempo atrás, num furo do site Cafezinho.
Só a cultura da sonegação pode explicar o silêncio sinistro que cerca este escândalo fiscal.
Até aqui, a Globo não deu uma única satisfação à sociedade. Não se desculpou, não se justificou. É como se nada houvesse ocorrido.
Também a Receita Federal, até aqui, não disse nada. Mais uma vez, é como se nada houvesse ocorrido no âmbito da receita.
Nenhuma autoridade econômica, igualmente, se pronunciou. De novo, é como se nada houvesse ocorrido numa área tão vital para a economia como a arrecadação de tributos.
E a mídia?
Bem, a mídia finge que não está acontecendo nada.
Contei já: quando o Cafezinho publicou os documentos, falei com o editor executivo da Folha, Sérgio Dávila.
Ponderei que era um caso importante, e ele aparentemente concordou porque logo a Folha fez uma reportagem sobre o assunto.
Uma e apenas uma. Em seguida, a sonegação da Globo sumiu da Folha para nunca mais retornar.
Se conheço as coisas como funcionam nas redações, um telefonema de um Marinho para um Frias – as famílias são sócias no Valor — pôs fim à cobertura.
Volto a Stellan Skarsgard.
Em todo país socialmente desenvolvido, pagar impostos é uma coisa sagrada. E sonegá-los é um ato de lesa sociedade, passível de punição exemplar.
O Brasil sofreu uma lavagem cerebral da mídia.
Uma das tarefas prementes de uma administração sábia é desfazer essa lavagem.
Quando as palavras do ator sueco encontrarem eco no Brasil, seremos uma sociedade desenvolvida.
Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-mal-que-a-cultura-da-sonegacao-faz-ao-brasil/
O problema não é o volume de impostos pagos, mas o seu péssimo retorno e a não cobrança do que é sonegado.
Muitos países tem índice maior de arrecadação que o Brasil; porém, o retorno é proporcional e o povo vive feliz e não reclama de pagar estes seus altos impostos.
Outro fator é o corpo mole para cobrar dos sonegadores que até a presente data já ultrapassa os 300 bilhões de reais em sonegação. Minimizando a sonegação, haveria possibilidades de diminuir percentuais em alguns impostos ou até a extinção de outros. Mas o jeitinho brasileiro e outros interessados não nos permitem isso.
País nenhum existe sem impostos. E país com baixos impostos resulta num Estado fraco. É o que parece ser o escopo de certas forças ocultas e, se formos olhar o histórico de intromissões e sabotagens que o Brasil já sofreu das grandes potências e de certos organismos apátridas, deixa de ser teoria da conspiração.
Independente se a atual presidente se reelege ou não, esta situação não mudará. Que ninguém se iluda. Acaso vemos algum presidenciável nesta corrida eleitoral falar sobre fazer a auditoria dívida pública que consome 50% destes impostos?! Não, né?! Então, que ninguém se iluda que mudando de presidente mudará a situação nevrálgica do país.
Esse é o caminho que se deve trilhar: exigir o retorno destes impostos e fazer a auditoria, conforme reza a Constituição Federal, da dívida pública que consome praticamente a metade destes impostos que vão para bancos. Sobre isso ninguém fala nada. Por que? Desinteresse e ignorância sobre o tema.
Abraços
Para mim seria mais pratico se o Governo obrigasse cada empreendedor, empresário e comerciante, sejam eles pequenos, médios e grandes, se comprometerem com o próprio dinheiro construir e manter financeiramente com o próprio lucro, escolas, hospitais, clinicas e cursos profissionalizantes para pessoas de baixa renda.
ResponderExcluirEsses empreendedores, empresários e comerciantes não teriam mais desculpas em dizer que não podem fazer mais porque pagam muitos impostos.
Até mesmo a classe política teria como primeiro critério para se candidatar a algum posto político, ser um empreendedor, empresário e comerciante, seja ele pequeno, médio ou grande, e mostrasse para todos as escolas, hospitais, cursos profissionalizantes de qualidade que ele mantém com o próprio dinheiro.
O risco de corrupção seria muito pouco, visto que não se cobraria mais impostos.
Empreendedores, empresários e comerciantes, sejam eles pequenos, médios e grandes, que se negassem a bancar com o próprio dinheiro escolas, hospitais, cursos profissionalizantes ou qualquer outra coisa para pessoas de baixa renda, seria cobrado impostos.
Teríamos o que eu chamo de empreendedores, empresários e comerciantes patriotas de verdade em que primeiro olham para o seu país pensando também no lucro, do qual eu não sou contrário.
Ou acabaria o país e tudo se transformaria em feudos desses empresários e comerciantes, e o povo em vassalos.
ExcluirNão acredito que se criariam feudos, mesmo porque a nação e o bem estar do país seria o essencial para manter a unidade e a cooperação.
ExcluirSeria quase impossível um empregado ser um vassalo de um empresário, pois ele não ficaria acorrentado ao patrão e sem opção de trabalho.
Eu mesmo conheço empresários que queriam abrir e manter escolas com o próprio dinheiro, mais não fazem isso devido aos impostos cada vez maiores.
As pessoas seriam cada vez mais incentivadas a abrirem o próprio negócio para o bem da sua região e da nação.
Não duvido que tenha empresários ou não com sérios desejos de melhorar o país, mas com o passar do tempo, as coisas terminariam num coronelismo repaginado.
ExcluirPrecisamos moralizar e nacionalizar a educação desde berço até sempre, assim melhoramos este país.
E continue apostando e trabalhando por um Brasil melhor.
Abraços
Carlos, insisto em dizer que acho muito difícil que apareçam "novos coronéis". O empresário teria a quase obrigação de olhar para o seu país, e obviamente para o povo brasileiro.
ResponderExcluirAqueles empresários que se negassem a fazer isso, ficariam maus vistos e provavelmente seriam boicotados o tempo todo.
Qual empresário iria querer ser taxado de anti-patriota?
Nacionalizando a educação do jeito errado (não sou contrário a nacionalização da mesma), seria uma forma de deixá-la cair nas mãos até mesmo de sionistas, sejam eles de direita ou de esquerda, pois empresários financiadores (é assim que eu os chamo) seria um contra-ponto aos grupos sionistas.
Esses empresários patriotas financiariam essas escolas para educar futuros brasileiros genuínos.
Quero criar um país melhor com a ajuda de empresários, empreendedores e comerciantes que amem realmente o Brasil.