Alguém escreveu que o Brasil dá mais valor em ganhar uma Copa do Mundo de Futebol do que ter um prêmio Nobel em qualquer área do conhecimento. Fui checar o assunto no semideus da informação, o Google. E resolvi espichar a pesquisa para toda a América Latina.
O prêmio Nobel é distribuído desde 1901 nas áreas de Química, Física, Medicina, Paz e Literatura. Em 1969 foi acrescentado o de Economia. O Brasil não tem mesmo nenhum prêmio Nobel.
Carlos Chagas foi indicado em 1921 para Medicina, mas não levou. Outro indicado de fora para dentro foi Dom Helder Câmara para o da Paz e não levou também. É realmente intrigante como o mundo olha o Brasil.
Em Literatura a América Latina recebeu os prêmios Nobel em 1945 com Gabriela Mistral do Chile; em 1967 com Miguel Astúrias da Guatemala; em 1971 com Pablo Neruda do Chile; Octávio Paz do México o levou em 1990 e Gabriel Garcia Márquez da Colômbia em 1982. Não sei se o Brasil teve pelo menos alguém indicado para Literatura.
Latino-americanos receberam Nobel da Paz. No geral, foram dados a pessoas que combatiam algum tipo de ditadura nesse ou naquele país ou momento. Saavedra Lamas, Argentina, 1936; Garcia Robles, México, 1982; Perez Esquivel, Argentina, 1980; Oscar Arias, Costa Rica, 1987; e Rigoberta Manchu, Guatemala, 1992. A pequena Guatemala tem dois Nobel e o Brasil nenhum.
Na área de Química a América Latina teve dois laureados. Federico Leloir, 1971, nasceu em Paris, mas se fez profissionalmente na Argentina, e Mario Molina, México, 1996.
Na de Medicina, receberam o Nobel Cesar Milstein, Argentina, 1984; Alberto Houssay, Argentina, 1947 e o venezuelano, Baruj Beuacerraf em 1980.
São 15 prêmios Nobel para a América Latina, sendo dois terços deles da Paz e Literatura. Os argentinos levam cinco prêmios. Goleada no Brasil.
Numa grosseira conta feita seriam quase 480 prêmios Nobel distribuídos desde 1901. A América Latina tem algo como 3% do total. É muito pouco. E desses somente cinco nas áreas Médica e de Química.
A situação do Brasil é quase vexatória. O interessante é que não recebemos o tal prêmio nem nas áreas de Literatura e da Paz. Mesmo na época da ditadura militar, em que gente como Helder Câmera mostrava a cara contra o regime que o mundo lá fora condenava, não se teve um da Paz. Perez Esquivel o recebeu por combater a ditadura na Argentina, aqui não.
Em universidades norte-americanas falam que os latino-americanos quase não contribuem para a evolução da humanidade. Que não se encontra nada que a região tenha feito ou produzido que ajudou a melhorar a qualidade da vida no mundo. Se olharmos pelo prisma do prêmio Nobel parece que têm razão.
Fonte : http://www.alfredomenezes.com/index.php?paginas_ler&artigos&id=2907
Perguntinha : para que serve, por exemplo, a USP (Universidade de São Paulo) ?
Fundada em 1934, esta instituição de ensino dito superior, com seu "orçamento anual R$ 3,9 bilhões é equivalente à verba estadual para a habitação e à da cultura somadas. A área dos campi de 76 km2 é maior que a de 5% dos municípios do Estado."(1), até hoje não foi capaz de produzir um só mísero prêmio Nobel que fosse e não consta nem entre as 200 melhores universidades do mundo.
Essa gigante, só no tamanho, pois sua qualidade é questionável, só produz os chamados "intelectuais de esquerda" - como se na esquerda isso fosse possível. A maioria, apenas replica pindoramamente, os vencidos e fracassados discursos comunistas perniciosos e anticivilizacionais pelos educandários país afora e na impresa sionista e sionizante impatriótica, onde vão trabalhar muitos depois de formados.
Me parece que a principal função dos professores da USP, dentre tantas outras, é doutrinar os jovens no marxismo cultural para que se estabeleça no Brasil a NOM. De onde você acha que saem a maioria dos black bloc da vida ?
A USP é uma das melhores faculdades do Brasil sem dúvida. Mas isto não é mérito nenhum num país deficiente em ensino de qualidade e que ostenta uma das piores médias em educação do mundo. A USP não é nem nunca foi um centro de produção intelectual e cultural de qualidade, prova que nunca ganhou um Prêmio Nobel.
(1) http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2012/09/03/grande-e-rica-usp-domina.jhtm
Abraços
Essencialmente, meu amigo, o texto tem razão. Afinal, um Nobel é uma vitrine e uma honra mundiais que vem coroar um trabalho de uma vida.
ResponderExcluirMas há casos e casos. No caso do Nobel da Paz, a coisa é gritante: Kissinger, Wiesel, Peres, Menchu, Obama,... Uma fraude em cima da outra!
Injustiças mil: Cesar Lattes, Rosalind Franklin, Ezra Pound, Poincarè, Tesla,... Centenas que mereciam seu Nobel e foram desprezados por seres abjetos que controlam com mão de ferro essas honrarias e fazem delas moeda de troca ou coisa pior.
Armando Nogueira respondeu assim quando disseram com desdém que Zico, Sócrates e Falcão eram grandes jogadores, mas nunca venceram uma Copa do Mundo: "Azar da Copa do Mundo!"
Gostei disso e repasso ao Nobel.
Abraço.
Não defendo o Nobel puramente em si, mas o conjunto da obra aqui no Brasil está muito feio.
ExcluirAbraços, grande guerreiro.
Nas lista de desprezados e injustiçados citados acima não vi nenhum brasileiro.
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