Drogas: tráfico de ópio a origem do banco HSBC.
HSBC: ópio e drogas, a origem do banco inglês.
No outono europeu de 2009, quatro letras − H, S, B e C − lideravam as principais manchetes dos jornais quando um antigo funcionário desse célebre banco enviou ao fisco francês uma lista de clientes suspeitos de fraude. A mesma sigla apareceu de novo em 2011, dessa vez no contexto da demissão anunciada de cerca de 30 mil pessoas.
E novamente o nome saiu nas manchetes dos jornais em Julho de 2012 com uma dura e contundente investigação do Senado dos EUA sobre lavagem de dinheiro… do tráfico de drogas …
De Londres a Hong Kong, as belas fachadas dos grandes centros de negócios com frequência escondem a violência (e a corrupção) de suas origens. Esse é o caso do banco H.S.B.C. (Hong Kong & Shanghai Banking Corporation), cujas raízes mergulham em guerras coloniais envolvendo o tráfico de drogas (as duas Guerras do Ópio**) e comerciais conduzidas pelo Império Britânico na Ásia.
Por Jean-Louis Conne – Le Monde, Paris (http://mondediplo.com/2010/02/04hsbc)
Mas o que está por trás dessas letras? Geralmente, elas são precedidas da expressão “banco britânico”, mas, na verdade, trata-se da abreviação de Hong Kong & Shanghai Banking Corporation. A trajetória dessa empresa de compradores [comerciantes] na China, com sede em Londres, Inglaterra, com vista para o Rio Tâmisa, começa com uma história de tráfico de ópio.
O imponente Edifício HSBC , em Xangai, na sede da filial
de Xangai, na China. Uma Corporação de Hong Kong e
Shanghai Banking 1923-1955.
No outono europeu de 2009, quatro letras − H, S, B e C − lideravam as principais manchetes dos jornais quando um antigo funcionário desse célebre banco enviou ao fisco francês uma lista de clientes suspeitos de fraude. A mesma sigla aparece de novo em 2011, dessa vez no contexto da demissão anunciada de cerca de 30 mil funcionários. Mas o que está por trás dessas letras?
Geralmente, elas são precedidas da expressão “banco britânico”, mas, na verdade, trata-se da abreviação de Hong Kong & Shanghai Banking Corporation.
A trajetória dessa empresa de compradores [comerciantes] na China, com sede londrina com vista para o Rio Tâmisa, começa com uma história de tráfico de ópio.
No início do século XIX, nascia em Londres, capital do Império Colonial Britânico, a Companhia Peninsular e Oriental de Navegação a Vapor (P&O − Peninsular and Oriental Steam Navigation Company)(1).
Seu primeiro navio de carga a vela e a vapor, o San Juan, saiu das docas de Londres em 1° de setembro de 1837 para encalhar em águas rasas. Outros navios da companhia afundaram, entre os quais o Carnatic, cujos destroços foram encontrados nos recifes de Abou Nawas [no Mar Vermelho].
Mas a companhia sobreviveria à má sorte. Em 1839, a P&O assinou os contratos para o transporte do correio para Alexandria (Egito), via Gibraltar e Malta. Depois de se fundir com a Companhia Transatlântica de Navios a Vapor (Transatlantic Steamship Company), ela criou, em 1844, aquilo que se pode chamar de os primeiros cruzeiros de luxo no Mediterrâneo.
O edifício principal do HSBC em Hong Kong, que foi
projetado por Norman Foster e concluído em 1985.
Dez anos mais tarde, a P&O ligaria seu destino ao da Companhia de Navegação a Vapor das Índias Britânicas (BI − British India Steam Navigation Company), cujos navios transportavam o correio entre Calcutá (Índia) e Rangun (Birmânia). Seu proprietário, James Mackay, um administrador colonial escocês, iria se tornar presidente da P&O, a qual, por fim, absorveria a BI.
O próprio Mackay mantinha relações estreitas com Sheng Xuanhai, ministro dos Transportes da China na dinastia Qing (Manchu), a última a reinar, até a abolição do governo imperial em janeiro de 1912. Favorável à introdução da tecnologia ocidental apesar das tensões político-militares, Sheng se tornou defensor dessa causa especialmente em Xangai – onde fundou a Universidade Jiao Tong, orientada para a mecânica, engenharia e equipamentos militares –, depois em Hong Kong.
Desempenhando um papel importante, ele promoveu a cidade como a mais tecnológica da China. Em 1902, Sheng e Mackay fecharam, em nome da China e do Reino Unido, um acordo conhecido como Tratado Mackay, que versava sobre a proteção de marcas e patentes.
Foi nesse contexto que outro escocês, Thomas Sutherland, entrou para a P&O. Ele fez carreira na empresa, colaborou para a construção das docas em Hong Kong e se tornou o superintendente da P&O, mas também o primeiro presidente da Hong Kong e Whampoa Dock, em 1863.
A morte pelas drogas: uma grande fonte de receita
para os “grandes bancos”.
Nessa época, 70% do frete marítimo estava relacionado com o ópio vindo das Índias, vendido aos chineses por negociantes (n.t. o monopólio era do lorde- judeu David Sassoon sob proteção da coroa britânica**) britânicos e outros, para desespero das autoridades chinesas, que tentavam, em vão, fazer oposição a esse comércio de drogas.
Sutherland entendeu a mensagem: a configuração era ideal para o desenvolvimento de um banco comercial. Com outros, ele fundou em 1865 o Hong Kong & Shanghai Banking Corporation, o hoje famoso HSBC, o maior banco da Europa. No conselho de administração, presidido por Francis Chomley, estava igualmente a sociedade comercial Dent & Co., cujo nome vem de seu criador, Thomas Dent.
Em 1839, o alto funcionário chinês Lin Tse Hsu, reconhecido por sua competência e rigidez moral, havia emitido um mandato de prisão contra Thomas Dent com o objetivo de forçá-lo a abandonar os seus armazéns de ópio, que violavam a proibição de venda decretada pelas autoridades chinesas.
Esse foi um dos elementos que provocaram a Primeira Guerra do Ópio, encerrada em agosto de 1842 pelo primeiro “Tratado Desigual”, o de Nanquim, entre Inglaterra e a CHINA.
Localização estratégica de Hong Kong.
No fim da Segunda Guerra do Ópio (1856-1860), as potências britânica e francesa imporiam a criação de concessões territoriais sob administração estrangeira, a abertura de vários portos chineses ao comércio estrangeiro e a legalização do comércio de ópio. O conflito terminaria cinco anos antes de Sutherland criar o HSBC. Os caracteres chineses na transliteração de seu nome são auspiciosos, e podem ser entendidos como “reunião de riquezas”.
De fato, o HSBC reuniu suas primeiras riquezas graças à colheita, produção e o tráfico do ópio das Índias, e mais tarde da província de Yunnan, uma província do Sudoeste da China. Desde 1920, filiais se instalaram em Bangkoc e Manila. Depois de 1949, o banco concentrou suas atividades em Hong Kong e, entre 1980 e 1997, instalou-se nos Estados Unidos e na Europa. Só mudou sua sede social de Hong Kong para Londres em 1993, antes da devolução do território à República Popular da China, efetuada em 1997, após noventa e nove anos de domínio britânico.
Em 1999, as ações do HSBC Holdings foram cotadas em terceiro lugar na Bolsa de Nova York. O grupo adquiriu a Republic New York Corporation (atualmente integrada à HSBC USA Inc.), assim como a empresa irmã Safra Republic Holdings SA (hoje HSBC Republic Holdings SA, em Luxemburgo). Em 2007, o grupo registrou um resultado recorde, descontado o pagamento de impostos, de US$ 24 bilhões, dos quais 60% vêm de mercados emergentes da Ásia, do Oriente Médio e da América Latina.
Pela primeira vez, os lucros acumulados na China atingiram US$ 1 bilhão naquele mesmo ano − tanto quanto na França. Segundo resultados publicados em 1º de agosto de 2011, os lucros comerciais bancários do HSBC apresentaram um crescimento de 31%, e seu faturamento bruto se elevou a US$ 11,5 bilhões.
A sede do HSBC em Londres. De acordo com uma investigação
do Senado dos EUA, o banco “não agiu sobre a lavagem de
dinheiro das drogas“. Fotografia: Facundo Arrizabalaga / EPA.
Desde o fim de 2010, é o escocês Douglas Flint quem manda nos destinos do HSBC Holdings. E, desde março de 2011, Laura May Lung Cha é a presidente adjunta, não executiva, do HSBC. Uma ascensão tão notável que a fez delegada de Hong Kong no 11° Congresso da República Popular da China…
Jean-Louis Conne - Jornalista, ex-redator chefe da revista européia Animan e autor do livro “La Croix Tibétane” (A Cruz tibetana), Editions Mondialis, Bex/Chiang, 2009.
(1) A empresa seria revendida em 2006 por $ 3,9 bilhões de libras esterlinas para a Dubai Ports World, o terceiro operador portuário mundial, filial da Dubai World, holding pertencente ao governo de Dubai (Emirados Árabes Unidos).
Le Monde Diplomatique- LMD em todo o mundo, publicado originalmente em francês, tem edições em 25 idiomas.
“Desperta , tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos (inconscientes), e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios”.
Efésios 5:14,15
Fonte: http://olharparaofim.blogspot.com.br/search/label/Drogas
** http://desatracado.blogspot.com.br/2013/12/as-guerras-anglo-judaicas-do-opio.html
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HSBC pede perdão por lavagem de dinheiro.
Caso é 'vergonhoso', diz executivo-chefe; banco faz provisão de US$ 2 bi para pagamento de multas e compensações.
Instituição é alvo de investigação nos EUA e em outros países; lucro registra queda de 9% no primeiro semestre.
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS :
O executivo-chefe do HSBC, Stuart Gulliver, pediu ontem desculpas públicas pelas falhas em evitar que as contas do banco fossem usadas para lavagem de dinheiro.
Ao mesmo tempo, a instituição reservou US$ 2 bilhões para cobrir possíveis multas nos EUA e compensar clientes do Reino Unido pela venda de produtos financeiros que se mostraram ineficazes.
O banco é alvo de críticas desde que, há cerca de duas semanas, investigação do Senado dos EUA concluiu que a subsidiária americana do HSBC descumpriu leis contra lavagem de dinheiro -o que teria aberto brechas a transações vinculadas ao narcotráfico mexicano, entre outras.
No fim da semana passada, o México anunciou que aplicaria à instituição multa de US$ 28 milhões, a mais pesada da história do país. Segundo as autoridades mexicanas, em meados dos anos 2000, o banco foi o maior canal de transferência de dólares do México para os EUA.
"O que ocorreu no México e nos EUA foi vergonhoso. É uma situação muito dolorosa para todos nós na empresa", declarou Gulliver em entrevista coletiva, acrescentando que o custo para o banco pode ser "significativamente maior" do que o previsto.
O executivo-chefe do HSBC também pediu desculpas pelos "erros passados" e disse que a prioridade é reforçar "medidas que já vêm sendo tomadas" para evitar que os problemas se repitam.
Da provisão de US$ 2 bilhões feita pelo HSBC, US$ 700 milhões devem ser usados para multas eventualmente resultantes do relatório do Senado americano -para especialistas, elas podem chegar a US$ 1 bilhão.
O US$ 1,3 bilhão restante será para compensar pequenos investidores britânicos que enfrentaram prejuízos com produtos financeiros complexos -caso que, no Reino Unido, envolve também bancos como o Barclays, protagonista do escândalo de manipulação da taxa Libor.
Com a provisão, o lucro do HSBC no primeiro semestre deste ano ficou em US$ 43,7 bilhões, 9% inferior ao obtido nesse período em 2011.
REVISÃO DA LIBOR
Ontem, o governo do Reino Unido anunciou oficialmente a revisão do processo pelo qual é definida a Libor, que é a taxa de juros das operações feitas entre os bancos.
As autoridades britânicas concluíram que, de 2005 a 2009, a Libor foi mantida em níveis artificialmente baixos, para tentar mascarar problemas financeiros com a crise. O Barclays foi o primeiro banco a admitir a manipulação.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/57786-hsbc-pede-perdao-por-lavagem-de-dinheiro.shtml
Abraços
Cobalto,
ResponderExcluirEsse é um fato que deveria ter tido uma repercussão muito maior do que teve. A coisa passou meio despercebida no noticiário. Pagaram a multa e ninguém foi preso. Instituições como esta, e não apenas esta, andam de mãos dadas com a nata da bandidagem mundial, aliás, melhor dizendo, estas instituições são a nata da bandidagem mundial. Uma coisa que me irrita profundamente é assistir propaganda de instituições bancárias (como também da coca-cola): o clima bucólico embalado por musiquinhas de um mundinho cor de rosa, como MUSIC FOR A FOUND HARMONIUM do grupo Penguin Cafe Orchestra... Um título idílico para propaganda do Bradesco. Os caras fod... com toda a sociedade se aliando com o que há de mais podre nesta. Talvez eles, os traficantes, é que estejam se unindo com a escória da sociedade. Gente que se sentou nos melhores bancos dos campus universitários de todo o mundo. Gente que se especializou na rapinagem, no caos, na proliferação da violência, do vício, da criminalidade... São criminosos, os piores que existem. Alguém do HSBC foi preso? Claro que não, vieram com aquele papinho de menininhos pegos fazendo travessuras. Desculpinhas foi o suficiente. Lamentável. E tem idiota que vive enaltecendo o banco do qual é correntista. Este é um tipo de papo que me irrita profundamente. Dá nojo ver um boçal comparando uma instituição dessas com outras do mesmo quilate. Estes braços armados do Belzebú e demais sistema financeiro, são o cancer da humanidade e estão vencendo de largas braçadas o homem. Falta um tantinho pra liquidarem o papel moeda de uma vez por todas. Os cartões serão universais e aí a escravidão será total. A "Fanfare For The Common Man" está a um passo do seu fim, sem que nunca tenha existido e os tolos ainda não se deram conta.
Correto, El Kabong. Quase nada noticiado, até porque se a imprensa fizesse, não teriam mais os lucrativos comerciais de bancos.
ResponderExcluirNesse ramo ninguém nunca vai preso. Se for, é miudeza, é bode-expiatório.
E sem falar que quando estes bancos quebram, é o povo com seu suado imposto que vai socorre-los. E quando o povo precisa de capital, é um juros pela hora da morte.
Veja também :
http://desatracado.blogspot.com.br/2013/12/os-mesmos-problemas-as-mesmas-lutas.html
http://desatracado.blogspot.com.br/2013/12/cia-maior-traficante-de-drogas-do.html
http://desatracado.blogspot.com.br/2013/12/drogas-para-promocao-da-democracia.html
Abraços
''com o judeu vc sempre perde''.
ResponderExcluir"De que adianta conquistar o mundo e perder sua alma?", Jesus perguntou.
ResponderExcluirAbraços.