terça-feira, 2 de maio de 2017

Povo e trabalhador na imolação dos juros

Segue transcrição do capítulo I, págs. 22 a 50, obra historiográfica "Brasil Colônia de Banqueiros" do advogado, professor, museólogo, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista brasileiro Gustavo Barroso. Leitura imprescindível para compreender os problemas nacionais e mundiais. Boa leitura.

Capítulo I 

OS EMPRÉSTIMOS DA MONARQUIA (1824-1889) 

"Ousei rasgar o espesso e misterioso véu que cobria o Tesouro, persuadido de que a desconsolação pública e a extinção do patriotismo andam a par da miséria pública; de que a ruína dos Estados, a queda dos Impérios são consequências das desordens das finanças". 
(Relatório do Ministro da Fazenda, Manuel Jacinto Nogueira da Gama, Visconde de Baependi, em 1823).

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Em 1818, o viajante inglês Henry Koster, depois de nos ter visitado e observado, escrevia que o Brasil mudara de metrópole, cessando de "depender de Portugal para se tornar colônia da Grã Bretanha (1)." O conceito era pesado, mas justo. E acrescentava outro, bebido no que ouvira, durante a sua estadia: o de que no nosso país só os ingleses podiam viver bem.

"O inglês reinava mercantilmente sobre a inépcia portuguesa", afirma Oliveira Martins (2). Reinaria, portanto, consequentemente, sobre a então melhor colônia do Reino. Esse domínio vinha de longe, do tratado Methuen de 1703, como o reconhecia o próprio marquês de Pombal numa carta. Mal passava uma semana que se abrigara entre nós, corrido pelos granadeiros de Junot, o príncipe-regente D. João abria os portos do país ao comércio das nações amigas, isto é, ao comercio da Inglaterra, única capaz de exercê-lo. Em 1809, os seus emporocratas exigiram mais e por isso se iniciaram as negociações de que resultou o tratado preferencial de comercio, assinado em 10 de fevereiro de 1810. Por ele, os navios ingleses podiam ser reparados nos portos brasileiros, concediam-se fôro e jurisdição especial aos súditos britânicos, favoreciam-se nas alfandegas as mercadorias de Albion com o direito de 15% ad valorem, 9% menos do que as de qualquer outra nação. Era um verdadeiro monopólio comercial que fez baixar as exportações portuguesas para o Brasil de mais de 50% (3).

Koster estava certamente ao par de tudo isso e o seu conceito, portanto, era, como dissemos, pesado, mas justo.

Livres de Portugal em 1822, não nos libertamos da metrópole comercial inglesa senão lá para 1834, pois até essa data duraram os efeitos do tratado preferencial. E passamos a um jugo pior: fomos transformados em colônia da casa bancaria judaica Rotschild, em colônia do super-capitalismo internacional, que não tem pátria e como que obedece a leis secretas de aniquilamento de todos os povos.

Há uma grande documentação que prova isso. Em 1806, por exemplo, num documento escrito pelo seu próprio punho, Sismondi já denunciava o judaísmo como o disfarçado organizador das seitas anti-cristãs, das sociedades secretas, da derrubada dos tronos, do enriquecimento pela, usura, com o fito de dominar o mundo. Herder condenou a filantropia cristã, o nosso eterno sentimentalismo diante desse PERIGO FORMIDÁVEL pelos seus efeitos dissolventes e desmoralizantes. Em 1811, de Maistre previa a morte da Rússia nas suas mãos. Em 1816, prevenia em carta o czar. Em 1823, Goethe, profetizava que a sua influência extinguiria os entendimentos morais na Alemanha. Em 1844, lê-se no romance "Coningsby" de d'Israeli que o mundo é governado por personagens muito diferentes daqueles que imaginam os olhos que não penetram atrás dos bastidores. Em 1847, Bismarck, num discurso ao Landtag prussiano, pedia textualmente que "os cristãos fossem emancipados dos judeus." Em 1869, Gougenot-Desmousseaux mostrava o judeu agindo na sombra, — meia dúzia de indivíduos dessa raça, donos do ouro e das associações secretas, dando ordens ao mundo inteiro. Em 1887, Calixto de Wolski, baseado nos documentos irrefutáveis de Brafman, dava á publicidade o segredo desse domínio nos países moscovitas. E, enfim, em 1906, a formidável documentação dos chamados Protocolos dos sábios de Sião, embora apregoados como uma falsificação, veio confirmar ponto por ponto todos os libelos acusatórios anteriores.

Em 26/06/1933 a Federação das Comunidades Judaicas da Suíça e a Comunidade de Berna, também naquele país, promoveram um julgamento, visando provar que os Protocolos eram uma falsificação e proibir a sua publicação. O tribunal procedeu de forma "espantosa", e todos os dispositivos do Código Civil Suíço foram deliberadamente postos de lado. Foram ouvidas 16 testemunhas dos queixosos; só uma das 40 (quarenta) testemunhas indicadas pelos acusados tiveram permissão para falar ... O veredito não surpreendeu ninguém: no dia 14/05/1935 os Protocolos foram declarados uma falsificação e na verdade um escrito desmoralizante!...

Nota dos Editores: Em 01/11/1937 o Tribunal Suíço de Apelação criminal anulou completamente esse julgamento. Os propagandistas sionista, no entanto continuam declarando que os Protocolos dos Sábios do Sião são uma falsificação comprovada.

"As crises financeiras que se manifestaram varias vezes nos países de grandes concentrações de capitais, nestes últimos tempos, revelaram o divórcio absoluto entre os interesses das nacionalidades e os dos grupos financeiros. A fuga do ouro, de país para país; os pânicos das praças, consequentes de maquinações propositais; as contradições econômicas e políticas, assinalando uma marcha segura em detrimento das autoridades nacionais, — tudo isso pôs em evidencia um fator absolutamente imprevisto no mundo moderno: a existência de uma politica imperialista, que foge aos impositivos nacionais.

Tivemos, antigamente, o imperialismo militar, das nações fortes, que reduziam países livres a condições de escravidão. Em seguida, tivemos o imperialismo das nações econômicas, que conquistavam mercados para seus produtos. Foi dentro desse imperialismo complexo, dentro da luta econômica dos povos contra povos que terminou um novo imperialismo, inimigo de todos os povos. E' que o capitalismo, na sua obra de infiltração internacional, desnacionalizou-se, perdeu a idéia de pátria, tornando-se um destruidor de todas as pátrias.

O Estado liberal-democrático, adotando todas as normas do liberalismo econômico, facilitou a expansão dessa força dominadora. Havendo todos os povos erigido ao capital o culto de suas homenagens, esse novo Deus passou a oprimir os governos, a assoberbar os Estados, na sua marcha avassaladora. Tendo-se facilitado tudo ao capital, este passou a atentar contra os princípios fundamentais da civilização cristã, como sejam o principio da família e o principio da nação.

O capitalismo é hoje, no mundo, um permanente proletarizador das massas, um continuo transmutador de valores morais, um açambarcador de economias privadas, um opressor da agricultura, da industria e do comercio, tudo submetendo ao seu império.

O capitalismo organizado, seguindo a rota que lhe traçou Karl Marx, torna-se o inimigo do próprio capital. Pois o capital é a consequência natural do principio da propriedade, ao passo que o capitalismo organizado é a negação daquele princípio.

Na sua marcha avassaladora, a organização capitalista do mundo procura, antes de tudo, penetrar no organismo das nações, afim de aniquila-lo. Começa, portanto, pela escravização dos governos.

Essa escravização se opera através dos "favores", dos empréstimos, pois o primeiro passo para tornar um governo escravo é torna-lo devedor.

Quando essa potestade internacional pretende reduzir um povo ás condições de escravo, o que ela faz naturalmente não é mandar exércitos: manda banqueiros.

Assim, prossegue a marcha da escravidão de um povo. Os empréstimos se multiplicam; as emissões espinhosas se reproduzem; as operações e negócios estabelecem a trama com que se manieta a nacionalidade. E um país que chegou a esse ponto não tem mais do que deixar-se sugar pelo tremendo polvo que lhe lançou as antenas. Pois a confusão se estabelece em todos os quadrantes da vida nacional. Os partidos políticos, em cuja proa aparece a catadura dos amigos dos banqueiros, assumem atitudes as mais variadas, para iludir o povo, ora com o regionalismo separatista, ora com o acenar novas e maiores liberdades, ora para a defender obscuros princípios revolucionários. O povo aplaude e acompanha esses políticos que estendem sobre os banqueiros internacionais a clâmide pura de suas intenções patrióticas, sagrando-os amigos da Pátria.

O exame de todas as transações, efetuadas pelos nossos governos, o alarma nacional contra a avassaladora influência de grupos financeiros que aqui exploram e se dissimulam em mil faces, muitas verdadeiramente simpáticas, mas todas expressivas da mesma inexorável politica subterrânea, a atitude franca, leal e decisiva contra qualquer tentativa, por parte de políticos, de partidos ou de homens públicos, no sentido de acobertar os latrocínios, que matam toda a vitalidade nacional, tudo isso são deveres que se impõem á nova geração brasileira.

Libertar o Estado das forças que se formam a ele paralelas; impôr a autoridade da nação, acima de tudo; ir ás extremas consequências de uma campanha sem tréguas, esse o verdadeiro caminho do povo brasileiro e principalmente da sua mocidade (4)."

O fenômeno vem se precisando de longa data. Já em 1545, Lutero abria os olhos dos povos contra esse capitalismo, então nascente: «Eles (os banqueiros e capitalistas) têm todas as  mercadorias nas mãos e fazem com elas o que bem entendem, sem receio de elevar ou abaixar preços conforme sua conveniência, oprimindo e destruindo os pequenos comerciantes, do mesmo modo que o peixe maior devora os peixinhos dentro d'água. Parece que foram instituídos senhores de todas as criaturas de Deus e libertados de todas as leis da fé e do amor ... Somente se contentarão quando tiverem sugado o mundo inteiro e todo o ouro do universo lhes encher a pança ... Todos etão expostos ao perigo e á ruína, ganha este ano, perde no seguinte, menos eles, os capitalistas, que ganham sempre, eternamente, ou reparam as perdas com novos lucros. Não é de admirar, pois, que tomem conta do mundo (5).»  

Entregamo-nos a esse polvo no inicio de nossa vida, com o primeiro empréstimo que fizemos no estrangeiro logo após a independência e que nos tirou para sempre a independência. Que havíamos de fazer. Pobres, sem recursos, pedimos dinheiro emprestado. Nosso estadistas seguiram o hábito da época. E, como canta, indignado, o poeta integralista maranhense Manuel Sobrinho, numa ode ao Sete de Setembro:

"E quando, para dar à nova Pátria alento. 
Se esperava (foi grande o desapontamento!) 
Que o Brasil um instrumento agrícola empunhasse 
E, erecto, da lavoura a estrada palmilhasse, 
Ele empunha a sacola, o mar bravio afronta 
E vai tomar lá fora empréstimos sem conta, 
Esquecendo que tal esdrúxulo processo 
Era o óbice fatal ao carro dp Progresso! 

Assim temos passado, assim temos vivido ... 
E hoje, que somos bem um débito vencido 
Nas finanças do mundo, e o corvo da INSOLVÊNCIA 
Fareja-nos, salvai, homens, a Indpendência 
Que um dia, espada em punho, indômito, altaneiro 
Conquistou para nós um príncipe estrangeiro 
E que os nossos irmãos vendem (quanto desdouro!) 
Como a um traste qualquer, por um punhado de ouro!" 

A nova nação deu-se, ao nascer, de mãos atadas ao capitalismo sem pátria. Metido o pé nas suas misteriosas engrenagens, o corpo todo do Brasil haveria de, em um século, passar por entre as moendas do engenho de fazer ouro. Elas expremeriam de seu pobre povo suor e sangue. E, depois de assim dessorado, sugado, espoliado, ainda os literatos em busca de êxitos fáceis viriam considerá-lo inerte e preguiçoso, apelidá-lo Jeca Tatu e fazer, pervertidamente, o Retrato do Brasil. Ao brasileiro roubado e escravizado, brasileiros não se pejaram de caluniar!

"Conquanto a independência do Brasil — escreve Castro Carreira (6)não fosse conseguida á custa de grande sacrifícios de vidas e dinheiro, todavia se aumentaram em muito os seus compromissos, que, juntos aos novos encargos naturalmente criados, como se verá no desenvolvimento de suas despesas, fizeram o país principiar sua vida lutando com as dificuldades dos déficits e do recurso aos empréstimos, no qual se tem mantido." 

Em 1922, escrevendo sobre o centenário de nossos empréstimos, o sr. Jacob Cavalcanti disse: "O mau estado das finanças do Brasil-Colônia, nos dias próximos á sua independência, retratava a desordem financeira da metrópole; de sorte que o Brasil tornado independente, entrava logo no regime dos déficits orçamentários e caminhava a passos largos para a subordinação ao credito estrangeiro." Tornava-se independente para ficar subordinado ...

Entramos na vida independente onerados com um empréstimo português, cuja responsabilidade assumimos e com uma tradição de finanças sempre arrebentadas. Dez anos antes, em 1812, o escrivão do Real Erário, Manuel Jacinto Nogueira da Gama, depois visconde de Baependi declarava lastimável o estado do Tesouro, confessando que não tinha dinheiro nem para pagar aos empregados públicos, que, para não morrerem de fome, esmolavam "o pão da caridade". Havia tropas a que se deviam vinte e seis meses de soldo!

No Manifesto de 6 de agosto de 1822, o Príncipe D. Pedro clamava, referindo-se ás Cortes de Lisboa: "Lançou mãos roubadoras aos recursos aplicados ao Banco do Brasil, sobrecarregado de uma dívida enorme nacional." 

Estendemos a sacola aos banqueiros judeus de Londres, pedindo o favor dum empréstimo e combinamos que seria lançado naquela praça em duas vezes. O contrato da primeira foi passado a 20 de agosto de 1824, entre o marechal de campo Felisberto Caldeira Brant, mais tarde marquês de Barbacena, e o conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessôa, mais tarde visconde de Itabaiana, e as casas bancárias Baseth Farquhar Chrawford & C.ª, Fletcher, Alexander & C.ª e Thomas Wilson & C.ª (7). O da segunda foi realizado pelos mesmos com o banqueiro Nathan Mayer Rotschild.

A autorização para o contrato de empréstimo foi dada pelo decreto de 5 de janeiro de 1824, sendo ministro da Fazenda Mariano José Pereira da Fonseca, mais tarde visconde e marquês de Maricá.

É a primeira vez que esse nome, famoso por muitos títulos nos anais da finança internacional, aparece na nossa história. Nunca mais sairá dela. Os brasileiros devem guardar bem guardada a lembrança da data: — 12 de janeiro de 1825. Nesse dia, os banqueiros puseram o pé sobre o nosso corpo, passamos a pertencer-lhes e durante cem anos para eles trabalhamos. Entretanto, embriagada pela vã palavra de liberdade, a nação se divertiu com a Abdicação, as rebeldias da Regência , a Maioridade, as guerras do 2º Império, a Abolição e as revoltas da República, entremeadas de quedas de gabinetes, de mudanças de regimes, de sucessões governamentais e de ditaduras, enquanto que, por trás dos bastidores, só os banqueiros, de mãos dadas aos políticos, a governavam e a exploravam.

Já é tempo de dizer a verdade ao povo brasileiro. Ela não consta, senão veladamente, das mensagens oficiais. Calou-a sempre a boca mentirosa ou covarde dos politicões do liberalismo. Embora acoimados pelos comunistas de servirem ao capitalismo, os Integralistas são os que até hoje têm tido a coragem de pregá-la — para que o colosso acorde, se espreguice, quebre as cadeias e, erguendo o tacape duma verdadeira liberdade, espatife os ídolos e os bezerros de ouro. Já basta de se dizer que a casa Rothschild presa tanto os títulos brasileiros que com eles constitui o dote de suas filhas casadouras. Já basta de considerá-los nossos amigos, como eu próprio me penitencio de o haver feito, levado por essas balelas e por ainda não ter estudado a fundo os nossos empréstimos (8). Tudo isso é muito bom para embair os tolos através da leitura dos jornais. Mas a verdade é outra e bem trágica: essa propaganda, contumaz e esperta, oculta tão somente o trabalho forçado de gerações e gerações de brasileiros.

Nathan Mayer Rothschild! Este nome está preso a toda a engrenagem financeira mundial do começo do século. Seu portador assiste, de longe, a batalha de Waterloo, vê a derrota de Napoleão, corre á costa belga, paga a peso de ouro o barco dum pescador, atravessa a Mancha em pleno temporal, arrebenta cavalos até alcançar Londres e surge na Bolsa com a mais tranquila fisionomia deste mundo. Sorri e começa a vender seus títulos. Todos pensam que deve estar ao par de novas terríveis da guerra, pois nada ainda transpirava do fatal encontro de Napoleão com Wellington e Blûcher. Se ele o conhecia e de visu. O pânico ganha os portadores de ações, de bônus e de apólices. Baixa pavorosa! Os agentes de Nathan compram tudo por dez réis de mel coado. Mais tarde, chega a notícia da estrondosa vitória e todos aqueles papéis, como é natural, sobem vertiginosamente. Estão na quase totalidade em mãos da casa Rothschild, que realiza um ganho colossal e, á sombra dessa formidável riqueza começa a dominar a Europa (9). Caíra o império militar de Napoleão, a maior potencia politica da época, e nascia o império argentário de Rothschild, a maior potência financeira dos novos tempos. 

Aquela barca que o trouxera a Londres não estava armada em corso — escreve Calixto de Wolski (10) —, mas serviu á primeira façanha de pirataria financeira do século! E acrescenta: "Tudo isso foi encantadoramente fácil, devia ter dito com seus botões o fundador da raça de nossos reis atuais. Nunca se poderá saber o que intimamente pensou da revoltante incapacidade dos cristãos para a liquidação de suas contas. Quanto aos reis e imperadores, mais autênticos, porem menos hábeis do que ele, Rothschild, ínfimo corretor dum principezinho alemão; esses imperadores e reis, assombrosos pastores de povos, não compreenderam que eles e seus povos iam assistir á eclosão dum novo poderio, e que os operários que trabalhavam na edificação desse poderio eram verdadeiros gênios. As testas coroadas — mais ou menos ungidas — não possuem ciência infusa! Iam em breve ter outros cuidados. Seus povos, aliás, aborrecidos pedinchões de Constituições, Cartas e outras liberdades do mesmo quilate, trabalhavam inteligentemente em favor do jogo dos judeus, fazendo ... revoluções, sempre liquidadas com empréstimos, conversões e outras velhacadas! ..." 

Tripotages, diz o texto. Calixto de Wolski escrevia isso no prefacio da "Russie Juive" em 1882. Pouco tempo depois, morria misteriosamente ... Quem não sabe que é perigoso descobrir certas maroscas? ...

A sociedade chegou a um ponto de bastardia moral tão grande que não compreende mais que se condenem os atos dessa natureza. Chama-se a isso habilidade. Aperta-se a mão e coroam-se com títulos os homens que desse modo procedem, enquanto se mete na prisão o desgraçado que furtou um níquel para matar a fome dos filhos. O argentarismo sem piedade ganha, assim, biliões, pouco se lhe dando dos prejuízos alheios, das nações que se digladiam, do sangue derramado nos campos de batalha, das viúvas e órfãos sem pão, das economias de povos inteiros que se submergem nas voragens das bolsas! A isso chama com razão a voz da Igreja immodica possidendi libido e isso é a grande causa das aflições por que tem passado, vai passando e ainda ha de passar o mundo.

O domínio do planeta por esses meios vem de longa data e é curioso que caiba sempre ao judeu. Antes dos Rotschild, os Fugger de Augsburgo o haviam  conseguido por análogos processos, perturbando o ritmo da vida ocidental e desviando a própria civilização de seu rumo. No ano de 1367, o primeiro Fugger se estabeleceu naquela cidade alemã e começou a fortuna que um centenário depois era formidável e decidia da eleição de Carlos V como imperador da Alemanha (11). Entre outros, Aloys Geiger nos conta que fizeram do arcebispo de Mogúncia seu testa de ferro, por ele conseguiram o monopólio da venda das indulgências papais e a realizaram com tal despudor que provocaram a revolta de Lutero. Em verdade, o arcebispo-eleitor arrematara na Curia Romana a percepção das indulgências de Jubileu por 10.000 ducados. Devia, porem, 20.000 aos Fugger e cedeu-lhes em pagamento aquela percepção a que eles deram caráter de verdadeira exploração comercial, ávidos de lucro. Tetzel, o famoso perdoador das apóstrofes luteranas, andava acompanhado do representante da casa Fugger (12). Ao mesmo tempo que traficavam com as indulgências da Igreja, esses argentários inescrupulosos organizavam em pleno século XVI um cartel do cobre, impondo pelo monopólio do comercio desse metal o seu preço em todos os mercados europeus e drenando para seus cofres rios de ouro. Daí a palavra fuggern, comum na linguagem corrente da Alemanha do Sul, significando falta de escrúpulo (13). E a voz de Chamberlain se eleva com estranha autoridade nesta condenação formal: "Emancipado dos entraves salutares que o associam aos interesses da comunidade, o individuo somente conhece como lei o arbítrio sem freio de seus caprichos. A escolha dum imperador dependerá dos cálculos imbecis dum filho de tecelão que unicamente enxerga suas vantagens pessoais. Não exagero, porque, graças ao concurso dos Fugger e dos Weber, Carlos V foi eleito e pôde empreender a nefasta guerra da liga de Smalkalde (14)."

Antes dos Fugger, fora no século X o opulento João O Bom. Então, segundo a palavra de Dante, a Itália era a "hospedaria da dor", mas, no meio dessa dor, ele nadava em ouro, ele, o judeu que intervinha nas eleições dos Papas e fizera de seu filho o Anti-Papa Anacleto! ...

Eis de longa data a mola secreta que explica os atos de muitos governantes. Na sombra, por trás deles, estão os João o Bom, os Welser, os Fugger, os Rotschild, os Zaharof, os Baruch, os Staviski e outros, calculando tão só os lucros de sua immodica possidendi libido, sem o menor respeito e muito menos o menor amor pela sorte das nações que dependem do seu maldito dinheiro.

E' tempo de voltarmos ao empréstimo da independência. O milhão de libras da primeira operação nos foi dado pelo prazo de 30 anos, com 1% de amortização, 5% de juros anuais e tipo de 75, o que quer dizer que recebemos £ 750.000, mas ficamos devendo £ 1:000.000. A margem de £ 250.000, linda soma naquelas priscas eras, ficou soi-disant para as despesas do empréstimo e, sobretudo, para ser repartida entre os intermediários, os de lá e os de cá. Nessa margem, está o segredo do êxito dessas operações e do açodamento de certos homens de Estado em fazê-las. Por esse lucro imediato, eles, cegos de cupidez, não trepidam em sacrificar o futuro do seu povo e é com essa isca dourada que Israel vai cumprindo à risca aquela promessa das Escrituras: "Tu devorarás todos os povos que o Senhor teu Deus te entregará (15)."

Por isso, a usura é proibida entre eles desta sorte: "Não farás mal algum á viúva nem ao órfão. Se vós os ofenderdes, eles gritarão por mim e eu ouvirei os seus clamores!" E de outros modos. Mas é autorizada para os estrangeiros. Basta ler: Deuteronômio, XV, I etc; Êxodo, XXIII, 20, 21 e Gênesis, XXII, 22, 23.

O contrato com Thomas Wilson e seu séquito contem clausulas que valem a pena ser conhecidas: opção para a segunda parte do empréstimo — £ 2.000.000; comissão de 4% sobre os gastos (condição 7º); monopólio das compras de qualquer material de que carecesse o Governo Imperial entregue à firma dos emprestadores (cond. 9ª) e que os contratadores do empréstimo se esforçariam por obter; 2½  % sobre a compra ou a venda de quaisquer mercadorias para o Brasil ou do Brasil; 1% sobre todas as nossas compras e vendas de prata e ouro; 1% sobre todas as letras de câmbio vindas para o nosso país ou dele remetidas para o estrangeiro; 1½  % sobre todos os seguros de embarque de ouro e prata, e demais transações !!!! Quem duvidar procure a obra já citada de Castro Carreira e leia o texto do leonino instrumento pelo qual fomos vendidos aos judeus de Londres.

Os negociadores desse pacto, Barbacena e Itabaiana, eram Íntimos e se tratavam em carta por amigo do coração. O primeiro fora acreditado plenipotenciário do Brasil na Grã Bretanha por uma carta credencial de 12 de agosto de 1822. O segundo fora incumbido especialmente dos ajustes para o reconhecimento da independência. As instruções para tratarem do empréstimo lhes foram enviadas em 1824 pelo ministro e secretario de Estado visconde de Maricá. Elas marcavam o minimo de 80 para o tipo e o máximo de 6 % para os juros. Os decretos de 30 de dezembro de 1824 e de 28 de fevereiro de 1825 aprovaram as duas operações conjuntas. Defendendo-se mais tarde das acusações que lhe foram feitas, Barbacena diz (16) que obteve melhor tipo do que o fixado nessas instruções, pois, se a primeira e menor parte da operação obtivera o tipo 75, a segunda e maior obtivera o 85, sendo, pois, a media de tipo de todo o empréstimo 81 2/3.

Apesar da opção contratual, os banqueiros Wilson e todo o seu numeroso bando não tomaram a seu cargo o lançamento da segunda operação do empréstimo. Não ha no Tesouro nenhum documento, nem nos livros, publicações e correspondências do tempo qualquer referencia que elucide o caso. Claro está que não pode ter sido por prejuízos havidos, embora Barbacena se refira a uma baixa imediata dos títulos. Nós sabemos bem como funcionam as altas e baixas ao sabor das mais indecorosas especulações. O negócio foi dado a outro, que o aceitou com todos os riscos, mau grado as perdas aludidas. Wilson e sua matula não fizeram a menor reclamação. É que o urubu-rei descera das alturas onde remigiava desde que a Inglaterra encadeara nas rochas de Santa Helena a águia napoleônica. Toda a urubuzada, camirangas, unas, tingas, e caracarás afastou-se respeitosa, afim de que Sua Majestade examinasse o repasto e visse se era digno de seu real bico. A Velha Guarda morrera sob a metralha de Waterloo para que a sombra de outras asas substituísse na face do mundo a sombra colossal daquelas que se tinham começado a fechar com o calor da Espanha e o frio da Rússia. E essas asas eram asas de abutre ...

Temos de admitir uma intervenção forte e discreta, se não secreta, que arredou a malta-mirim dos Wilson, Fletcher, Bazeth, Farquahr et reliqua, entregando o bolo definitivamente à família-assu, a quem os inefáveis mistérios da alta finança internacional reservavam o direito de exploração do Brasil. O feliz mortal escolhido foi — como se viu e ainda se verá — Nathan Mayer Rotschid a cujo "poder colossal" em uma de suas próprias cartas Barbacena se refere com respeito (17).

Quando Schiller escreveu que os judeus formam um Estado no Estado, sabia perfeitamente que escrevia uma verdade. Lembrava-se talvez daquele rescrito do imperador Tibério, expulsando os judeus de Roma justamento por esse motivo. E, quando, em 1870, o judeu convertido Brafmann publicou em Vilna o seu Livro sobre o Kahal, foi que o mundo viu claramente a organização desse Estado no Estado que amedrontara Tibério e Schiller revelara. Ele se compõe de dois órgãos: o judiciário ou Beth-Dine e o administrativo ou Kahal. Este é quem regula o modo pelo qual os israelitas devem explorar os cristãos, de maneira a não haver choques violentos entre seus interesses e receber a direção do Kahal os subsídios necessários à manutenção desse aparelho. Transcrevamos na íntegra um dos documentos autênticos publicados por Brafmann na obra citada. Ele dará idéia clara e perfeita do assunto. "Quinta-feira, véspera da lua nova. Acra 5562, Os representantes do Kahal e a assembléia geral composta de todas as autoridades judaicas da cidade decidiram que o direito de explorar o hospital da cidade (Vilna) e sua praça situada ao fim da rua Kaidony e pertencentes aos monges católicos é vendido ao Rabino Isaque, filho de Gerson. Ao mesmo é igualmente vendido o direito de explorar a raça pertencente á  municipalidade e situada nas proximidades das propriedades acima referidas. Esse direito de exploração das propriedades dos cristãos é vendido ao dito Rabino Isaque, a seus descendentes ou representantes, do centro da terra até as mais altas nuvens do céu, sem que ninguém possa nunca lhe contestar o direito pago por ele à caixa do Kahal pelo preço convencionado.

Conseguintemente, esse direito é inviolável por toda a eternidade e o dito Isaque pode dispor dele a seu bel-prazer, isto é, revendê-lo, empenhá-lo, doá-lo. Se o Rabino arranjar com os membros da municipalidade a autorização de levantar algumas construções na praça, cujo direito de exploração adquiriu do Kahal, poderá construir casas e quaisquer outros edifícios, de madeira, pedra ou tijolo. Se o governo se apoderar dessas praças, afim de nelas erguer quartéis ou outros edifícios públicos, é severamente proibido a qualquer judeu fazer qualquer contrato com o governo, porque só Isaque filho de Gerson tem o direito de entrar em combinação com os poderes públicos para obter a adjudicação dos trabalhos. É, além disso, expressamente proibido a qualquer judeu receber quaisquer comissões dos mesmos, pois somente Isaque filho de Gerson poderá ser o intermediário do governo ou da municipalidade em tudo o que se relacione com os locais de que comprou o direito de exploração.

Cada Kahal do mundo inteiro é concitado a proteger esse direito adquirido por Isaque filho de Gerson para ele, seus descendentes e representantes. Cada Kahal e cada Beth-Dine devem perseguir todo individuo que queira pôr obstáculo ao pleno e inteiro exercício desse direito, tratá-lo como inimigo e forçá-lo a pagar todo prejuízo que possa resultar de sua ingerência hostil; e, em caso de negligencia da parte do Kahal ou do Beth-Dine em perseguir o delinquente, constrangendo-o a indenizar os prejuízos de Isaque filho de Gerson e seus descendentes, o Kahal será responsável com a sua caixa, no mais breve prazo possível, por essa indenização.

A publicação desta escritura de venda será enviada a todas as sinagogas (18)."

Certamente todos os brasileiros gostariam de saber por quanto Nathan Mayer Rotschild comprou ao Kahal de Londres, para si e seus descendentes ou representantes o direito de exploração do Brasil do centro da terra até as mais altas nuvens do céu. Teria sido caro ou barato?

Nunca o saberemos. O Kahal, diz Wolski, profimdo conhecedor do assunto, é o modesto estado-maior que dirige silenciosamente uma guerra implacável contra a economia cristã. Se até hoje as polícias de todos os países têm sido impotentes contra a Migdal, sociedade secreta judaica que organiza e explora a prostituição no mundo inteiro, como poderão segurar esse silencioso estado-maior que já provocava o receio do imperador Tibério, a cujo nome Cícero estremecia na tribuna do Fórum, que ajudou serenamente a levar a infeliz Rússia ao domínio dos comunistas e ensopou de sangue a Hungria e a Baviera? (19).

Nunca o saberemos!

Vale a pena recordar as palavras do próprio Cícero, ao defender Flaco, quando ele revela, antes do Cristianismo, o poder oculto do Kahal Kados, a Santa Comunidade: "Sequitur auri illa invidia Judaici. Hoc nimirum est illud quod non longe e gradibus Aureliis haec causa discitur; ab hoc crimen hic locus abs te, Laeli, atque illa turba quaesita est: seis quanta sit manus, quanta concordia, quantum valeat in concinionibus. Summissa voce agam, tantum ut indicas audiant. Neque enim desunt, qui istos in me, atque in optimum quemque incitent: quos ego, quod id facilius faciant, non adjuvado." O documento é tão importante que merece ser traduzido e grifado nas passagens mais dignas de nota do texto: "Vem em seguida a odiosa imputação do ouro dos judeus! Sem dúvida, é por esse motivo que a causa se pleiteia ao pé dos degraus aurelianos. Foi por causa dessa acusação que escolhestes este lugar, Lelio, e a espécie de ouvintes que vos rodeiam. Sabeis qual o seu número, como são unidos e de que influência gozam em nossas assembléias. Evitarei, pois, levantar a voz; quero somente  que os juízes me escutem; porque não faltarão indivíduos dispostos a manobrar essa gente contra mim e contra os melhores cidadãos. Não quero fornecer aqui  novas armas à sua malevolência (20)." 

 O cesarismo de Tibério defendera-se, porque sentira a palpitação dum como Estado racial e teocrático dentro do Estado Imperial. Assim tem de ser, como inexorável fatalidade, onde quer que os judeus se apresentem. Segundo Renan, o que constitui uma nação é o casamento do homem com a terra. Só esse  casamento produz a comunhão de interesses material e de sentimentos capaz de criar uma nação. Os judeus não realizam nunca esse casamento. Daí a eterna antinomia entre eles e qualquer Estado digno desse nome, e, portanto, com capacidade de reação que não permite gozem as vantagens do judaísmo sem os ônus dos outros habitantes, em vista do estatuto particular motivado pela religião que os livra em geral de varias cousas, como por exemplo o serviço militar. (Existem casos de pessoas nascidas no Brasil, que se dizem ser brasileiras, porém fazem de tudo para não prestar serviço militar, nas nossas forças armadas, alguns até preferindo fazê-lo nas forças armadas de Israel!... Nota dos Editores). A própria Bíblia testemunha irretorquivelmente isso, no livro de Ester, quando Aman, ministro de Estado e responsável pela governação do país, diz ao rei Assuero: "Ha um povo disperso nas províncias de teu reino que pratica novas leis e cerimônias, e que demais despreza as ordenações  do rei." Eis porque Tibério os confinava no bandel de Porta Portese ou os despachava para a Sardenha; porque o pretor Hispalus, no ano de 139 (Antes de Cristo!) severamente reprimia em Roma suas perturbações da ordem pública; porque Cláudio mandou fechar as sinagogas e bani-los da capital do Império; porque contra eles se convocou, na Espanha, o concilio de Elvira; porque o rei Visigodo Egica e o rei godo Wamba os expulsaram; porque o concílio de Toledo lhes proibiu os cargos públicos; porque o abade Pedro de Cluni se revoltava contra eles; porque os persas foram obrigados a destruí-los no século X e os califas a desterrá-los no século XI; porque os mouros de Espanha os chacinaram após a famosa conspiração de Halévy; porque o sultão Amurat II matou até o ultimo dos comunistas que se tinham levantado contra seu pai, Maomé II, chefiados pelo judeu renegado Kemal Udbin; porque todos os historiadores bem informados lhes atribuem os manejos das forças secretas que têm desencadeado as revoluções modernas através do Iluminismo, da Buschenchaft, da Maçonaria, do movimento Haskala, etc; e porque Hitler os guerreia.

A segunda operação do empréstimo da independência foi contratada pelos mesmos negociadores, Barbacena e Itabaiana, com a casa Rothschild. O contrato é tão leonino como o anterior. As £ 2.000.000 tem melhor tipo, 85, idênticos prazo, juros e amortização; mas deviam ser dados em doze prestações mensais. Como o sírio, o judeu não passa sem prestações. É uma inclinação racial. Vejamos algumas das condições contratuais: a 3.ª manda contar os juros desde outubro de 1824 e o empréstimo foi lançado em janeiro de 1825(!) a 4.ª determina a comissão de 1/18 % sobre a compra das cautelas para a amortização, mesmo quando essas cautelas sejam as dele banqueiro-comprador; a 5.ª concede 4% para corretagem e despesas, de maneira que a margem do tipo não teve nem essa rasgada desculpa.

Os Rothschild comeram sozinhos essa margem sem se engasgarem. Dos 4% da corretagem atiraram a Barbacena e a Itabaiana 2%. Baependi, mais tarde, tanto quanto lhe permitiam suas funções e a linguagem oficial, se horrorizava com a negociata. "Quem pode deixar de notar — escrevia — que se peça dinheiro na Europa com grandes sacrifícios e não menos risco do crédito nacional para se pagar no Brasil parte dos juros que se deviam ..." E acrescentava claramente que os comissários imperiais encarregados do contrato do empréstimo haviam desfalcado os cofres públicos de 1.900.000 cruzados!

Examinado o empréstimo por uma comissão nomeada para isso pela Câmara dos Deputados, esta declarou no seu parecer, entre outras cousas, as seguintes: que, enquanto o Governo Imperial pagava 5% de juros sobre qualquer adiantamento de dinheiro fora dos prazos estipulados no contrato, a casa Rothschild nada pagava pelas somas vencidas que conservasse em suas mãos; que da porcentagem de 4% sobre o produto liquido da operação metade ficara com Rothschild e metade fora paga a Barbacena e Itabaiana, cabendo a estes um total de £ 72.000 (21); e que os emprestadores tinham sobre a quantia total, o lucro liquido de £ 3 %. A esse parecer Barbacena replicava com uma Exposição brilhante, mas não muito convincente.

"Com esse empréstimo, reconhece Jacob Cavalcanti, iniciou-se o prestigio da casa Rothschild no crédito do Brasil, a que tem prestado assinalados serviços." O grifo é meu e tudo quanto se contem neste livro me autoriza a fazê-lo.

Em todas as negociações levadas a efeito para obter os três milhões de esterlinas que nos amarraram para sempre á gleba judaica, a única cousa em verdade convincente é o poder colossal de Rotschild que Barbacena reconhecia por escrito. E, quando leio escritores como Draper (22), encarniçados contra o grande poder do antigo Papado, sorrio de piedade dos homens que renegam um poder espiritual, mas se abaixam diante dos Papas do dinheiro ...

Antes de passar adiante, ponhamos em presença do leitor esta conta do Tesouro Imperial que mostra quanto custou em nossa moeda o empréstimo da independência:

Rendeu ............................................ 12.397:777$777
Pagamos de juros ........................... 46.263:878$445
Custou à nação ............................... 60.348:179$393

Está aí o doloroso quadro. Os juros elevaram-se quase a quatro vezes o capital. Somando as comissões, que suprimi da conta para torná-la mais clara, temos o custo total de 60 mil contos. Foi quanto demos em espécie por 1 2 mil, além das condições onerosas e perpétuas, isto é, cinco vezes mais. E não se diga nada: é negócio honesto. Legal, pôde ser, não duvido. Lícito é que não foi e nunca será.

Releva notar ainda que, em grandes quantias assim, a taxa de juros de 5% é a mais alta que a decência permite cobrar. Tudo o que exceder daí entra no domínio da mais indigna usura.

Até 1857, quando o Banco de França obteve liberdade de taxas de juros, a legislação francesa não permitia empréstimos, particulares ou não, a mais de 5 %.

A garantia que demos aos banqueiros foi a hipoteca das rendas das alfândegas. Devíamos acabar os pagamentos em 1854, Não o pudemos e os credores magnânimos prorrogaram o prazo por mais dez anos,
isto é, até 1864.

Desta sorte, o primeiro dinheiro que tomamos emprestado na aurora do Império, nos escravizou até o raiar da guerra do Paraguai!

Nossos amigos, os Rotschild! ...

Em virtude dos tipos 75 e 85 das operações dos nossos amigos banqueiros, ficamos a dever £ 3.000.000, mas somente recebemos £ 750.000 e mais £ 1.750.000. Por essas £ 2.450.000 pagamos £ 6.050.000 de juros, e, somando a isso o capital integral, veremos que o custo total do negócio foi para o Brasil de £ 9.050.000 (23).

Por esse preço fomos vendidos aos banqueiros israelitas ainda no berço!

É curioso, antes de prosseguirmos, ver ligeiramente como os referidos banqueiros procedem a essas frutuosas negociatas. Lançam o empréstimo na praça, ficam com certo numero de cautelas e o público, os tomadores, com o resto. Depois, eles vão comendo as comissões de venda e de recebimento de juros, tendo posto o pé nos negócios dum país sem despender quase nada. Os tomadores caíram com o capital de que eles descontaram a margem do tipo. A responsabilidade sobre essa quantia logo retirada é do governo que estendeu a mão pedinchona. Mais tarde, aproveitando as baixas, os banqueiros vão adquirindo os títulos e apertando as rédeas da nação escravizada. Deixam unicamente, neste ou naquele país, certo número de proprietários de cautelas, que servem para a grita, as reclamações e as constantes ameaças de intervenções estrangeiras com bandeiras nas alfandegas. Esses truques tem um século já e são mais do que conhecidos. Começam a impressionar muito menos do  que impressionavam ...

Tudo isso e mais alguma cousa faz parte dos segredos da chamada alta finança internacional, cujas imoralidades mais chocantes e cujas transações mais ignominiosas são feitas habilmente, dentro das leis. "O judeu, — escreve um grande jurista — misturado ás civilizações arianas, utilizando o contrato de auxílio mútuo pelo empréstimo fraternal ou o contrato de venda a prazo, os quais, lealmente praticados são instrumentos de utilidade, equidade e paz, os transformou em contratos de pilhagem pela usura, pela expropriação e pela especulação na Bolsa. É que se não serve desses instrumentos de modo moral e mesmo não tem consciência de que possam assim ser usados. Resulta disso luna espécie de parasitismo judaico com uma concepção que desnatura o direito". E acrescenta que esses indivíduos de psicologia diversa da nossa usam o nosso direito a seu modo, sem nem de leve cuidar que o desviam absolutamente de sua verdadeira essência (24).

Para escravizar o trabalho cristão, os judeus acharam, sempre com o auxilio da politica, cúmplices no alto da escala social. Os imperadores e reis que, outrora, empenhavam as jóias da coroa com os Salomões e Abraãos, passaram pela escola dos judeus e se tornaram os excelentes devedores, os ingênuos descontadores de letras dos tempos modernos. Inaugurando a era dos empréstimos, os judeus tomaram as hipóteses de todos os futuros hipotecáveis; rendas dos Estados, caminhos de ferro, canais, fábricas, etc. Existe ainda algum futuro não hipotecado? Se existe, já está visado e notado por eles (25).

Que melhor futuro hipotecarei do que este imenso Brasil?!

Nas Reflexões sobre a história da Humanidade, há muito tempo já, Herder escreveu este período candente: "Um ministério em que governa um judeu, uma casa em que o judeu tem as chaves das gavetas e armários, uma administração cujas funções principais são confiadas a judeus, uma universidade onde são tolerados como corretores e prestamistas dos estudantes, são outras tantas Lagoas Pontinas que é preciso aterrar! Porque, de acordo com o velho provérbio: "Onde há carniça, os abutres se ajuntam e onde há podridão os vermes pululam".

Em virtude de uma convenção adicional ao tratado de 29 de agosto de 1825, pelo qual a nossa independência foi reconhecida por Portugal, o Brasil tomou a seu cargo o pagamento de £ 2.000.000, sendo £ 1.400.000 dos remanescentes do empréstimo português de 1823 e £ 600.000 de indenizações pelos bens da coroa real deixados no Império. Estes últimos milhares de esterlinas deveriam ser pagos no prazo de um ano a contar das ratificações dos tratados. Entregaram-se logo ao Governo Lusitano £ 250.000. O resto foi sendo dado em prestações á legação portuguesa em Londres.

Quando estourou o caso de D. Miguel e D. Maria II se refugiou na Inglaterra, o conde de Palmela utilizou os pagamentos recebidos e os que continuou a receber na causa da Rainha, o que trouxe várias complicações no futuro. Barbacena e Itabaiana tiveram grande parte nelas.

Transpusemos as £ 1.400.000 do empréstimo português de 1823 para a nossa conta, trocando as cautelas lusitanas por títulos brasileiros, vencendo juros de 5%. Dos cálculos feito pelo Tesouro Imperial extraiamos um resumo:

Amortizamos ................................. 12.620:098$150
Pagamos de juros ......................... 10.264:479$743
Custo total ..................................... 22.884:577$899

Quase vinte e três mil contos de reis!

Soma colossal naquele tempo, correspondendo talvez a 230.000 de hoje!

Foi o que nos custou o reconhecimento da nação através das negociações com lord Canning. Os brasileiros humildes, brancos, caboclos, negros e mestiços, unidos como nos gloriosos dias da guerra holandesa, haviam derramado seu sangue no Genipapo, em Itaparica e em Pirajá. Os brasileiros chamarrados de ouro fizeram as combinações diplomáticas, os pactos de família e as negociatas de dinheiro ...

Cinco anos mais e batíamos de novo, o que era fatal, humildes, ansiosos, dilacerados de lutas e dívidas, á porta de Thomas Wilson e de Nathan Mayer Rotschild. Em nome do Império distante e assoberbado de dificuldades, o magnifico marquês de Barbacena e o magnifico visconde de Itabaiana, usando duma autorização contida no art. 7.º da lei de 8 de outubro de 1828, tomaram £ 400.000 a juros de 5%, 1% de amortização e o tipo de 52!!!! A fumaça da pólvora e da macega queimada das coxilhas de Ituzaingó ainda manchava as fardetas dos nossos caçadores a pé, déramos a liberdade ao Uruguai, perdendo a Cisplatina, e o troar dos canhões do Monte Santiago parecia continuar no crepúsculo do 1.º reinado. Enfraquecidos, devíamos nos sujeitar a todas as forças caudinas. O marquês e o visconde queriam o dinheiro fosse como fosse. Rotschild impôs o tipo 52. Não se conhece na história financeira do mundo cousa mais monstruosa. A imoralidade foi tão grande que o governo inglês chegou a pensar em proibir a operação (26).

A 1.° de junho de 1829, Barbacena escrevia jubiloso ao Imperador, de Lalenham, dizendo que, finalmente, se ajustára o empréstimo, reconhecendo o público inglês que Rotschild "tinha confiança e fé nos recursos do Império". E terminava acrescentando que, emfim, se poderiam equipar as fragatas e levar para deante os negocies da Rainha.

Para derrubar D. Miguel e reerguer D. Maria, lá se ia o dinheiro que íamos ficar devendo por dezenas e dezenas de anos! E o marquês se alegrava com a fé e a confiança do poder colossal de Rotschild nos recursos do Império!

— Livra! como diz o povo.

Sua assinatura não figura, porém, no contrato do empréstimo, que os jornais do tempo apelidaram o ruinoso. Entretanto, ainda se encontrava na Inglaterra. Segundo uma carta que escreveu ao conselheiro Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, de bordo, achava-se no mar em outubro de 1829 (27). O contrato traz a data de 26 de junho e somente a assinatura do conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, visconde de Itabaiana. Hipoteca nominalmente a alfândega do Rio de Janeiro. Os juros começam a ser contados de 3 de julho de 1829, data da assinatura do contrato, quer o dinheiro entre, quer não entre. Este será dado em doze prestações mensais. Judeu sem prestação não é judeu. Reserva-se 1/8 % para comissão de amortização e corretagem. Não podemos deixar de lembrar aqui aquele trecho em que o grande Emanuel Kant diz o seguinte: "Os palestinos que vivem no nosso meio conseguiram pelo seu espirito de usura uma reputação de velhacos, bem fundada na maioria dos casos. Na verdade, parece estranho imaginar uma nação composta de ladrões; porem ainda mais estranho é verificar que existe uma nação composta exclusivamente de traficantes que desdenham a honra de viver como os outros habitantes do país que os acolhe, achando mais vantajoso enganá-los."

Premido pelos credores dos gastos diplomáticos de Barbacena, pelas despesas dos emigrados portugueses, ás quais não bastavam os pagamentos feitos pelo Brasil por conta das £ 600.000 da convenção adicional, o visconde suplica um adiantamento. Rotschild dá, mas cobra por ele 4% de juros. Mais tarde, esta soma entrará no computo total a juros de 5%, de modo que rendeu 9%!

O visconde e o marquês a tudo se tinham de sujeitar, porque precisavam de dinheiro para atender a grandes despesas. Segundo confissão do último, com a Rainha, as fragatas e os emigrados se gastaram £ 177.738, e com o 2.° casamento de D. Pedro I £ 42.272.

Estudando o empréstimo de 1829. Castro Carreira diz serenamente que pagaríamos "capital quase duplo do que recebíamos". E apresenta esta conta em moeda brasileira:

Recebemos (?) .......................... 2.233:775$555
Pagamos de juros ...................... 6.858:143$889
Custou ........................................ 9.362:147$797

Não recebemos tal. Escrevendo em 1842, em S. Petersburgo, o depois conselheiro Cândido de Oliveira (28) mostrava que os empréstimos brasileiros realizados nessa época haviam rendido, líquidos, £ 3.712.000; que desta soma apenas recebera o Tesouro Imperial 1.092.000; que a restante e maior parte ficara na praça de Londres e ali fora inteiramente consumida principalmente na alimentação dos mesmos empréstimos, e em outras despesas feitas na Europa por conta do Governo Brasileiro, entre as quais figurava a verba das despesas diplomáticas compreendidas no período de 1825 a 1830 (29) ; e que, finalmente, a despesa total suportada pelo Brasil para-o fim exclusivo do pontual pagamento dos dividendos efetivos, por conta dos mencionados empréstimos, até o fim do ano de 1841, sobe a enorme soma de cerca de £ 4.000.000, que excedia já o capital emprestado, do qual somente se amortizara a insignificante importância de 276.000 libras! (30)

"Possa a dolorosa recordação destes fatos, terminava o conselheiro, gravar-se profundamente na memoria dos administradores brasileiros ..." E nós acrescentamos: para servirem de lição um dia a administradores de verdade.

Em 1830, a grita era grande no Rio de Janeiro contra esse empréstimo. Da tribuna do parlamento, Holanda Cavalcanti o condenava, e denominava aos arranjos financeiros realizados em Londres a Caixa mágica, o Sorvedouro das rendas e o Cancro do Tamisa. A imprensa desaçaimada glosava essas expressões. Encontraremos uma delas grafada pelo próprio punho do monarca. No dia 27 de setembro desse ano, D. Pedro I escrevia uma carta intima a Barbacena, então ministro da Fazenda, referindo-se textualmente à Caixa mágica e declarando-se disposto ao exame das respectivas contas. Como nesse exame o marquês não podia ser "juiz e parte", resolvera demiti-lo e nomear seu substituto o visconde de Paranaguá. Por decreto de 30 de setembro, a demissão era publicada, porque convinha liquidarem-se as contas da dívida com Portugal, as grandes despesas com Portugal, as grandes despesas com a Rainha e os emigrados, e com o casamento. É um decreto de demissão sui-generis, com exposição de motivos.

Barbacena defende-se na sua citada "Exposição". Seu biografo, Antonio Augusto de Aguiar, (31) também o defende. Todavia, tanto o escrito do primeiro como o livro do segundo passam como gato por brasas sobre a operação de 1829. E' verdade que só Itabaiana assinou o contrato e, depois, demitido também, levou á breca em Portugal ...

Vejamos mais alguns sinistros pormenores. O capital real do empréstimo de 1829 foi de £ 400.000; mas o capital nominal de £ 769.200. Alem disso, o tipo 52 reduziu o capital real a £ 208.000. Ora, desta sorte, por £ 208.000, o Brasil pagou, capital e juros, £ 1.950.000!!! De novo, as rendas das alfândegas hipotecadas. A miséria da soma nem ao menos entrou para nossos cofres. Foi destinada ao pagamento dos
juros atrasados do empréstimo da independência e das dividas particulares contraídas com os contratadores do próprio empréstimo pelo Governo Imperial. Entre elas, deviam estar as motivadas pelas suntuosidades de Barbacena á cata duma princesa européia para casar com D. Pedro I.

Na expiração do prazo contratual desse empréstimo monstruoso, 30 anos, ainda devíamos £ 508.000, que passaram para o novo empréstimo de 1859. Notem bem: da operação Itabaiana-Rotschild couberam-nos £ 208.000 liquidas, empregadas em pagar juros e dividas contraídas por Barbacena com Rotschild, todas acrescidas de juros; no fim de trinta anos de pagamento continuado de juros, devemos ainda essas £ 208.000 aumentadas de mais £ 300.000, que vão gravar novo empréstimo!

Foi o segundo passo do banqueiro internacional no nosso território, a segunda volta das moendas do banguê de espremer ouro do infeliz e caluniado Jeca Tatu, o começo do giro dum parafuso sem fim ...

Dez anos passaram e tivemos de apelar para novo empréstimo, afim de suprir insuficiências de rendas. Em todos os relatórios ministeriais da época se verifica o regime dos déficits. O Império liberal possuía soberania jurídica, mas não possuía soberania econômica e tinha de proceder forçosamente como um
simples particular.

Era regente do Império Pedro de Araujo Lima e ministro da Fazenda Miguel Calmon du Pin e AImeida, depois marquês de Abrantes. Havia déficits em três orçamentos: Fazenda, Marinha e Guerra.

A 5 de fevereiro de 1839, contraímos esse empréstimo com os banqueiros Samuel & Philips. Assinou-o o nosso encarregado de negócios em Londres, José Marques Lisboa. Havia dez anos que Rotschild nos esfolava. Agora cabia a outro, não se sabe por que secreta combinação, a nova esfola. Capital real £ 312.500, tipo 76, juros 5%, prazo 30 anos. Tudo isso, em resumo, quer dizer: por £ 237.500 recebidas
£ 503.000 pagas!

O Anuário da Bolsa de 1931 dá, para esse empréstimo o tipo 76; o autorizado sr. Jacob Cavalcanti, 73. Na dúvida, preferi o mais favorável.

As contas do senador Castro Carreira ,tiradas da escrita do próprio Tesouro, acusam o seguinte:

Recebidos ........................ 3.623:755$278
Juros pagos ..................... 5.172:729$105
Custo total ........................ 9.604:201$153

O regime dos déficits continua naturalmente e em 1843 somos forçados a novo empréstimo na City. Já maior, D. Pedro II está na aurora do seu longo reinado. Encarrega-se dele o nosso plenipotenciário em Londres, comendador José Marques Lisboa, que o contrata com Isaac Lyon Goldsmid. Destina-se a liquidar definitivamente o ajuste de contas com Portugal, proveniente das negociações para a nossa independência. Decerto o Kahal permitia a Isaac Lyon negócios com Portugal ... Reconhecíamos dever ainda do empréstimo português £ 488.393, 15 s. e 5 d., além de £ 134.308 de juros, isto é, o total de £ 622.702. Tomamos, portanto, emprestado este capital real de £ 622.702 a juros de 5%, tipo 85 e prazo de 20 anos, com a obrigação de pagar o capital nominal de £ 732.600. Assinaram-se os atos a 3 de maio de 1843.

Como garantia, demos em penhor as rendas de todas as alfândegas, que formarão — reza o contrato textualmente — "um fundo particular para esse compromisso."

Ao fim do prazo ajustado, ainda devíamos £ 362.000 que passaram, como é natural e entra pelos olhos, para o empréstimo de 1863. Um canudo dentro de outro canudo! Engavetamento de empréstimos ...

Na verdade, o resultado desta operação financeira é o seguinte, na nossa moeda:

Recebemos para pagar ........... 5.534:575$376
Pagamos de juros .................... 6.422:709$299
Custou-nos tudo ..................... 14.259:034$129

Para simplificar a conta, não estio intercalados comissões e outros prejuízos.

Reparai que, com vinte e um anos de vida independente, estamos sempre com a corda ao pescoço, fazendo empréstimos para pagar juros de outros empréstimos, cujas sobras incorporamos a novos empréstimos, círculo vicioso em que temos vegetado até hoje, cada vez pior (32). Antes de nós, Integralistas, ninguém fizera o povo brasileiro descer aos círculos dantescos desse inferno de sua escravidão, que ele nem mesmo suspeitava e que é a grande causa de todas as suas aflições. Nós resolvemos mostrar-lhe a verdade doa em quem doer, aconteça o que acontecer!

As £ 662.702 de 1843 custaram à nação a bagatela de £ 1.465.200!

A 27 de julho de 1852, depois de vencido e expulso o tirano Rosas, depois que as baionetas dos caçadores de Marques de Souza passearam triunfantes pelas avenidas de Buenos Aires, os Rotschild lançavam por nossa conta, em Londres, um empréstimo de £ 954.250 reais por £ 1.040.600 nominais, tipo 95, isto é 5% só de desconto sobre o capital real e juros módicos de 4 ½  %. Por que tanta generosidade? Porque o ouro não sairia da caixa voraz dos banqueiros. Era destinado ao resgate do que ainda nós devíamos, após trinta anos de juros, do empréstimo da independência, feito em 1824 e do empréstimo português de 1823! Só em 1882 acabamos o pagamento dessa linda operação que nos custou apenas £ 2.294.523!

Lobo de Bulhões, citado por Jacob Cavalcanti, transcreve o seguinte documento sobre essa questão: "Pagou Portugal os juros e amortização deste empréstimo relativos aos anos de 1824 e 1825, e, sobrevindo a independência do Brasil, ajustou-se na primeira parte do art. 2.° da convenção adicional ao tratado com o Império do Brasil de 29 de agosto de 1825, que sua Majestade Imperial tomava sobre si o empréstimo contraído em 1823; porem os mutuantes não quiseram relevar Portugal da sua responsabilidade para com eles e transpassá-la para o Brasil (sic), de maneira que o Brasil se obrigou a pagar a Portugal o que naquela época restava do empréstimo, que era um milhão e quatrocentas mil libras esterlinas; porém Portugal não ficou desonerado da parte dos mutuantes; antes pelo contrário, continuou a sua responsabilidade, solidaria pelo que toca a eles, e subsidiaria à do Império do Brasil até este Império acabar de satisfazer o capital e juros do mesmo empréstimo (sic)."

Comentário único, em bom português: — Os mutuantes (leia-se banqueiros-judeus) só tiveram um escopo: firmarem-se em duas amarras: garantirem-se lá e cá.

Vale a pena determo-nos ainda um instante neste empréstimo de 1852. Foi assinado no dia 27 de julho. Do nosso lado, o ministro do Brasil na Inglaterra, cavalheiro Sergio Teixeira de Macedo; do outro, a firma N. M. Rotschild & Sons (33). Autorizou-o o decreto legislativo n.º 587 de 6 de setembro de 1850. As clausulas do contrato declaravam que a casa Rotschild seria exclusivamente empregada em todos os pagamentos e compras da operação, que teria a percentagem de l|2% sobre os remanescentes, de 2% para despesas e trabalho e de 1% para cobrir riscos e prejuízos eventuais ...

Olhem as contas:

Rendeu o empréstimo ........................ 8.226:932$780
Juros pagos ........................................ 9.413:843$109
Custo total ......................................... 21.024:784$159

Em 1858, no dia 19 de maio, novo empréstimo contratado com Rotschild e Filhos pelo comendador Francisco Inácio de Carvalho Moreira, mais tarde barão de Penedo, faustoso plenipotenciário dum Império que vivia de empréstimos. "O fausto de suas recepções fez época em Londres". Estava legalmente autorizado pelo decreto n.° 912 de 26 de agosto de 1857. £ 1.425.000 reais e £ 1.526.500 nominais em 4 prestações ... Tipo: 95 ½. Prazo: 30 anos. Juros: 4 ½ %. Fim: prolongamento da Estrada de Ferro D. Pedro II, depois Central do Brasil e novamente D. Pedro II. É o primeiro empréstimo para uma. utilidade, o primeiro que se não faz para pagar somente dividas e juros atrasados. Do contrato constam condições esplêndidas para os banqueiros: comissões de 1% sobre quaisquer dividendos a pagar, 1/8 % sobre resgastes, 2 ½ % de corretagem.

Recebemos realmente, de acordo com o tipo, £ 1.360.275 e até dezembro de 1888 pagamos £ 3.366.500!

Eis um quadro mais claro:

Recebidos ....................... 12.330:423$500
Juros pagos ....................... 9.211:834$845
Custo total ....................... 24.885:058$650

Os juros são, como se vê, uma invenção mirífica. Sobretudo os juros de usura. Afirmam os israelitas e  seus defensores que a isso foram forçados pela perseguição dos cristãos, que lhes não permitiam outra propriedade e outro negócio senão o dinheiro. É uma deslavada mentira! Segundo Ihering (34) o prova de sobejo, os juros são uma "invenção semita", os judeus de Babilônia os elevavam a 20 e 25 %, e já procediam a descontos, o que é o mesmo que a margem do tipo dos empréstimos.

Sayce, o grande historiador inglês, exibe documentos insofismáveis, provando que, em Babilônia, um século antes da primeira destruição do reino de Judá por Sennacherib, já se afirmava o "parasitismo usurário" dos judeus, que eles já cobravam juros escorchantes e que a casa judaica Egibi Irmãos era o banco Rotschild da Ásia, daquele tempo (35).

Se abrirmos as documentadíssimas páginas de Van der Kindere, aprenderemos que, nas Flandres, no século XVI, enquanto os prestamistas decentes não iam alem de 6 ½ % ; os judeus, livres de qualquer constrangimento, cobravam de 60 a 200 %!!! (36)

Isto os tornou prodigiosamente ricos em todos os tempos e por toda a parte, desde quando arrematavam os impostos aduaneiros do Império Romano até quando anualmente retiravam 900 milhões de marcos dos empréstimos ferroviários da pobre Alemanha vencida! Na Idade Média, desde Luiz II encheram a França, onde o Languedoc se tornou uma nova Judéa. Carlos o Calvo quis reprimi-los e morreu envenenado pelo medico Sedecias. Carlos o Simples espantava-se da pobreza do povo e da opulência judaica. Luiz o Moço criou, por causa deles, o ofício de Preboste das Dívidas. Se Felipe o Augusto não reage, tomariam Paris inteiro, pois metade já lhes estava hipotecada ...

A engrenagem que nos devia expremer e escravizar entra em pleno funcionamento. Os empréstimos imperiais que se repetiam de década em década, surgem com o diferença dum lustro ou pouco mais e se vão suceder quase anualmente. Estamos no meado do século XIX, em pleno apogeu do domínio judaico no mundo, através da finança internacional. Razão sobrava a Hehn para escrever: "Quando Goethe morreu a 2 de março de 1832, Borne datou desse dia a liberdade da Alemanha. Na realidade, esse dia marca o fim duma época, porque com ele começou a idade judaica em que vivemos (37)." É a idade que se carateriza pelo culto do êxito, pela materialização da vida, pela divinização do ouro, pelo pragmatismo, sem o menor vislumbre de piedade para com os povos escorchados. O capitalismo cientifico faz do capital uma abstração monstruosa que vai devorar a sua própria sociedade com o monstro comunista que gerará. Porque "é absolutamente impossível fazer entrar na cabeça dum judeu a noção do que nós entendemos por divindade, religião ou moral. Aí é que está o nó, o verdadeiro nó da questão judaica. E é por isso que um homem imparcial, sem alimentar o menor desprezo para com os judeus, dignos, aliás, de elogios e notáveis por muitos títulos, pôde e deve considerar a presença de grande numero deles entre sua gente como um grave perigo. Não é somente o judeu, porém o que proceder do espirito judaico que corrói e decompõe em nós o melhor de nós mesmos (38)."

A nossa civilização promana de três fontes: a arte e a filosofia gregas, o direito romano e a religião cristã. O judeu nega essas três fontes e procura desvirtuá-las. Como não haver um choque?

O reconhecimento desse espirito judaico contrário á nossa civilização parte das maiores autoridades israelitas em assuntos que lhes dizem respeito. Num discurso pronunciado na cidade de Presburgo, a 30 de julho de 1903, o dr. Leopoldo Kahn, notabilidade judaica, dizia: "O judeu nunca se assimilará. Jamais adorará hábitos e usos de outros povos. O judeu continuará judeu em todas as circunstâncias." O dr. Mandelstan, professor israelita da Universidade de Kiev, declarava numa oração em pleno Congresso Sionista de Basiléa: "Não desejo a assimilação dos judeus nas outras nações. Quero salvá-los como nação, porque tem uma aspiração comum conservada através da história na sua consciência nacional." Outro judeu, o dr. Felsenthal, defendia esta tese: "O judaísmo é um povo e não uma religião (!). O povo judaico é tudo. A religião é um acidente." Com o decurso do tempo esse modo de pensar não se modifica, antes cada vez mais se acrisola. Em setembro de 1933, o American Jewish Congress ofereceu ao historiador israelita Emilio Ludwig uma recepção em Nova York. Segundo telegrama dali, publicado pela A Noite, de 29 daquele mês e ano, durante a mesma, ele "concitou os israelitas do  mundo inteiro a se unirem para que a comunidade judaica fosse reconhecida conto entidade nacional." Acrescentou ainda que, "mesmo que os israelitas não se estabelecessem na Palestina, não haveria razão para que não fossem reconhecidos como nação. Citou o exemplo dos poloneses e checos que, quando não dispunham de território, eram considerados como entidades nacionais."

Apregoando a sua pretensão de formarem assim um Estado dentro dos outros Estados ou superior a todos os Estados, os judeus apelam para os conceitos de raça e de religião, quando qualquer nação procura impedir a formação dessas entidades nacionais, verdadeiros quistos no seu organismo.

Por que hão de os povos se curvarem aos desejos desse povo que o grande Hegel considerava "incapaz de elevar-se acima duma concepção materialista do mundo"? Fichte pôs a questão em pratos limpos: "Por quase todos os países europeus se alastra um Estado poderoso e inimigo, que vive em contínua guerra com todos os outros Estados e pesa terrivelmente sobre os cidadãos; É O JUDAÍSMO. Não creio seja tão terrível somente por formar um Estado isolado, separatista, estreitamente unido, mas porque esse Estado se funda no ódio a toda a humanidade ... Todos vós pronunciais palavras melifluas de tolerância, de direitos do "homem e de direitos do cidadão. E não vedes que os judeus, que são, sem vós, cidadãos dum Estado mais solido e poderoso que todos os outros, gozarão no vosso Estado de dupla proteção, esmagando assim os vossos concidadãos. Eles querem os direitos do homem, embora no-los recusem, como se pode ler no Talmud; porém, se quisermos dar-lhes, precisamos primeiro cortar-lhes as cabeças numa noite e repor-lhes outras sobre os ombros em que não existam mais idéias judaicas". Ora, Fichte não é um panfletário antissemita, nem um politico, nem um troca-tintas qualquer; Fichte é um dos maiores pensadores da humanidade!

Outro grande pensador, Schopenhauer, abunda em considerações da mesma ordem: "Os judeus são o povo escolhido de Deus. É possível. Mas, como os gostos diferem, eu não os escolheria ... Em nenhum caso, se deviam dar direitos políticos a gente que nunca está em sua pátria, cuja única pátria são os outros judeus do universo ... Não ha idéia mais superficial e mais falsa do que considerar os judeus simplesmente como uma seita, uma confissão religiosa. Isso não passa de estratagema calculado para falsear a verdadeira noção das cousas. O emprego de tal expressão não devi ser permitido: deve-se dizer — A NAÇÃO JUDAICA."

Daí a magistral conclusão a que chega Tharaud: "Não é por uma aparente contradição que esse povo, que se mostrou em todos os tempos o mais teimoso em conservar-se a si próprio, se tornou o povo mais internacionalista. Precisamente por ser original e pessoal em excesso, seu gênio o leva a atacar o que ha de mais original e pessoal nas sociedades onde vive, afim de substituir isso por um tipo uniforme de sociedade, do qual sejam excluídas as tradições especiais de cada nação e no qual cada nação perca seu caráter especifico, ficando o judeu o mais forte justamente por manter o seu ..."

Razão de sobra assiste a Hitler quando afirma que, por mais bem tratado que seja, o rabanete jamais se transformará em morango: será sempre rabanete.

Kant, Fichte, Hegel, Schopenhauer, toda essa luzida plêiade de grandes filósofos que nesse sentido opinou sobre o Judaísmo Super-Nação, sobre o Judaísmo Internacional, fez-se eco, como os documentos o provam de sobejo, das opiniões exaradas pelos próprios intelectuais israelitas e do clamor que contra essa exploração sobe do fundo dos séculos. O antissemitismo é muito mais antigo do que o Cristianismo. Nem foi criação deste. Porque o judaísmo foi o problema  mais difícil e perigoso de todos os tempos, não como problema racial ou religioso; porém como problema político e econômico. Nos primórdios da história de Israel, ele se apresenta claramente nos livros sagrados. Quando Isaque, filho de Abraão e pai de Jacob, vivia em Gemara, os palestinos rebelaram-se contra a sua permanência e seu chefe, Abimelec, disse-lhe estas palavras textuais e significativas: "Afasta- te de nós, porque tu te tens feito mais poderoso do que nós!" O de Ester documenta a ensanguentada formação do Estado judaico dentro do Estado persa pela matança até das criancinhas, o que se comemora na festa do Purim. Em Alexandria, formam uma verdadeira nação governada por um etnarca. Em Roma, constituem o Beth-Dine ao tempo de Augusto e possuem o Príncipe da Nação, cujas decisões eram apoiadas pelas leis romanas, como se vê do capitulo do CODEX— De Judoeis. Em plena idade-média, mau grado toda a vigilante defesa dos Estados cristãos, segundo o judeu Bedarride, "suas riquezas contrastavam com o estado miserável em que se arrastava o povo."

É esse Estado ou melhor Super Estado financeiro que escraviza o Brasil, como veremos.

   

Para resgatar o escandalosíssimo empréstimo de 1829, que continuava a pesar nas finanças imperiais, fizemos com Rotschild, por intermédio do referido Carvalho Moreira, o de 23 de fevereiro de 1859: £ 508.000 ao par, ao prazo de 30 anos e juros de 5%. Ao par! Parece negócio de pai para filho. Nada disso. Era o saldo justo daquelas miseráveis £ 208.000 já pagas e repagas, que se convertia em novo empréstimo para render juros por mais trinta anos. Com os trinta decorridos, seriam meio século e pico! Juros de juros de juros! Nada mais!

As £ 508.000 transformaram-se cm £ 460.000 de novos títulos. O resto sumiu-se em despesas e percentagens. E sabem quanto nos custaram? £ 762.000 de juros com o capital: £ 1.270.000.

As contas do Tesouro dão este belo resultado:

Dívida amortizada .................. 4.779:548$099
Juros pagos ........................... 3.606:262$986
Custo total .............................. 8.547:235$129

Mal passava um ano e a 10 de abril de 1860 o barão de Penedo, autorizado pelo decreto n.° 912, de 26 de agosto de 1857, negociava outro empréstimo com Rotschild para construção de estradas de ferro, a tipo 90 e juros de 5%, por 30 anos. Recebemos em prestações £ 1.089.000 por £ 1.210.000 que ficamos a dever. Aplicamo-los felizmente em caminhos de ferro, na Companhia E. de F. do Recife ao S. Francisco, e outras, sendo £ 400.000 para aquela. E pagamos um total de £ 3.025.000 (39)!

Em resumo:

Recebemos ..................... 10.525:947$300
Pagamos de juros ............. 8.344:650$378
Custou-nos ...................... 23.988:515$477

Três anos mais tarde, no dia 7 de outubro de 1863, o barão de Penedo assinava novo contrato de empréstimo com Rotschild. A imprensa da época denominou-o o oneroso e não é, contudo, o pior que fizemos! Foi de £ 3.300.000 ao prazo de 30 anos, juros de 4 ½ % e tipo de 88. Devia servir para remir os saldos dos empréstimos de 1824, 1825 e 1843, assim como parte da divida flutuante. Os banqueiros descontaram 2% de comissão e ½ % de corretagem sobre o capital real acima especificado. O capital nominal elevou-se a £ 3.855.307, 3 shs. e 9 d.

Os saldos daqueles empréstimos anteriores elevavam-se a £ 2.919.000, quase todo o capital real da operação, o que significa que o ouro ficou no cofre dos prestamistas e nós continuando a pagar, pagando sempre, e a regar com o suor e o sangue de gerações e gerações sacrificadas a infeliz terra brasileira!

O tipo 88 nos deu somente do capital real a soma de £ 2.904.000. Deduzindo dela os saldos ou remanescentes daqueles citados empréstimos — £ 2.919.000, ver-se-á que os banqueiros não remeteram ao erário imperial, para pagar a dívida flutuante, nem um vintém. Houve mesmo o déficit de £ 15.000. Portanto, as £ 3.300.000 de que só nos couberam por um óculo £ 2.904.000 custaram-nos até abril de 1893 — £ 8.426.863.

Castro Carreira nos oferece a seguinte conta até a morte da Monarquia:

Emprestados ...................... 28.612:124$750
Juros pagos ........................ 26.886:883$581
Custo total .......................... 67.463:193$201

Do capital devíamos ainda em 1888 £ 515.300.

Parece que a D. Pedro II levaram qualquer denuncia sobre a ação do barão de Penedo nesse empréstimo, porque, no dia 6 de novembro de 1863, Sua Majestade escrevia uma carta a Miguel Calmon du Pin e Almeida, marquês de Abrantes, da qual extraímos este pedacinho: "Consta-me que o empréstimo contraído em Londres o foi a 85 ½ e não a 88, porque houve 2 ½ % de comissão. Espero que o Ministro brasileiro (40) não tenha recebido parte deles, e de nenhum modo posso consentir que ele o faça. Já procedi do mesmo modo ha anos." (41). A honestidade do velho soberano se arrepiava contra os intermediários de cá, mas que podia ela, se eles estavam de mãos dadas com o poder colossal dos de lá? ...

O barão de Penedo veio a público com uma brochura intitulada "O empréstimo brasileiro contraído em Londres em 1863", afim de defender-se de críticas acerbas que lhe eram feitas. Mostrou que as condições do mercado financeiro londrino eram das mais desfavoráveis, não só pelo retraimento da oferta de capitais diante de enorme procura por parte de varias nações, como principalmente pelo rompimento de relações diplomáticas entre a Inglaterra e o Império, em virtude da famosa questão Christie. E apontou as varias operações de credito na mesma data ou proximamente realizadas em condições inferiores ás da nossa: empréstimos marroquino a tipo 85, ferroviário italiano a 74, egípcios a 84 e 82 ½, otomano a 68, português a 44 (!!), venezuelano a 63, mexicano a 63, boliviano a 88 e francês a 66,30.

O rol demonstra que não é só o Brasil a vitima do Super Estado Capitalista sem entranhas, mas o mundo inteiro. Daí a sua aflição, a sua inquietação, a sua angústia, o seu desespero. Está mergulhado num pego em que pululam as sanguessugas e estrebucha sugado por todos os lados na lama ensanguentada. Um dia, os povos compreenderão a verdadeira origem de todos os seus males e, então, as bichas vorazes e nojentas serão duramente castigadas ...

Ao empréstimo oneroso faziam-se sobretudo as seguintes criticas: o tipo da emissão — 88, que nos fazia perder 6% diante de títulos nossos a 94, em beneficio dos banqueiros; não ter sido a operação posta em concorrência e sim haver sido entregue diretamente a Rotschild; não se ter procurado renovar com pouca despesa as cautelas dos empréstimos vencidos: ter-se lançado a operação precocemente, pois, sendo remota a data de resgate dos empréstimos anteriores, 1.° de dezembro de 1863 e 1.° de abril de 1864, os juros da nova operação começaram a ser contados de outubro de 1863.

Todas essas críticas parecem procedentes. Que valia, porem, a opinião do rebanho tosquiado contra o poder colossal de Rotschild, contra o grande abutre que desfraldara no céu da Europa as largas asas negras depois que se fecharam em Waterloo as asas de ouro da águia imperial? Para que concorrências? Pois ele não comprara a exploração do Brasil desde o centro da terra até as mais altas nuvens do céu. O povo dos jecas que suasse o suor do trabalho e da angústia, pagando os juros. O barão de Penedo continuaria a assombrar Londres com o fausto de suas recepções diplomáticas.

Ha muita máscara na história do Brasil que precisa ser violentamente arrancada! ...

Desde 1824, pagávamos juros, comissões, percentagens e amortizações. Havia quarenta anos que o Brasil trabalhava. Entretanto, sem que entrasse nos seus cofres, o ouro se reproduzia á sua custa no banco dos Rotschild, o ouro sugava-lhe toda a seiva, o ouro o depauperava. Estava preso ao eito do senhor judaico que, através de sua influencia politica, se apoiava, para qualquer revolta do devedor espoliado, nos canhões das formidáveis esquadras da Inglaterra! Os governos são caixeiros e cobradores de banqueiros. A isso o liberalismo reduziu a Autoridade!

Triste, desgraçada condição a que nos rebaixava a economia politica cujos postulados eram vitoriosos na época, criada e assoprada através dos livros, dos jornais e dos estadistas pelo capitalismo em vias de pletora e sempre insatisfeito, para quem os povos não são mais do que rebanhos que se tosquiam à vontade.

A cada novo pedido do Governo Imperial, sempre em crise de dinheiro, o total dos empréstimos se avoluma. O dinheiro vai também perdendo seu valor aquisitivo. A proporção é digna de nota. São os juros que se acumulam e rendem juros.

A 12 de setembro de 1865, o barão de Penedo negocia com Rotschild um empréstimo de £ 5.000.000, valor real e £ 6.363.613 - 19 sh. e 2 d. valor nominal. A guerra do Paraguai obrigava-nos a mais esse sacrifício. Juros: 5 %. Prazo: 37 anos. Comissão: 2 %. Agencia ½ %. Selo ½ %. Capital recebido £ 3.700.000! Autorizou a operação o decreto de 6 de julho de 1865. Parte do empréstimo foi convertida em 1889. E do nosso bolso saíram em troca dessas £ 3.700.000 a bagatela de £ 14.668.950!!

As contas oficiais oferecem estes dados até 1888:

Recebidos ............................... 44.444:000$000
Juros pagos ............................. 70.914:803$050
Custo total .............................. 116.354:655$308

Em 1871, a 23 de fevereiro, o conselheiro e plenipotenciário José Carlos de Almeida Arêas firma novo contrato com Rotschild, os barões assinalados Lionel, Nathan, Antony e Mayer Amschell. O empréstimo é de £ 3.000.000 reais e £ 3.459.634 nominais, com 2% de comissão, ½ % de corretagem e despesas, tipo 89, juros de 5% e prazo de 38 anos, para "despesas extraordinárias do Império". Recebemos em cinco prestações — sempre esse negocio de turco! — £ 2.670.000, que nos custaram afinal, capital e juros, £ 10.031.938! Sua autorização está contida na lei n.º 1.764 de 28 de junho de 1870.

Veja-se a conta do Tesouro até 1888:

Recebidos ................................ 26.521:746$482
Juros pagos .............................. 25.823:122$280
Custo total ................................ 39.256:413$152

O custo total está reduzido nesta conta, porque o empréstimo devia ser liquidado em 1911. Faltavam, pois, 23 anos de juros e até 1888 só se tinha amortizado pequena parte, restando a pagar £ 2.655.900.

O barão de Penedo foi o negociador de nova operação de credito com a casa Rotschild em 1875. Assinou-se o contrato a 18 de janeiro: £ 5.301.191 nominais, tipo 96 ½, juros de 5%, e prazo de 38 anos, com a comissão de 2% e a percentagem de 1% sobre os dividendos, "para despesas extraordinárias do Império."

Recebemos £ 4.825.000 e restituímos £ 10.072.263!

Até 1888, quando ainda deviamos £ 4.584.100 de capital e faltavam 27 anos de juros para 1915, data da liquidação, a situação era esta:

Recebidos ............................. 44.444:000$000
Judos pagos .......................... 34.446:881$272
Custo total ............................. 46.350:888$165

No ano de 1883, no dia 30 de outubro, o conselheiro João José do Rosário, Diretor do Tesouro Nacional e delegado do mesmo em Londres, contrata outro empréstimo com Rotschild: £ 4.000.000 reais por £ 4.599.600 nominais, tipo 89, taxa 4 ½ %, ½ % de comissão sobre o resgate, 2 1/4 % de comissão pura e simples,1/8 % de corretagem e prazo de 38 anos, que as moratórias de 1898 e 1914 prorrogaram por mais 26. Sessenta e quatro anos ao todo! Some-se tudo e se terá esta maravilha: por £ 3.560.000 teremos de dar no fim das contas £ 18.475.128!!

Em verdade, é duro de se dizer, mas chama-se a isso vender inconscientemente talvez, mas vender, o futuro da nação!

As contas imperiais até 1888 fornecem-nos estes dados:

Recebimento .................... 35.552:000$000
Juros ................................. 10.158:796$404
Custo ................................ 19.136:110$452

Só em 1922 deveria terminar o prazo. Restavam em 1888 trinta e quatro anos de juros e ainda deviamos do capital nominal de £ 4.599.600 - £ 4.369.905. E só havíamos recebido em dinheiro de contado £ 3.560.000!

Infelizmente, não parou aí a história financeira da monarquia. Em 1886, a 27 de fevereiro, novo contrato com Rotschild (42). Fê-lo o conselheiro José Antonio de Azevedo Castro, delegado do Tesouro Nacional na capital inglesa: £ 6.000.000 reais por £ 6.431.000 nominais, a juros de 5%, prazo de 37 anos, 1 % sobre os dividendos, ½ % sobre os resgates, l/8 % de corretagem, 1 % do capital, para pagamento da dívida flutuante. Vede como é antiga, já vem de longe e nos nossos dias ainda continua a flutuar. É tão pesada e nunca vai ao fundo! São £ 5.700.000 que entram e custarão £ 11.897.350.

Em 1888, devíamos ainda £ 6.398.900 de capital, mais do que o empréstimo lançado e muito mais do que a soma recebida, em virtude do desconto do tipo e do acréscimo das comissões e percentagens pagas a Rotschild e postas no nosso passivo. O empréstimo rendeu em moeda brasileira 52.662:738$556 e custou até 1888 de juros e amortizações 8.496: 547$634. Ponham-se em cima disto os juros, as amortizações e as diferenças de cambio até 1927, fim de seu prazo e se recuará de espanto em presença da formidável quantia.

Não importa para o cálculo de juros feitos pela fórmula trivial de juros que os empréstimos tenham sido convertidos mais adiante, porque as conversões somente fazem piorar a situação. Os prazos se alongam, os juros continuam a correr acrescidos dos juros atrasados, incorporados ao capital, tornados capital. Se algum erro se cometeu, foi para menos.

O ministério da Fazenda tratou diretamente com Rotschild o penúltimo empréstimo do Império, estando na pasta o conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, em 1888, de £ 6.000.000 reais e £ 6.257.200 nominais, tipo 97, juros de 4 ½ %, 1/4 % de comissão, 1 % de corretagem e prazo de 37 anos. Produziu £ 5.820.000 pelas quais pagaremos um total de £ 8.260.304 de juros e £ 6.257.300 de capital ou sejam £ 14,548.885. Quase quinze milhões!

O derradeiro empréstimo do regime imperial, negociado pelo conselheiro José A. de Azevedo e Castro, delegado do Tesouro, com Rotschild, destinado à conversão dos empréstimos de 1865, 1871, 1875 e 1888, foi o de 1889, de £ 17.213.500, tipo 90, juros de 4 % e prazo de 56 anos, isto é até 1945! Rendeu £ 15.492.150 pelas quais daremos £ 55.571.740!!! Esta operação foi ratificada pelo Governo Republicano em 1890, a 29 de abril, assinado pela República o mesmo conselheiro que assinara antes pelo Império.

Os números tornaram-se quase astronômicos.

Segundo Amaro Cavalcanti (43), o Império legou á Republica uma divida estrangeira total de £ 30.283,200 de capital, não se computando nela os monstruosos juros a serem pagos. Essa divida começara em 1824 modestamente com £ 3.000.000, em duas fornadas e varias prestações, mediante um contrato leonino. Havíamos pago juros e amortizações continuamente com graves sacrifícios para a economia nacional. Do dinheiro das escandalosas, ruinosas e onerosas ou tristes operações realizadas, pouca, muito pouca cousa nos tinha servido para o desenvolvimento de linhas férreas, o pagamento de despesas de guerra ou de dividas internas. A quase totalidade destinara-se sempre a pagar remanescentes, excedentes, juros vencidos e acumulados das dividas estrangeiras. E, após 65 anos de trabalho ininterrupto, devíamos dez vezes mais!

Tínhamos sido uma colônia dos Rothschild e somente dos Rothschild, porque, pelas operações feitas subsequentemente ás contratadas com outros banqueiros, eles haviam monopolizado todas as nossas dividas. E afirmavam tanta confiança em nós que, com os títulos brasileiros, dotavam as filhas nos festivos dias de núpcias ... Muita honra para um pobre marquês de carregação como o Brasil!

Parafraseemos uma advertência inspirada de Chamberlain, o erudito autor de "As origens do século XX": E nós, predestinados por tudo a dar vida a uma nova concepção do mundo, mais profunda, mais humana, mais elevada do que qualquer outra, para iluminar com sua luz e vitalizar com seu calor toda a nossa cultura, nós nos amarramos com as próprias mãos ao carro triunfante de Israel e seguimos cabisbaixos como escravos as arcas carregadas de ouro do capitalismo sem pátria!

Durará isso para sempre? Será esse o nosso trágico destino? Seremos servos humildes do judaísmo capitalista de Rotschild ou escravos submissos do judaísmo comunista de Trotski, pontos extremos da oscilação do pêndulo judaico no mundo? Ou encontraremos no fundo da alma nacional aquele espírito imortal de catequizadores, descobridores, bandeirantes e guerreiros, único que nos poderá livrar de ambos os apocalipses?

Desperta Brasil, "adormecido eternamente em berço esplendido" (lembrando que o livro foi escrito em 1934! O que mudou?), desperta e caminha! Já é tempo de fazeres retinir e retilintar as tuas algemas, amedrontando os que te vendem ainda e os que te tem comprado!

Notas:

(1) Henry Koster — "Traveis in Brazil".
(2) Oliveira Martins — "Historia de Portugal".
(3) Oliveira Martins — op. cit. Oliveira Lima — "D. João VI no Brasil".
(4) "Relatório" da Comissão de Sindicância do Instituto de Café sobre os negócios de Murray &; Simons.
(5) Martim Luther — "Von Kraufhandlung und Wucher".
(6) Castro Carreira — "História financeira e orçamentária do Império do Brasil desde sua fundação".
(7) Verdadeira curée! Um avanço! A urubuzada do ghetto financeiro da City se atirou sobre a presa recém-nascida. Se não, vejamos: Richard Campbell Baseth. David Colvin, John Farquhar e James Gathorne Remington, formando o consórcio — Baseth, Farquhar, Chrawford & Cie.; Edward Fletcher, James Alexander, Henry Pascher e Charles Dashwood Bruce, formando o — Fletcher, Alexander & Cie.; e Thomas Wilson, Gabriel Shaw, Milvis Wilson e Fletcher Wilson, formando o — Thomas Wilson & Cie.
     Guardai de memoria os nomes! Alguns ainda remanescem em negociatas por aqui ... É a terceira geração que ainda quer os restos da carniça que engordou a primeira e engordou a segunda ...
(8) No discurso em que saudei na Academia Brasileira, como seu Presidente, o escritor teatral Barão Henri de Rothschild.
(9) Chamberlain — "Die Grúndlagen das zwantzische lahrhundert".
(10) Calixto de Wolski — "La Russie Juive" — Avant-Propos.
(11) Ehrenbtrg — "Zeitalter der Fugger". 
(12) Ludwig Keller — "Die Anfànge der Reformation und die Ketzerschulen".
(13) Schoenhof — "A history of raoney and prices".
(14) Chamberlain — "Die Griindlagen das zwantzische lahrhundert".
(15) "Liber Deuleronomii" — Caput VII — V. 16: "Devorabis omnes populos, quos Dominna Deus tima daturus est tibi."
(16) "Exposição das negociações do empréstimo brasileiro em Londres".
(17) Antonio Augusto de Aguiar — "Vida do marquês de Barbacena". 
(18) Calixto de Wolski — "La Russie Juive".
(19) No Quand Israel n'est phis roi de Jerõme e Jean Tharand, se lê : "... dans la Jerusalém marxiste elevée sur les bords du Danube, Bela Kun et ses acolytes n'ont ía;t régner que la sottise, la cruauté et le sadisme."
(20) Pro Flacco: XXVIII.
(21) A câmbio de 1947, que era o da época.
(22) Draper — "Conflits de la science et de la religion".
(23) Ao examinar o leitor as diversas contas do Tesouro que publicamos não esqueça de levar em conta as variações do câmbio, que são às vezes, violentas.
(24) Edmond Picard — "Le droit pur".
(25) Calixto de Wolski — "La Russie Juive" — Avam-Propos.
(26) Leia-se a exposição sobre nossos empréstimos feita à Constituinte pelo ministro Osvaldo Aranha e ver-se-á que tenho razão de sobra no que aí digo.
(27) Francisco Gomes da Silva — "Memorias".
(28) Cândido de Olheira — "Sistema Financial do Brasil".
(29) As exageradas contas de Barbacena que tanto desgostaram D. Pedro I. O total das despesas diplomáticas foi de 300.000 libras.
(30) Em 1842!
(31) Seu filho, o Visconde de Barbacena.
(32) Meses depois de pronunciada esta conferência em diversas capitais do Brasil, o sr. Ministro da Fazenda, voz autorizada no assunto, declarava à Constituinte o que eu afirmara, quase com as mesmas palavras. A verdade é uma só.
(33) Barões Lionel, Antony, Nathaniel e Mayer Amschell de Rotschild — barões assinalados.
(34) Von Ihering — "Vorgeschichte der Indoeuropâer".
(35) Sayce — "Assyria, its princes, priests, people". Sennacherib apoderou-se de Jerusalém ao tempo do rei Ezequias, no ano de 701 a.C, isto é, sete séculos antes do nascimento de Jesus!!
(36) Van der Kindere — "Le siéde des Artevelde".
(37) Viktor Hehn — "Gedanken úber Goethe".
(38) Chamberlain — "Die Grundlagen das zwantiische lahrhundert".
(39) "Anuário da Bolsa do Rio de Janeiro". (1931).
(40) Penedo.
(41) A carta está catalogada nos arquivos do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
(42) Barões Nathan Mayer, Alfredo, Carlos e Leopoldo.
(43) Amaro Cavalcanti — "Resenha financeira do Ex-Império do Brasil".

Poderá baixar grátis e ler o livro na íntegra acessando

Para saber mais, "Brasil – Eterna Colônia de Banqueiros?"
https://integralismo.blogspot.com.br/2013/03/brasil-eterna-colonia-de-banqueiros.html

Povo e trabalhador, todos na imolação dos juros, e fazem passeatas em 1º de maio e greves para conseguirem esmolas como alguns benefícios sociais e direitos trabalhistas, enquanto, sem o saberem, são eternos escravos cegos da usura apátrida que lhes consome pelo outro lado as mesmas esmolas conquistadas às custas do lucro do empregador e dos impostos do Governo, ou seja, deles próprios. E assim prosseguem numa ingênua ciranda à lugar algum.  

Abraços

4 comentários:

  1. O Brasil é "administrado" desde sempre.
    Enquanto não tivermos uma Administração, o que significa também um Povo consciente e atuante, não sairemos desse golpe maldito.
    Continuo um intransigente defensor da Quarta Força -- a física.
    A solução, única!, é a cirúrgica.
    "Diálogo" é bom para quem se beneficia da situação.

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  2. Saudações, meu caro!

    Quando fiz o curso de História -que não é uma ciência, como nos diziam enfáticamente-, em fins da década de 90, me recordo perfeitamente de ter entrado numa enrascada por ter citado como grande autoridade em História do Brasil o cearense, o membro da Academia Brasileira de Letras, o Mestre, Gustavo Barroso. Achei que, a princípio, era birra do professor esquerdista e simpatizante do FHC -vá entender a incoerência. Insisti em citar Gustavo Barroso e foi aí que um de meus professores me chamou para um canto e me disse: "Olhe, rapaz, se quiser seguir bem neste curso deve parar de citar o Barroso. Ele nunca foi historiador; era louco, falava um montão de besteiras." Quis retorquir, falando sobre o Sionismo, a Maçonaria e o Comunismo e foi então que descobri que as Universidades são grandes fábricas de...idiotas úteis! Me formei, mas jamais deixei de ver em Gustavo Barroso um Mestre neste arte tão difícil chamada História. Não por um acaso, reli, há coisa de duas semanas, a Opus Magna "Brasil: Colônia de Banqueiros", que foi reeditada pela combativa Editora Revisão do querido Siegfried Castan. Se alguém quiser saber por que motivo nós não somos uma superpotência nuclear, militar, populacional e econômica é só procurar o Barroso. Ele pode não ter todas as respostas, mas conhece as mais contundentes respostas.

    Receba minhas congratulações, mais uma vez, pelo seu brilhante trabalho de esclarecimento, divulgação e formação de opiniões.

    Fábio Siqueira Batista
    Professor de História

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    Respostas
    1. A História não é feita por historiadores, é feita por pessoas desde as mais comuns e ignorantes até os mais sábios e eruditos. E não precisamos de "historiadores", precisamos apenas de pessoas com certo grau de esclarecimento e conhecimento, com coragem, e que narrem as histórias de forma imparcial e honesta.

      Barroso pode não ter todas as respostas, mas as que tem são suficientes. Por isso é tão temido.

      Abraço.

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  3. Caro Cobalto

    Boa tarde

    Amanhã dia 11/05/2017 completa-se um ano da morte do brilhante professor Adriano Benayon. Um fato triste e uma perda irreparável para a nossa pátria. Não deixe de fazer menção amanhã.

    Abraço

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"Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário."
George Orwell

"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador."
Eduardo Galeano

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